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O secretário de Reformas Políticas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, deve anunciar nesta quinta-feira (20) um pacote de medidas de crédito,  o novo marco das parcerias público-privadas (PPPs) e concessões para estados e municípios. O novo marco tem potencial para gerar cerca de R $100 bilhões em investimentos.  

Com a proposta que terá garantias do Tesouro Nacional, a perspectiva é de que as obras sejam impulsionadas. Um dos maiores obstáculos para a iniciativa privada investir em projetos em parceria com prefeituras e estados é a garantia das contrapartidas. Em meio à retração na concessão de crédito e maiores taxas de juros, o secretário também deverá anunciar mais de dez medidas que impulsionam o crédito.

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Entre as medidas possíveis, estão a eliminação do teto de juros para os empréstimos entre particulares, com o objetivo de evitar o superendividamento por meio do cheque especial e rotativo do cartão de crédito.  

Atualmente, o juro de empréstimos entre pessoas físicas é a taxa Selic. O tema do crédito rotativo do cartão de crédito ainda está em discussão, segundo interlocutores da Fazenda, e não deverá ser anunciada nenhuma proposta para o tema já nesta quinta-feira. Os juros dessas operações chegam a 417,4% ao ano. Na última segunda-feira (17), após a reunião com representantes de instituições financeiras, o ministro Fernando Haddad disse que os bancos vão entregar um estudo ao governo e ao Banco Central  sobre como reduzir o nível de juros do cartão de crédito rotativo. 

Pela segunda vez em menos de 24 horas, o Ministério da Fazenda desmentiu notícias sobre um suposto fim de isenção de US$ 50 para compras do exterior pela internet.

Em nota emitida no fim da tarde desta quarta-feira (12), em Brasília, a pasta informou que a medida não está em estudo e que pretende apenas aumentar a fiscalização sobre lojas online que fracionam as compras e atuam de forma irregular. 

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O ministério informou que a isenção para envio de encomendas de até US$ 50 entre pessoas físicas, sem fins comerciais, continuará valendo. A Receita Federal, destacou o ministério, pretende combater empresas que usam brechas na fiscalização para enviar compras como se fossem pessoas físicas e escapar da tributação. 

“Esse benefício [a isenção sobre encomendas de até US$ 50] se aplica somente para envio de pessoa física para pessoa física. Se, com base nele, empresas estiverem fracionando as compras, e se fazendo passar por pessoas físicas, estão agindo ilegalmente”, destacou a nota.

Ainda segundo o governo, não haverá nenhuma mudança para quem atualmente compra e vende legalmente pela internet, que paga Imposto de Importação de 60%. A medida provisória a ser editada em breve, informou o texto, antecipará a prestação de declarações pelas empresas quando as mercadorias ainda não tiverem chegado ao país. 

“O que o Ministério da Fazenda pretende fazer é reforçar a fiscalização. A partir da medida provisória, o exportador vai ter que prestar declaração antecipada com dados do exportador e de quem compra, além do produto”, esclareceu o comunicado.  Segundo a nota oficial, as mudanças beneficiarão o consumidor que receberá as compras online mais rápido, com mais segurança e qualidade.

“Os produtos terão o processo de liberação agilizado a partir das informações prestadas pelo vendedor legal, enquanto ainda estiverem em trânsito para o país”, informou o ministério. 

De acordo com o governo, também se beneficiarão [com a decisão] empresas brasileiras à medida em que o combate à sonegação e ao contrabando será estimulado. “Beneficiam-se também as empresas brasileiras, sobretudo as pequenas empresas, que são as que mais empregam e pagam corretamente os seus tributos”, concluiu. 

Confusão

Na terça-feira (11) à noite, a Receita Federal tinha soltado uma outra nota em que negava a intenção de acabar com a isenção de Imposto de Importação para encomendas de baixo valor entre pessoas físicas. O texto, no entanto, causou confusão porque falava em eliminar “a distinção de tratamento nas remessas por pessoas jurídicas e físicas” nas operações abaixo de US$ 50. [

“Nunca existiu isenção de US$ 50 para compras online do exterior. Portanto, não faz sentido afirmar que se pretende acabar com o que não existe. Nada muda para o comprador e para o vendedor online que atua na legalidade”, rebateu a nova nota oficial. 

Isenções

Atualmente, o Imposto de Importação não é cobrado em duas situações. A primeira é a isenção estabelecida por lei para livros, revistas (e demais publicações periódicas) e remédios. No caso dos medicamentos, compras por pessoas físicas de até US$ 10 mil são isentas, com o produto liberado somente se cumprir os padrões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Também não pagam imposto encomendas de até US$ 50. No entanto, o benefício só é concedido se a remessa ocorrer entre duas pessoas físicas, sem fins comerciais.

O ministro da Fazenda Fernando Haddad, afirmou, à Globo News nesta segunda-feira (3),  que a Receita Federal prevê a arrecadação de 12 a 15 bilhões de reais com a tributação de apostas online. “Se é uma realidade no mundo virtual, nada mais justo do que a Receita tributar”, afirmou o ministro. 

Segundo Haddad, há empresas de comércio online que fazem vendas comuns se passarem por remessa de pessoa a pessoa, como forma de não pagar impostos e sem taxação.

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“As empresas estrangeiras e brasileiras que estão sofrendo a concorrência desleal de um ou dois players mundiais estão pedindo providências para a Receita”, disse. 

O ministro informou que as medidas serão tomadas para incrementar a arrecadação na ordem de R$ 110 a R$ 150 bilhões para viabilizar as metas contidas na proposta de arcabouço fiscal. Ele contou que trabalha com o cenário de aprovação da reforma tributária no Congresso até outubro deste ano, e que a pasta avalia as medidas que serão tomadas depois, caso haja a necessidade de corrigir distorções.

“É mais importante você dar sinal do rumo que tá perseguindo do que você fazer tudo agora e descompensar alguma coisa na economia”. 

Edição extra do Diário Oficial da União, com data da quarta-feira (18), trouxe a nomeação de Tatiana Lacerda Prazeres para o cargo de secretária de Comércio Exterior do Ministério da Fazenda.

Foram ainda nomeadas Aline Damasceno Ferreira Schleicher para o cargo de secretária especial adjunta da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais; e Andrea Pereira Macera para o cargo de secretária de Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Fazenda.

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O futuro líder do PT no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), se reúne nesta noite com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A reunião é fechada e ocorre no Ministério da Fazenda, apurou o Broadcast.

O encontro ocorre após Haddad ter se reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira (4). Depois do encontro com Lula, o ministro da Fazenda disse que pretende anunciar as primeiras medidas à frente da Pasta na próxima semana.

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Como mostrou o Broadcast na terça-feira (3), os secretários da Fazenda apresentaram a Haddad uma avaliação inicial de que seria possível fazer um ajuste fiscal de até R$ 223,08 bilhões em 2023, equivalente a 2,08% do Produto Interno Bruto (PIB).

As simulações apresentadas ao ministro em sua primeira reunião com a equipe incluem medidas de reversão de desonerações, busca por receitas extraordinárias e uma menor parte em cortes de gastos.

O futuro ministro da Fazenda indicado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Haddad, indicou o economista Bernard Appy, de 60 anos, para ser secretário especial para a reforma tributária e Gabriel Galípolo como secretário-executivo do Ministério da Fazenda como os primeiros nomes para compor a equipe econômica ao seu lado. 

Appy foi secretário-executivo e secretário de Política Econômica da Fazendo durante a gestão de Antonio Palocci (2003-2006), no primeiro mandato de Lula, e em parte da gestão de Guido Mantega, até 2008. 

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Já Galípolo foi presidente do Banco Fator, de 2017 a 2021. Ele chegou a chefiar a Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, em 2007, e atuou como diretor da Unidade de Estruturação de Projetos da Secretaria de Economia e Planejamento. 

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) publicou nesta quinta-feira (31), no Diário Oficial da União, a Portaria nº 349/2019, que autoriza o reajuste nas tarifas dos serviços postais prestados em regime de exclusividade pelos Correios.

A correção média autorizada para este ano é de 0,3893% para serviços nacionais e internacionais. O primeiro porte da Carta Comercial e da Carta Não Comercial não sofrerão alterações, seus valores permanecem R$ 1,95 e R$ 1,30, respectivamente. No caso de Telegrama Nacional redigido pela internet, a nova tarifa é de R$ 8,19 por página. Antes, a tarifa vigente era de R$ 8,15.

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O reajuste, em conformidade com o disposto na Portaria do Ministério da Fazenda desta quinta-feira (31), que regulamenta o processo de reajuste das tarifas postais, considerou o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) acumulado de outubro a dezembro de 2018. As novas tarifas não se aplicam aos segmentos de encomendas e marketing, que são concorrenciais.

As instituições financeiras reduziram a estimativa para o déficit primário, que não considera os gastos com juros, das contas públicas em 2018. A previsão do resultado negativo do Governo Central, formado por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, caiu de R$ 131 bilhões para R$ 126,062 bilhões.

Os dados são da pesquisa Prisma Fiscal, elaborada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, com base em informações do mercado financeiro.

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A estimativa continua abaixo da meta estipulada pelo governo, que é de R$ 159 bilhões. Para o próximo ano, as instituições financeiras projetam déficit de R$ 100,031 bilhões, ante os R$ 115,503 bilhões previstos em novembro.

A previsão para as despesas, em 2018 , é de R$ 1,360 trilhão e para as receitas líquidas, R$ 1,233 trilhão. Já para 2019, a estimativa de receita líquida é de R$ 1,322 trilhão e a de despesa é de R$ 1,426 trilhão.

Ainda segundo a pesquisa, a dívida bruta do Governo Central deve ficar em 77% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A previsão anterior era de 76,8% do PIB. Para o próximo ano, a estimativa ficou em 78,34% do PIB, ante 78,5% previstos em novembro.

Nem mesmo assumiu o cargo, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, já enfrenta uma rebelião dos procuradores da Fazenda Nacional. Eles ameaçam entregar todos os cargos de chefia e parar o funcionamento do órgão se Guedes nomear o atual diretor do BNDES Marcelo de Siqueira para comandar a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, a PGFN é responsável por atuar na cobrança judicial das dívidas que as empresas e pessoas físicas têm com a União.

A PGFN também dá pareceres jurídicos sobre as decisões do Ministério da Fazenda, que será incorporado à nova pasta da Economia. Os procuradores alegam que Siqueira não é funcionário da PGFN e, portanto, não teria nenhum conhecimento da área para comandar o órgão. A categoria compara a escolha de Siqueira como a indicação de um "general do Exército para comandar a Marinha".

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Segundo o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou, pelo menos 80 procuradores já anunciaram à equipe de transição que vão deixar o cargo assim que Guedes confirmar a indicação de Siqueira. O presidente do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), Achiles Frias, disse, porém, que são quase 300 procuradores com cargos em comissão que vão entregar os cargos. Eles prometem partir para o confronto e boicote de Siqueira. No total, são 2.100 procuradores em todo o País.

"Assim que Siqueira for nomeado, ninguém vai trabalhar com ele. Não vai ter ninguém para trabalhar com ele", disse Frias. Segundo ele, todos os procuradores vão entregar os cargos de chefia. "Eles não se sentirão confortáveis para trabalhar com uma pessoa que não sabe o trabalho que nós fazemos", disse. A categoria não tem restrições a nomes desde que seja um procurador da PGFN, afirmou.

Frias lembra que, depois de um período de crise em 2015, quando dois procuradores caíram em menos de seis meses, a procuradoria entrou numa fase de tranquilidade. O órgão nesse período conseguiu evitar perda de R$ 2 trilhões para a União, segundo o sindicato.

Há praticamente duas décadas, a chefia da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional é ocupada por um procurador da Fazenda Nacional (PFN). A categoria vê como um retrocesso uma mudança nessa tradição.

Procurada, a equipe de Guedes não quis comentar. Os procuradores votaram para definir a entrega dos cargos; 86% foram favoráveis ao movimento.

Receita

Além dos problemas com PGFN, o time de Guedes enfrenta resistências na Receita Federal. Uma das categorias com maior poder de pressão do governo federal, com mobilizações históricas que afetaram a arrecadação e os despachos aduaneiros em portos e aeroportos, os auditores da Receita não gostaram da decisão de Guedes de colocar o órgão no terceiro escalão, sob o comando de Marcos Cintra, futuro secretário-geral de Arrecadação. Há uma preocupação também de perda de influência na formulação da política tributária, movimento que já foi admitido nos bastidores por integrantes da equipe de Guedes.

O futuro ministro ainda não anunciou o nome do novo secretário da Receita. O atual comandante da Receita, Jorge Rachid, teve reuniões com a equipe de Guedes. Ele foi cotado a permanecer no cargo, mas Guedes avalia outros nomes. Um dos cotados é o secretário adjunto, Paulo Ricardo Cardoso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro do Planejamento e futuro secretário-geral adjunto do Ministério da Fazenda, Esteves Colnago, afirmou que o Brasil precisa de uma redução da isenção tributária. A declaração foi feita assim que ele chegou para cerimônia de posse do novo presidente do Tribunal de Contas da União, José Múcio Monteiro Filho, e da vice-presidente da Corte, Ana Lucia Arraes Alencar.

“Hoje temos mais de R$ 300 bilhões de benefícios tributários. Então, isso necessariamente tem que ser pensado”, pontuou. Colnago acrescentou que a orientação do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, é de reduzir a carga tributária na medida que sejam retirados benefícios fiscais que não são necessários.

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O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou que as distorções do sistema tributário precisam ser corrigidas e citou como exemplo a isenção de Imposto de Renda para aplicações de Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA). Guardia explicou, em entrevista à rádio CBN, que cobrar imposto nesse tipo de aplicação é dar tratamento tributário igualitário.

 

A Receita Federal apreendeu entre janeiro e outubro deste ano 26,9 toneladas de cocaína em todo o Brasil, o que representa um aumento de 89% em relação às 14,3 toneladas da droga confiscadas pelo órgão no mesmo período de 2017. Os dados são do Ministério da Fazenda.

Essas apreensões incluem toda a interceptação de cocaína realizada por agentes da Receita Federal em aeroportos, portos e agências dos Correios.

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Segundo o auditor fiscal da pasta, Alan Towersey, o crescimento no número de apreensões é resultado de ações de inteligência aliadas ao emprego de cães farejadores. “Nos últimos anos aumentamos a quantidade de cães de faro. Nós temos equipes de inteligência, temos ferramentas como o raio-x, mas isso muitas vezes não é suficiente. Quando há várias cargas suspeitas, o cão consegue pontuar e dizer qual daquelas é a que tem entorpecente. É uma ferramenta essencial e muito importante para o nosso trabalho”, explica.

Nesta segunda-feira (3), agentes da Receita Federal fizeram uma operação no Porto de Santos e localizaram 285 quilos de cocaína escondidos nas estruturas de um contêiner que seria embarcado em um navio carregado de limões, com destino a Roterdã, na Holanda.

O órgão informou que a carga de exportação não despertava suspeitas, no entanto, ao abrir o contêiner foi possível identificar marcas de duas fileiras de solda no assoalho e a diferença de sua altura quando comparada a de outros contêineres também chamou atenção da equipe.

A Petrobras sofreu um revés de aproximadamente R$ 7 bilhões em julgamento no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) do Ministério da Fazenda. O órgão tomou a decisão com base em processos administrativos fiscais relacionados às autuações da Receita Federal decorrentes de remessas ao exterior para pagamento de afretamento de embarcações.

Em nota, a petroleira afirmou que cabe recurso à Câmara Superior e que pretende tomar as medidas cabível em prol dos seus interesses e de seus investidores.

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Além do julgamento que rendeu à Petrobras um prejuízo de R$ 7 bilhões, o Carf iniciou outro julgamento sobre o mesmo assunto, mas referente a outros anos de referência e no valor de R$ 12 bilhões.

O relator do processo, segundo a petroleira, votou a favor da empresa sugerindo o cancelamento das cobranças. A companhia afirmou ainda que os dois julgamentos não alteram a expectativa de perda da empresa e, portanto, os processos continuam sem recursos separados para eventual derrota judicial.

À espera das manifestações prometidas para esta quarta-feira, 15, na Esplanada dos Ministérios, o edifício-sede do Ministério da Fazenda está com seus acessos fechados no período da manhã. Embora as vias ainda estejam liberadas, as portarias do prédio principal da pasta estão isoladas por soldados da Força Nacional de Segurança Pública. A entrada ao prédio principal se dará apenas pelos edifícios anexos, que ficam em uma rua paralela à Esplanada.

Por enquanto, poucos manifestantes começam a se concentrar nas imediações do edifício principal do ministério.

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Os protestos desta quinta estão sendo liderados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), que defende a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.

O MST planeja um ato em frente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no período da tarde em favor do ex-presidente Lula, preso desde abril em Curitiba em decorrência das investigações da Operação Lava Jato.

O presidente Michel Temer escolheu Eduardo Guardia para comandar o Ministério da Fazenda no lugar de Henrique Meirelles, que deixará o cargo na próxima semana para tentar disputar as eleições de outubro. Meirelles vai se filiar ao MDB e quer concorrer à Presidência, mas ainda não tem garantia da candidatura.

Guardia, atual secretário executivo da Fazenda, enfrentava resistências no Congresso por ser considerado um técnico sem jogo de cintura política. A escolha do nome dele, no entanto, fez parte de um acordo entre Temer e Meirelles para que o ministro se filiasse ao MDB. Além disso, o presidente também avaliou que manter a continuidade na equipe econômica é o melhor caminho para evitar turbulências no fim do governo, principalmente às vésperas da campanha eleitoral. Projeções indicam um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) que pode superar as expectativas e chegar a 3,4%, além de arrecadação em alta, inflação baixa e juros em queda.

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Temer planeja entrar no páreo por um novo mandato e pode ter Meirelles como vice da chapa. Auxiliares do presidente dizem que a ideia é formar uma aliança entre a política e a economia, ao centro, para enfrentar os extremos. Se até o fim de junho Temer não tiver melhor desempenho nas pesquisas, a tarefa de defender o governo poderá ficar com Meirelles.

De perfil discreto, Guardia se transformou numa espécie de "Sr. não" nas negociações políticas com o Congresso. Para fechar o cofre do governo, ele bateu de frente, nos últimos meses, com os aliados do presidente ao buscar restringir as vantagens concedidas aos partidos aliados, principalmente nas negociações para aprovação dos cinco Refis (parcelamento de débitos tributários). Também teve papel importante nas negociações para os Estados em dificuldade financeira e foi decisivo para barrar um socorro de R$ 600 milhões para o Rio Grande do Norte, o que evitou uma fissura no time econômico.

Por essa razão, já foi "demitido" diversas vezes por políticos no próprio gabinete. A postura linha-dura levou à resistências dos políticos à indicação do ministro Meirelles para substituí-lo. Além disso, o número 2 da Fazenda sempre foi visto como um nome do PSDB. Ele foi secretário do Tesouro no governo Fernando Henrique Cardoso e depois de secretário de Fazenda de Geraldo Alckmin, em SP.

Outras trocas

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, avisou Temer, nessa quarta-feira, 28, que prefere não ser transferido para o BNDES. Sua preocupação é que uma eventual ida para o banco seja carimbada como um movimento para abertura do cofre. Diante da ponderação de Dyogo, Temer avalia se o secretário de Acompanhamento Fiscal, Mansueto Almeida, fica onde está ou se será deslocado.

Está certo que o ministro dos Transportes será Valter Casimiro, atual diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Casimiro substituirá Maurício Quintela (PR-AL), que pretende concorrer ao Senado. A reforma ministerial deve atingir 11 dos 29 ministros. Ocupantes de cargos públicos precisam sair até 7 de abril, se quiserem entrar na disputa.

O impasse sobre a sucessão no Ministério da Saúde continua. O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, foi indicado pelo PP para assumir no lugar de Ricardo Barros, que deixou o cargo para retornar à Câmara e disputar a reeleição. O governo, no entanto, não bateu o martelo. (Colaborou Ligia Formenti). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No centro do debate eleitoral, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles deve anunciar, nos próximos dias, o desembarque do cargo e ingressar no MDB. A informação vem circulando nos bastidores do Palácio do Planalto, depois de conversas do presidente Michel Temer (MDB) com o ministro. Temer teria oferecido a vaga de vice, na chapa liderada por ele, a Meirelles. 

A estratégia traria uma chapa pura do MDB para a disputa. Apesar disso, entre os auxiliares de Meirelles há quem acredite no recuo do presidente diante da reeleição e a chapa seja comandada pelo titular da Fazenda.

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Para concorrer a algum cargo eletivo, Henrique Meirelles precisa deixar o cargo até o dia 7 de abril, prazo máximo para a desincompatibilização, de acordo com o calendário da Justiça Eleitoral. Entre os indicados para substituir o chefe das articulações econômicas do país, estão Eduardo Guardia ou Mansueto Almeida.

Em recentes discursos, Henrique Meirelles tem tratado de fazer afagos a Temer, mas também destaca a sua atuação para a recuperação da economia do Brasil, o que faz com que seu protagonismo seja ainda mais reconhecido. 

Em Pernambuco, na última sexta-feira (23), o ministro chegou a dizer que durante as gestões do PT o Brasil viveu um período de crescimento chamado de "voo de pato", costumeiramente baixo e sem sustentação, mas agora estão sendo aplicadas "políticas sólidas" que garantem, segundo ele, uma estabilidade maior.

Na próxima quarta (28), ele volta ao estado para uma agenda com o Grupo de Líderes Empresariais em Pernambuco (Lide-PE), no Recife. Meirelles vai abordar as “conquistas da economia e os desafios para 2018”, durante um almoço-debate com cerca de 150 empresários. 

Indústrias como aço, químicos, têxteis e alumínio estão preocupadas com esse cenário de aumento nas medidas contrárias às exportações ao mesmo tempo que ocorre queda nas barreiras às importações. No governo, há uma disputa: o Ministério da Fazenda defende menos medidas de defesa comercial, com menor proteção à indústria local e maior abertura do mercado, e o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic)entende que é preciso proteger os produtos brasileiros quando há concorrência desleal.

Em janeiro, mesmo com um parecer do departamento técnico do Mdic atestando que houve dumping na importação de aço chinês - que é quando o produto é vendido no exterior a preços mais baixos do que no mercado interno -, os ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiram seguir o entendimento da Fazenda e não aplicar uma sobretaxa na compra do produto, exatamente o movimento contrário do que faz agora os Estados Unidos.

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"O mundo está debaixo de uma turbulência enorme. É fundamental que o Brasil tenha uma defesa comercial ágil, técnica, que não seja politizada", diz o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes.

Para o presidente da Associação Brasileira de Alumínio (Abal), Milton Rego, mais preocupante do que o impacto da sobretaxa americana sobre as exportações brasileiras é a provável invasão do alumínio chinês no Brasil, já que a China também será atingida pela decisão do presidente americano Donald Trump de sobretaxar a importação de alumínio.

Dessa forma, o presidente da Abal acredita que é importante atuar nas duas frentes: na Organização Mundial do Comércio (OMC), para resolver possíveis conflitos, mas também protegendo o mercado interno de produtos que chegam de forma desleal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Negociador técnico da proposta de reforma, o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, diz que ainda há tempo para fazer uma proposta preventiva e evitar medidas mais duras.

Qual o prejuízo de não votar a reforma da Previdência agora?

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A reforma é importante por uma questão de igualdade. Para termos um tratamento mais igualitário, não fazendo diferença entre deputado, senador, juiz, desembargador ou alguém que tenha um emprego de remuneração mais baixa no setor privado. Outra questão é o ajuste nas contas públicas, para dar sustentabilidade e para não chegarmos a uma situação tal como correu em Portugal e Grécia, onde houve a necessidade de reduzir o valor dos benefícios.

Vai dar tempo de aprovar a reforma em 2018?

Ainda temos tempo de fazer uma reforma preventiva. Prevenir é melhor que remediar. A proposta tem uma regra de transição longa, que fecha o ciclo da reforma em 20 anos.

Se não for aprovada agora, por que fica mais caro depois?

Tem uma questão estrutural. O Brasil passa por um envelhecimento populacional muito acelerado. É uma questão técnica, mas que é verdadeira.

O sr. continua confiante?

Sim. E vamos fazer de tudo para aprová-la o mais rápido possível. Qualquer alteração que vier na proposta terá de levar em consideração três grandes fatores: que contribua para reduzir a desigualdade do País; o impacto fiscal; e como a alteração torna o ambiente mais propício à aprovação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O impacto negativo da não aprovação da reforma da Previdência é de 0,15 ponto porcentual no Produto Interno Bruto (PIB) de 2018, afirmou nesta quinta-feira (14) o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fábio Kanczuk. Pelas projeções oficiais, a economia deve crescer 3% no ano que vem (antes, a estimativa era expansão de 2%). Se as novas regras para se aposentar no País não forem aprovadas, o crescimento seria de 2,85%.

Com a aprovação da reforma, o impacto positivo é de 0,3 ponto porcentual - ou seja, o crescimento iria a 3,3%. "O mercado coloca que a probabilidade de aprovar a Previdência neste governo é de um terço", disse Kanczuk, citando cálculos do Ministério da Fazenda. "Se a Previdência for aprovada, o choque positivo é mais forte do que o negativo, caso ela não seja aprovada", afirmou.

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Para este ano, a projeção oficial de crescimento do PIB foi elevada de 0,5% para 1,1%. O Orçamento do próximo ano, aprovado na quinta-feira pelo Congresso, já considerava uma alta de 2,5% no PIB no ano que vem. No Focus, boletim divulgado pelo Banco Central, os economistas preveem um crescimento de 2,62% em 2018.

"Essa projeção está um pouco acima da média das estimativas dos analistas, mas achamos que é uma previsão bastante conservadora e sólida. Revisão é produtos de reformas, e já houve um aumento muito grande da confiança, do investimento e do consumo", argumentou Meirelles. "Temos uma conjugação de fatores positivos."

Expectativa. Para a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, até a última quarta-feira, quando o senador Romero Jucá (PMDB-RR) declarou que os presidentes do Senado e da Câmara haviam feito um acordo para adiar a votação da reforma para o ano que vem, o mercado via uma janela de possibilidade de aprovação ainda este ano. Zeina não conta que a reforma seja aprovada em 2018.

"O governo tem mantido essa 'cenoura' para atrair o mercado, mas isso também é perigoso, porque o investidor vai se cansando. Se o governo não acredita na aprovação da reforma, é melhor não prometê-la."

Na avaliação do economista Mauro Schneider, da MCM, o que ainda pode jogar a favor da reforma é a consolidação da recuperação da economia. "Avançar nessa agenda de reformas é uma parte das melhoras."

"Pior do que não passar em 2018 é não passar nem em 2019. Seria mortal para a evolução da economia. O impacto maior no ano que vem viria dos preços de ativos, que ficariam mais voláteis, e com as agências de classificação de risco baixando a nota do Brasil. Se eu estivesse nas agências, baixaria duas notas, para sinalizar o que significa não mudar a Previdência", diz Sergio Vale, da MB Associados.

Vale lembra que a não aprovação do texto comprometeria a estrutura de gastos públicos. "É uma pena que os congressistas ainda não entenderam que não é uma questão eleitoral. É um tiro de metralhadora no pé." Confirmada ou não a perspectiva de um crescimento menor do País no ano que vem, caso a reforma não seja aprovada, 2018 será um ano de forte oscilação na Bolsa, avalia Thiago Xavier, da Tendências Consultoria. "O ano deve ser de turbulência, tanto pela eleição quanto pelo adiamento da reforma. A medida em que o ciclo eleitoral se aproxima, mais difícil fica." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O processo de privatização da Eletrobrás mal começou, mas já cria polêmica no governo. Um dos pontos de maior discórdia na definição do modelo de venda é como repassar à estatal um terço dos recursos arrecadados com o processo.

Para o Ministério de Minas e Energia (MME), uma parte deveria ficar com a Eletrobrás, como um aporte. Serviria de estímulo à empresa para aceitar a privatização, já que não haverá uma imposição do governo para a efetivação do leilão.

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Já para o Ministério da Fazenda, o dinheiro não pode ser simplesmente "doado" para a empresa. Como a Eletrobrás é de economia mista, com controle estatal e participação privada, isso significa transferência de riqueza aos acionistas privados.

Por isso, a área econômica avalia que esses recursos devem ser revertidos em aumento da participação acionária da União na Eletrobrás. Ou seja, os minoritários seriam diluídos numa operação desse tipo. A recomendação consta de parecer técnico do Ministério da Fazenda ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso.

Ainda que haja aumento imediato da participação acionária da União na companhia, a Fazenda entende que isso pode ser revertido em uma etapa posterior, na emissão de ações pela companhia. No caso, o governo não subscreveria a oferta. O objetivo é a União deixar o controle do grupo, que passaria a ter um controle pulverizado.

Fatia

Na privatização da empresa, a União, que hoje detém 63% das ações, reduziria essa participação para cerca de 40%. O processo deve ser consolidado na emissão de ações da Eletrobrás, por meio do qual os recursos para pagar a outorga à União serão captados.

Um integrante da equipe econômica destacou que a privatização da Eletrobrás não está sendo feita com a intenção de aumentar receitas para a União, mas para resolver os problemas da estatal e do setor, já que o Estado não tem dinheiro para investir nas empresas do grupo.

A ideia original do MME prevê que a privatização da empresa e de suas usinas e subsidiárias seja uma opção, não uma imposição do governo. Para deixar isso claro, no dia em que essa decisão for referendada em assembleia-geral de acionistas, a União não vai votar. Por ser uma opção, na avaliação de uma fonte do MME, é preciso incentivar a empresa a aceitar essa proposta. Esse incentivo se daria na forma de um "prêmio" que compense os riscos assumidos pela Eletrobrás para atuar sob um novo modelo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Casa da Moeda, criada em 1694 por Dom Pedro II e responsável pela fabricação das cédulas e moedas do Brasil, poderá ser vendida à iniciativa privada até o final do ano que vem.

O Conselho do Programa de Parceria de Investimento aprovou ontem (23) o início dos estudos para privatizar a empresa. É provável, segundo o Ministério da Fazenda, que no final de 2018 aconteça o leilão.

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Segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, o avanço tecnológico e a queda na demanda do país por cédulas e moedas têm causado prejuízos à Casa da Moeda. “A primeira função dela é produzir moedas, papel-moeda e moeda. Acontece que o consumo de moedas no Brasil, segundo dados levantados pelo Ministério da Fazenda, caiu. Cada vez mais nós todos usamos menos papel-moeda e menos moeda, o que significa que a saúde financeira está extremamente debilitada, com projeção, devido ao avanço da tecnologia, se debilitar ainda mais.”

O ministro ainda disse que haverá uma análise sobre o que fazer a respeito da Casa da Moeda. “Em função dessa realidade, em função do tipo de produto que ela coloca no mercado, entendeu, corretamente, o Ministério da Fazenda, em fazer um estudo mais aprofundado, extenso, para definir o futuro dela.”

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