Pelo menos quatro pessoas morreram, e várias outras ficaram feridas em um tiroteio em uma pequena cidade no estado do Alabama, sul dos Estados Unidos – anunciou a polícia neste domingo (16), enquanto a imprensa local informou que as vítimas estavam em uma festa de aniversário.
Segundo veículos de comunicação e testemunhas, o incidente ocorreu na noite de sábado (15) durante uma festa de aniversário de "Sweet 16" – evento similar à tradicional celebração dos 15 anos nos países latino-americanos – em Dadeville, a nordeste da capital do estado, Montgomery.
"Até o momento, houve quatro mortes confirmadas e vários feridos", disseram as autoridades estaduais de segurança em um comunicado, sem especificar se algum suspeito foi detido, ou identificado.
Mais cedo, a televisão local noticiou que havia pelo menos 20 pessoas feridas.
Hoje pela manhã, a rede de televisão WRBL transmitiu a intensa atividade policial, com fitas de isolamento da cena do crime em torno de um prédio em Dadeville, além de lençóis brancos cobrindo o chão.
Segundo a imprensa local e testemunhas, várias pessoas foram baleadas, a maioria adolescentes. As vítimas foram levadas para hospitais próximos.
Segundo especialistas da polícia local em investigação preliminar, uma briga provocou a troca de tiros na festa de aniversário "Sweet 16" de uma adolescente, por volta das 22h30 de sábado (00h30 de domingo no horário de Brasília), acrescentou a emissora WRBL.
O irmão da adolescente que comemorava seu aniversário está entre os mortos, disse sua avó ao jornal local Montgomery Advertiser.
“Crimes violentos não têm lugar em nosso estado”, tuitou a governadora do Alabama, Kay Ivey, expressando sua “dor”.
Também na noite de ontem, as autoridades confirmaram que duas pessoas foram mortas, e outras quatro ficaram feridas, em um tiroteio em Louisville, no estado do Kentucky, centro-oeste dos EUA. Nesta mesma cidade, um homem armado matou quatro pessoas, e pelo menos oito ficaram feridas, em uma agência bancária na segunda-feira passada (10).
Os Estados Unidos pagam um preço alto pela disseminação de armas de fogo em seu território e pela facilidade com que os americanos têm acesso a elas. Com cerca de 330 milhões de habitantes, os EUA são um país repleto de armas, e tiroteios em massa com vítimas fatais são comuns.
O país tem mais armas individuais do que habitantes: um em cada três adultos possui pelo menos uma arma nos Estados Unidos, e quase um em cada dois vive em uma casa onde tem uma arma. Estima-se que existam, hoje, em circulação, cerca de 400 milhões de diferentes tipos armas.
Como consequência dessa proliferação, registra-se um índice altíssimo de mortes por armas de fogo no país, incomparável com o de outras nações desenvolvidas.
Cerca de 49.000 pessoas morreram por ferimentos a bala em 2021, contra 45.000 em 2020 — que já era um ano recorde. Isso representa mais de 130 mortes por dia. Deste total, mais da metade são casos de suicídio.