Tópicos | Atletas pernambucanos

Vai começar a maior competição esportiva do planeta. De 23 de julho a 8 de agosto, os olhos do mundo estarão voltados para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Depois, serão iniciados os Jogos Paralímpicos, de 24 de agosto a 5 de setembro.

Representando Pernambuco no Japão, há um total de 21 atletas, paratletas e treinadores. Ao todo, a terra dos altos coqueiros irá figurar em dez modalidades. São elas: natação, futebol, handebol, futebol de 5, vôlei, judô, atletismo, bocha, goalball e tênis de mesa. 

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O primeiro grupo a entrar em ação é o dos Olímpicos. Etiene Medeiros (natação); Érica Sena (marcha atlética); Duda (futebol); Bárbara (futebol); Nino (futebol); Renata Arruda (handebol); Cristiano Rocha (auxiliar técnico - handebol feminino); Paulo Coco (auxiliar técnico - vôlei feminino) e Kayo Fabrício (apoio técnico - judô) são os nomes que compõem o time de Pernambuco nos Jogos de Tóquio.

Em seguida, é a vez dos Paralímpicos. No paratletismo, Pernambuco entra na briga por medalha com Jeohsah Santos, Leylane Castro e Ana Cláudia Silva, além do técnico Ismael Marques. Também tem pernambucano na bocha, com as paratletas Andreza Vitória e Evani Calado, e a treinadora Poliana Cruz. A natação terá a representação de Maria Carolina Santiago e Phelipe Rodrigues. O Estado ainda conta com a participação de Raimundo Nonato, bicampeão olímpico (Londres/2012 e Rio/2016) no futebol de 5, Moniza Lima, do goalball, e o técnico do tênis de mesa, Paulo Molitor. 

Além dos representantes naturais de Pernambuco, o Estado contará com aqueles que não nasceram aqui, mas vivem e carregam Pernambuco no coração. Pelo paratletismo são duas atletas: Samira Brito e Fernanda Yara. A lista é finalizada com Luiz Carlos de Araújo, técnico da bocha, e Ana Lima, fisioterapeuta da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei sentado. 

Incentivo

Dos 21 pernambucanos classificados para os Jogos de Tóquio, 11 fazem parte dos programas de incentivo do Governo de Pernambuco, ofertados por meio da Secretaria de Educação e Esportes. Érica Sena, Etiene Medeiros, Bárbara Micheline, Renata Arruda, Carol Santiago, Leylane Castro, Ana Cláudia Silva, Raimundo Nonato e Ismael Marques são atletas apoiados pelo programa 'Time PE', enquanto Jeohsah Santos e Kayo Fabrício fazem parte do Bolsa Atleta PE. 

Na temporada em vigência, o programa Time PE, que é voltado apenas para modalidades olímpicas, conta com 21 atletas e paratletas, e 17 técnicos contemplados. O projeto, que iniciou em 2013, oferece um auxílio mensal de R$ 2,5 mil para atletas e R$ 1 mil para treinadores durante o ano, três passagens aéreas nacionais e duas internacionais. 

Já o Bolsa Atleta Pernambuco, voltado para modalidades olímpicas e não olímpicas, possui 360 atletas e paratletas de 43 modalidades. O programa oferta um benefício que varia de R$500 a R$2,5 mil mensais durante 12 meses. 

Ambos os programas de incentivo oferecem aos contemplados um acompanhamento especial, composto por avaliações esportivas, fisioterapia, nutrição, psicologia, odontologia e aulas de inglês. 

Da assessoria

Na tarde desta terça-feira (27), 46 atletas pernambucanos embarcaram para São Paulo para disputar a 92ª edição da Corrida de São Silvestre, realizada no dia 31 de dezembro. A competição, tradicional por reunir profissionais e amadores do atletismo de diversos países, percorrerá 15km da capital paulista. A organização da prova anunciou que a edição deste ano contará com cerca de 30 mil inscritos.

Os representantes pernambucanos viajaram para São Paulo com apoio da Secretaria de Esportes da Prefeitura do Recife, por meio de um ônibus fretado. A chegada está prevista já para esta quarta-feira (28) quando os participantes poderão retirar seus kits para participar da prova no Ginásio Estadual Geraldo José de Almeida.

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Um dos mais velhos entre os representantes do estado a participar da prova, José Gomes da Silva, de 70 anos, disputa a competição desde 1998 e afirma que sempre tem bons desempenhos na corrida. “A São Silvestre é especial. Disputo essa corrida desde 1998 e só entro para ficar em boas colocações dentro da minha categoria” declara. Outro antigo nome entre os participantes é Edilson Miguel da Cruz. Mas, apesar da experiência na maratona de rua, ele garante que todo ano a participação na prova traz novos aprendizados. "Já participei de 24 edições da São Silvestre. Nenhuma é como a outra e a gente conhece pessoas, culturas e personagens diferentes a cada ano", destaca.

A São Silvestre terá a largada dada às 8h40, para o pelotão de elite feminino, enquanto o pelotão de elite masculino, especial e atletas em geral largam por volta das 9h.

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Basquete não é o esporte mais querido dos pernambucanos, nem dos brasileiros. Também não tem os jogadores mais idolatrados ou mais conhecidos. Não é a categoria que reúne a família para assistir a uma final de campeonato e nem à chegada da seleção depois de uma conquista. Mas, o técnico da equipe sub-22 do Sport, Ricardo Oliveira, não tem nada a ver com isso. Pelo contrário, ele é responsável por transformar a equipe em espelho para a criançada rubro-negra.

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“As equipes sub-14 e sub-15 estão em crescimento junto com os meninos do sub-22, que motivaram a garotada a investir mais no basquete. A nova geração usa esse time como espelho. Além disso, os atletas pernambucanos que cresceram no basquete, como JP Batista (que já teve atuações pela seleção brasileira) também servem de exemplo para essas equipes”, contou o técnico.

Além disso, o time procura crescer na modalidade e com isso disputar competições de alto nível no Brasil. Qual time dessa categoria não gostaria de disputar a NBB? Pois é, esse também é o sonho do elenco rubro-negro. Mas, para isso, a equipe ainda precisa se aprimorar. Campeonatos como a Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB), criada há três anos para formar jogadores de até 22 anos, pode ser um meio para os atletas amadores chegarem ao topo da categoria.

O Sport, estreante nesta competição, pretende crescer através de torneios como este.  Ricardo Oliveira está à frente do projeto há cerca de cinco meses e acredita que a disputa pode trazer muita visibilidade e aperfeiçoamento ao elenco.

“Nossa ideia com a Liga é subir degrau em degrau e desenvolver o basquete regional em alto rendimento. Além disso, a Liga está trazendo muitas coisas boas para o time rubro-negro. Estamos sendo bem recebidos pelo Brasil, ganhando visibilidade, o que é de grande importância para equipe e para as outras categorias de base do Sport”, disse o treinador.

Esses são os pontos iniciais que o grupo almeja, mas não é só isso que o time pretende conquistar. “Em longo prazo, visamos disputar todas as competições de alto nível e chegar um dia na NBB fortes e com os melhores profissionais, para permanecer na elite do basquete nacional”, reforçou Ricardo Oliveira.

Passo a passo é a caminhada para buscar o progresso e visibilidade no basquete rubro-negro. Quem sabe, eles estejam no caminho certo e consigam “chegar um dia na NBB fortes e com os melhores profissionais”. E os garotos, desses sub-22, 15 ou 14 d, cheguem à seleção, reúnam famílias para assistir a uma final de campeonato e sejam idolatrados. Nem que apenas em Pernambuco, como foi JP.

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As Olimpíadas Rio 2016 começa a bater à porta e pouco se vê em investimento para lapídar jóias visando à disputa. Com Pernambuco a coisa parece ainda mais atrasada. Sem investimentos, o Estado agoniza e tenta vencer a luta na raça e na vontade, o que é muito pouco para resultados de ponta. Promessas do atletismo sub-23 de Pernambuco, Thiago Benedito, Karolyne Camyla e Alessandra Santos, que treinam no Centro Esportivo Santos Dumont, no Recife, estão nessa árdua luta e vão buscando novas metas.

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Um título no Campeonato Brasileiro e, consequentemente, aumentar o recorde nacional. No último final de semana, o trio participou do Pernambucano de atletismo da categoria (até 23 anos) e só ficou comprovado que eles estão no caminho certo.   

Lançamento de Martelo

Nesta modalidade estão dois grandes nomes do esporte nacional: Thiago Benedito e Karolyne Camyla.  Ele é atleta do Sport e colecionador de marcas e títulos. Campeão Brasileiro juvenil e e atual líder do ranking nacional, Thiago quer bater o seu atual recorde no nacional, que é a marca de 61 metros e 24 centímetros. “Vou tentar chegar nos 63 metros e fechar o ano com moral”, comentou otimista Curió, como é conhecido pelos amigos. O atleta, que em 2011 ficou em quinto no Pan-Americano juvenil, disputado nos EUA, e foi segundo colocado no Sul-Americano, realizado na Colômbia, não fica muito abaixo das melhores marcas do Adulto no Brasil, que giram em torno do 65 a 70 metros. No mundo o recorde é do Soviético Yuriy Sedykh, tendo ele atingido incríveis 86 metros e 74 centímetros. 

Feminino – Apesar de não ter feito sua melhor prova na competição estadual do último final de seman, Karolyne Camyla conseguiu lançar 55 metros e 71 centímetros, quebrando o recorde pernambucano. Entretanto, a atleta de 21 anos, que estuda na Universidade Maurício de Nassau, quer mais. “Há cerca de um mês, em Fortaleza, consegui lançar 58 metros e 9 centímetros, recorde do Estado e recorde pessoal, sendo a melhor marca do ano no Brasil sub-23. Ainda não está registrado no topo do ranking, mas eles vão atualizar no fim do mês”, explicou Karolyne, feliz com a conqusita.

Tanta euforia é um pouco contida pela realidade. As marcas mundiais ainda são olhadas de longe, mas com muita expectativa. “Sei que falta muito para chegar no topo do mundo, que é a marca de 78 metros. Mas a gente tem que perceber que vamos progredindo durante o ano. O objetivo é aumentar cinco metros a cada ano. Se continuarmos assim, nesse ritmo, em 2016 que é o nosso foco, estaremos com uma boa marca para tentar medalha”, finaliza otimista. No mundo, o recorde é da polonesa Anita Włodarczyk, que atingiu 78 metros e 30 centímetros. 

400 metros com barreiras

Alessandra Santos, 22 anos, atleta dos 400 metros com barreiras, é dona da melhor marca do Estado na prova, com 1min9seg. A atleta sonha com uma boa marca no Campeonato Brasileiro Sub-23 e consequentemente garantir uma vaga na Lusofonia - competição multidesportiva que envolve os países da língua portuguesa. Neste ano a competição será disputado no mês de Novembro, em Goa, na índia.  “Agora estamos focando no Brasileiro e no JUPs (Jogos Universitários). Nosso objetivo são as primeiras colocações. Se eu conseguir chegar em primeira ou segunda colocada eu irei ganhar uma vaga na Lusofonia”, explicou Alessandra, que está treinando duro para quebrar sua marca e almejar a marca mundial.  “Estou treinando para baixar o tempo para 59 segundos. Meu objetivo é esse, mas, confesso que nesse tempo de treinamentos ainda não conquistei essa marca”, explicou a atleta, que olha para frente e sonha com a melhor marca mundial, que é de Yuliya Pechonkina - 52segundos e 34 décimos - conquistada em Tula, na Rússia, em 2003. 

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