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Na noite da última quinta (20), movimentos negros protestaram contra o racismo em frente ao condomínio onde o humorista Eddy Júnior foi agredido verbalmente por uma vizinha. Os manifestantes exibiram cartazes contra o racismo e em defesa do humorista. 

O ato contou ainda com a participação de famosos como a apresentadora Astrid Fontenelle e os comediantes Paulo Vieira e Yuri Marçal. Esse último disse, em vídeo publicado nas redes sociais, que o ato era uma “retaliação”. “Agora vai ser assim. Sempre que acontecer um caso, a gente sabe que o racismo não vai acabar, mas a gente vai reagir dessa forma”, falou o artista. Além de cartazes e coros, os manifestantes fizeram, no edifício, uma projeção com a frase: “Fogo nos racistas”. 

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Na última terça (18), Eddy Júnior publicou um vídeo, em suas redes sociais, denunciando o ataque racista de uma vizinha. Na gravação, ela o agride verbalmente e se recusa a entrar no mesmo elevador que ele. Já na quarta (19), o portal G1 publicou imagens de câmeras de segurança do prédio que mostram, em outras ocasiões, a mesma senhora e seu filho à porta do apartamento do comediante. Em alguns momentos, o rapaz aparece armado com uma faca. A assessoria do artista afirmou estar levantando todas as informações para registrar o boletim de ocorrência na polícia.

O ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT) vai, nesta segunda-feira (12), ao Morro da Mangueira, um dos símbolos do samba carioca, em busca de um programa de combate ao racismo. O pedetista almoçará na comunidade com o babalawô Ivanir dos Santos, personagem dos debates sobre religiões de matriz africana e intolerância religiosa, e outros representantes do movimento negro. A ideia é que Ivanir, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ajude a coordenar um programa nacional de combate à discriminação racial.

O Estado registra recorrentes ataques a cultos afro-brasileiros, além de ações policiais violentas em áreas pobres, predominantemente habitadas por pretos e pardos. "O Rio é uma espécie de síntese do Brasil. Além disso, Ciro teve a segunda maior votação da cidade em 2018 e temos candidato forte ao governo estadual", afirmou o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.

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Ciro tem mesmo motivos para cultivar com extremo cuidado o eleitorado carioca. Na capital fluminense, teve 19,49% da votação para presidente em 2018. Foram 645.674 votos (19,49%), quase 250 mil a mais que Fernando Haddad, do PT. No Estado, Ciro também venceu o petista, mas por menos de 45 mil votos. O pedetista agora investe na memória que o eleitorado tem de seu nome para tentar novamente a Presidência. Ele também vai a Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, com cerca de 1 milhão de habitantes, para a posse ao novo diretório do PDT. Em Niterói, governada pelo prefeito Axel Grael (PDT), receberá o título de cidadão niteroiense.

O partido começa a preparar o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, para a disputa local. Neves deixou o cargo bem avaliado, conseguiu eleger seu sucessor e é apontado como candidato ao Palácio Guanabara com bom potencial de votos e palanque forte para Ciro no Estado. Além dele, há na oposição o deputado federal Marcelo Freixo (PSB) e o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, com apoio do prefeito Eduardo Paes (PSD).

Visitas

Ciro é o terceiro presidenciável visitar o Rio em ritmo de campanha nas últimas semanas. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), outros dois possíveis candidatos à Presidência em 2022, também escolheram o Estado como ponto de partida das viagens pré-eleição.

Quando esteve no Rio, no mês passado, Lula também teve entre seus compromissos um debate com lideranças negras e comunitárias. Os direitos de pessoas que vivem nas favelas cariocas são considerados tema-chave para a oposição ao bolsonarismo no Estado.

Já o tucano Eduardo Leite, que disputará as prévias tucanas, visitou o novo presidente estadual do PSDB, Otavio Leite, e o apresentador Luciano Huck, que abandonou a ideia de ser candidato no ano que vem.

Além deles, o próprio presidente Jair Bolsonaro participou recentemente de atos com forte apelo eleitoral na cidade. O principal foi uma motociata, em maio.

Berço do bolsonarismo, o Rio é considerado um palanque fundamental para a oposição. Nos últimos anos, o Estado viveu uma série de crises políticas e econômicas, com escândalos de corrupção e governadores presos e afastados.

Durante o duelo entre Burnley e Manchester City, nesta segunda-feira (22), um avião sobrevoou o Etihad Stadium com a faixa "vidas brancas importam". A frase tem sido atribuída a grupos que se posicionam contra o movimento que tomou proporções mundiais e que pede o fim do rascismo.

Em comunicado, o Burnley condenou a atitude: "De forma nenhuma isso representa o que o Burnley Football Club pensa e vamos trabalhar junto com as autoridades para identificar os responsáveis para que sejam banidos para sempre".

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A frase tem sido usada por pessoas que não apreciam a luta racial. No campo, o placar foi de 5 para o Manchester City e 0 para o Burnley.

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