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O alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, anunciou, nesta quarta-feira (7), que seu teste foi positivo para Covid-19 e que ele apresenta sintomas leves.

"Tive uma troca com o Comitê Executivo do ACNUR e sou forçado ao isolamento, após ter testado positivo para #covid19", anunciou em sua conta no Twitter o chefe de uma das agências mais importantes da ONU, que ajuda milhões de refugiados no mundo.

"Tenho sintomas leves e espero me recuperar rapidamente", disse ele, lembrando a importância de se lavar as mãos, manter a distância e usar máscara.

Os desejos de uma recuperação rápida não demoraram a chegar em resposta ao tuíte, por parte da missão francesa na ONU em Genebra (@FranceONUGeneve) e deo secretário de Estado sueco para Cooperação Internacional e assuntos humanitários (@thinkper), Per Olsson Fridh.

O alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein, sugere que o governo de Nicolás Maduro pode ter cometido "crimes contra a humanidade". Em um discurso hoje em Genebra, o principal representante da ONU para direitos humanos ataca Caracas e pede que se crie uma investigação internacional contra o governo venezuelano.

Essa é a primeira vez que um representante da ONU aponta para tal dimensão dos crimes cometidos na Venezuela. Zeid lembra que, em uma recente apuração realizada por seu escritório, o governo venezuelano foi acusado de "uso excessivo da força", e "várias outras violações de direitos humanos".

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"Minha investigação sugere a possibilidade de que crimes contra humanidade possam ter sido cometidos, o que apenas pode ser confirmado por uma investigação criminal subsequente", disse Zeid.

Segundo ele, ainda que a ideia de uma Comissão Nacional da Verdade seja um conceito que ele apoie, o modelo proposto na Venezuela é "inadequado". "Peço ao Conselho de Direitos Humanos que instaure uma investigação internacional sobre as violações na Venezuela", pediu Zeid.

A recomendação será examinada pela entidade em Genebra. Mas Caracas promete angariar seus aliados para frear a proposta.

Para Zeid, existe "um perigo real de que tensões sejam aprofundadas". Zeid acusa Maduro de estar "esmagando instituições democráticas e vozes críticas, incluindo por meio de processos criminais contra líderes da oposição, prisões arbitrárias e, em alguns casos, tortura".

"A Venezuela é membro do Conselho e, como tal, tem um dever especial em promover e proteger os direitos humanos", alertou Zeid.

Ainda hoje, o governo da Venezuela irá reagir ao discurso, por meio de uma intervenção do chanceler Jorge Arreaza.

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