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O juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, absolveu o ex-presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, o ex-ministro Guido Mantega e o filho dele, Leonardo Mantega, na ação penal da Operação Bullish.

Eles foram denunciados por formação de quadrilha, corrupção, gestão fraudulenta, prevaricação financeira e lavagem de dinheiro.

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O processo foi encerrado em primeira instância por falta de provas. "Não se encontra nos autos prova alguma que ampare a narrativa ministerial", escreveu o juiz federal.

A sentença afirma que a denúncia foi baseada 'unicamente' nas declarações 'genéricas e vazias' prestadas pelo empresário Joesley Batista, do grupo JBS, em sua delação premiada.

O advogado Aloísio Lacerda Medeiros, que representa Luciano Coutinho, diz que a decisão "põe fim à injusta acusação" e que o cliente foi vítima de "absurdas imputações".

Denúncia

O Ministério Público Federal (MPF) acusou Mantega de supostamente influenciar o então presidente do BNDES a fazer operações financeiras para favorecer a JBS em troca de propinas.

Ao longo dos dois primeiros mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Guido Mantega foi ministro do Planejamento, da Fazenda e também comandou o banco público.

O esquema, segundo a denúncia, teria desviado bilhões por meio de concessões irregulares de apoio financeiro da subsidiária BNDESPar ao grupo JBS entre os anos de 2007 e 2009.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO ALOÍSIO LACERDA MEDEIROS, QUE REPRESENTA LUCIANO COUTINHO

"Essa decisão põe fim à injusta acusação de que na gestão de Luciano Coutinho na presidência do BNDES existiria uma 'caixa preta' voltada, inclusive, para beneficiar o Grupo JBS de Joesley Batista. Isso foi fortemente sustentado pelo ex-presidente Bolsonaro que durante o seu governo sempre sustentou essa leviandade que hoje foi amplamente desmascarada pela irrepreensível sentença da Justiça Federal do Distrito Federal que afastou todas as absurdas imputações do Ministério Público Federal."

O ex-ministro Guido Mantega pediu para deixar a equipe de transição do governo Lula, a qual havia integrado de forma voluntária, para ajudar no processo de mudança do governo. A decisão foi revelada pela coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, e confirmada pela assessoria de comunicação do governo de transição de Lula.

Segundo a assessoria, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, ligou para Mantega para agradecer pelo trabalho e pelo gesto de desprendimento em relação ao cargo.

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Em carta enviada a Alckmin, que é o coordenador-geral da equipe de transição, Mantega diz que aceitou trabalhar como colaborador não remunerado, sem cargo público, devido à punição imposta a ele pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em 2014, nos episódios das chamadas "pedaladas fiscais", que desembocariam no impeachment da então presidente Dilma Rousseff.

"Em face de um procedimento administrativo do TCU, que me responsabilizou indevidamente, enquanto ministro da Fazenda, por praticar a suposta postergação de despesas no ano de 2014, as chamadas pedaladas fiscais, aceitei trabalhar na Equipe como colaborador não remunerado, sem cargo público, para não contrariar a decisão que me impedia de exercer funções públicas por 8 anos", afirma Mantega, na carta.

Mesmo assim, disse o ministro, "essa minha condição estava sendo explorada pelos adversários, interessados em tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo. Diante disso, resolvi solicitar meu afastamento da Equipe de Transição, no aguardo de decisão judicial que irá suspender os atos do TCU que me afastaram da vida pública."

Guido Mantega afirmou que aceitou "com alegria o convite para participar do Grupo de Transição, na certeza de poder dar uma contribuição para a implantação do governo democrático do presidente Lula", mas que julgou ser melhor se retirar de cena, devido aos tumultos que alegou. "Estou confiante de que a justiça vai reparar esse equívoco, que manchou minha reputação."

Na semana passada, Guido Mantega enviou uma carta a representantes dos governos americano, chileno e colombiano pedindo para adiar a eleição para a presidência do BID. O ato causou polêmica. O Brasil foi o primeiro a apresentar um candidato oficial à corrida pela liderança do BID. Há cerca de três semanas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável pela indicação, havia oficializado o nome do então diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Hemisfério Ocidental, Ilan Goldfajn, conforme antecipou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A Procuradoria da República no Distrito Federal denunciou o empresário Joesley Batista, os ex-ministros Guido Mantega e Antônio Palocci e o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho por irregularidades em aportes de R$ 8,1 bilhões do banco público na JBS. Além deles, foram denunciadas outras oito pessoas, entre elas, funcionários do BNDES acusados de gestão fraudulenta.

Os procuradores acusam os citados pela prática de crime como formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta, prevaricação financeira e lavagem de dinheiro. A denúncia foi feita no âmbito da Operação Bullish e encaminhada à 12.ª Vara Federal em Brasília. No documento, a procuradoria cobra um total de R$ 5,5 bilhões dos denunciados, sendo R$ 1,8 bilhão por causa do suposto prejuízo causado ao banco público e outros R$ 3,7 bilhões como reparação de danos.

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Os valores vão além do montante pago em acordos de colaboração assinados com a Procuradoria-Geral da República, em 2017. Atualmente, a PGR se manifestou pela rescisão dos acordos dos executivos do Grupo J&F. A decisão ainda está pendente no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o procurador Ivan Marx, Joesley Batista não abordou em seu acordo os crimes agora denunciados. O advogado do empresário contesta essa versão.

Segundo o MPF, os pagamentos de propinas aos ex-ministros Palocci e Mantega, os dois dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, tinham como objetivo favorecer o projeto de internacionalização da JBS.

"Foi articulado um esquema alimentado por propina que garantiu decisões políticas e econômicas tomadas no BNDES em favor daquela que se tornaria a maior produtora de proteína animal do mundo", afirma o MPF.

Esquema

De acordo com a denúncia, as supostas irregularidades foram executadas por quatro núcleos. Joesley Batista, representando o núcleo empresarial, solicitou os financiamentos "superavaliados" ao BNDES. O grupo político formado por Palocci, Mantega e Coutinho, por sua vez, teria se beneficiado das vantagens indevidas para liberar os aportes por meio de gestões no banco público.

Victor Sandri, apontado como operador de Mantega, seria representante do núcleo intermediário e se encarregava, diz o MPF, de realizar o lobby como banco e receber o dinheiro pago pelos empresários. Na ponta do esquema, explica o MPF, estaria o núcleo técnico formado por funcionários do BNDES, que seriam responsáveis por "justificar" os aportes dentro do banco público.

Propina

Sobre os pagamentos de vantagens indevidas, o MPF afirma que Victor Sandri foi corrompido por Joesley, que tinha interesse em ter acesso ao então ministro Guido Mantega.

Palocci, narra a denúncia, aparece nas fraudes a partir de 2008 e teria recebido os pagamentos por meio de sua empresa de consultoria. O contrato firmado entre a empresa e o ministro previa um adiantamento de R$ 500 mil e outros R$ 2 milhões como comissão. "A consultoria tinha o único objetivo de esquentar os recursos pagos ao deputado para exercer pressão sobre o BNDES na operação de apoio do BNDESPar para a JBS adquirir a empresa Pilgrim’s", diz o MPF em nota.

A defesa de Joesley, por meio de nota, afirmou que os fatos da denúncia foram tratados em anexos entregues em colaboração firmada com a PGR e homologada pelo STF, em 2017. "É preciso que sejam garantidos os direitos assegurados àqueles que firmam acordo e colaboram com a Justiça", diz a nota.

Os advogados de Luciano Coutinho afirmaram que a denúncia é descabida, com conclusões "calcadas em ilações destituídas de provas e de fundamentos" e não se sustentam tecnicamente. "A defesa de Luciano Coutinho reitera sua confiança na Justiça e reafirma a convicção de que a denúncia não vai prosperar", afirmaram os defensores. O Estado não conseguiu contato com a defesa de Victor Sandri. Os advogados de Mantega e Palocci não responderam até o fechamento desta edição.

O juiz Francisco Codevila, da 15ª Vara Federal de Brasília, aceitou denúncia do Ministério Público e colocou no banco dos réus o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, o ex-presidente do Banco do Brasil Aldemir Bendine, o ex-secretário do Tesouro Arno Augustin, e o ex-subsecretário de Políticas Fiscais Marco Pereira Aucélio. Os quatro são acusados no caso das "pedaladas fiscais" do governo Dilma Rousseff (PT).

Na mesma decisão, o magistrado questionou a 'incongruência legal' que deixou de lado a ex-presidente Dilma e o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho. Por terem mais de 70 anos, o prazo de prescrição para os dois venceu em 2016, deixando-os de fora da denúncia apresentada pelo Ministério Público.

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A procuradoria alega que Mantega e os demais réus praticaram crimes contra as finanças públicas ao atuarem na realização de operações de crédito com recursos do BNDES e do Banco do Brasil para pagamento de programas sociais da União, mantendo assim a meta fiscal do governo.

O caso ficou conhecido como "pedaladas fiscais" e levou à rejeição das contas do governo Dilma Rousseff, além de embasar o pedido de impeachment que a destituiu do cargo em 2016.

"As elevadas dívidas contraídas pela União junto ao Banco do Brasil caracterizam, assim, operação de crédito, pois houve financiamento de despesas com a utilização de recursos de outrem", afirma o Ministério Público.

A procuradoria afirma que os acusados atrasaram o repasse a Estados e Municípios dos royalties referentes à exploração de petróleo ou gás natural. Ao aceitar a denúncia, o juiz Francisco Codevila alega ter encontrado "substrato probatório mínimo" para colocar Mantega, Bendine e os demais acusados no banco dos réus.

"Assim sendo, concluo que a peça acusatória cumpre os requisitos formais, descreve fatos que, em tese, são criminosos e está amparada em elementos de convicção que, em exame preliminar, confortam as circunstâncias de fato e de direito nela relatadas", afirma.

Apesar de ter sido o principal alvo das pedaladas fiscais, a ex-presidente Dilma Rousseff não foi denunciada pelo Ministério Público. A procuradoria alega que, no caso dela e de Luciano Galvão Coutinho, o crime prescreveu em 2016, visto que ambos possuem mais de 70 anos, reduzindo para dois anos o ato prescricional contado a partir de 2014.

O juiz Francisco Codevila ressaltou o que chamou de "incongruência do sistema legal" ao explicar que o suposto crime das pedaladas fiscais está previsto não apenas na lei de crimes de responsabilidade como também no código penal.

"Ou seja, o mesmo ato pode levar o Presidente da República a perder o cargo, no juízo político, e a pagar uma cesta básica, no juízo comum", afirma. "Evidentemente, há algo errado! Ora, se o mesmo fato pode levar à consequência extrema da perda do cargo de Presidente da República, não é razoável que seja apenado com o mero pagamento de uma cesta básica."

Segundo o magistrado, a situação decorre de uma "reforma legislativa descontextualizada do sistema legal". "O equívoco flagrante está em reprimir o crime contra as finanças públicas - que pode ensejar a perda do cargo mais importante do país - com a previsão de uma pena máxima tão baixa", afirma Codevila.

O juiz alega que devido ao curto período de prescrição (dois anos, no caso de Dilma), mesmo se a ex-presidente fosse denunciada, não acarretaria grandes consequências na esfera penal.

"Como explicar para a sociedade que a conduta que redundou na perda do cargo de Presidente da República e gerou tanta celeuma no país devido ao embate de correntes ideológicas divergentes, agora, não acarrete qualquer consequência na esfera penal? Não há como", questionou.

Defesas

A reportagem busca contato com a defesa dos acusados. O espaço está aberto para as manifestações.

A Justiça Federal em Brasília recebeu hoje (23) denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, além outros integrantes do PT, pelo crime de organização criminosa. A decisão foi proferida pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara.

Com a decisão, além de Lula e Dilma, passam à condição de réus no processo os ex-ministros da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega, e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

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Eles foram acusados pelo MPF de praticar “uma miríade [quantidade grande e indeterminada] de delitos” na administração pública durante os governos de Lula e de Dilma Rousseff, somando R$ 1,4 bilhão em desvio de recursos dos cofres públicos.

O caso começou a tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado, mas foi remetido à primeira instância após os acusados deixarem os cargos e perderam foro privilegiado.

 

Criar um ambiente favorável à volta do crescimento sustentável de Pernambuco, baseado em eixos fundamentais para a retomada do desenvolvimento e geração de emprego. Este é o desafio que o próximo governador terá que encarar, segundo afirmou o candidato da coligação Pernambuco Vai Mudar, senador Armando Monteiro (PTB), em evento promovido pela Câmara de Comércio Americana (AmCham), na sede da entidade no Recife, no Pina, Zona Sul da capital. Armando falou por cerca de uma hora para uma plateia de 120 associados da entidade, com empresários de diversos setores, como construção civil, tecnologia e indústria alimentícia, na primeira rodada de palestras que a AmCham está fazendo nos Estados com os principais candidatos ao governo. Aliás, Pernambuco foi o Estado escolhido para o início da série, que ainda terá São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Para Armando, o quadro que Pernambuco vive é grave. “Já estamos acima do limite prudencial, com 49% da receita corrente líquida destinada a pessoal. Se somarmos o custeio, sobra algo muito inexpressivo para investimentos. Isso num ambiente de total deterioração da infraestrutura, com a malha viária em estado deplorável, por exemplo”, afirmou Armando. 

 

Máquina inchada

Sobre isso, Armando lembrou que há muitos cargos comissionados na estrutura governamental e que pretende trabalhar em uma lei estadual que regule a governança nas empresas estatais, com critérios estabelecidos em méritos e não no que ele chamou de “arranjos políticos nefastos”. “Houve recentemente trocas de última hora em postos-chave da administração. Precisamos proteger essas empresas de influências nefastas”, reforçou o senador.

Alfinetando o PSB

Questionado por um participante do evento a respeito do receio que muitos empresários têm em fornecer para o governo do Estado, Armando lamentou que “Pernambuco esteja tratando mal os seus prestadores de serviços: há R$ 1,3 bilhão em restos e atrasos consideráveis na folha de pagamento de terceirizados, em áreas importantes como a saúde”.  O candidato alertou que os fornecedores devem ter tratamento isonômico. “A solução é criar um programa de compras governamentais e estimular a economia do Estado.

Guido enrolado

O juiz Sérgio Moro aceitou a denúncia contra o ex-ministro Guido Mantega pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na edição das medidas provisórias 470 e 472, conhecidas como MP da Crise. Ele foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter beneficiado empresas do Grupo Odebrecht com a medida, em troca de propina de R$ 50 milhões.

Não

O juiz rejeitou a denúncia contra o ex-ministro Antonio Palocci neste caso, por falta de provas, e afirmou que ele deve ser ouvido como testemunha de defesa.

Garantia

O deputado federal Sebastião Oliveira conseguiu, junto ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, aprovar um crédito de R$ 10 milhões, que será utilizado nas obras de restauração e duplicação da BR-104, no trecho que liga o município de Toritama ao distrito de Pão de Açúcar.

Dinheiro cheio

No total, a BR-104 está sendo contemplada com cerca de R$ 90 milhões em investimentos. Os recursos são frutos do convênio firmado entre o Governo de Pernambuco e o Ministério dos Transportes.

Todos querem Lula

O presidente do PDT, Carlos Lupi, mantém a intenção de visitar o ex-presidente Lula na cadeia. Lupi afirma que tenta encontrá-lo desde sua prisão, em abril, mas até hoje não foi autorizado.

Bons amigos

"Gosto do Lula. Ninguém vai mudar o meu sentimento pelas pessoas. Depois de Getúlio, o Lula foi o maior presidente para o pobre". 

 

Vitória de Mendonça

O deputado federal e candidato ao Senado pelo DEM, Mendonça Filho, ganhou mais uma ação na Justiça Eleitoral contra Fake News. O Tribunal Regional Eleitoral determinou exclusão imediata de postagem falsa da página “Indignados de Pernambuco”, no Facebook, que fez montagem em um vídeo atribuindo a Mendonça informações de um suposto envolvimento dele na operação Lava Jato.

Em eleição vale tudo

O governador Paulo Câmara (PSB) e o deputado federal Augusto Coutinho (SD), acompanhado de toda a família foram conhecer de perto os trabalhos da Casa de recuperação Cristo Liberta, no município de Igarassu. 

 

Angariando apoio

A convite do vice-prefeito de Pesqueira, Luca Peixoto (MDB), e do líder emedebista Dr. José Peixoto, o vice-governador Raul Henry visitou a cidade no último final de semana e participou de uma reunião com lideranças da região.

Problemão

Os governadores que serão eleitos em outubro encontrarão, no ano que vem, uma verdadeira bomba-relógio: o crescimento acelerado do rombo dos regimes próprios de previdência dos estados. Em 2017, o déficit com o pagamento de aposentadorias e pensões nos estados superou R$ 93 bilhões, segundo dados preliminares da Secretaria de Previdência obtidos pelo GLOBO. 

 

A psicanalista Eliane Berger, mulher do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, faleceu na madrugada deste domingo, dia 12 de novembro, após luta de vários anos contra o câncer. Nos últimos dias, houve piora do quadro de saúde e fora registrada falência múltipla dos órgãos.

Guido Mantega e Eliane Berger eram casados há quase duas décadas e a doença foi detectada ainda quando o economista ocupava o cargo de ministro da Fazenda.

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O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou ter pedido dinheiro a Marcelo Odebrecht, herdeiro da empreiteira que leva seu sobrenome, para as campanhas do PT em troca de benefícios do Governo Federal à empresa. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, nesta segunda-feira (15), Mantega classificou como “mentira” a suposta entrega de “um papelzinho” para Odebrecht durante a negociação de um Refis em 2009, programa que permite às empresas regularizarem dívidas com tributos, pedindo R$ 50 milhões em troca. 

“Isso não ocorreu. É mentira do Marcelo. Ele é um ficcionista. Ele criou uma história. E ela é totalmente inverossímil”, declarou Mantega. Indagado sobre porque Odebrecht mentiria, o ex-ministro disparou: "para você conseguir uma delação, tem que entregar pessoas do alto escalão do governo. Um ou dois presidentes e um ou dois ministros. De certa forma é uma exigência e aí fala do ministro sem provas. Porque não faz sentido essa questão do Refis. E menos ainda R$50 milhões que diz que pedi num bilhetinho. Que bilhetinho? Mostra o bilhetinho".

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Na delação, Odebrecht disse que o valor foi destinado a conta de crédito administrada por Antônio Palocci e gasto em 2014 com a campanha de Dilma Rousseff (PT). "Por que não usamos esse crédito em 2010, quando a campanha acabou com uma dívida de R$ 17 milhões? Esse crédito foi transferido para 2014? Eu nunca vi um crédito dessa natureza. É da cabeça dele”, observa Mantega na entrevista. 

Ao jornal, Mantega também disse que teve várias reuniões com Odebrecht e que o próprio empresário manifestou o desejo de contribuir com a campanha de Dilma. "Havia uma certa animosidade entre ele e a Dilma. O Marcelo foi derrotado várias vezes e não gostava do governo. Eu acho que queria sinalizar para a Dilma que estava ajudando", ressaltou.

Anistia para tributos 

Sobre a acusação de ter negociado doações a partir de um Refis de tributos de exportação, Mantega disse que vai "explicar e tudo vai ficar claro". 

"Eu estava atrapalhando os planos deles, não estava ajudando... Em 1969, uma lei permitiu que as empresas exportadoras creditassem de IPI, para estimular as exportações. Esse benefício deveria vigorar até 1990, mas eles recorriam à justiça e ganhavam, usufruindo até os anos 2000", relatou, explicando que em 2007 o Superior Tribunal de Justiça julgou uma ação validando o crédito apenas até 1990. 

"O pessoal [empresários] ficou desesperado. Eles estavam aproveitando créditos há 17 anos e teriam que devolver tudo com multa e correção. Procuraram o governo:' se tivermos que pagar vamos quebrar", completou Mantega. 

Segundo o ex-ministro, naquela ocasião a Odebrecht e outras empresas queriam uma anistia e chegaram, inclusive, a fazer uma emenda numa medida provisória do Minha Casa Minha Vida, no Senado. "Articularam apoios, governadores escreveram a Lula para que ele não vetasse a emenda. E o chato do ministro da Fazenda defendeu o veto", declarou, referindo-se a si mesmo. 

Na época, segundo Mantega, Lula vetou a emenda, mas em 2008 fez um Refis para que as empresas parcelassem os débitos. O ex-ministro disse que Lula não conversou com ele sobre o assunto. Já questionado se Marcelo Odebrecht o procurou para negociar, ele disse que sim.

"O Marcelo quer dar a entender que ele era o protagonista, mas eu conversei com Gerdau, Vale, todas as grandes exportadoras brasileira. E também com o Marcelo. E desde quando Refiz é bondade para um segmento? É para milhares e milhares de empresários”, declarou. 

“É humilhação ser chamado de ladrão”

Em setembro de 2016, o ex-ministro foi preso pela Lava Jato, mas no mesmo dia teve a prisão revogada para acompanhar a esposa que fazia uma cirurgia contra o câncer no intestino. Desde então, Mantega disse que sua vida “virou um inferno”. 

“Eu me sinto terrível porque minha reputação foi colocada por água abaixo. A repercussão foi péssima... É uma humilhação ser chamado de ladrão. Praticamente perdi minha reputação, com mentiras, diga-se de passagem, seja na área econômica, seja nessa questão. A minha vida virou um inferno”, lamentou.

Longe do governo desde 2014, Mantega disse que se arrepende de não ter deixado a administração federal em 2011 quando descobriu a doença da esposa e pontuou que hoje participa de projetos internos na FGV. Além disso, o ex-ministro também ponderou durante a entrevista que tem medo de ser preso e condenado. 

O ex-ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff, Guido Mantega, disse nessa quinta-feira (6) em depoimento à Justiça Eleitoral que as afirmações de Marcelo Odebrecht em sua delação premiada relativas a campanha eleitoral de 2014 são “uma peça de ficção”. As informações são do advogado da ex-presidenta Dilma Rousseff, Flávio Caetano.

“Guido Mantega deu um depoimento bastante enfático, afirmando que todas as afirmações de Marcelo Odebrecht são mentirosas. Ele usou essa palavra. Não há uma afirmação de Marcelo Odebrecht que mereça credibilidade. Todas são mentirosas e ele [Mantega] diz que o depoimento de Marcelo Odebrecht é uma peça de ficção”, disse Caetano após acompanhar o depoimento de Mantega no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na capital paulista.

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Mantega foi ouvido pela Justiça Eleitoral na ação em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer, eleita em 2014. A oitiva do ex-ministro da Fazenda ocorreu a pedido da defesa de Dilma Rousseff. Ele teria sido citado por delatores da empreiteira Odebrecht como envolvido no repasse de recursos não declarados para a campanha de 2014. Mantega foi ouvido no TRE de São Paulo entre as 20h e às 21h10, em vídeo-conferência com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na capital federal.

O ex-ministro chegou a ser preso em setembro do ano passado temporariamente pela Polícia Federal (PF) na 34ª fase da Lava Jato, denominada Arquivo X. Ele foi solto no mesmo dia. Mantega foi ministro da Fazenda por mais de oito anos, entre 2006 e 2014, e participou do segundo governo de Luiz Inácio Lula da Silva e do primeiro mandato de Dilma Rousseff.

Reuniões

De acordo com o advogado de Dilma Rousseff, Mantega, enquanto ministro, fez reuniões com representantes da Odebrecht. No entanto, ele negou que nessas ocasiões assuntos relativos a campanhas e doações tenham sido tratados.

“Reuniões coletivas e reuniões particulares eram comuns, porque a Odebrecht, naquele momento, era a terceira empresa mais importante do país. É natural que houvesse reuniões, mas jamais houve qualquer conversa sobre campanha, sobre doação, sobre pagamento, sobre caixa um, sobre caixa dois. [Matega disse] que isso não existiu, que isso é uma afirmação mentirosa e de ficção dele [Marcelo Odebrecht]”.

Flávio Caetano admitiu que podem ter ocorrido reuniões de Mantega com Mônica Moura, esposa do publicitário João Santana. Ele negou, no entanto, que tenha havia irregularidades nos encontros. Durante as investigações, em depoimento perante o juiz Sérgio Moro, Mônica, que era responsável pela parte financeira da empresa de marketing do casal, informou que recebeu US$ 4,5 milhões em uma conta offshore (gerante contas em paraísos fiscais utilizadas para evitar o pagamento de impostos e manter sob sigilo a identidade de seus proprietários) na Suíça. Segundo ela, o repasse era referente a uma dívida por serviços prestados ao PT durante a campanha de Dilma Rousseff à Presidência, em 2010. A empresa do casal fez o trabalho de marketing político da campanha.

“Mônica Moura e João Santana preparavam a candidata [Dilma Rousseff] nos debates. E os debates, vocês se lembram bem, em 2014, a tônica era econômica, isso foi muito forte. E o ministro participou de várias reuniões para colaborar no treinamento da candidata para os debates”, disse Caetano. “[Sobre reuniões pessoais] ele [Mantega] não disse [na oitiva ao TSE]. Pode ter havido alguma coisa sobre programa de governo, porque isto é normal. Uma campanha é muito rápida, muito dinâmica, e aí esses momentos de enfrentamento, o candidato precisa de apoio de quem entende do assunto para se preparar melhor”.

A defesa do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresentou à Justiça Federal em Curitiba um pedido para substituir duas testemunhas arroladas para depor em favor do peemedebista, no processo que responde por acusações de crime de corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Lava Jato. Os advogados solicitaram que o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, passem a integrar a lista de depoentes. 

A intenção é de que os dois sejam ouvidos no lugar do ex-gerente da Petrobras, Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos, e do ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha. O pedido foi impetrado na noite dessa sexta-feira (11). Na justificativa, a defesa de Cunha alega que tanto Bastos quanto João Paulo Cunha não foram localizados para prestar o depoimento.

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O juiz Sérgio Moro, responsável pelo caso em primeira instância, não respondeu à petição até a manhã deste sábado (12). 

Além deles, Eduardo Cunha também arrolou como testemunha de defesa o presidente Michel Temer (PMDB), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e mais 15 pessoas. Temer vai testemunhar por escrito no processo e Lula por videoconferência no dia 30 de novembro. Eduardo Cunha está preso desde o dia 19 de outubro. 

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta quinta-feira, 22, compreender a decisão de soltura do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, mas acredita que ele terá de se apresentar à Justiça em outra oportunidade. De acordo com Aécio, a revogação da prisão foi uma ação "humanitária" de Sergio Moro.

"A decisão é compreensível em razão do estado de saúde da esposa do ex-ministro, mas, certamente, no momento adequado, ele será chamado a se colocar à disposição da Justiça", escreveu o senador em nota.

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O senador também criticou o PT e disse que os interesses partidários se misturaram com os de governo. "Essa nova fase da Operação Lava Jato demonstra o quanto os interesses do PT se confundiam com ações do governo, envolvendo agora o mais longevo ministro da economia da história do Brasil", escreveu. Para o tucano, as denúncias precisam ser investigadas em profundidade.

O ex-ministro Guido Mantega foi preso temporariamente pouco antes das 7h da manhã no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde se encontrava para acompanhar a cirurgia a que estava sendo submetida sua mulher. Segundo a PF, Mantega se entregou na portaria do hospital. Cerca de cinco horas depois de ser preso, ele foi solto por ordem do juiz Sérgio Moro. No despacho, o magistrado alegou que não sabia da condição de saúde da esposa do ex-ministro.

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega estava ao lado da esposa, já pré-anestesiada e sendo conduzida na maca rolante para o centro cirúrgico do Hospital Albert Einstein, quando recebeu o telefonema com a notícia de que estava sendo preso. "Não sei se ela entendeu o que aconteceu, porque eu tive que sair abruptamente, ou o que falei por telefone. Espero em Deus que não", disse o ex-ministro ao seu advogado, José Roberto Batochio, para quem ligou em seguida.

Mantega foi orientado a encontrar os policiais na porta de entrada do hospital para evitar que sua esposa testemunhasse a cena. Segundo o advogado, Mantega ficou "profundamente consternado" por não poder acompanhar a esposa até o local onde ela iria passar por uma delicada cirurgia no cérebro.

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Batochio considerou a prisão um ato "arbitrário, autoritário e desumano". "Apurar, sim. Combater a corrupção, sim. Mas sem essa violência. Isso precisa acabar no Brasil", disse o advogado. Segundo ele, a prisão foi revogada quando as autoridades perceberam que a "desumanidade estava sendo configurada".

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega já deixou a sede da Polícia Federal, em São Paulo, e retornou ao hospital Alberto Einstein, onde a esposa foi submetida, nesta quinta-feira (22), a um procedimento cirúrgico. A confirmação da liberação dele foi dada pelo advogado José Roberto Batochio, que defende o ex-ministro.

Logo cedo, antes das 7h, ele se entregou espontaneamente aos policiais na recepção da unidade, após ter a prisão temporária decretada dentro das ações da nova fase da Operação Lava Jato, denominada de Arquivo X. No momento, a esposa dele estava em preparação para ser levada ao bloco cirúrgico e ele estava acompanhando a muler, que sofre de câncer.

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No início da tarde, o juiz Sérgio Moro determinou a soltura dele, diante da situação. "Revogo a prisão temporária decretada contra Guido Mantega, sem prejuízo das demais medidas e a avaliação de medidas futuras", afirmou Moro em despacho.

Mantega é suspeito de cobrar propinas no esquema de corrupção da Petrobras. A investigação envolve o contrato para duas plataformas de exploração de petróleo P-67 e P-70, para as camadas do pré-sal, de consórcio formado pelas empresas Mendes Junior e OSX. O empresário Eike Batista afirmou que Mantega pediu que ele fizesse um pagamento de R$ 5 milhões ao PT. O ex-ministro nega as acusações.

Diversos parlamentares petistas, secretários da legenda e outras personalidades se posicionaram, nesta quinta-feira (22), sobre a prisão temporária do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Ele foi retirado pela Polícia Federal, durante mais uma etapa da Operação Lava Jato, nesta manhã, de um hospital em São Paulo, enquanto sua esposa passava por cirurgia.

Em entrevista à Rádio Povo Ceará, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou respeito ao ex-ministro. “O Guido é um homem que foi ministro da Fazenda, tem residência fixa, portanto as pessoas deveriam tratá-lo como o ser humano deve ser tratado. Eu não sou de acreditar nas delações. (…) O que é preciso é que as pessoas não sejam julgadas pelas manchetes de jornais antes de se apurar se houve crime ou não. Porque se a pessoa for condenada pela manchete, ela pode ser inocentada depois, mas ela estará condenada publicamente”, disse.

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O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que a prisão do ex-ministro Guido Mantega é “arbitrária, desumana e desnecessária”. De acordo com ele, a 34ª fase da Operação Lava Jato, denominada Arquivo X, deveria se chamar “Operação Boca de Urna”, uma vez que acontece às vésperas das eleições municipais. Falcão lembrou que Mantega é ex-ministro, tem endereço fixo e nunca se negou a dar esclarecimentos, sendo assim "midiática" a prisão em um hospital.

Na opinião do presidente do PT, há também um “excesso de coincidências” nas ações da Lava Jato. Além da proximidade das eleições para a deflagração da nova fase, ele citou o fato de o juiz Sérgio Moro ter recebido a denúncia contra o ex-presidente Lula na terça-feira (20), no mesmo dia em que Lula realizava uma teleconferência no lançamento da campanha “Stand With Lula” (Eu defendo Lula) organizada pela Confederação Sindical Internacional (UTC/CSI) em Nova York.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-RS) questionou a forma como a prisão de Mantega foi feira, ironizando a ação da Polícia Federal.“Prenderam Guido porque ele ia fugir do Albert Eistein?”.

Para Guilherme Boulos, coordenador-geral do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), “Já foi o tempo em que acreditar na isenção da Lava Jato era caso de ingenuidade. Agora é pura má-fé”.

No Facebook, o ex-procurador-geral do Estado de São Paulo, Marcio Sotelo Felippe, afirmou que a prisão de Mantega foi um “exercício de perversidade”.

“Ele tem residência certa, todo mundo sabe onde encontrá-lo e não há qualquer justificativa para uma prisão nessas circunstâncias. É puro exercício de perversidade, mais uma vez espetacularização do processo e mais uma vez o fascismo (a violência desmedida do Estado) tumultuando o país. Resta acrescentar que quem não sabe o que a polícia faz na periferia contra os excluídos pode ter uma boa noção por esse episódio”.

Com informações da Agência PT

Com a presença de apenas quatro deputados na Câmara, segundo registro da Mesa Diretora da Casa, os parlamentares recorreram às redes sociais para comentar a prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega na manhã desta quinta-feira (22).

Para a deputada Maria do Rosário (PT-RS), que foi ministra do governo Dilma Rousseff, a medida “revela perseguições” e abuso de prisões preventivas. “Mantega foi preso no hospital, onde esperava esposa sair de cirurgia. Deixou o filho ali sozinho. Que risco oferece? Espetáculo deplorável. A prisão de Mantega no hospital é uma arbitrariedade. O estado coagindo, e não investigando”, disse em sua página no Twitter.

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Paulo Pimenta (PT-RS) também mostrou-se indignado em postagem na mesma rede social. “Prender alguém no hospital, no momento [em] que acompanha a cirurgia da esposa com câncer, é covardia. Não oferece risco, não tinha necessidade”, afirmou.

Também ex-ministro [do Esporte] dos governos Lula e Dilma, o deputado Orlando Silva (PCdoB), disse que não há motivos para que a prisão tenha sido feita da maneira como ocorreu. “O ex-ministro do Fazenda Guido Mantega tem endereço conhecido. Acionado, já colaborou com a Justiça. Prender no hospital parece abuso. Para quem o conhece, é chocante!”, afirmou.

Para o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), existe perseguição política e não há prova. Segundo Florence, o partido questiona fundamentos e condições em que a prisão ocorreu. “É mais um episódio de ação contra petistas e a espetacularização da ação da polícia.”

Reação governista

Ao comentar a prisão de Mantega, o democrata Onyx Lorenzoni questionou: “Qual é o mimimi [reclamação] de hoje? Lugar de bandido é na cadeia, bem longe dos cofres públicos. O dia [em] que explicarem os crimes e assumirem, não vai precisar inventar desculpas a cada meia hora.”

Para Lorenzoni, o desmonte do esquema classificado pelos procuradores federais de “lulopetismo” deve servir como aviso para atuais e futuros governantes. “Voto não é autorização para desrespeitar as leis”, afirmou. “Mais uma na cabeça da jararaca”, escreveu o líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), no Twitter, referindo-se a uma frase do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva sobre a Operação Lava Jato. "Se quiseram matar a jararaca, não fizeram direito, pois não bateram na cabeça, bateram no rabo, porque a jararaca está viva", disse o ex-presidente sobre o fato de ter sido conduzido coercitivamente, em março, para depor em uma dependência da Polícia Federal, no Aeroporto de Congonhas, em São Palo

O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), classificou de “lamentável” a gestão petista e disse que Mantega foi o mestre da contabilidade criativa no governo Dilma. “Foi o criador da nova matriz econômica, que quebrou o Brasil. Agora também vemos que era um dos que achacavam empresários para dar dinheiro ao PT”, disse.

O ex-ministro Guido Mantega foi alvo de prisão temporária na nova fase da Operação Lava Jato deflagrada na manhã desta quinta-feira (22), chamada Arquivo X. Mantega estava no hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde sua mulher recebe tratamento médico.

A PF cumpre mandados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e Distrito Federal nesta que é a 34ª fase da operação. Em São Paulo, há sete mandados de busca e apreensão, sendo um em Sorocaba, e dois de prisão.

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As equipes policiais cumprem 49 ordens judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão temporária e oito mandados de condução coercitiva. Aproximadamente 180 policiais federais e 30 auditores fiscais cumprem as determinações judiciais.

Nesta fase da operação policial são investigados fatos relacionados à contratação pela Petrobras de empresas para a construção de duas plataformas (P-67 e P70) para a exploração de petróleo na camada do pré-sal, as chamadas FSPO´s (Floating Storage Offloanding).

Utilizando-se de expedientes já revelados pela Lava Jato, fraude do processo licitatório, corrupção de agentes públicos e repasses de recursos a agentes e partidos políticos responsáveis pelas indicações de cargos importantes da estatal, empresas se associaram na forma de consórcio para obter os contratos de construção das duas plataformas.

Durante as investigações, verificou-se ainda que, no ano de 2012, um ex-ministro da Fazenda teria atuado diretamente junto ao comando de uma das empresas para negociar o repasse de recursos para pagamentos de dívidas de campanha de partido político da situação.

Esses valores teriam como destino pessoas já investigadas na operação e que atuavam no marketing e propaganda de campanhas políticas do mesmo partido.

São apuradas as práticas, dentre outros crimes, de corrupção, fraude em licitações, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

O nome "Arquivo X" dado à investigação policial é uma referência a um dos grupos empresarias investigados e que tem como marca a colocação e repetição do "X" nos nomes das pessoas jurídicas integrantes do seu conglomerado empresarial.

Nos casos dos investigados para os quais foram expedidos mandados de condução coercitiva, estes estão sendo levados às sedes da Polícia Federal nas respectivas cidades onde foram localizados a fim de prestarem os esclarecimentos necessários. Os investigados serão liberados após serem ouvidos no interesse da apuração em curso.

Quanto aos investigados com prisão cautelar decretada, tão logo sejam localizados eles serão trazidos à sede da Polícia Federal em Curitiba onde permanecerão à disposição das autoridades responsáveis pela investigação.

O ex- ministro da Fazenda, Guido Mantega, que foi arrolado como testemunha pela defesa de Eduardo Valadão, foi dispensado do depoimento que prestaria por videoconferência em São Paulo nesta quinta-feira (4). Segundo a Justiça Federal, na última quarta-feira (3) o réu desistiu da oitiva. Valadão é réu de uma ação penal decorrente da Operação Zelotes. A operação investiga a manipulação de julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda, além da suposta compra de medidas provisórias.

Um ofício chegou a ser enviado pelos advogados de Mantega à Justiça Federal antes da dispensa. No documento a defesa diz que o ex-ministro não conhece Valadão. “O requerente não conhece esse acusado [nem qualquer outro] daquela ação penal”, diz o texto que tem a data do dia 2 de fevereiro. A defesa de Eduardo Valadão não se pronunciou sobre os motivos que levaram à desistência do depoimento.

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A audiência nesta quinta-feira teve início com a oitiva do deputado federal Alexandre Baldy (PSDB-GO). Baldy falou na condição de testemunha arrolada pela defesa de Robert de Macedo. “O que eu falei foi a importância das atividades industriais para as regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste em termos dos incentivos fiscais”, disse após o depoimento.

Para o deputado, os incentivos fiscais foram importantes para que houvesse desconcentração da atividade industrial. “Para que a indústria se deslocasse de regiões como Sul e Sudeste para a região de Goiás, ou Bahia ou Pernambuco” exemplificou. O deputado disse ainda aos jornalistas que foi secretário no estado do Goiás quando as medidas provisórias foram editadas.

“Eu era secretário de Indústria e Comércio [de Goiás] e estive aqui para poder dar o testemunho no sentido do quanto é importante o incentivo fiscal para a instalação de uma atividade industrial nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste”.

Após o depoimento do deputado, foram ouvidas testemunhas que estavam em São Paulo. Entre as pessoas ouvidas por videoconferência, estava o ex-ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, arrolado pela defesa de Cristina Mautoni e Mauro Marcondes. Miguel Jorge disse que conheceu Marcondes na época que trabalhou na indústria automobilística e que a relação dos dois foi profissional.

O ex-ministro disse que as Medidas Provisórias (MPs) 471/2009 e 512/2010 foram importantes para o desenvolvimento de outras regiões. “Eu considero que tanto uma quanto a outra foram importantes para estabelecer um regime diferenciado que permitisse o desenvolvimento regional”.

O ex-ministro disse que considerou normal a tramitação das duas medidas e que Mauro Marcondes nunca conversou com ele a respeito das MPs. Ao ser questionado por um dos advogados se sabia de alguém do ministério ou no Congresso que tenha recebido valores, importâncias ou proposta para a aprovação da MP, o ex-ministro disse não ter nenhuma informação sobre o assunto.

Além do deputado e do ex-ministro, mais quatro testemunhas foram ouvidas na audiência desta quinta-feira. A audiência da Operação Zelotes foi presidida pelo o juiz federal Vallisney de Souza, titular da 10ª Vara Federal em Brasília.

Durante o processo eleitoral havia uma única certeza: que Guido Mantega seria substituído no comando do ministério da Fazenda caso Dilma Rousseff fosse reeleita. No mesmo processo eleitoral, o PT fez diversas críticas à eventual politica econômica que seria implementada caso Aécio Neves vencesse a eleição e Armínio Fraga fosse confirmado como ministro da Fazenda.

Passado o processo eleitoral, Dilma Rousseff precisou convocar Joaquim Levy para ser o seu ministro da Fazenda, isso após Levy ter sido um dos colaboradores da área econômica de Aécio Neves, que era liderada por Armínio Fraga. A decisão de indicar Levy, que possui um currículo invejável, sendo Doutor em economia pela Universidade de Chicago (EUA), foi bem aceita pelo mercado financeiro num primeiro momento.

Porêm, ao longo dos meses à frente da Fazenda, Levy se mostrou engessado, isso porque o ajuste fiscal proposto por ele não foi seguido à risca e consequentemente não teve o resultado esperado após quase onze meses de trabalho. A economia brasileira segue em frangalhos e sem qualquer perspectiva de mudança pelos próximos meses.

Naturalmente, quando um time está perdendo o técnico é o primeiro a ter a sua cabeça cortada. Isso serve para o futebol e também para a política. Dilma é "o técnico", enquanto Levy é uma espécie de "camisa 10" e "capitão" do time. Como o técnico, apesar dos percalços, segue legitimado por 54 milhões de votos, o capitão do time é a bola da vez para ser substituído. Não existem mais condições políticas para Levy continuar. Isso porque dentro do próprio governo há restrições a sua manutenção no cargo.

Pra completar o inferno astral de Levy, ele tem um "torcedor" que vive querendo sua cabeça. Trata-se do ex-presidente Lula, que quando coloca uma coisa na cabeça só sossega quando ela acontece. Lula tem defendido a saída de Levy para ser substituído pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Assim como Levy, Meirelles é extremamente respeitado no PIB nacional e na ótica otimista de Lula ele pode, como num passe de mágica, mudar a economia brasileira.

Se tivesse uma aposta a ser feita sobre o principal acontecimento do governo federal antes de terminar 2015, essa aposta é a saída de Joaquim Levy para dar lugar a Henrique Meirelles, que oxalá tenha mais sorte que Levy no comando dos rumos da economia brasileira, que vai de mal a pior.

TJPE - O Pleno do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) elegeu, em sessão ocorrida ontem, a mesa diretora para o biênio 2016/2017. O desembargador Leopoldo Raposo foi eleito presidente do Poder Judiciário de Pernambuco. O novo corregedor geral da Justiça será o desembargador Roberto Ferreira Lins, e a 1ª e a 2ª vice-presidência serão ocupadas, respectivamente, pelos desembargadores Adalberto Melo e Fernando Martins. A posse será em fevereiro de 2016.

Fernando Monteiro - O deputado federal Fernando Monteiro (PP) esteve na Amupe ontem para participar de uma oficina que discutiu melhorias na qualidade da educação municipal. Fernando, que integra a Comissão de Esportes da Câmara dos Deputados, apresentou um projeto que inclui a prática de esportes como obrigatória no currículo escolar.

Tony Gel - O deputado estadual Tony Gel (PMDB), vice-líder do governo na Alepe, realizará um evento numa churrascaria em Caruaru no dia 26 que contará com a presença de pré-candidatos a vereador, o vice-governador Raul Henry e o deputado federal Jarbas Vasconcelos. O evento servirá para dar um start na sua pré-candidatura a prefeito de Caruaru no ano que vem.

Troco - O presidente da Alepe deputado Guilherme Uchoa (PDT) está apoiando a candidatura de Jefferson Calaça a presidente da OAB Pernambuco. Uchoa decidiu dar o troco no atual comando da entidade por conta dos inúmeros questionamentos e representações realizados contra ele, sobretudo no que diz respeito ao seu quinto mandato como presidente da Casa Joaquim Nabuco, conquistado em fevereiro deste ano.

RÁPIDAS

Claucione Lemos - A empresária e ativista da causa animal Claucione Lemos, pré-candidata a vereadora de Jaboatão dos Guararapes pelo PSDB, tem se movimentado bastante no município. Com uma intensa agenda de compromissos, Claucione tem conseguido ampliar bastante a sua rede de apoios e pode ser uma das grandes surpresas nas eleições de 2016.

Elogios - O secretário da Casa Civil Antonio Figueira, que era visto pelo meio político como alguém antipático e pouco acessível, tem conseguido mudar paulatinamente esta percepção dos políticos. Ele já tem recebido elogios de deputados, prefeitos e lideranças políticas por ser mais atencioso e resolver as demandas com grande agilidade e presteza. 

Inocente quer saber - Até quando acontecerão atentados como o ocorrido ontem em Paris?

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES ouve, na tarde desta terça-feira (27), o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) do período de novembro de 2004 a março de 2006, Guido Mantega.

O deputado Lucas Vergilio (SD-GO), que solicitou o evento, afirmou que o ex-ministro da Fazenda deve depor como testemunha para prestar esclarecimentos sobre as renegociações das dívidas do BNDES com Tesouro Nacional, que soma mais de R$ 400 bilhões.

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“Ao autorizar a renegociação das dívidas do BNDES com o Tesouro Nacional, o ex-ministro Guido Mantega aumentou, ainda mais, esse rombo nas contas do País, o que pode ser um dos motivos para o Brasil estar passando por essa grave crise financeira”, frisou.

A CPI do BNDES da Câmara cancelou o depoimento do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega marcado para ocorrer nesta terça-feira (29), às 14h. Ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no governo Lula, Mantega encaminhou documento nesta segunda-feira (28), ao presidente da comissão, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), pedindo o adiamento do seu depoimento.

Na carta encaminhada à CPI, o ex-ministro alega que sua esposa foi internada na quinta-feira (24) está "prestes a fazer uma cirurgia de alto risco". "Diante da gravidade da situação e do longo período previsto para sua recuperação, tomo a liberdade de sugerir a remarcação para o dia 27 de outubro corrente", propôs.

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Mantega anexou à carta o formulário de internação do Hospital Albert Einstein e diz estar à disposição para maiores esclarecimentos.

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