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Ao anunciar a contratação de mais 25.664 unidades habitacionais para a faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida e o perfil de famílias a serem priorizadas, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, informou que o governo estuda a possibilidade de instituir um aluguel social destinado a pessoas de baixa renda. Segundo o ministro, no entanto, o programa ainda está na fase de planejamento. “Em algumas semanas é possível que tenhamos mais detalhamentos”, disse ele hoje (2) durante cerimônia no Palácio do Planalto.

A faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida, destinada a famílias com renda mensal bruta limitada a R$ 1,8 mil, priorizará quem vive em áreas de risco, assim como regiões consideradas insalubres e onde haja população desabrigada. Também serão priorizadas famílias com integrantes idosos, chefiadas por mulheres e que tenham bebês com microcefalia, disse Araújo.

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O investimento previsto para a faixa 1 é R$ 2,1 bilhões para projetos em 77 municípios. “Recebemos o programa com atraso no pagamento, 60 mil unidades paralisadas na faixa 1, e com alto índice de insatisfação”, disse Bruno Araújo. “Mas, apesar de toda a crise, o programa nunca parou. Foram 736 mil unidades de todas as faixas entregues em 2016. No momento, são 450 mil obras residenciais em construção e R$ 70 bilhões em investimentos”, acrescentou.

O ministro aponta como desafios dessa nova fase do programa ir além de apenas oferecer moradia aos brasileiros. “Queremos dar qualidade de vida a esses moradores”, disse ele, referindo-se aos novos critérios eliminatórios de seleção, segundo os quais serão priorizados municípios com elevado déficit habitacional, propostas com empreendimentos próximos a centros urbanos, agências bancárias, lotéricas e pontos de ônibus.

Aluguel social

O ministro aproveitou a cerimônia para mencionar um programa de aluguel social destinado a populações de baixa renda. "O projeto-piloto desse aluguel social deve ser iniciado até o final do ano", informou.

A ideia é estimular a construção de empreendimentos, pela iniciativa privada, com garantia de 30 anos de aluguel a serem pagos pelo governo federal. Segundo Araújo, esse novo programa provavelmente terá uma divisão por faixas de renda, a exemplo do que é feito no Minha Casa, Minha Vida.

“Faço este anúncio apenas para deixar uma curiosidade na cabeça de vocês”, disse o ministro. A ideia é que o governo brasileiro tenha um portfólio para atender a uma situação específica da população.

A ideia é fazer chamamentos para a iniciativa privada, propondo pagar por um período de 30 anos o aluguel de unidades com as devidas configurações apresentadas. “Vamos oferecer à iniciativa privada proposta de entrega de unidades onde o governo pagaria 'X' reais por metro quadrado durante contrato de 30 anos. Esperaremos o mercado apresentar propostas”, acrescentou.

Os moradores que ocuparam as casas da Favela do Metrô, na Mangueira, zona norte do Rio, após a desocupação realizada pela prefeitura receberão aluguel social e, depois, imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida.

A decisão foi tomada na tarde dessa quinta-feira, 09, após reunião entre representantes da Secretaria Municipal de Habitação e da subprefeitura da zona norte, da Defensoria Pública, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RJ) e pessoas que ocuparam parte dos imóveis.

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Serão beneficiadas "as famílias que estavam no local até o início da operação de demolição", de acordo com nota divulgada pela prefeitura. As residências foram ocupadas depois que a prefeitura retirou 662 famílias que moravam no local e que foram levadas para unidades do programa Minha Casa, Minha Vida, em 2011. Mas, como não foram logo demolidas, acabaram ocupadas por outras famílias, que vivem às margens da linha do trem.

Desde terça-feira, 7, moradores da Favela do Metrô protestam contra a demolição das casas. Eles também reclamavam que não foram avisados sobre a ação e que não conseguiram tirar os pertences das residências. No lugar onde hoje está a Favela do Metrô, a prefeitura do Rio pretende construir o Polo Automotivo da Mangueira e áreas de lazer para os moradores da região.

O governador Sérgio Cabral autorizou o pagamento de aluguel social para as vítimas das chuvas na Baixada Fluminense. As famílias que perderam suas casas serão cadastradas pelas prefeituras e receberão o valor de R$ 500. Em Queimados, 300 famílias receberão o benefício. O governador também pediu à Secretaria Nacional de Defesa Civil reforço na assistência às cidades atingidas com máquinas, caminhões, além de colchonetes, água potável e cesta básica.

Todas as máquinas e caminhões que trabalhavam nas obras do Arco Metropolitano e do Programa Bairro Novo foram colocadas à disposição dos municípios atingidos pelas chuvas. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) utiliza 8 retroescavadeiras e 30 caminhões para limpar os leitos dos rios e as vias marginais de Nova Iguaçu, Queimados, Japeri e Belford Roxo.

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A Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio descobriu uma fraude no pagamento do programa Aluguel Social que desviou pelo menos R$ 1,250 milhão nos últimos três meses. Um funcionário, exonerado na semana passada, chefe do setor de Tecnologia da Informação da secretaria, é suspeito de ter aberto cinco contas na Caixa Econômica Federal (CEF) em seu nome, como se fosse beneficiário do programa, e de ter feito transferências de R$ 250 mil para cada uma delas, entre novembro do ano passado e janeiro deste ano. O Aluguel Social é pago a pessoas que perderam casas ou foram removidas em consequências de enchentes. No ano passado, o Estado pagou cerca de R$ 75 milhões em benefícios. Atualmente, 17 mil famílias recebem entre R$ 400 e R$ 500 mensais.

A descoberta da fraude revelou algumas falhas no sistema de pagamento do benefício, como ausência de um mecanismo para evitar depósitos além do teto e dificuldade para monitoramento do programa. O secretário de Assistência Social, Zaqueu Teixeira, delegado e ex-chefe de Polícia Civil do Estado, anunciou que fará um pente fino nos pagamentos do Aluguel Social desde 2011, quando foi criado. Também serão feitas, segundo o secretário, modificações no sistema de transferência dos recursos para que se torne semelhante ao do Bolsa-Família e do Renda Melhor, programa estadual que complementa o benefício federal. "Havia falhas que serão corrigidas e vamos trabalhar com a Caixa Econômica e o Proderj (empresa de processamento de dados do Estado)", afirmou Zaqueu.

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Segundo o secretário, o funcionário Wagner de Oliveira Silva, que ocupava o cargo comissionado na secretaria desde 2010, foi exonerado na quinta-feira (7) da semana passada, para dar lugar a outro servidor. A fraude foi descoberta no dia seguinte, quando o técnico em informática tentou transferir R$ 250 mil de uma das contas abertas por ele na Caixa Econômica para outro banco. Antes da exoneração de Wagner, técnicos da Caixa já trabalhavam, a pedido de Zaqueu, na readequação do sistema de pagamento do Aluguel Social, mas ainda não tinham detectado nenhuma movimentação suspeita.

"É uma área muito sensível da secretaria, ele trabalhava na ponta das informações, na transferência de dados para a Caixa Econômica. Eu já havia decidido colocar uma pessoa da minha confiança. Depois da exoneração, a fraude foi descoberta. Ele não se deu ao trabalho nem de usar um laranja, transferiu direto para suas próprias contas", afirmou o secretário.

O caso foi registrado na 4ª Delegacia de Polícia. Ontem, policiais apreenderam o computador usado por Wagner. O funcionário exonerado, investigado por crimes contra o Estado, prestou esclarecimentos à polícia, mas o teor do depoimento não havia sido divulgado até o início da noite desta quinta-feira. A Procuradoria Geral do Estado está encarregada da ação para recuperar o dinheiro desviado.

 

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