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A Americanas refutou nesta segunda-feira (11) as argumentações do ex-CEO da empresa, Miguel Gutierrez, apresentadas em processo judicial movido pelo Bradesco contra a Americanas. A varejista afirma ainda que o executivo tem responsabilidade direta na fraude nas contas da empresa.

Em nota à imprensa, a companhia destaca que o ex-dirigente da Americanas não apresentou contraprovas, em nenhum momento, para os documentos e fatos apresentados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no dia 13 de junho de 2023, que demonstram a sua participação na fraude.

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"O mesmo se deu com os demais órgãos competentes que atuam nas investigações do ocorrido e que já acataram e homologaram delações premiadas de ex-executivos da companhia", afirma a empresa.

A Americanas reforça ainda que foi a única parte a apresentar provas no âmbito do processo judicial e reitera a afirmação sobre a fraude e a responsabilidade direta do ex-CEO a partir da exposição de novas evidências apresentadas nesta manifestação.

A varejista diz que o arquivo digitalizado com anotações de próprio punho de Miguel Gutierrez, localizadas em equipamento eletrônico da companhia por ele utilizado, apontam a existência de duas versões dos demonstrativos da Americanas, uma de uso interno da antiga diretoria e outra destinada ao Conselho de Administração.

Segundo a empresa, o e-mail enviado por Miguel Gutierrez aos ex-diretores tem orientações para que não fossem levadas, em reunião com Sérgio Rial, respostas a dúvidas sensíveis em relação ao quarto trimestre e endividamento da companhia.

Conforme a empresa, no e-mail enviado pelo ex-CEO aos ex-diretores envolvidos na fraude, Gutierrez reclama do "mar de comentários", referindo-se a diligentes questionamentos dos membros do Comitê de Auditoria, em linha com as boas práticas de governança recomendadas.

"Adicionalmente, foram identificadas várias contradições e mentiras nas alegações contidas na carta apresentada por Miguel Gutierrez, tais como: Miguel Gutierrez alega que a companhia passava por situação financeira difícil no segundo semestre, que precisaria de aporte de capital e que todos os órgãos da administração tinham ciência desse fato. Documentos apresentados ao Comitê Financeiro em 07 de novembro de 2022, arquivados no portal de governança da companhia e já disponibilizados à CPI e demais autoridades, mostram de forma inequívoca que a antiga diretoria, liderada por Miguel Gutierrez, apresentou aos conselheiros visão de que a Americanas geraria R$ 500 milhões de caixa no quarto trimestre de 2022 e continuaria gerando caixa nos anos subsequentes, mantendo índice de endividamento financeiro saudável", afirma.

A empresa cita ainda que outra argumentação sem fundamento apresentada é a de que os órgãos sociais deliberavam sobre questões estratégicas da Americanas sem conhecimento e participação do ex-CEO Miguel Gutierrez. "Esta falsa afirmativa cai por terra diante de mensagem sobre ações do Comitê Financeiro, assim como de agendas de reuniões do conselho, que mostram que o senhor Miguel Gutierrez era ativo na gestão da companhia, como é de se esperar de qualquer presidente de empresa", diz.

A Americanas reitera que tanto as afirmações supracitadas quanto as evidências que as certificam constam da petição protocolada em resposta ao agravo em processo judicial de autoria do Bradesco e lamenta a posição da instituição financeira, não compartilhada pelos demais bancos credores da companhia, que seguem empenhados num consenso ao Plano de Recuperação Judicial.

A varejista reafirma ainda que o relatório preliminar apresentado na Comissão Parlamentar de Inquérito se baseia em documentos levantados pelo Comitê de Investigação Independente, além de documentos complementares identificados pela Administração e seus assessores jurídicos, que formataram os documentos em um relatório que indica que as demonstrações financeiras da companhia vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior da Americanas, capitaneada por Miguel Gutierrez.

"A companhia confia na competência de todas as autoridades envolvidas nas apurações e investigações, à frente das conduções de delações homologadas já em segredo de justiça, que devem trazer ainda mais robustez às já contundentes provas apresentadas. A Americanas reforça que é a maior interessada no esclarecimento dos fatos e que irá responsabilizar judicialmente todos os envolvidos na fraude", conclui a empresa.

Milhares de pessoas estão acompanhando os últimos momentos do Big Brother Brasil. A edição 21ª é um dos assuntos mais comentados no País, seja nas redes sociais ou em rodas de conversa.

O reality, que foi palco de grandes competições, também se destacou pelos debates intensos levantados pelos participantes. O que para muitos é apenas entretenimento, o BBB pode se tornar, ainda, uma fonte de argumentação para os estudantes que farão a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, a depender do tema proposto.

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O texto dissertativo-argumentativo exigido é avaliado em cinco competências: domínio da língua portuguesa; compreensão do tema e desenvolvimento da argumentação a partir de um repertório sociocultural; uso de informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; conhecimento dos mecanismos linguísticos; e proposta de intervenção. De acordo com a professora de redação Fernanda Bérgamo, citar acontecimentos vivenciados dentro do BBB pode render aos vestibulandos pontos na segunda competência, desde que estejam relacionados com o tema.

“Como estamos falando de um programa de repercussão fortíssima, nós sabemos que temas, teses e argumentos precisam ser baseados em informações verdadeiras e de domínio público, e o BBB tem tudo isso. Eu acredito que podem ser citados os participantes e os exemplos protagonizados por eles em cima de várias e várias temáticas”, explica.

Fernanda Bérgamo diz que grandes momentos na “casa mais vigiada” do Brasil podem ampliar o repertório dos estudantes e fortalecer a argumentação nas produções textuais. “Muitas temáticas do Enem podem ser enriquecidas com repertório sociocultural advindo do BBB. Por exemplo, temáticas sobre preconceito linguístico, bullying, homofobia, preconceito contra os nordestinos, entre outras situações”, diz a docente.

A professora de redação Suelen Oliveira explica que a banca de correção considera como repertório sociocultural “informações, fatos, citações que contribuem para a construção do argumento na discussão proposta pelo participante.” Ela ainda afirma que os estudantes, ao selecionar argumentos que sustentem seu posicionamento, podem ganhar pontos na competência três, mas devem ficar ligados, pois, “não adianta citar por citar, é necessário que esteja bem relacionado com a argumentação desenvolvida no texto”.

A professora Suelen Oliveira listou, em entrevista ao LeiaJá, alguns desses momentos, confira:

Cultura do cancelamento - intolerância pode acabar igualando canceladores e cancelados. A exemplo de Karol Conká que excluiu Lucas Penteado do convívio da casa por um erro dele.

Transfobia – os homens foram maquiados pelas mulheres e em seguida começaram a desfilar e fazer pose na frente do espelho forçando personagens afeminados. O gesto pode representar uma violência contra pessoas trans.

Xenofobia - o termo entendido como rejeição ao estrangeiro foi um processo vivido pela paraibana Juliette Freire, quando participantes fizeram piada com seu sotaque. Ela acusou os outros confinados de a tratarem de forma diferente simplesmente porque é nordestina.

Machismo – as falas consideradas homofóbicas do participante Arthur, assim como o comentário feito por Fiuk sobre Juliette “estar na seca”, em referência à vida amorosa da participante no reality, fizeram a busca pelo termo aumentar no Google.

Racismo – a questão foi levantada após Rodolffo fazer um comentário sobre o cabelo black power de João como sendo um penteado, desconsiderando toda uma luta antirracista de resistência.

Saúde mental – depressão e bullying – essas questões atingiram diretamente o participante Lucas que, após tentar jogar pretos contra brancos, acabou sendo punido por outros participantes e ficou basicamente isolado. O fato acabou gerando sua saída precoce do programa.

Ano após ano, os possíveis temas da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são especulados entre os alunos em sala de aula. Com um peso considerável para os estudantes que desejam prestar um bom vestibular, a redação costuma abordar temas voltados para o campo social, exigindo do fera conhecimento dos principais assuntos atuais discutidos na sociedade.

A prova consiste em um texto argumentativo dissertativo, em que o aluno deve apresentar um raciocínio ancorado em argumentos, fatos e dados que o auxiliem, no decorrer do texto, a apresentar a defesa de uma tese ou idéia relacionada ao tema proposto. Os últimos temas mostram semelhanças, porém com particularidades que envolvem seus respectivos universos de estudo. Relembre as temáticas das últimas cinco edições do Enem:

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2017  - Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil

2016 - Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil

2015 - A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

2014 - Publicidade infantil em questão no Brasil

2013 - Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil

Em 2017, por exemplo, o tema “Desafios para formação educacional de surdos no Brasil” foi dissertado pelos estudantes gerando um grande debate sobre inclusão social e políticas públicas destinadas a deficientes auditivos no país. No ano de 2016, “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil” exigiu que o aluno apontasse possíveis soluções para acabar com o preconceito religioso. O tema veio em um ano de bastante polarização política vivenciada pela sociedade, e o vestibulando que conseguiu traçar um bom raciocínio pautado na tolerância e no respeito à diversidade e ao próximo, conseguiu um bom resultado com seu material final.

Segundo o professor de redação Felipe Rodrigues, os vestibulandos devem estar atentos para os critérios avaliativos da prova, que podem se resumir em: gramática, conteúdo e soluções inovadoras para o problema abordado. “O aluno tem que se ater a proposta imposta pelo Enem, que é o texto argumentativo dissertativo. A redação precisa ser redigida com clareza, dividida em introdução, onde o aluno faz uma apresentação do tema; desenvolvimento, que consiste na parte que o fera vai expor seus argumentos e dados referentes ao assunto. É importante que o desenvolvimento contenha dois ou três parágrafos. E por fim, conclusão, o espaço no qual deve-se apresentar propostas inovadoras para solucionar a problemática apresentada”, pontua.

Como dica, Felipe destaca que o fera deve estar familiarizado com os temas sociais em discussão nas semanas próximas do Exame. “O estudante deve se embasar em problemáticas sociais e aprofundar os estudos na busca de diversos agentes polifônicos, a fim de trabalhar em áreas como filosofia, sociologia, história, geografia e analogia, visando à ampliação de seu campo de conhecimento para expandir a capacidade de argumentação”, enfatiza.

Por Fabio Filho

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A candidata à Presidência Marina Silva (PSB) arrancou risos da plateia de um debate sobre internet ao dizer que os boatos que a pintam como "exterminadora do futuro" já levam a brincadeiras de que ela acabou com o programa "A Grande Família", da TV Globo. "Já dizem que eu acabei com o programa que ia ao ar toda quinta-feira e que todo mundo gostava", ironizou a candidata.

A candidata reclamou da acusação de adversários de que seu programa foi feito a lápis, crítica que será usada até no programa eleitoral de TV. "Nosso programa foi feito a muitas mãos, a muito corações, porque é nisso que acreditamos", defendeu Marina, que disse querer não fazer um governo para pessoas e para partidos, mas com pessoas e partidos.

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Marina repetiu que não há argumentos contra o "marketing selvagem" e que prefere perder ganhando a ganhar perdendo. A candidata reafirmou que não pretende abrir mão de ética e valores, em crítica implícita aos adversários Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).

Patentes

Marina não respondeu diretamente se é a favor ou contra o patenteamento de softwares e de seres vivos. Ela disse que a argumentação não pode se reduzir a "dualidade opositiva". Ela citou que, por ela defender fontes limpas de energia, saiu nas manchetes dos jornais que ela seria contra o pré-sal.

Marina reforçou não ser contra o pré-sal e voltou ao tema em debate. Ela fez uma ligação com a madeira certificada, dizendo que várias pessoas gostariam de comprar mas que isso não precisa ser imposto. "Precisamos ter mecanismos, ferramentas para fazer a escolha e que o Estado possa fazer essa alavancagem", defendeu a candidata.

Perguntada sobre alfabetização digital, Marina lembrou que seu "letramento digital" aconteceu em 2010, na Campus Party. "Cheguei lá tímida. De repente estava lá engatinhando para participar do processo em rede", disse Marina, que argumentou ver hoje a alfabetização digital como processo tão importante quanto a alfabetização tradicional, pois permite que a pessoa se transforme em produtor de conhecimento e de cultura. A candidata defendeu que haja políticas para incluir as crianças e os professores na comunidade digital.

Ao falar da sua alfabetização aos 16 anos e sua origem humilde, Marina voltou a dizer ser vítima de preconceito, como foi o ex-presidente Lula na disputa contra Fernando Collor, em 1989.

Rouca, Marina participa há mais de uma hora do debate, na capital paulista. Algumas vezes colocou a mão na garganta, evidenciando a dificuldade em falar.

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