Tópicos | Alison dos Santos

Um dos principais atletas do Brasil na atualidade, Alison dos Santos sofreu uma lesão no joelho e precisará ser submetido a uma cirurgia. Ainda não há previsão para o seu retorno aos treinos e às competições, mas é certo que o campeão mundial nos 400 metros com barreiras perderá parte da temporada.

Piu, como é conhecido, se machucou na segunda-feira, durante o aquecimento do treino, em São Paulo. Trata-se de uma lesão no menisco do joelho direito. "Nosso campeão mundial vai precisar passar por cirurgia", anunciou o Comitê Olímpico do Brasil (COB), pelas redes sociais. "Força, Piu! Você é Gelado e vai voltar ainda mais forte."

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A equipe médica do COB ainda avalia qual tipo de cirurgia será realizada. Com base no resultado dos exames, eles vão optar por um procedimento mais simples ou por operação mais elaborada para corrigir o menisco. A escolha vai definir o tempo de afastamento das competições, que poderá chegar a seis meses.

A lesão vai afetar toda a temporada do brasileiro. Piu deve perder as primeiras etapas da Diamond League, o principal circuito de atletismo do mundo, e do qual é o atual campeão nos 400m com barreiras. As duas primeiras disputas serão em maio. Seriam estas etapas que ajudariam na preparação do brasileiro para o Mundial de Atletismo, marcado para agosto (entre 19 e 27), em Budapeste, na Hungria.

Ficou mais distante também o objetivo de Alison de quebrar o recorde mundial da prova neste Mundial. Para tanto, ele iria embarcar em março para os Estados Unidos. O atleta passaria a morar na Flórida para aprimorar a preparação para a temporada 2023 e também para a Olimpíada de Paris-2024, seu maior objetivo na carreira.

A equipe do brasileiro ainda não tomou uma decisão a respeito, mas a viagem terá que ser ao menos adiada. Tudo vai depender do tipo de cirurgia que ele fará e do tempo de recuperação.

Após brilhar em 2022, Alison era alvo de altas expectativas para a temporada 2023 do atletismo. Nos últimos anos, foi medalhista de bronze na Olimpíada de Tóquio, em 2021, campeão mundial no ano passado e apontava para voos maiores neste ano. Na quinta-feira da semana passada, a forte performance exibida em 2022 foi consagrada pelo Prêmio Brasil Olímpico. Ele foi eleito o melhor atleta masculino do País pelo COB.

Alison do Santos e Rebeca Andrade foram escolhidos os melhores atletas do ano de 2022. O campeão mundial nos 400 metros com barreira e a campeã mundial de ginástica foram os grandes vencedores do Prêmio Brasil Olímpico (PBO), premiação dada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) aos principais atletas do País.

Além de melhor atleta no feminino - que disputava com a skatista Rayssa Leal e com a nadadora Ana Marcela Cunha -, Rebeca Andrade também recebeu o troféu de melhor ginasta da temporada e o troféu Inspire, dedicado ao atleta mais inspirador do ano.

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"É um orgulho representar a ginástica e o Brasil lá fora", disse a ginasta ao receber o principal prêmio da noite. "Posso ter sido escolhida hoje, mas todos os atletas são os melhores do ano", acrescentou.

Alison dos Santos venceu a disputa de Melhor Atleta que travou com Isaquias Queiroz, da canoagem, e Filipe Toledo, do surfe. "Falando sobre representatividade: trazer esse resultados para o Brasil, servir de inspiração, trombar com alguém na rua que diz que viu você na TV, competindo, que aprendeu com você… Competir não é sacrifício, é algo que a gente faz com muito gosto", afirmou o atleta.

A 23ª edição do PBO foi realizada na Cidade das Artes, na zona oeste do Rio. Apesar de o auditório estar lotado de atletas, treinadores e convidados, quase metade dos agraciados não puderam comparecer para receber o prêmio. Isso porque a maioria está em disputas fora do País. Entre os ausentes estavam Rayssa Leal, do skate, Richarlison, do futebol, e Filipe Toledo, do surfe. Eleito Atleta da Torcida, Hugo Calderano também não pôde estar presente.

"Estou muito feliz em receber o troféu. Tenho muito orgulho de todos os Prêmios Brasil Olímpico que já ganhei, mas o da torcida é especial, porque me dá mais estímulo", disse Calderano, por vídeo. Ele está em viagem para competir no Japão.

Primeira brasileira a conquistar um Mundial de ginástica artística, em 2003, Daiane dos Santos recebeu o troféu Adhemar Ferreira da Silva. A premiação é entregue pelo COB a atletas e ex-atletas que se destacaram pela ética, eficiência técnica e física, esportividade, respeito ao próximo, companheirismo e espírito coletivo.

Além dos prêmios, o Prêmio Brasil Olímpico também fez homenagens a grandes atletas que morreram no último ano, como Pelé, Roberto Dinamite, Eder Jofre e Isabel Salgado, entre outros.

MELHOR TREINADOR - INDIVIDUAL

Felipe Siqueira

MELHOR TREINADOR - COLETIVO

José Roberto Guimarães

TROFÉU ADHEMAR FERREIRA DA SILVA

Daiane dos Santos

ATLETA INSPIRE

Rebeca Andrade

ATLETA DA TORCIDA

Hugo Calderano

PRÊMIO ESPÍRITO OLÍMPICO

Guilherme Benchimol

VENCEDORES POR MODALIDADE

Águas Abertas - Ana Marcela Cunha

Atletismo - Alison dos Santos

Badminton - Ygor Coelho

Basquete 3x3 - Vitória Marcelino

Basquete 5x5 - Bruno Caboclo

Boliche - Stephanie Migliore Dubbio Martins e Roberta Camargo Rodrigues

Boxe - Beatriz Ferreira

Breaking - Luan San

Canoagem Slalom - Ana Sátila

Canoagem Velocidade - Isaquias Queiroz

Ciclismo BMX Freestyle - Gustavo de Oliveira

Ciclismo BMX Racing - Paola Reis Santos

Ciclismo Estrada - Ana Vitoria Magalhaes

Ciclismo Mountain Bike - Henrique Avancini

Ciclismo Pista - Alice Melo

Desportos na Neve - Jaqueline Mourão

Desportos no Gelo - Nicole Silveira

Escalada Esportiva - Anja Köhler

Esgrima - Nathalie Moellhausen

Esqui Aquático - Felipe Simioni Neves

Futebol - Richarlison

Ginástica Artística - Rebeca Andrade

Ginástica de Trampolim - Alice Hellem Gomes

Ginástica Rítmica - Geovanna Santos da Silva

Golfe - Frederico Biondi Figueiredo

Handebol - Bruna Aparecida de Paula

Hipismo Adestramento - João Victor Oliva

Hipismo CCE - Carlos Eduardo Ramadam

Hipismo Saltos - Marlon Zanotelli

Hóquei sobre Grama - Arthur Giro de Azevedo

Judô - Mayra Aguiar

Karatê - Douglas Brose

Levantamento de Peso - Laura Amaro

Natação - Guilherme Costa

Nado Artístico - Laura Miccuci

Patinação Artística - Bianca Corteze Ameixeiro

Patinação Velocidade - Guilherme Abel Rocha

Pentatlo Moderno - Isabela Abreu

Polo Aquático - Letícia Belorio

Remo - Beatriz Tavares

Rugby - Luiza Campos

Saltos Ornamentais - Ingrid de Oliveira

Skate - Rayssa Leal

Squash - Laura Souza Bezerra da Silva

Surfe - Filipe Toledo

Taekwondo - Milena Titoneli

Tênis - Beatriz Haddad

Tênis de Mesa - Hugo Calderano

Tiro com Arco - Marcus Vinicius D’Almeida

Tiro Esportivo - Geovana Meyer

Triatlo - Luisa Baptista Duarte

Vela - Martine Grael e Kahena Kunze

Vôlei de Praia - Duda Lisboa - Ana Patricia

Voleibol - Gabriela Guimarães

Wrestling - Laís Nunes

Campeão mundial e medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Alison dos Santos, o Piu, revelou ter sido alvo de abordagem policial na cidade de São Paulo nesta semana. Por meio de sua conta pessoal no Twitter, o atleta contou que o ocorrido se deu na Avenida Ibirapuera, zona sul da capital.

"Chuta quem acabou de levar um enquadro no meio da Avenida Ibirapuera", escreveu em sua rede social. Bruno Fratus, nadador e também medalhista de bronze em Tóquio, respondeu Piu, apenas com um emoji. "Acontece nas melhores famílias", respondeu Alison.

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Segundo reportagem do site UOL, que conversou com o atleta, ele dirigia seu carro pela avenida, com os vidros abaixados. Armados, os agentes deram ordem para que o atleta descesse do carro imediatamente. Piu e o veículo foram revistados e os policiais fizeram diversas perguntas.

"Coloquei a mão na cabeça e 'tal'. Pediram para abrir as pernas, (perguntaram) se eu tinha passagem pela polícia. Falei: 'Não'. Perguntaram de novo e eu: 'Não'. Várias perguntas nesse sentido. Só estavam esperando eu falar que tinha alguma coisa", contou o atleta. "Continuaram perguntando, revistaram meu carro de cima abaixo, caçaram, procurando tudo."

Alison também contou que, durante a abordagem, alguns fãs reconheceram e interagiram com o atleta, mas os policiais seguiram realizando o prosseguimento. A reportagem do Estadão tentou contato com a assessoria de Alison, que não quis entrar em mais detalhes para não "escalar" a situação. A Polícia Militar de São Paulo também foi contatada, mas ainda não há um posicionamento sobre o caso.

Piu é um dos principais destaques do atletismo brasileiro atualmente. Ele conquistou a medalha de bronze na prova dos 400 metros com barreiras em Tóquio e a medalha de ouro no Mundial disputado em 2022 em Oregon, nos Estados Unidos, na mesma prova.

Atleta do Clube Pinheiros, ele também faz parte do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas, na Marinha. Alison passa por treinamentos militares e é 3º Sargento, embora não seja oficial de carreira.

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Alison dos Santos, o Piu, ampliou seu domínio nos 400 metros com barreira nesta quinta-feira, ao se tornar campeão da Diamond League, a principal série de corridas do mundo. Ele chegou à final em Zurique como favorito, depois de vencer seis etapas na temporada, e ergueu o troféu de diamante ao completar a prova em 46s98. Com isso, juntou-se a Fabiana Murer, bicampeã no salto com vara, na pequena lista de vencedores brasileiros da competição. Em provas de pista, portanto, é o primeiro.

Os americanos Khallifah Rosser e CJ Allen, que fizeram 47s76 e 48s21, ficaram com o segundo e o terceiro lugar, respectivamente. Piu foi para a decisão como líder do ranking da Diamond League, depois de vencer as etapas de Doha, Eugene, Oslo, Estocolmo, Silésia e Bruxelas. No formato antigo da série, quando o vencedor era definido por pontuação, ele já teria sido campeão. Mas, atualmente, o ranking conta apenas para classificar os atletas que mais pontuaram para decidirem o título em uma final.

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Medalhista de bronze nos Jogos de Tóquio no ano passado, Alison está invicto em 2022. Além das vitórias ao longo da disputa da Diamond, ele conseguiu a medalha de ouro no Campeonato Mundial desta temporada, disputado em julho, nos Estados Unidos. Foi em território americano que ele fez seu tempo mais baixo, 46s29, para se colocar no topo do ranking da World Athletics, a associação internacional de atletismo.

Na disputa desta quinta-feira, o brasileiro não teve de competir contra Ray Benjamin (46s89) e o campeão olímpico Karsten Warholm (47s12), os outros dois integrantes do top 3 mundial. Isso porque nenhum deles conseguiu se classificar para a final em Zurique. Por isso, Alison não teve maiores dificuldades para conquistar o título e cruzou a linha de chegada em primeiro lugar com tranquilidade, com um tempo abaixo de 47 segundo pela terceira vez no ano.

MAIS BRASILEIROS

A final da Diamond League contou com outros três brasileiros. Campeão olímpico em 2016 e bronze em 2020, Thiago Braz não concluiu suas tentativas no sarrafo a 5.81 metros e acabou sem medalha, em sexto lugar. Almir dos Santos competiu no salto triplo e ficou em quinto lugar, e Rafael Pereira foi o nono colocado dos 110 metros com barreira, em 13s73.

O brasileiro Alison dos Santos conquistou mais uma vitória neste sábado na etapa de Silésia da Diamond League, na Polônia. O atleta brasileiro venceu com folga a final dos 400m com barreira e conquistou mais uma medalha de ouro. O campeão mundial dos 400m garantiu mais uma vitória e segue disparado no topo da competição.

Piu garantiu um tempo de 47s80 e ainda quebrou o recorde da etapa, garantindo mais um ouro após a vitória em Oregon, nos Estados Unidos. O segundo lugar da prova ficou com o americano Khallifah Rosser, que fez tempo de 48s30. Já a medalha de bronze foi para o francês Wilfried Happio, com tempo de 48s74.

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O brasileiro venceu cinco etapas do principal torneio de atletismo. Além das etapas da Silésia e Oregon, Alison dos Santos venceu o ouro em Doha, Oslo e Estocolmo, seguindo na liderança do torneio e do ranking mundial.

A final da Diamond League acontecerá em cerca de um mês, em Zurich, na Suíça, e já tem três atletas classificados. Além de Piu, o vice-líder do torneio Rasmus Magi, da Estônia, e o Rosser já estão confirmados.

OUTROS BRASILEIROS NA DISPUTA

Outra brasileira a competir em Silésia neste sábado foi Vitória Rosa, que terminou em oitavo lugar nos 200m rasos feminino. Vitória atingiu a marca de 22s89 nesta que foi sua primeira participação na liga desde Xangai, em 2019. Thiago Braz também esteve nas disputas do salto com vara, mas acabou sem uma marca válida após errar as três tentativas a 5,53m.

Alison dos Santos confirmou o favoritismo na disputa da final dos 400 metros com barreiras do Mundial de Atletismo de Eugene, nos Estados Unidos, e fez história no final da noite desta terça-feira (horário de Brasília). O Piu, como é chamado o brasileiro de 22 anos, conquistou a medalha de ouro ao completar a prova em 46s29, novo recorde da história do campeonato e melhor marca de um atleta da modalidade neste ano, superando os 46s80 anotados por ele mesmo na etapa de Eugene da Diamond League. Os americanos Rai Benjamin, com 46s89, e Trevor Bassitt, com 47s39, ficaram com a prata e o bronze, respectivamente.

O velocista paulista é o segundo representante do Brasil a conseguir uma medalha de ouro em um Mundial de Atletismo. Antes dele, apenas Fabiana Murer, do salto com vara, conseguiu o feito. O país tem agora 14 medalhas na história do campeonato, seis delas de prata e outras seis de bronze, além dos ouros de Piu e Murer.

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Na prova desta terça, Alison viu o norueguês Karsten Warholm, que ostenta o recorde mundial por sua vitória em Tóquio-2021 com o tempo de 45s94, terminar em sétimo lugar, após anotar apenas 48s42. Rai Benjamin, o segundo colocado, detém a segunda melhor marca do mundo, um 46s17 também registrado nos Jogos Olímpicos japoneses. Em terceiro, agora com seus 46s29, Piu mostrou que está em plena evolução, apto para buscar o recorde no futuro.

"Sabe quando você sonha, você pensa o que precisa para alcançar este momento?. Sou eu com este resultado. A gente estava conversando muito, treinando muito bem. Essa medalha que estou carregando no peito é de todos que estavam comigo neste momento. Queria dedicar a vitória para minha equipe, minha família, minha sobrinha que acabou de chegar. É indescrítivel", disse o medalhista de ouro em entrevista ao SporTV. Competição é parte mais fácil, não tem nervoso, não tem nada. Eu fico nervoso nos treinos. Quando eu estou aqui, eu me sinto em casa", completou.

Alison dos Santos chegou ao Mundial como dono da primeira posição do ranking dos 400 metros com barreiras da World Athletics, a federação internacional de atletismo, e ocupando o quarto lugar do ranking geral, formado por atletas de todas as modalidades. Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em agosto de 2021, emplacou uma incrível sequência de vitórias nos últimos dois meses e acumulou quatro medalhas de ouro na Diamond League, principal circuito da World Athletics. Entre maio e junho, venceu as etapas de Oslo, Doha, Eugene e Estocolmo. Na última, fez 46s80, até então o melhor tempo da temporada.

MAIS ATLETAS

Também nesta terça-feira, o Brasil teve duas representantes competindo em Eugene. Chayenne dos Santos fez o sétimo lugar da primeira bateria das classificatórias dos 400 metros com barreira feminino, com a marca de 59s46, e foi eliminada. Já Vitoria Rosa disputou as semifinais dos 200 metros, ficou em quarto lugar em sua bateria, ao completar a prova em 22s47 e não conseguiu a vaga na final, mas saiu da pista de cabeça erguida, até porque quebrou o recorde sul-americano. "Só Deus sabe o quanto eu lutei, o quanto foi difícil chegar até aqui. Eu quero muito mais. Diante de tanta dificuldade, de tantas coisas que aconteceram, eu sou isso, eu respiro isso", disse Vitória, emocionada, ao canal SporTV.

Um ano e meio e uma medalha de bronze depois, Alison dos Santos enfim voltou a beber o seu refrigerante favorito. O destaque brasileiro do atletismo na Olimpíada cumpriu sua promessa de não ingerir a bebida até competir em Tóquio e foi recompensado por isso nesta sexta-feira: ganhou nada menos que um caminhão de refrigerante.

Alison foi pego de surpresa na tarde desta sexta ao receber 300 garrafas de Itubaína em sua casa na cidade de São Joaquim da Barra, interior de São Paulo. Ele também ganhou 117 quilos de produtos da marca Seara. O refrigerante a base de guaraná e morango foi assunto de diversas entrevistas do atleta no Japão.

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Antes de levar o bronze nos 400 metros com barreiras em Tóquio, Alison revelara à imprensa que havia feito uma promessa ao amigo Wesley Victor, mais conhecido como "Biscoito", outro jovem talento do atletismo brasileiro. Além disso, disse que estava com saudade de jogar truco e comer um churrasco com os familiares em sua cidade. Agora não vão faltar os produtos para o evento familiar, possivelmente no fim de semana.

A promessa feita a Biscoito era de ficar sem o refrigerante até a disputa dos Jogos Olímpicos. O problema para Alison é que o "acordo" com o amigo havia sido feito no início de 2020, antes do adiamento da Olimpíada, marcada inicialmente para o ano passado. Assim, o medalhista de bronze esperou muito mais do que o esperado para voltar a tomar o seu refrigerante predileto.

O jejum chegou ao fim nesta sexta com a ajuda do próprio Biscoito, que participou da ação de marketing realizada pelo grupo Heineken Brasil, dono da marca Itubaína. O amigo ajudou na preparação da surpresa. "Já é tradição voltar para casa, fazer aquela resenha com o Biscoito e tomar Itubaína para comemorar minhas vitórias. Mas dessa vez fui surpreendido. Poderei comemorar com toda família", declarou Alison, sem esconder a alegria e a surpresa.

O presente poderá render além das garrafas para o corredor de 21 anos. O grupo Heineken já conversa com Alison sobre um possível apoio para divulgação das marcas em suas redes sociais.

"Todos nós torcemos muito e nos emocionamos com a conquista dele. Carismático, jovem, bem humorado e amante da música brasileira, nós vimos no atleta uma personalidade inspiradora que tem tudo a ver com a nossa marca", afirma Bruno Piccirello, gerente de marketing da empresa de bebidas.

Na capital japonesa, Alison brilhou dentro e fora da pista. Com seu jeito brincalhão e espontâneo, o atleta conquistou fãs pelo Brasil. E se tornou o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha em prova individual de pista no atletismo nacional em 33 anos. Os últimos haviam sido Joaquim Cruz, prata nos 800m, e Robson Caetano, bronze nos 200m, ambos no Jogos de Seul, em 1988.

O atleta brasileiro Alison dos Santos conquistou de forma brilhante nesta terça-feira, o bronze nos 400 metros com barreira dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 com o tempo de 46 segundos e 72 centésimos, com o qual melhorou seu recorde sul-americano, e disse que quer "correr mais rápido".

O paulista de 21 anos é um dos fenômenos emergentes e nos últimos meses vem batendo seguidamente seu recorde continental. Ele conseguiu nas semifinais em Tóquio-2020 com 47,31 e na final ele baixou a marca em 59 centésimos.

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Na final, o campeão foi o norueguês Karsten Warholm, com um novo recorde mundial (45,94), seguido pelo americano Rai Benjamin (46,17).

"Se ele (Warholm) pode descer abaixo de 46 (segundos), eu posso descer também. Quero correr mais rápido, quero ser melhor", disse um dos novos fenômenos de uma prova que vive um momento de esplendor como nunca antes em sua história.

Perguntado se a final mais rápida de todos os tempos nos 400 metros com barreira pode ser superada, Alison foi taxativo. "Sim, sim, eu realmente quero. Sim", deixou claro o brasileiro.

Alison dos Santos conseguiu em Tóquio sua primeira grande medalha e ficou exultante com seu metal olímpico.

"Estou muito feliz. Estou muito animado porque é incrível. Melhorei meu recorde (sul-americano), ganhei uma medalha de bronze. É incrível", disse ele.

- "Uma honra" para Warholm -

"Hoje foi muito forte, incrível. Depois da corrida eu vi os resultados e foi muito, muito forte. Realmente incrível", disse ele.

Após a final desta terça-feira, Warholm aplaudiu seus dois companheiros de pódio e destacou seu enorme nível, falando na coletiva de imprensa depois da prova.

"Quero dizer aos meninos que estão ao meu lado (Rai Benjamin e Alison dos Santos), com todo o respeito que os outros merecem, que muitos atletas muito menos fortes conquistaram medalhas de ouro em alguns Jogos. Foi uma honra fazer parte desta corrida, que supera o imaginável", afirmou.

Para o Brasil, o bronze de Alison dos Santos é sua estreia no quadro de medalhas do atletismo dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

No total, o país conquistou 18 medalhas olímpicas nesse que considerado o principal esporte das Olimpíadas.

Há cinco anos, no Rio de Janeiro, em 2016, o país-sede conquistou apenas uma medalha no atletismo: o ouro com Thiago Braz no salto com vara.

Com direito a cravar a melhor marca de sua carreira, o brasileiro Alison dos Santos faturou nesta quinta-feira a medalha de ouro da prova dos 400 metros com barreiras dos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019. Com o tempo de 48s45, ele garantiu o único pódio do País no atletismo neste dia de disputas na capital peruana.

Com apenas 19 anos, Alison terminou a final desta quinta com mais de meio segundo de vantagem para o norte-americano Amere Lattin, que ficou com a prata com 48s98, enquanto o bronze foi obtido pelo jamaicano Kemar Mowatt (49s09).

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"Estava nos planos vim e fazer a melhor marca. Sempre quero fazer o melhor resultado", afirmou o brasileiro, em entrevista ainda na pista ao SporTV, ao comemorar o seu grande desempenho. Em seguida, a promessa do atletismo nacional admitiu surpresa com as performances expressivas que vem tendo nesta temporada, na qual também levou uma medalha de ouro na Universíade de Nápoles, na Itália, em julho passado. "É um ano surpreendente. Não esperava conseguir esses resultados com 19 anos", reconheceu.

Com índice para a Olimpíada de Tóquio-2020 nos 400m com barreiras garantido antes mesmo deste Pan, Alison é o atual recordista sul-americano sub-20 desta prova, com o tempo de 48s49, e dedicou o ouro conquistado em Lima à mãe, Sueli.

Na final desta quinta-feira, o brasileiro arrancou nos metros finais para ultrapassar o dominicano Juander Aquino, que acabou sofrendo uma queda na última barreira e ficou até fora do pódio - terminou em oitavo e último lugar. "Meu estilo de corrida é assim: no começo não passo tão forte, mas minha segunda metade é muito forte. Consigo evoluir a cada barreira", disse Alison ao analisar a sua performance vitoriosa.

OUTROS BRASILEIROS - Em outra disputa do dia envolvendo um representante do Brasil em Lima, Vitória Rosa avançou à luta por medalhas na prova dos 200 metros com o melhor tempo das semifinais, que foi de 22s72. Medalhista de bronze nos 100m na quarta-feira, a velocista de 23 anos cravou o tempo mais rápido de sua carreira nos 200m, mas ainda não conseguiu o índice para os Jogos de Tóquio nesta prova. A final será às 18h15 (de Brasília) desta sexta-feira em Lima.

Também presente nas semifinais dos 200m, Lorraine Barbosa Martins acabou sendo eliminada ao terminar o qualificatório com a 11ª posição, com a marca de 23s74.

Já na prova do lançamento do martelo, Allan Wolski encerrou na sexta posição, com a marca de 73,25m, e ficou longe do pódio, que teve como medalhista de ouro o chileno Gabriel Henrique Sabra, com 74,98m. Humberto Fernan Arzola, também do Chile, faturou a prata, com 74,38m, enquanto o bronze foi obtido pelo norte-americano Sean Donnelly (74,23m).

No salto em altura feminino, a brasileira Valdileia Martins terminou em quinto lugar, com 1,84m em sua melhor tentativa de ultrapassar o sarrafo. A mesma marca foi alcançada pela jamaicana Kimberly Asheki Williamson, que ficou com o bronze por ter atingido esta altura com um menor número de saltos. Jeanelle Anna Scheper, de Santa Lúcia, também com 1,84m, fechou a final na quarta posição.

A brasileira Juliana Campos, por sua vez, foi apenas a oitava colocada na final do salto com vara, com 4,10m em sua melhor tentativa. A cubana Yarisley Rodríguez, recordista pan-americana, com os 4,85m alcançados em Toronto-2015, confirmou o favoritismo e voltou a faturar o ouro, agora com a marca de 4,75m.

Na prova masculina dos 1.500 metros, o brasileiro Carlos de Oliveira Santos terminou em sexto lugar, com 3min44s47. O fundista ficou muito distante do mexicano José Carlos Peinado, ouro com o tempo de 3min39s93. Completando a participação brasileira no dia de disputas do atletismo, Vanessa Chequer fechou a luta por medalhas no heptatlo em quinto lugar e foi outro nome do País a não conseguir subir ao pódio nesta quinta.

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