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O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga disse, nessa terça-feira (4), que vai apoiar o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto. O sócio da Gávea Investimentos afirmou que a margem de 6 milhões de votos entre Lula e o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno é insuficiente.

"Vou declarar apoio a Lula. Pensei em anular (o voto) para indicar pouca confiança nos dois finalistas, pensando nas oportunidades desperdiçadas pelo PT no poder. Não vejo uma margem suficiente e, como já disse, os riscos aumentaram", declarou Armínio.

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Crítico da gestão Bolsonaro, Armínio foi peça fundamental no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), à frente do Banco Central. Ele avaliou como "muito otimista" a reação do mercado anteontem, com a disparada das ações de estatais depois da eleição de um Congresso amplamente conservador e o desempenho de Bolsonaro nas urnas melhor do que mostravam as pesquisas de intenção de voto.

Armínio respondeu por e-mail aos questionamentos do Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, e se mostrou preocupado com a indefinição do cenário eleitoral polarizado entre os dois candidatos e chamou a atenção para a governabilidade em eventual vitória de Lula. "Tenho sido muito crítico do atual governo. Com mais poder no Congresso, minhas preocupações aumentaram ainda mais. E, em caso de uma vitória de Lula, vai ser difícil governar."

Falta de propostas

A ausência de um debate de propostas dos candidatos à Presidência incomoda o economista. Na antevéspera da votação em primeiro turno, o debate da TV Globo que reuniu sete candidatos ao Planalto foi marcado por troca de ofensas e a apresentação de propostas ficou em segundo plano.

"Faz falta aprofundar os debates sobre temas políticos, sociais e econômicos. Sobre tudo, na verdade", disse Armínio. Questionado sobre qual tema considera com potencial para se transformar num divisor de águas para eleitores ainda indecisos, ele destacou a defesa da manutenção do estado democrático. "Para o eleitorado, confesso que não sei. Para mim, a garantia de que a qualidade da nossa democracia não será prejudicada."

O economista e ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga afirmou, durante participação no lançamento da "Agenda Inadiável", do grupo Derrubando Muros, que há muito espaço para o Brasil crescer economicamente, mas que um dos empecilhos está dentro do cenário político nacional. "Nós viramos conservadores, sem ter muito que conservar", disse.

Para o economista, o que existe hoje no sistema político do País é um sistema que, ao mesmo tempo que impede desastres maiores, também impede o progresso. "Cada deputado tem direito a veto, aí as coisas não andam. Mas quando as coisas pioram muito, se ativa um instinto de sobrevivência e nós vamos empurrando com a barriga esse modelo", criticou Fraga.

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Para o ex-presidente do BC, com um sistema político "bastante disfuncional", é preciso repensar a economia e a política ao mesmo tempo. "É trocar a turbina de avião voando, com isso nós temos", disse. Fraga disse esperar não ser necessário outra crise econômica no País para que se tente "movimentos heroicos. Eles tendem a não dar certo", afirmou.

O Derrubando Muros é um grupo apartidário formado por, entre outros, ativistas, cientistas, comunicadores, acadêmicos e empresários. O documento "Agenda Inadiável", elaborado pelo movimento, reúne propostas para 11 áreas temáticas, entre elas a economia verde, inovação, energia, saúde, educação, entre outras áreas.

No documento, o grupo chama atenção para o distanciamento do poder Executivo, nos últimos anos, da elaboração de políticas públicas que alinhem o Brasil com o crescimento e desenvolvimento do mundo, e sugerem soluções da sociedade civil para a economia nacional.

Segundo a "Agenda Inadiável", o País tinha a "ilusão" de que, devido a seu clima, território, diversidade cultural, entre outros pontos, se "alinharia quase que por gravidade", ou seja, teria um cenário econômicos próspero. No entanto, pondera, "o atual governo federal, distópico e antidemocrático" pôs um fim a essa esperança de que o País "pegaria no tranco".

"Fundado há 3 anos em reação a essa desesperança, o Derrubando Muros foi dando-se conta de que o País que almejamos há muito vem sendo gestado pela sociedade civil", pontua o documento.

Segundo os idealizadores, não fosse a atuação da sociedade civil e sua "pressão contínua para gerar atenção", o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), por exemplo "não teria saído do papel". Dessa forma, integrantes do grupo articularam ideias para 11 áreas temáticas, entre elas a economia verde, inovação, energia, saúde, educação, entre outras áreas.

Classificando a administração do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, como "distópica e antidemocrática", o grupo afirma que se acreditava que a economia do País cresceria, naturalmente, "quase que por gravidade" por causa de seus pontos fortes - o clima, o vasto território, a diversidade cultural, a Amazônia, a paz com os vizinhos.

No entanto, o Brasil viu a "ilusão" de crescimento ser derrubada "por líderes que insistimos em eleger e comportaram-se como atores diversionistas e populistas", criticou.

O grupo reúne especialistas como Ana Toni, diretora executiva do Instituto Clima e Sociedade; Fersen Lambranho, empreendedor; Horácio Lafer Piva, economista e empresário; Joana Monteiro, doutora em economia, coordenadora do Centro de Ciência Aplicada à Segurança da FGV; Luíz Barroso, engenheiro especializado em energia, diretor-presidente da PSR Consultoria; Pedro Hallal, epidemiologista e ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas, entre outros.

Durante o processo eleitoral havia uma única certeza: que Guido Mantega seria substituído no comando do ministério da Fazenda caso Dilma Rousseff fosse reeleita. No mesmo processo eleitoral, o PT fez diversas críticas à eventual politica econômica que seria implementada caso Aécio Neves vencesse a eleição e Armínio Fraga fosse confirmado como ministro da Fazenda.

Passado o processo eleitoral, Dilma Rousseff precisou convocar Joaquim Levy para ser o seu ministro da Fazenda, isso após Levy ter sido um dos colaboradores da área econômica de Aécio Neves, que era liderada por Armínio Fraga. A decisão de indicar Levy, que possui um currículo invejável, sendo Doutor em economia pela Universidade de Chicago (EUA), foi bem aceita pelo mercado financeiro num primeiro momento.

Porêm, ao longo dos meses à frente da Fazenda, Levy se mostrou engessado, isso porque o ajuste fiscal proposto por ele não foi seguido à risca e consequentemente não teve o resultado esperado após quase onze meses de trabalho. A economia brasileira segue em frangalhos e sem qualquer perspectiva de mudança pelos próximos meses.

Naturalmente, quando um time está perdendo o técnico é o primeiro a ter a sua cabeça cortada. Isso serve para o futebol e também para a política. Dilma é "o técnico", enquanto Levy é uma espécie de "camisa 10" e "capitão" do time. Como o técnico, apesar dos percalços, segue legitimado por 54 milhões de votos, o capitão do time é a bola da vez para ser substituído. Não existem mais condições políticas para Levy continuar. Isso porque dentro do próprio governo há restrições a sua manutenção no cargo.

Pra completar o inferno astral de Levy, ele tem um "torcedor" que vive querendo sua cabeça. Trata-se do ex-presidente Lula, que quando coloca uma coisa na cabeça só sossega quando ela acontece. Lula tem defendido a saída de Levy para ser substituído pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Assim como Levy, Meirelles é extremamente respeitado no PIB nacional e na ótica otimista de Lula ele pode, como num passe de mágica, mudar a economia brasileira.

Se tivesse uma aposta a ser feita sobre o principal acontecimento do governo federal antes de terminar 2015, essa aposta é a saída de Joaquim Levy para dar lugar a Henrique Meirelles, que oxalá tenha mais sorte que Levy no comando dos rumos da economia brasileira, que vai de mal a pior.

TJPE - O Pleno do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) elegeu, em sessão ocorrida ontem, a mesa diretora para o biênio 2016/2017. O desembargador Leopoldo Raposo foi eleito presidente do Poder Judiciário de Pernambuco. O novo corregedor geral da Justiça será o desembargador Roberto Ferreira Lins, e a 1ª e a 2ª vice-presidência serão ocupadas, respectivamente, pelos desembargadores Adalberto Melo e Fernando Martins. A posse será em fevereiro de 2016.

Fernando Monteiro - O deputado federal Fernando Monteiro (PP) esteve na Amupe ontem para participar de uma oficina que discutiu melhorias na qualidade da educação municipal. Fernando, que integra a Comissão de Esportes da Câmara dos Deputados, apresentou um projeto que inclui a prática de esportes como obrigatória no currículo escolar.

Tony Gel - O deputado estadual Tony Gel (PMDB), vice-líder do governo na Alepe, realizará um evento numa churrascaria em Caruaru no dia 26 que contará com a presença de pré-candidatos a vereador, o vice-governador Raul Henry e o deputado federal Jarbas Vasconcelos. O evento servirá para dar um start na sua pré-candidatura a prefeito de Caruaru no ano que vem.

Troco - O presidente da Alepe deputado Guilherme Uchoa (PDT) está apoiando a candidatura de Jefferson Calaça a presidente da OAB Pernambuco. Uchoa decidiu dar o troco no atual comando da entidade por conta dos inúmeros questionamentos e representações realizados contra ele, sobretudo no que diz respeito ao seu quinto mandato como presidente da Casa Joaquim Nabuco, conquistado em fevereiro deste ano.

RÁPIDAS

Claucione Lemos - A empresária e ativista da causa animal Claucione Lemos, pré-candidata a vereadora de Jaboatão dos Guararapes pelo PSDB, tem se movimentado bastante no município. Com uma intensa agenda de compromissos, Claucione tem conseguido ampliar bastante a sua rede de apoios e pode ser uma das grandes surpresas nas eleições de 2016.

Elogios - O secretário da Casa Civil Antonio Figueira, que era visto pelo meio político como alguém antipático e pouco acessível, tem conseguido mudar paulatinamente esta percepção dos políticos. Ele já tem recebido elogios de deputados, prefeitos e lideranças políticas por ser mais atencioso e resolver as demandas com grande agilidade e presteza. 

Inocente quer saber - Até quando acontecerão atentados como o ocorrido ontem em Paris?

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), cumpre agenda no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (5). Na capital carioca, ele encontra com o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine. A conversa entre os dois deve ser pautada a partir dos investimentos e obras da estatal no estado, mais precisamente em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), onde está sendo instalada a Refinaria Abreu e Lima (Renest). 

A Renest, desde que os esquemas de corrupção da Petrobras começaram a vir à tona, teve o ritmo das obras reduzido atrasando ainda mais a finalização do empreendimento. Câmara e Bendine se reúnem às 12h30.

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Antes disso, Paulo Câmara encontra com o economista Armínio Fraga, com quem debate estratégias visando amenizar o impacto da crise nacional em Pernambuco.  

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nota nesta quarta-feira, 15, para negar que tenha convidado o então presidente do Banco Central, Armínio Fraga, para continuar no cargo quando venceu as eleições de 2002. Para Lula, Aécio "mentiu no debate da TV Bandeirantes". "Nunca fiz esse convite. É lamentável um candidato falsificar fatos históricos em um debate para a Presidência da República", escreveu o ex-presidente.

A possibilidade de permanência de Armínio no posto ou a sua colaboração com o governo do PT foi noticiada algumas vezes pela imprensa durante a campanha presidencial de 2002. As reportagens informavam que o comando do PT considerava importante esta sinalização para dar credibilidade ao novo governo. A informação, porém, nunca foi confirmada oficialmente por Lula nem por Armínio.

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Em 13 de dezembro de 2002, dia em que anunciou Henrique Meirelles como seu presidente do Banco Central, Lula agradeceu publicamente a Armínio pelo seu comportamento e o trabalho em parceria com Antônio Palocci, que chefiava a equipe de transição. "Agradeço o comportamento do atual presidente do BC, Armínio Fraga, que trabalhou com Palocci e fez o maior esforço para garantir a permanência de toda a diretoria do BC até que seja nomeada a nova", disse Lula em matéria publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Um dos principais coordenadores do programa de governo de Aécio Neves (PSDB), Armínio Fraga defendeu a candidata à Presidência Marina Silva, do PSB, dos ataques feitos à proposta de autonomia formal do Banco Central. "Querer dizer que a independência do Banco Central vai criar uma ameaça às políticas sociais do Brasil é um absurdo total", afirmou, em conversa com jornalistas.

Mais cedo, em debate promovido pelo Grupo Lide com empresários, Armínio já havia defendido a autonomia formal do Banco Central e afirmou que isso irá acontecer algum dia. Ele também lembrou que, quando foi presidente do BC entre 1999 e 2002, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já havia lhe concedido essa autonomia, embora não escrita em lei.

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Ao comentar o que disse ser uma das campanhas mais populistas no debate eleitoral, Armínio Fraga disse acreditar que os ajustes propostos irão tirar o Brasil da paralisia e afirmou não ter "uma lista de maldades para anunciar aqui".

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, afirmou que "fez questão" de sinalizar no debate desta terça-feira, 26, na TV Bandeirantes como será a condução da economia, se eleito. O tucano confirmou oficialmente, em suas considerações finais, que o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga seria seu ministro da Fazenda.

"Tive a oportunidade de dizer o que penso e as pessoas, com muita percepção, saberão que as propostas não são parecidas", afirmou. "Quero conduzir a política econômica com transparência fiscal e previsibilidade. Armínio será meu ministro e com isso sinalizo que temos quadros qualificados. O Brasil não é para amadores", voltou a dizer Aécio.

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O tucano ressaltou que o Brasil não pode continuar sendo o "lanterna" no crescimento. Ele afirmou que o País cria cada vez menos empregos com carteira assinada e está sempre com a inflação no teto da meta. "O Brasil paga um preço caro pela inexperiência daqueles que o governam", disse.

Presidente do Banco Central (BC) no segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o economista Armínio Fraga, sócio da Gávea Investimentos, tem mantido contatos com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), possível candidato à Presidência da República nas eleições do próximo ano. "Tenho conversado com o Aécio e vejo ali um potencial de boas ideias, de boas políticas", afirmou Armínio nesta sexta-feira, 11, após participar do seminário "A agenda estratégica do Brasil", promovido pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), no Rio.

Armínio classificou as conversas como informais e não quis comentar quais temas têm sido debatidos nem as sugestões que tem feito ao senador. "Tenho tido discussões, principalmente com ele (Aécio), mas já tive com outros também, sobre vários temas da nossa economia", disse Armínio, informando que tem conversado também com empresários. "Há uma sensação geral de que algumas coisas precisam mudar e isso faz parte das conversas". Ele não deu exemplos de pontos que precisam mudar e evitou comentar sobre as posições de Aécio. "É difícil falar por outra pessoa, mas tenho certeza pelo que leio do que ele diz publicamente que ele tende a achar, como a maioria das pessoas, que o Brasil precisa investir mais e melhor", disse Armínio, completando que esse também é um objetivo do governo: "A questão é de execução. Mas é claro que existem diferenças fundamentais de concepção". Perguntado se tem mantido conversas também com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), Armínio negou.

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