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O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, prevê que a indústria paulista comece o ano com demissões de trabalhadores. A avaliação está baseada no indicador de confiança dos industriais do Estado, o Sensor, que atingiu 42,2 pontos em janeiro - ante 43,3 pontos em dezembro -, o pior nível em três anos, quando a pesquisa ainda era feita quinzenalmente e chegou a 38,7 pontos na segunda metade do mês. Na pesquisa, resultados abaixo de 50 pontos indicam pessimismo.

Francini destacou que a piora no Sensor foi puxada pela variável emprego, que caiu de 47,1 pontos em dezembro para 40 pontos em janeiro. "Há muito tempo não atingíamos um nível tão baixo no Sensor", disse. "O emprego vai mal e tudo indica que vamos ter perda líquida de postos de trabalho neste primeiro trimestre."

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Entre os fatores que prejudicam a atividade industrial, Francini destacou o câmbio que, segundo ele, está valorizado em algo entre 25% e 30%. Outro favor seria a falta de isonomia tributária e ainda as vantagens que alguns Estados concebem a importações, com redução tributária. "Se fossem apenas alguns setores da indústria que estivessem em crise, políticas específicas ajudariam. Não é o caso. Embora alguns setores estejam melhores que outros, o conjunto da indústria da transformação está em crise", afirmou.

Atividade em queda

Todos os itens pesquisados pelo Sensor ficaram abaixo dos 50 pontos, indicando que as vendas da indústria estão abaixo do desejável e que o estoque está elevado. Segundo Francini, se o Indicador de Nível de Atividade (INA) se mantiver em 2012 nos mesmos níveis do fim de 2011, encerrará o ano em queda de 3,2%. Para efeito de comparação, no início de 2011 o "carry over" de 2010 indicava que o INA encerraria 2011 com alta de 1,1%. Hoje, ao divulgar o resultado, a Fiesp apurou um crescimento de 0,6% na atividade industrial paulista do ano passado.

De acordo com Francini, para atingir um crescimento de 1,5%, projeção da Fiesp para 2012, a atividade industrial teria de crescer 0,7% em cada mês do ano. "É uma tarefa difícil e as perspectivas não são otimistas para a indústria", afirmou.

Para o dirigente, embora a maior parte dos indicadores econômicos do País apresentem bons resultados, tais como taxa de desemprego e crédito, esse não é o caso da indústria. "Pelos dados que temos, não conseguimos enxergar um processo de reversão ou recuperação da indústria. Há um conjunto da economia surfando numa onda e há setores que estão sofrendo. Este é o caso da indústria", disse.

Francini alertou para a importância da indústria no desenvolvimento do País. "A nossa convicção é que se a indústria se lixa, o Brasil se lixa, pois nenhum país consegue um desenvolvimento consistente no longo prazo sem a indústria de transformação", afirmou.

Sábado, 24 de dezembro, véspera de Natal. Dia da tradicional troca de presentes entre amigos e familiares. Mas em 2011, o “trio de ferro” da capital pernambucana teve a chegada do Papai Noel antecipada.

O “bom velhinho” trouxe os presentes, ou seja, os acessos de divisões, bem antes da data comemorativa de fim de ano. A reportagem do Leia Já perguntou aos torcedores de Náutico, Santa Cruz e Sport quais foram os ápices de alegria na atual temporada.

Náutico: manutenção do hexa e acesso para Série A

Pressionado pela ameaça do Sport em conquistar o hexa, motivo de orgulho do clube, a diretoria do Náutico se reuniu com alguns alvirrubros, assim como aconteceu em 2001, e fez de tudo para evitar o título do rival. Como há muito tempo não acontecia, a folha salarial era de um valor próximo a do Sport e uma boa equipe foi montada por Roberto Fernandes. O Timbu foi o melhor time da primeira fase, terminou com dez pontos a mais do que o Leão e na semifinal teria o maior rival pela frente. O primeiro confronto, na Ilha do Retiro, foi 3x1 para o Sport. O jogo da volta, nos Aflitos, o Náutico teria que vencer por 2x0 ou por três gols de diferença. Isso não aconteceu. O triunfo por 3x2 foi insuficiente. A sorte dos alvirrubros é que o Santa bateu o Sport na decisão.

Para a Série B, o primeiro a sair foi o técnico Roberto Fernandes e Waldemar Lemos foi contratado. Depois saíram alguns titulares da equipe como Rodrigo Heffner, Bruno Meneghel e Ricardo Xavier. O início do novo treinador não foi bom, uma goleada por 4x0 contra a Portuguesa quase tirou Waldemar do cargo. Mas com um estilo “paizão” Waldemar Lemos ganhou os jogadores, formou o time com três volantes, que marcava muito, sofria e marcava poucos gols, mas que vencia. Foi assim que o Náutico conquistou o acesso a Série A e se tornou vice-campeão do Campeonato Brasileiro da Série B.

A VOZ DO TORCEDOR

“Para expressar toda minha alegria e felicidade conseguimos a manutenção do hexacampeonato. Melhor ainda, fomos coroados com o acesso para primeira divisão. Foram os melhores presentes de Natal do ano”, Luciano Roberto, servidor público.

Santa Cruz: presente em dobro

No inicio do Campeonato Pernambucano poucos acreditavam no Santa Cruz. Mas o treinador Zé Teodoro formou um time entrosado e que, muitas vezes, jogava de forma defensiva. Na primeira fase, terminou na segunda colocação atrás apenas do Náutico. Na semifinal enfrentou o Porto, vencendo as duas partidas, a primeira por 2x1 fora de casa e a segunda por 3x1 no Arruda. Na decisão todo o peso de enfrentar o rival Sport, que era considerado favorito antes da competição. No primeiro confronto, na Ilha do Retiro, o tricolor jogou de forma inteligente, explorando os contra-ataques e com gols de Gilberto e Landu venceu a partida por 2x0. No jogo da volta, com o Arruda lotado a boa vantagem fez com que o Santa Cruz não tivesse pressa e mesmo sofrendo um gol aos 47 minutos do segundo tempo, comemorou o título de campeão pernambucano após seis anos.

Na Série D, o Santa Cruz entrou como o favorito. Zé Teodoro manteve a base da equipe que venceu o Pernambucano, mas perdeu o artilheiro Gilberto, negociado com o Internacional por R$ 2 milhões. Na primeira fase, a equipe se classificou na segunda colocação do grupo A3, ficando atrás do Santa Cruz-RN e sem apresentar um bom futebol. Nas oitavas de final, despachou o Coruripe-AL e nas quartas eliminou o Treze, conquistando o acesso para a Série C. O Santa acabaria como vice-campeão. O título ficou com o Tupi.

A VOZ DO TORCEDOR

“Acho que Papai Noel voltou a frequentar o Arruda esse ano. De uma vez só conquistamos o Campeonato Pernambucano e saímos do inferno da Série D. Ano perfeito”, Ricardo Wanderley, autônomo.

Sport: de volta à elite

O ano de 2011 começou para o Sport, pela segunda vez em sua história, com uma meta: conquistar o hexacampeonato estadual. O almejado título foi o tempero de início da temporada dos pernambucanos. E o estigma de favorito, motivado pelo forte elenco e pela disparidade financeira, caiu ainda na primeira fase. O Sport conseguiu se classificar na quarta colocação, com apenas um ponto a frente do Central e dez atrás do líder Náutico. Porém, as esperanças rubro-negras foram renovadas nas semifinais, quando bateu o Timbu na Ilha do Retiro por 3x1 e, mesmo com a derrota por 3x2 nos Aflitos, avançou para a final. Na grande decisão, tropeçou dentro do seu reduto, diante de sua torcida. 2x0 para os tricolores em pleno Adelmar da Costa Carvalho lotado. No jogo da volta, no Mundão do Arruda, a vitória por 1x0 não foi o suficiente para conquistar o tão sonhado hexa.

Sem hexa, o grande objetivo do Sport era sem duvidas voltar para elite do futebol nacional. Na teoria e no financeiro o elenco era forte, concorrente ao título da competição. Mais uma vez, ficou na teoria. Os pernambucanos patinaram durante toda a Série B. Figuraram poucas rodadas no G4. Sempre brigando contra a matemática, a desconfiança da torcida, da imprensa e, até mesmo, da própria direção e jogadores. A prova disso foi a constante troca de treinadores e a inconstante escalação. Mas o que parecia impossível aconteceu. E justamente na volta do desacredito e frasista Mazola, que só faltou usar o famoso “vocês vão ter que me engolir”, do lendário Mário Jorge Lobo Zagallo. O treinador reassumiu o elenco na reta final da competição, quando as chances já eram mínimas e, além de vencer os jogos, tinha que torcer para combinações de resultados. Depois da derrota no clássico contra o Náutico, restavam cinco jogos. Foram quatro vitórias e apenas um empate, fora de casa contra a líder e campeão Portuguesa. Do outro lado, Vitória, Americana, Boa Esporte e Bragantino tropeçaram. O inesperado acesso causou um frenesi nos rubro-negros. A torcida do Sport invadiu o aeroporto e as ruas da cidade, proporcionando momentos históricos para o Leão da Ilha. Afinal, o Sport estava de volta a Primeira Divisão.

A VOZ DO TORCEDOR

 “Para lamentar só aquela coisa do boi e de perder o hexa. Mas, na verdade, todos ficamos felizes pelo retorno para nossa verdadeira casa. O Sport é maior que tudo isso, somos gigantes”, Tony Oliveira, empresário.

O mês de dezembro chegou e o trio de ferro da capital, Sport, Náutico e Santa Cruz já planeja a temporada 2012. Mas enquanto o novo ano não chega, é hora de lembrar o que de mais marcante aconteceu este ano na vida de rubro-negros, alvirrubros e tricolores.  

Os três têm muito o que comemora. O Santa Cruz conquistou o campeonato estadual e foi vice-campeão da Série D, garantindo o direito de disputar a Série C na próxima temporada. Náutico e Sport iniciaram o ano na briga pelo hexa, o Timbu apesar de não ter sido campeão, saiu ‘vencedor’, pois manteve a hegemonia de seis títulos seguidos no estado. No final alvirrubros e rubro-negros comemoraram o acesso a Série A do Brasileiro.

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O desacreditado tricolor e a ressurreição de uma nação

No inicio do Campeonato Pernambucano poucos acreditavam no Santa Cruz. Mas o treinador Zé Teodoro formou um time entrosado e que, muitas vezes, jogava de forma defensiva. Na primeira fase, terminou na segunda colocação atrás apenas do Náutico. Na semifinal enfrentou o Porto, vencendo as duas partidas, a primeira por 2x1 fora de casa e a segunda por 3x1 no Arruda.

Na decisão todo o peso de enfrentar o rival Sport, que era considerado favorito antes da competição. No primeiro confronto, na Ilha do Retiro, o tricolor jogou de forma inteligente, explorando os contra-ataques e com gols de Gilberto e Landu venceu a partida por 2x0. No jogo da volta, com o Arruda lotado a boa vantagem fez com que o Santa Cruz não tivesse pressa e mesmo sofrendo um gol aos 47 minutos do segundo tempo, comemorou o título de campeão pernambucano após seis anos.

Nas competições nacionais, o Santa Cruz também deu orgulho ao seu torcedor. Na Copa do Brasil enfrentou o São Paulo na 2ª fase. E, mesmo eliminado, não fez feio, sobretudo na primeira partida, no Arruda, quando ganhou por 1x0. O volante Everton Sena se destacou ao anular o meia Lucas.

Diferentemente das outras duas competições, na Série D o Santa Cruz entrou como o favorito. Zé Teodoro manteve a base da equipe que venceu o Pernambucano, mas perdeu o artilheiro Gilberto, negociado com o Internacional por R$ 2 milhões. Na primeira fase, a equipe se classificou na segunda colocação do grupo A3, ficando atrás do Santa Cruz-RN e sem apresentar um bom futebol. Nas oitavas de final, despachou o Coruripe-AL e nas quartas eliminou o Treze, conquistando o acesso para a Série C. O Santa acabaria como vice-campeão. O título ficou com o Tupi.

A meta era salvar o hexa. Acesso coroou temporada

Pressionado pela iminente ameaça do Sport em conquistar o hexa, motivo de orgulho do clube, a diretoria do Náutico se reuniu com alguns alvirrubros assim como aconteceu em 2001 e fez de tudo para evitar o título do rival. Como há muito tempo não acontecia, a folha salarial era de um valor próximo a do Sport e uma boa equipe foi montada por Roberto Fernandes. O Timbu foi o melhor time da primeira fase, terminou com dez pontos a mais do que o Leão e na semifinal teria o maior rival pela frente. O primeiro confronto, na Ilha do Retiro, foi 3x1 para o Sport. O jogo da volta, nos Aflitos, o Náutico teria que vencer por 2x0 ou por três gols de diferença. Isso não aconteceu. O triunfo por 3x2 foi insuficiente. A sorte dos alvirrubros é que o Santa bateu o Sport na decisão.

Na Copa do Brasil, depois de despachar Trem-AP e Bangu, o Náutico deu de cara com o Vasco. Aí não deu. O Timbu perdeu logo por 3x0 nos Aflitos e praticamente deu adeus à competição. O detalhe é que essa acabaria sendo a única derrota do time em casa na temporada. O empate por 1x1 em São Januário só ratificou a classificação cruzmaltina.

Sem sucesso nos primeiros cinco meses do ano, a diretoria alvirrubra iniciou uma reformulação no elenco. O primeiro a sair foi o técnico Roberto Fernandes e Waldemar Lemos foi contratado. Depois saíram alguns titulares da equipe como Rodrigo Heffner, Bruno Meneghel e Ricardo Xavier. O início do novo treinador não foi bom, uma goleada por 4x0 contra a Portuguesa quase tirou Waldemar do cargo. Mas com um estilo “paizão” Waldemar Lemos ganhou os jogadores, formou o time com três volantes, que marcava muito, sofria e marcava poucos gols, mas que vencia. Foi assim que o Náutico conquistou o acesso a Série A e se tornou vice-campeão do Campeonato Brasileiro da Série B.  

A meta era ser hexa, mas o acesso salvou a temporada

O ano de 2011 começou para o Sport, pela segunda vez em sua história, com uma meta: conquistar o hexacampeonato estadual. O almejado título foi o tempero de início da temporada dos pernambucanos. E o estigma de favorito, motivado pelo forte elenco e pela disparidade financeira, caiu ainda na primeira fase. O Sport conseguiu se classificar na quarta colocação, com apenas um ponto a frente do Central e dez atrás do líder Náutico. Porém, as esperanças rubro-negras foram renovadas nas semifinais, quando bateu o Timbu na Ilha do Retiro por 3x1 e, mesmo com a derrota por 3x2 nos Aflitos, avançou para a final. Na grande decisão, tropeçou dentro do seu reduto, diante de sua torcida. 2x0 para os tricolores em pleno Adelmar da Costa Carvalho lotado. No jogo da volta, no Mundão do Arruda, a vitória por 1x0 não foi o suficiente para conquistar o tão sonhado hexa.

A má fase durante o Estadual também afetou na participação na Copa do Brasil. Ainda no início de março, o Sport foi eliminado da competição nacional na primeira fase. Diante do frágil Sampaio Correa, do Maranhão, os rubro-negros empataram por 0x0 fora de casa e ficaram no 2x2 na Ilha do Retiro, sendo eliminados nos critérios de desempate. O fracasso precoce na competição que consagrou o time em 2008 abalou as estruturas no clube. Para se ter uma ideia, quatro treinadores (cinco se contarmos com as participações repetidas) passaram no comando do time: Geninho, Hélio dos Anjos, Mazola (duas vezes) e PC Gusmão.

Sem hexa, sem Copa do Brasil, o grande objetivo do Sport era sem duvidas voltar para elite do futebol nacional. Na teoria e no financeiro o elenco era forte, concorrente ao título da competição. Mais uma vez, ficou na teoria. Os pernambucanos patinaram durante toda a Série B. Figuraram poucas rodadas no G4. Sempre brigando contra a matemática, a desconfiança da torcida, da imprensa e, até mesmo, da própria direção e jogadores. A prova disso foi a constante troca de treinadores e a inconstante escalação.

Mas o que parecia impossível aconteceu. E justamente na volta do desacredito e frasista Mazola, que só faltou usar o famoso “vocês vão ter que me engolir”, do lendário Mário Jorge Lobo Zagallo. O treinador reassumiu o elenco na reta final da competição, quando as chances já eram mínimas e, além de vencer os jogos, tinha que torcer para combinações de resultados. Depois da derrota no clássico contra o Náutico, restavam cinco jogos. Foram quatro vitórias e apenas um empate, fora de casa contra a líder e campeão Portuguesa. Do outro lado, Vitória, Americana, Boa Esporte e Bragantino tropeçaram. O inesperado acesso causou um frenesi nos rubro-negros. A torcida do Sport invadiu o aeroporto e as ruas da cidade, proporcionando momentos históricos para o Leão da Ilha. Afinal, o Sport estava de volta a Primeia Divisão.

Prestes a disputar o Mundial de Clubes da Fifa, cuja expectativa é uma decisão contra o Barcelona, o Santos vê seus jogadores valorizados no mercado. Um estudo divulgado pela Pluri Consultoria apontou a dupla santista, Neymar e Paulo Henrique Ganso, como os jogadores mais valiosos do Brasil.

O valor de mercado de Neymar, 19 anos, está estimado em R$ 122 milhões. O de Ganso, 22 anos, R$ 61 milhões. O pódio é formado por outro jogador jovem, o atacante Leandro Damião (22), do Internacional, com R$ 56,1 milhões.

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Confira a lista dos 10 mais valiosos:

Neymar (Santos) - R$ 122 milhões

Paulo Henrique Ganso (Santos) - R$ 61 milhões

Leandro Damião (Internacional) - R$ 56,1 milhões

Lucas (São Paulo) - R$ 48,8 milhões

 Oscar (Internacional) - R$ 34,2 milhões

Danilo (Santos) - R$ 31,7 milhões

Casemiro (São Paulo) - R$ 29,3 milhões

Ronaldinho Gaúcho (Flamengo) - R$ 22 milhões

Paulinho (Corinthians) - R$ 21,5 milhões

Dedé (Vasco) - R$ 21,5 milhões 

A ação coordenada dos principais bancos centrais mundiais anunciada ontem vai dar um alívio apenas temporário para os bancos europeus, dizem analistas internacionais. Para eles, a decisão dos BCs em dar uma injeção de liquidez ao cortar o custo das linhas de swap para financiamento de emergência não resolve o problema central da crise da zona do euro, que está na dificuldade de países periféricos em rolar suas dívidas soberanas.

"Com a retração dos fundos de 'money market' americanos, que deixaram de comprar papéis de curtíssimo prazo de bancos europeus, como os 'commercial papers', devido ao agravamento da crise do euro, é muito importante a decisão de reduzir o custo dessas linhas de swap", avaliou Mark Cliffe, diretor global de pesquisa de mercados financeiros do banco ING em Londres. "A ação coordenada ajuda, mas não resolve a questão central do problema, que é a dificuldade dos governos da zona do euro em assegurar financiamento às suas dívidas", completou. Para Cliffe, a decisão pegou o mercado de surpresa e reflete o esforço das autoridades monetárias mundiais de tentar estabilizar os mercados.

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A medida anunciada ontem envolve o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos, além dos bancos centrais do Canadá, da Inglaterra, da Suíça, do Japão e o Banco Central Europeu (BCE). Esses bancos decidiram baixar o custo dos acordos temporários de swap de liquidez em dólar existentes em 0,50 ponto porcentual, trazendo esse custo para o equivalente à taxa overnight índex swap, ou OIS, mais 0,50 ponto porcentual. Além disso, essas linhas de swap tiveram seu prazo de validade estendido para 1º de fevereiro de 2013.

Os bancos europeus ficaram sob maior pressão na segunda-feira, quando a agência de classificação de risco Moody's anunciou que está revisando dívidas subordinadas, subordinadas júnior e tier-3 de 87 instituições da região para possível rebaixamento. A agência justificou a decisão afirmando que, com a crise na zona do euro, os governos da região estão tendo dificuldades para dar suporte aos bancos em questão.

Para Marc Chandler, diretor global de pesquisa da corretora Brown Brothers Harriman em Nova York, a ação coordenada para reduzir o custo das linhas de swap contribui para minimizar algumas pressões de 'funding' (financiamento) dos bancos, mas os recentes rebaixamentos de ratings, redução de linhas de crédito e as vendas de ativos ainda colocam fortes pressões sobre os bancos europeus. Segundo ele, as instituições europeias precisam refinanciar cerca de 800 bilhões de euros em 2012. "Mais valioso do que o corte no custo das linhas de swap seria a concretização da promessa pela União Europeia de implementar um esquema de fornecer garantias aos bancos, semelhante ao que foi feito durante a crise de 2008 e 2009", explicou Chandler.

Na opinião da diretora de câmbio da GFT Forex em Nova York, Kathy Lien, a injeção de liquidez anunciada pelos BCs mundiais é uma distração bem-vinda para os investidores em meio à turbulência e ao nervosismo provenientes da crise do euro. "Essa medida não elimina a necessidade de reformas estruturais e maior comprometimento dos líderes das nações europeias, mas dá um alívio nas condições dos mercados financeiros e mostra que os bancos centrais estão dispostos em evitar uma nova catástrofe", explicou Lien. "Seguida da decisão do banco central da China em cortar o depósito compulsório, essa ação coordenada traz, de fato, mais alívio aos investidores".

Neste domingo (20), os estudantes que fizeram as provas da 3ª fase do Sistema Seriado de Avaliação da Universidade de Pernambuco (UPE) responderão a 34 questões de língua portuguesa, matemática, língua estrangeira (inglês ou espanhol) e filosofia, além da redação. Logo mais, os professores do BJ Colégio e Curso irão analisar as provas e comentar questão por questão. Assim que o gabarito preliminar for divulgado pela comissão do vestibular, o LeiaJá publicará aqui.

As provas estão sendo realizadas em 32 prédios, distribuídos no Recife, Olinda, Camaragibe, Paulista, Jaboatão dos Guararapes, Nazaré da Mata, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Salgueiro, Petrolina e Palmares. Ao todo, 10.425 estudantes se inscreveram para disputar as 716 vagas (20% do total para o ingresso no próximo ano) de 44 cursos nas unidades localizadas na Região Metropolitana do Recife, Mata Norte, Agreste e Sertão.

Nesta segunda (21), as 56 questões são de biologia, química, física, história, geografia e sociologia. O listão com o nome dos candidatos classificados será divulgado até o dia 21 de dezembro. A classificação final será definida através de uma média aritmética ponderada das notas de cada uma das três fases, com pesos específicos para cada etapa.

O déficit em conta corrente de US$ 2,2 bilhões do País em setembro foi provocado principalmente por dois fatores: o câmbio mais fraco, em meados do mês passado, e o cenário externo adverso, na opinião do economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano. "É óbvio que o aumento do câmbio, dado uma remessa em reais já considerada, produziria uma remessa de lucros e dividendos um pouco menor, da ordem de 10% do que foi a depreciação do câmbio médio no período", explicou, em entrevista à Agência Estado.

Das 18 instituições do mercado financeiro consultadas pelo AE Projeções, o Besi Brasil foi a única a cravar o resultado efetivo das transações correntes do balanço de pagamentos brasileiro em setembro, divulgado hoje pelo Banco Central (BC). As previsões iam de déficit entre US$ 1,900 bilhão a US$ 3,800 bilhões, com mediana negativa de US$ 2,950 bilhões.

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Serrano ressaltou que "jamais o câmbio produziria impactos significativos no déficit em conta corrente num espaço de meio mês", referindo-se ao aumento mais expressivo do dólar na penúltima semana de setembro, quando a moeda se aproximou de R$ 2,00. "O efeito é mais estrutural, pensando numa moeda mais depreciada", completou. Nesse sentido, ele observou que o cenário externo adverso, que propiciou mais volatilidade nos mercados em meados de setembro, também influenciou o resultado. "Os agentes acabaram ficando mais cautelosos e evitaram fazer muitas movimentações", afirmou.

O economista acredita que mesmo com o dólar a R$ 1,75, as remessas de lucros e dividendos realizadas por empresas do exterior instaladas no Brasil - que somaram US$ 1,961 bilhão em setembro - vão continuar fortes, podendo ocorrer apenas uma correção marginal também na conta corrente. "Não tem porque não continuar. O Brasil ainda está crescendo e a lucratividades das multinacionais vai permanecer elevada. Por isso, as companhias vão continuar enviando recursos para fora do País, até porque há empresas cujas sedes ficam em economias que têm problemas mais sérios de atividade", comentou.

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