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As promotoras de Justiça Paula Ismail e Rafaela Vaz requereram o arquivamento do processo do caso do ex-boxeador italiano Arturo Gatti, que foi encontrado morto no Hotel Ancorar Flat Resort, em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, no dia 11 de julho de 2009, por falta de indícios da prática de crime.

Para as promotoras, Gatti cometeu suicídio. A análise do caso foi feita por peritos brasileiros e estrangeiros, contratados pela família do ex-boxeador. No entanto, apesar de todos concordarem que a causa da morte foi asfixia, os peritos do Brasil chegaram à conclusão de que a asfixia foi por enforcamento, enquanto os particulares apontam para uma ação homicida.

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A hipótese de que a esposa do ex-lutador, Amanda Carine, teria cometido homicídio foi descartada, por conta da diferença física que era grande entre os dois para justificar a prática de um homicídio violento contra um lutador profissional. No processo algumas testemunhas informaram que Gatti estava em estado de fúria quando subiu ao apartamento, logo, o crime só seria possível com a ajuda de algum terceiro ou a vítima se encontrar em estado letárgico, circunstâncias que não se confirmaram.

Para o Ministério Público, não há nada de concreto que possa comprovar o homicídio de Gatti e, por isso, as promotoras de Justiça requereram o arquivamento do processo.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) encaminhou, nessa segunda-feira (2), o pedido de novas diligências para tentar esclarecer a morte do boxeador Arturo Gatti. A promotora de Justiça, Paula Catherine Ismail, fez a solicitação após a análise do Relatório Consultivo, elaborado por profissionais americanos e canadenses a pedido da família do boxeador. No documento, o MPPE pede o esclarecimento por parte do Instituto de Criminalística (IC) a respeito da análise da tração e resistência da alça de uma bolsa, que teoricamente, serviu para o enforcamento da vítima.

A promotora de Justiça encontrou contradições nos laudos do IC, que em um determinado local afirmam que o material se rompeu com cinco segundos, após pressão de 35kg. Já na conclusão do mesmo laudo, os peritos afirmam que o material teria aguentado o peso do boxeador (aproximadamente 70kg) por pelo menos três horas antes do rompimento da costura.

Outro pedido é que seja explicado acerca da descontinuidade do sulco ascendente do lado direito do pescoço da vítima, em torno de 3cm, fato também questionado pelo Assistente de Acusação. “Por outras palavras, a espécie de sulco encontrada no corpo encontra-se incluída entre as características de asfixia por enforcamento?”, questiona a promotora de Justiça no documento.

Os pedidos feitos pelo MPPE ainda incluem que seja oficializado o Instituto Médico Legal (IML) a fim de informar sobre a existência de sangue do atleta Arturo Gatti, para que possa ser realizado o Teste de Alcoolemia. Além disso, Paula Ismail reitera a requisição, formulada anteriormente e deferida pela Justiça, que consiste na remessa de material apreendido, como faca-serra e toalhas, ao IC, para que sejam periciados e aferida a procedência do sangue contido nos objetos.

CASO - O atleta canadense Arturo Gatti foi encontrado morto pela esposa Amanda Karine, no dia 11 de julho de 2009, em um hotel na praia de Porto de Galinhas. 

A viúva do ex-campeão de boxe, Arturo Gatti, encontrado morto em um hotel em julho de 2009, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, ganhou na justiça o direito de herdar o patrimônio milionário do boxeador, avaliado em US$ 3,4 milhões.

A Corte Superior de Justiça do município Quebec, no Canadá, concedeu causa ganha a Amanda Rodrigues, então esposa de Arturo, que brigava na justiça pelo direito ao bem com a família do lutador. Foi considerado pela justiça do país um testamento assinado pelo esportista, cerca de um mês antes de morrer, deixando os bens para sua esposa e para o filho do casal.

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Arturo Gatti foi encontrado morto em um hotel, na praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, em julho de 2009. De acordo com a polícia pernambucana, o boxeador se suicidou utilizando a alça de uma bolsa para se enforcar, porém, parentes da vítima acusavam Amanda Rodrigues de esquematizar a morte do marido para ficar com a herança do boxeador.

A base das acusações teria partido depois que uma investigação paralela contratada pela família de Arturo constatou que ele tinha sido assassinado. O documento se encontra incorporado ao inquérito conduzido pela polícia do Estado, mas o Ministério Público ainda não manifestou nenhuma posição sobre o caso.

Amanda Rodrigues concedeu uma entrevista a CBC News, imprensa canadense, e se mostrou feliz com a decisão da justiça, porém não estava comemorando. Segundo a moça, ela estava contente por que a juíza havia considerado sua versão da história, comprovada pelo inquérito policial.

 

O boxeador Arturo Gatti, bicampeão mundial, encontrado morto em 2009, em Pernambuco, não teria se suicidado, conforme concluiu a Justiça brasileira na época. Uma investigação de dez meses de duração, divulgada na última quarta-feira, desmentiu a primeira versão para o caso e apontou que ele foi assassinado em um flat, na praia de Porto de Galinhas.

Gatti, nascido na Itália e naturalizado canadense, era casado com a brasileira Amanda Rodrigues. Na época do incidente, ela foi apontada como principal suspeita pela morte, mas, após uma primeira investigação, a polícia concluiu que ele havia se enforcado com a alça de uma bolsa.

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"Este caso precisa ser reaberto se as autoridades do Brasil têm algum senso de moral, ética e preocupação legal com sua reputação", declarou o patologista Cyril Wecht, que afirmou que a versão inicial, de suicídio, foi "pura ficção".

Mesmo com o resultado da nova investigação, divulgada um dia após o início do julgamento para decidir quem ficará com a herança milionária de Gatti, Amanda foi categórica ao reafirmar que seu ex-marido tirou a própria vida. "Vocês terão que esperar pela segunda autópsia. Mas eu sei que foi suicídio. Seria mais fácil explicar para mim mesma que não foi suicídio, mas eu tenho certeza que foi", declarou.

Arturo Gatti tinha 37 anos quando foi encontrado morto. Ele chegou a deter os títulos mundiais das categorias dos meio-médios ligeiros e dos superpenas. Durante os 16 anos que foi profissional - de 1991 a 2007 - conseguiu um cartel de 40 vitórias e nove derrotas.

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