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A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) vai contar com um CEO (Chief Executive Officer) pela primeira vez em sua longa história. O anúncio foi feito nesta sexta-feira e surpreendeu também porque a entidade já definiu quem vai ocupar o cargo de chefia. Será uma mulher, Natalie Robyn, dona de larga experiência em funções semelhantes no mundo do automobilismo.

A surpresa se deve à presença pequena de mulheres na cúpula da FIA. Para se ter uma ideia, somente no início deste ano uma mulher passou a ocupar uma função de peso na federação. Trata-se da brasileira Fabiana Ecclestone, que se tornou a primeira vice-presidente do sexo feminino da história da FIA - há outros seis vices, todos homens, assim como o presidente, Mohammed Ben Sulayem.

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Natalie Robyn vem seguir os passos de Fabiana na cúpula da federação. A americana tem experiência de 15 anos como executiva tanto na área automotiva, com passagens por empresas como Volvo, Nissan e DaimlerChrysler, quanto em setores financeiros.

"Estou muito feliz por ser escolhida para ocupar o novo cargo de CEO da FIA num momento tão importante e empolgante da federação. Estou ansiosa para trabalhar com todos os membros da entidade, as lideranças dos times e com o presidente para representar sua visão de reforma e crescimento envolvendo a todos", declarou a americana.

A contratação de um CEO confirma as disposições de Ben Sulayem de fazer mudanças tanto na cúpula quanto na gestão geral da federação, considerada muito conservadora nas últimas décadas. O ex-piloto de rali, nascido em Dubai, é o primeiro não europeu a ocupar a presidência da FIA, eleito em dezembro.

De acordo com o mandatário, a CEO terá como responsabilidade melhorar os resultados da área operacional e financeira numa "administração mais integrada e alinhada" da FIA. Ela também terá a função de liderar a estratégia de reforma da entidade e buscar novas fontes de renda, por meio de novos planos de crescimento comercial.

"A contratação de Natalie Robyn como nossa primeira CEO é um momento de transformação para nossa federação. Sua longa experiência e liderança serão cruciais para o crescimento das nossas finanças, governança e operações", declarou o presidente da FIA.

A chegada da americana ao posto de CEO confirma o crescimento da presença feminina no automobilismo e corrobora declarações de Fabiana Ecclestone em entrevista exclusiva ao Estadão, em abril deste ano. Na ocasião, ela comemorou o maior espaço para as mulheres na FIA e disse que esse era apenas o começo. "Não seria surpresa ver uma mulher na presidência da FIA", afirmara a brasileira.

O piloto Alex Albon, da Williams, saiu da UTI do Hospital San Gerardo, em Monza, na Itália, onde estava internado desde a sexta-feira por causa de uma crise de apendicite. Após passar por uma cirurgia, o tailandês sofreu "complicações anestésicas", mas agora está na enfermaria e deverá ter alta nesta terça-feira.

"Após a cirurgia, Alex sofreu complicações anestésicas inesperadas no pós-operatório que levaram à insuficiência respiratória, uma complicação conhecida, mas incomum. Ele foi reintubado e transferido para a terapia intensiva para suporte", disse um comunicado divulgado pela Williams nesta segunda-feira.

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"Ele teve um excelente progresso durante a noite e foi removido da ventilação mecânica nesta segunda pela manhã. Ele agora foi transferido para uma enfermaria geral e deve voltar para casa nesta terça. Não houve outras complicações", acrescentou o comunicado.

Albon, que ficou de fora tanto dos treinos classificatórios de sábado quanto da corrida de domingo no Circuito de Monza, acabou substituído pelo estreante Nick de Vries, ex-campeão da Fórmula 2 em 2019 e piloto da Mercedes na Fórmula E. O holandês atua como piloto reserva tanto da Mercedes quanto da Williams. Ele terminou a corrida na Itália em nono lugar.

Com quatro pontos conquistados na temporada, Alex Albon vai se preparar para estar em plenas condições de participar do GP de Cingapura, previsto para 2 de outubro.

O holandês Max Verstappen, da Red Bull, superou a Ferrari de Charles Leclerc e venceu pela primeira vez o Grande Prêmio da Itália de Fórmula 1 disputado no Autódromo Nacional de Monza neste domingo (11). A prova terminou sob bandeira amarela e sob vaias dos torcedores.

Com o resultado, o holandês está cada vez mais próximo de conquistar seu bicampeonato na categoria. George Russell, da Mercedes, que havia largado em segundo terminou a prova na terceira colocação.

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A prova começou sem acidentes e foi marcada por muitas ultrapassagens desde as primeiras curvas. Carlos Sainz, também da Ferrari, e Lewis Hamilton, da Mercedes, que largaram respectivamente da 18ª e 19ª, conseguiram terminar entre os cinco melhores - em quarto e quinto.

O momento de maior tensão na prova foi na volta 47 quando Daniel Ricciardo, da McLaren, precisou parar na pista por conta de problemas mecânicos e ativou um Safety Car. Diversos pilotos pararam e mudaram a estratégia, colocando os pneus mais macios.

Leclerc fez uma parada extra, a terceira da corrida, mas Verstappen permaneceu na pista. No entanto, a direção da prova não deu bandeira vermelha e a demora em retirar o carro fez com que a corrida terminasse sob bandeira amarela.

Os torcedores italianos, que bateram o recorde de público neste fim de semana, vaiaram a decisão durante toda a última volta e após o fim da disputa.

Da Ansa

Bobby East, ex-piloto da Nascar, uma das principais categorias de automobilismo dos Estados Unidos, foi morto a facadas em um posto de gasolina na Califórnia, na última quarta-feira, aos 37 anos. A informação foi confirmada pelo Departamento de Polícia de Westminster na última sexta-feira.

O crime aconteceu enquanto o piloto abastecia o carro em um posto de gasolina na região. Segundo as autoridades, Trent William Millsap, de 27 anos, que possuía um mandado de prisão em aberto por outros crimes, foi o responsável por esfaquear o piloto. A motivação do crime não foi revelada pela polícia, que segue em busca do suspeito.

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De acordo com o comunicado oficial da polícia local, Bobby East foi esfaqueado na região do peito, e apesar de ter sido socorrido rapidamente, não resistiu aos ferimentos e morreu em um hospital local.

"A vítima foi encontrada no chão com um grave ferimento de facada na região do peito. Oficiais tentaram realizar procedimentos para preservar a vida da vítima antes da chegada dos paramédicos, que transportaram a vítima para um hospital local, onde ela não resistiu aos ferimentos e morreu", disse o comunicado oficial.

Ao longo da carreira, East faturou em três oportunidades o título do Auto Club dos EUA (2004, 2012 e 2013). Além disso, somou 56 vitórias no USAC National Midget. Na Nascar Xfinity Series, principal divisão da categoria, disputou 11 corridas ao longo de duas temporadas, tendo um 52º lugar em 2007 como seu melhor resultado.

A Mercedes tem evoluído nas últimas corridas da atual temporada de Fórmula 1, o que explica o crescimento de Lewis Hamilton. Ele subiu ao pódio nos últimos três Grandes Prêmios. Na Áustria, o heptacampeão mundial revelou surpresa com o resultado, mas exaltou a conquista.

"Que incrível o público que tivemos aqui no fim de semana. Definitivamente, não estava esperando o pódio. Sábado foi um dia muito difícil, o fim de semana todo foi duro", disse Hamilton.

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Das 11 corridas disputadas na temporada, a Mercedes subiu sete vezes ao pódio, sendo quatro com Lewis Hamilton e três com George Russell. O britânico, que elogiou a equipe por reconstruir o carro após o incidente na sexta-feira, tem mostrado muito mais otimismo com a sequência do ano.

"Como equipe, um terceiro e um quarto lugares foram ótimos pontos para a gente seguir avançando a partir daqui. Quero agradecer especialmente a todos os homens e mulheres que trabalharam muito na garagem para reconstruir o meu carro. Tive um carro totalmente novo no sábado, o que é algo que eu não estou acostumado. Fizemos boas evoluções no fim de semana, vamos continuar daqui", relatou.

Lewis Hamilton é o sexto colocado do mundial de pilotos, com 109, contra 128 do seu companheiro de equipe, George Russell. O líder é Max Verstappen, com 208. Os pilotos começam agora a preparação para o Grande Prêmio da França, que acontecerá no dia 24 de julho.

A Red Bull anunciou nesta terça-feira a demissão do piloto Jüri Vips do programa de jovens da escuderia austríaca. Na última semana, o estoniano havia sido suspenso por ter feito comentários racistas e homofóbicos durante uma live na plataforma Twitch. Vips defende a Hitech GP na atual temporada da Fórmula 2 e ocupa atualmente a sétima posição no campeonato do pilotos.

"Seguindo com as investigações sobre o incidente online envolvendo Jüri Vips, a Red Bull decidiu romper o contrato de Jüri como piloto reserva e de testes. A escuderia não tolera qualquer forma de racismo", escreveu em sua rede social a equipe ao anunciar o rompimento do vínculo.

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Diferentemente da última semana, com a decisão da Red Bull, Vips não se manifestou. Suas redes sociais seguem sem atualizações desde o ocorrido. "Eu me arrependi profundamente das minhas ações e esse não é o exemplo que quero estabelecer. Vou cooperar para as investigações", publicou o piloto na ocasião.

O episódio aconteceu em uma transmissão de jogos, na qual o estoniano utilizou a palavra "nigga", para se referir a pessoas negras. Em outro momento, ele debochou do também piloto da F-2 Liam Lawson, que estava usando um boné rosa. Segundo Vips, rosa seria uma "cor gay". Neozelandês, Lawson é piloto da Carlin, e também faz parte do time de jovens pilotos da Red Bull.

Vips ainda não venceu nenhuma corrida na atual temporada da Fórmula 2. Ele subiu ao pódio em três ocasiões: no Bahrein, Arábia Saudita e Mônaco. A próxima etapa da categoria será em Silverstone, neste fim de semana. Novamente serão disputadas duas provas. O brasileiro Felipe Drugovich é o líder do campeonato, com 49 pontos de vantagem para o segundo colocado, o francês Théo Pourchaire.

A marca do ex-piloto brasileiro Ayrton Senna ficará estampada nos carros da McLaren de forma permanente a partir desta sexta-feira (27), primeiro dia dos trabalhos do tradicional Grande Prêmio de Mônaco de F1.

Além de ser o detentor do maior número de poles faturadas no circuito, o tricampeão mundial de Fórmula 1 ainda é o recordista de vitórias em Mônaco, com seis conquistas. O brasileiro venceu as edições de 1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993.

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No time britânico, Senna venceu 35 corridas e faturou três títulos mundiais, tendo se estabelecido como um dos maiores pilotos de todos os tempos. A marca do brasileiro estará presente no halo dos monopostos da McLaren, que são guiados na atual temporada por Daniel Ricciardo e Lando Norris.

"Senna é, e sempre será, uma lenda da McLaren. O MCL36 levará o logotipo Senna, marcando nosso compromisso de celebrar seu legado, e não consigo pensar em uma corrida melhor do que o GP de Mônaco para começar este reconhecimento. Servirá como uma lembrança constante do talento sensacional de Ayrton para nós como equipe, e para todos os fãs ao redor do mundo", disse Zak Brown, CEO da McLaren.

Já Bianca Senna, CEO de Senna Brands e sobrinha do ex-piloto brasileiro, afirmou que a relação com a McLaren é "muito especial" e comentou que a homenagem é um "motivo de orgulho".

"Estampar a marca Senna só confirma que o legado de Ayrton Senna ultrapassa a barreira do tempo. É muito significativo que esta homenagem seja revelada em Mônaco, onde o Ayrton é até hoje o maior vencedor. Isso é motivo de orgulho para todos nós, agradeço ao Zak Brown e a todos da McLaren por esta linda homenagem", disse Bianca.

O GP de Mônaco é o sétimo da temporada de 2022 da principal categoria do automobilismo mundial, que tem o atual campeão Max Verstappen, da Red Bull, na liderança. Com 50 pontos no campeonato de construtores, o melhor resultado da McLaren foi um terceiro lugar de Norris na prova da Emilia-Romagna, na Itália.

Da Ansa

O GP da Arábia Saudita, segunda etapa do Mundial da Fórmula 1 em 2022, não ficou marcado apenas pelo triunfo de Max Verstappen nas ruas de Jeddah. Ainda na sexta-feira (25), durante o primeiro treino livre do fim de semana, a tensão tomou conta do evento após um bombardeio atingir instalações da petrolífera Aramco a cerca de 10 quilômetros da pista.

Mesmo acontecendo longe do autódromo, a distância não impediu que a fumaça oriunda do bombardeio estivesse presente nas imagens da sessão. Pilotos chegaram a sinalizar a intenção de deixar o país, mas acabaram convencidos pela organização a seguir com a programação normalmente, sob a garantia de segurança total para a realização da prova.

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Posteriormente, o ataque foi reivindicado pelo grupo Houthis, do Iêmen. A ação se deu pelo fato de a Arábia Saudita liderar um conflito contra grupos rebeldes iemenitas em defesa do governo local desde 2015. A petrolífera atacada é uma das principais apoiadoras da F-1, e patrocinadora da escuderia Aston Martin, dos pilotos Lance Stroll e Hulkenberg.

Na história da categoria, porém, esta não foi a primeira vez que fatores externos influenciaram a realização de corridas. Em outras oportunidades, as provas chegaram a ser canceladas ou tiveram seus rumos alterados por causa de protestos, invasões, problemas internos da categoria e até mesmo condições climáticas.

PROTESTO E INVASÃO

No GP da Alemanha de 2000, realizado em Hockenheim, Rubens Barrichello conquistou a primeira de suas 14 vitórias na categoria. Mas o triunfo do então ferrarista veio em circunstâncias bem particulares.

Se todos os fãs de automobilismo têm na retina a grande atuação do brasileiro, que venceu na chuva com pneus slicks - usados para tempo seco -, dando de ombros para os pedidos de Ross Brawn, à época chefe da Ferrari, que implorou para que ele mudasse os compostos, outro fato curioso acabou marcando a prova.

Na 25ª volta daquela corrida, um ex-funcionário da Mercedes que acompanhava o Grande Prêmio da Alemanha das arquibancadas, resolveu invadir a pista para protestar contra sua antiga empregadora. Por questões de segurança, a direção de prova acionou o safety-car enquanto retirava o invasor da pista. O carro de segurança permaneceu na pista até a 29ª volta. Com isso, Barrichello saltou para a terceira posição após as paradas dos outros pilotos, que aproveitaram a situação para realizar suas paradas. Com a volta do safety-car, a bandeira verde não ficou por muito tempo no autódromo.

Na volta seguinte, Pedro Paulo Diniz, da Sauber, e Jean Alesi, da Prost, bateram e mais uma vez o carro de segurança entrou em ação. Com a bandeira verde em pista após uma volta, a chuva resolveu aparecer. Barrichello não trocou os pneus, e teve de resistir às investidas de Mika Hakkinen, da McLaren, durante o restante da prova para conquistar a vitória, a primeira do Brasil desde o triunfo de Ayrton Senna no GP da Austrália de 1993.

PADRE EM CENA

Três anos mais tarde, no GP da Inglaterra de 2003, Rubens Barrichello conquistou a pole-position para a corrida e partia como o favorito para o triunfo. Porém, logo na largada, o brasileiro foi superado por Jarno Trulli, da Renault, e Kimi Räikkönen, da McLaren.

Na 12ª volta, um fato inesperado aconteceu: um homem com trajes irlandeses típicos invadiu a pista com cartazes de teor religioso, na altura da Reta do Hangar, onde os carros atingem velocidade máxima. Logo a segurança da pista tratou de retirar o invasor, o padre Cornelius Horan, que ano seguinte, segurou o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima na Olimpíada de Atenas.

Com o safety-car acionado, a corrida virou de cabeça para baixo. Barrichello caiu para a oitava posição e teve de se recuperar na corrida para conquistar sua sexta vitória até ali.

GUERRA DOS PNEUS

Se hoje apenas a italiana Pirelli fornece os pneus para todas as equipes da Fórmula 1, há pouco tempo a situação era bem diferente. Em 2005, a japonesa Bridgestone e a francesa Michelin dividiam a função de serem fornecedoras da categoria. E no GP dos Estados Unidos daquele ano, realizado em Indianápolis para um público de 130 mil torcedores, a F-1 correu com apenas seis carros no grid por conta de problemas enfrentados pela empresa francesa.

Tudo começou um pouco antes, com o recapeamento do asfalto do circuito, que teve de ser adaptado para receber os bólidos da categoria. A Bridgestone, que atuava por intermédio da Firestone na Indy, soube antecipadamente da mudança e realizou alterações especiais em seus pneus para a corrida. Já a empresa francesa tomou conhecimento do fato e das implicações dele nos pneus apenas quando já estava em solo norte-americano.

Com problemas ao longo do fim de semana, a empresa francesa começou a discutir o problema com a organização. Mesmo a empresa francesa decidiu trazer os pneus utilizados na corrida anterior, na Espanha, para contornar a situação. Porém, como o regulamento da época obrigava que os pilotos largassem com os mesmos compostos utilizados na classificação, uma autorização especial foi solicitada e acabou não sendo atendida.

Com isso, uma série de contenções foram estudadas, como a criação de uma chicane na Curva 1 , mais afetada pelo recapeamento, para diminuir a velocidade dos carros (proposta vetada pela Ferrari). Até mesmo foi sugerido que a corrida acontecesse sem a distribuição de pontos e de dinheiro, a fim de salvar o evento. Porém a sugestão foi veementemente negada por Max Mosley, à época presidente da FIA, entidade máxima do automobilismo mundial.

Por fim, as equipes que utilizavam os pneus Michelin esperaram por 20 minutos para deixarem os boxes para a volta de apresentação. Como nenhuma decisão da FIA chegou, as equipes recolheram os carros e voltaram para os boxes. Desta forma, apenas os seis carros munidos de pneus Bridgestone alinharam no grid.

Dentro da pista, dobradinha da Ferrari com Michael Schumacher em primeiro e Rubens Barrichello em segundo. O pódio foi completado pelo português Tiago Monteiro, da Jordan. A celebração, contudo, não foi vista por muitos torcedores, que deixaram as arquibancadas ao longo da prova. A revolta foi tamanha que o safety-car foi acionado por conta de latas arremessadas na pista em forma de protesto.

PRIMAVERA ÁRABE

Em 2011, a Fórmula 1 planejava iniciar sua temporada com o GP do Bahrein, porém a corrida logo foi adiada por conta do país viver o auge da Primavera Árabe, uma onda de protestos e manifestações que eclodiram no Oriente Médio e no Norte da África. Devido à instabilidade e a falta de garantia de segurança, posteriormente, em junho, Bernie Ecclestone, chefe da categoria na época, se reuniu com as equipes e decidiu cancelar a corrida.

No ano seguinte, o GP do Bahrein voltou a acontecer, como a quarta prova do calendário. Porém, diversos protestos contra a realização da prova aconteceram. Na quinta-feira, antes da realização da corrida, funcionários da Force India tiveram o veículo atacado quando voltavam ao hotel onde estavam hospedados. No dia seguinte, a equipe participou apenas do TL1 e voltou para o hotel antes do anoitecer a fim de evitar novos problemas. No sábado, a equipe foi boicotada pela FOM, empresa geradora das transmissões, que durante as sessões do dia não mostrou os carros da equipe na transmissão oficial.

COVID-19

Às vésperas do início da temporada 2020 da Fórmula 1, a pandemia de covid-19 começou a se alastrar pelo mundo. Porém, ao desembarcar em Melbourne a categoria parecia viver imune ao contexto em que o mundo se encontrava.

Apesar das crescentes no número de casos, a categoria se mantinha firme em realizar o GP da Austrália,inclusive, com a presença de público. Porém, tudo mudou na quinta-feira anterior ao início das atividades, no dia 12 de março. Um funcionário da McLaren testou positivo para a doença e mais doze empregados da equipe de Woking acabaram isolados. Com isso, a categoria teve de agir.

Duas horas antes da primeira sessão de treinos livres, veio a confirmação: o GP da Austrália foi cancelado por conta da pandemia de covid-19. Os torcedores que chegavam ao autódromo deram de cara com os portões fechados. Apesar da insatisfação, posteriormente, os valores pagos nas entradas foram ressarcidos.

Com o agravamento da pandemia, a Fórmula 1 continuou sofrendo com diversos adiamentos e cancelamentos. Além do GP da Austrália, as corridas no Azerbaijão, Brasil, Canadá, Cidade do México, Estados Unidos, Mônaco, França, Azerbaijão, Holanda e Singapura foram canceladas.

Para driblar a situação, foram incluídos os GP's da Estíria, no Red Bull Ring, e o GP do 70º aniversário da categoria, em Silverstone. Além disso, os Grandes Prêmios da Toscana, em Mugello, Eifel, em Nürburgring, Portugal, no Autódromo Internacional do Algarve e Emília-Romanha, em Ímola, foram acrescentados ao calendário, que contou com 17 corridas.

A NÃO-CORRIDA NA BÉLGICA

Sempre cercado de uma aura especial por ser realizado no icônico circuito de Spa-Francorchamps, o GP da Bélgica 2021 ganhou um ingrediente especial. No sábado, sob forte chuva, George Russell, então na Williams, colocou o carro da equipe britânica na segunda colocação no grid de largada, atrás somente de Max Verstappen, da Red Bull.

No domingo, enfim a corrida chegou. Porém, o clima não era dos melhores: uma fortíssima chuva castigava a região. Com isso, a bandeira verde foi adiada em 30 minutos. Depois de três voltas de alinhamento de grid, a primeira largada foi dada sob regime de safety-car. Mas logo os pilotos reclamaram da falta de visibilidade na pista e a bandeira vermelha foi declarada.

Prevista para durar por 20 minutos, a bandeira vermelha permaneceu por três horas, mas a preocupação com o tempo-limite de quatro horas para a conclusão do evento começou a preocupar a organização.

Com a diminuição da chuva, uma nova contagem regressiva de uma hora foi feita e uma tentativa de relargada sob o safety-car aconteceu. Mas as condições pioraram e com 30 minutos restantes na regressiva, a corrida, enfim, foi cancelada.

A F-1 levou em conta que o líder Verstappen realizou três voltas antes da bandeira vermelha, apesar de ter considerado oficialmente apenas uma volta na corrida, tornando a prova a mais curta de toda a história. Com isso, metade dos pontos foram concedidos para os dez primeiros colocados. Verstappen venceu, seguido de George Russell, em seu primeiro pódio na categoria, e Lewis Hamilton.

A Fórmula 4 Brasil, que terá início em maio, surge em meio à carência de competições de base no automobilismo nacional. O evento tem seis fins de semana previstos até novembro, com três provas em cada. Entre os 16 pilotos, que estão divididos em quatro equipes, Aurélia Nobels é a única garota. Não que seja um cenário estranho à jovem de apenas 15 anos, acostumada a ser minoria nos torneios que disputa.

"Há poucas meninas no esporte e é bem difícil, porque a gente sofre com os meninos, por ser um esporte bem machista. Mas meus pais sempre apoiaram muito, meus amigos também. Quando falei [que seria piloto], eles [amigos] ficaram até chocados, porque ver uma menina nesse esporte é difícil, mas estão sempre me apoiando, perguntando e ficam felizes com os resultados", contou Aurélia, à Agência Brasil.

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O sobrenome da piloto, aliás, não deixa dúvidas da origem estrangeira. Aurélia nasceu em Boston (Estados Unidos) e tem pais belgas. A família vive no Brasil desde que a jovem tinha três anos, mas o carinho pelo país vem de antes, também motivada pelo automobilismo.

"Quando era pequeno, tinha uma bandeira brasileira no quarto, porque gostava do Ayrton Senna. Ele era meu ídolo. Sempre sonhei conhecer o Brasil, tive oportunidade profissional [para isso] e depois de mudar para cá. Toda a família mudou, gostou muito e aqui ficamos", recordou o pai de Aurélia, Kevin Nobels.

Dos quatro filhos de Kevin, dois seguiram o caminho do esporte a motor - o irmão mais novo de Aurélia, Ethan, também pilota. Ambos iniciaram no kart com Tuka Rocha, piloto com destaque na Stock Car, que faleceu em 2018 em um acidente aéreo. A jovem tinha dez anos quando conheceu a modalidade e participa de torneios desde 2017. Além de pistas brasileiras, ela já competiu na Europa e foi a única representante feminina na categoria OK Junior (12 a 14 anos) no Campeonato Mundial de Kart de 2020, em Portimão (Portugal).

"Eu achei bem diferente [competir na Europa], em relação ao kart e às pistas. Sobre machismo, eles veem menos diferenças entre meninos e meninas. Além disso, há mais meninas [pilotando] na Europa", descreveu Aurélia, que tem a paulistana Bia Figueiredo, ex-piloto de Stock Car e Fórmula Indy, entre as referências na modalidade - ao lado do monegasco Charles Leclerc e do britânico Lewis Hamilton, ambos da Fórmula 1. 

"Eu a conheci [Bia] no começo da minha carreira. É uma pessoa incrível, muito gente boa. Ela até me mandou mensagem quando entrei na TMG [equipe de Aurélia na Fórmula 4], já trabalhou com Thiago [Meneghel, chefe da escuderia]", contou.

A temporada brasileira da Fórmula 4 será a primeira de Aurélia dirigindo um monoposto. Para se adaptar, a jovem fez testes na Europa - o carro da F4 de lá é o mesmo que será utilizado por aqui - e conheceu as pistas que terá pela frente em 2022, a bordo de um Fórmula 3.

"[O monoposto] É bem diferente do kart, que é a base de tudo. O carro é mais pesado e mais rápido e o freio é mais duro. Tem de trabalhar bastante o físico para aguentar o carro e fazer bastante simulador para conhecer as pistas, saber onde é a primeira curva, onde frear", disse a piloto.

Aurélia sonha com a Fórmula 1, que não tem uma piloto mulher desde a italiana Giovanna Amati, que participou dos treinos oficiais de classificação em três etapas da temporada 1992. Já a última a disputar uma prova foi a compatriota Leila Lombardi, que esteve em 12 corridas, entre 1974 e 1976. De lá para cá, as britânicas Susie Wolff - atualmente a chefe-executiva da equipe Venturi, na Fórmula E (monopostos elétricos) - e Katherine Legge são as que mais chegaram perto de competir na principal categoria do automobilismo.

"É muito difícil, poucas pessoas conseguem, mas espero que dê certo e eu consiga chegar lá um dia", afirmou a jovem, que, a partir de 2023, com 16 anos, fica apta a participar das seletivas para a W Series, categoria internacional voltada somente a mulheres e que teve a catarinense Bruna Tomaselli na temporada passada.

E quanto à bandeira que defenderá? Em 2020, no Mundial de kart, Aurélia e o irmão competiram pela Bélgica. Apesar do sangue meio norte-americano, meio europeu, Aurélia quer representar o país onde cresceu e no qual a família decidiu viver.

"Vim para cá muito cedo, moro há 12 anos, então me considero brasileira. Prefiro representar o Brasil", concluiu a piloto, que tem as bandeiras dos três países estampada no capacete.

O primeiro fim de semana da Fórmula 4 Brasil será o de 14 e 15 de maio, em Mogi Guaçu (SP). Nos dias 30 e 31 de julho, as provas serão em Brasília. A categoria volta para Mogi Guaçu nos dias 25 e 26 de setembro. A quarta etapa está marcada para Goiânia, em 22 e 23 de outubro. A temporada chega ao fim nos dias 19 e 20 de novembro, outra vez em Brasília.

• Maria Teresa de Filippis;Maria deu o "arranque" inicial para as mulheres na Fórmula 1. A italiana participou da competição de 1958 até 1959, ela se inscreveu em cinco corridas e participou apenas de três.O melhor resultado de Maria foi a 10ª colocação no GP da Bélgica, em 1958. Porém, na corrida seguinte, sua participação foi vetada pelo diretor de prova, Toto Roche. Toto alegou, de forma sexista à época que "uma jovem tão bonita não deveria usar nenhum capacete a não ser o secador".Sua última corrida foi no GP de Mônaco de 1959. Em 1979, Maria juntou-se ao International Club Of Former F1 Grand Prix Drives (um clube internacional de ex-pilotos da F1). Nos anos seguintes, em 1997, a italiana tornou- se vice-presidente do clube e presidente do clube da Maserati.• Lella Lombardi;Após Maria, o Grid da Fórmula 1 demorou 15 anos para ter uma presença feminina. Lella foi a primeira mulher a marcar pontos na competição.Ela fez parte de diversas competições de divisões inferiores da Fórmula 1. Em 1974, a Italiana finalmente debutou na principal competição, sua estréia foi no GP da Grã-Bretanha.No ano seguinte, 1975, Lella disputou 12 das 14 provas da temporada. No GP da Espanha conquistou a melhor colocação feminina na história da F1, um sexto lugar que a rendeu meio ponto na classificação de pilotos.Em 1976, Lella foi substituída pelo sueco Ronnie Peterson. Isso decretou o fim da italiana na F1. Porém, Lombardi ainda correu na NASCAR e só parou de competir em 1980, quando foi diagnosticada com câncer. • Divina Galicia;Divina foi uma atleta olímpica britânica que disputava provas de esquí. Ela recebeu um convite para uma corrida com celebridades e se surpreendeu com seu talento atrás do volante.A britânica defendeu as cores da equipe Hesketh. Divina participou de três treinos, mas nunca chegou a se classificar para a corrida.• Desiré Wilson;Desiré é a única não europeia da lista. A sul-africana disputou a Fórmula 1 britânica entre 1978 e 1980, com direito a uma vitória em 1980. No mesmo ano, Wilson despertou o interesse da Williams, porém, não conseguiu se classificar para disputar um GP da divisão principal da Fórmula 1.O circuito de Brands Hatch, na Inglaterra, tem uma arquibancada com o nome de Desiré, como forma de homenagem a pilota.• Giovanna Amati;A última mulher a correr na Fórmula 1 foi Giovanna Amati. A italiana foi a pilota principal da Brabham no começo da temporada de 1992, mas não conseguiu se classificar para nenhuma das três provas nas quais foi inscrita e acabou perdendo a vaga na equipe. Após a F1, Amati seguiu sua carreira no automobilismo nas categorias de turismo.

Uma das principais modalidades esportivas e de entretenimento dos norte-americano completa esta semana 74 anos, a NASCAR, que  é uma associação automobilística que sanciona e controla múltiplos eventos de esporte motor, em especial competições de "stock cars". 

A NASCAR foi fundada em 21 de fevereiro de 1948, por William France e Ed Otto. Antes disso, William já organizava corridas que envolviam carros normais de passeios modificados para ter mais velocidade. A criação da associação foi uma forma de buscar uma padronização para estes eventos. A primeira prova disputada pela categoria aconteceu no circuito de terra do "Charlotte Speedway" na Carolina do Norte, em 19 de junho de 1949.

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Nesta terça-feira (15), uma das principais figuras do automobilismo completaria 93 anos. Graham Hill ganhou grande destaque nas 18 temporadas que esteve na Fórmula 1, além de ter sido dono de uma equipe na categoria. Graham é o único piloto a vencer a Tríplice Coroa do Automobilismo: 24 horas de Le Mans, 500 milhas de Indianápolis e o Grande Prêmio de Mônaco. Hill faleceu em 1975.

Norman Graham Hill, ou apenas Graham Hill, nasceu em 1929, em Hampstead, Londres. Hill ficou conhecido pela sua inteligência e paciência atrás dos volantes. Sua carreira na Fórmula 1 se iniciou aos 29 anos, correndo pela Lotus. Porém, o início foi conturbado, Hill ficou duas temporadas sem pontuar sequer um ponto. Com isso, o piloto entrou na BRM, e venceu seu primeiro campeonato em 1962. Ainda na BRM, foi vice em 1963, 64 e 65.

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A Haas passou na frente das rivais e foi a primeira equipe a divulgar imagens do carro que utilizará na temporada de 2022 da Fórmula 1.

O VF-22, que vai ser conduzido por Mick Schumacher e Nikita Mazepin, apareceu somente em algumas imagens computadorizadas e mostrou a pintura que utilizará no primeiro ano da nova era do regulamento da categoria.

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Sem ter realizado nenhum evento para apresentar o monoposto, a Haas só deverá mostrar o modelo no primeiro teste da pré-temporada, em Barcelona, entre os dias 23 e 25 de fevereiro.

O novo modelo da Haas não teve muitas modificações, já que a equipe manteve o vermelho, azul e branco. A lanterna da temporada de 2021 da F1 adotou essa coloração após a chegada do russo Mazepin, pois a principal patrocinadora do time é uma das empresas do pai do piloto.

As fotografias divulgadas pelas Haas, no entanto, foram uma chance do público ver como ficará os monopostos de acordo com as novas medidas aerodinâmicas da principal categoria do automobilismo mundial.

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Da Ansa

Uma tragédia marcou o automobilismo brasileiro logo no primeiro mês de 2022. A organização do Rally Cerapió confirmou nesta sexta-feira a morte de Daniel Santos, que participava da competição na modalidade motos. O piloto estava desaparecido desde a última quarta, quando não compareceu ao destino final do terceiro dia de provas entre as cidades de Ubajara-CE e Luís Correia-PI.

Nascido em Nova Venécia-ES, Daniel era empresário e tinha 36 anos. Após um dia inteiro de buscas pela região em que o rali passou, o piloto foi encontrado em uma área de trilha no município de Granja, no Ceará, deitado ao lado da moto, que estava em pé e com o capacete ao lado. De acordo com a organização do evento, não havia sinais de violência ou acidente e as causas da morte ainda serão investigadas. Participaram das buscas, além da equipe de resgate da prova, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Militar, Operações Aéreas e Canil.

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"É com muita tristeza que o Rally Cerapió lamenta o falecimento do piloto Daniel Santos nesta quinta-feira (27/1), em uma área de trilha no distrito de Ubatuba, no município de Granja-CE, divisa com o estado do Piauí. Família, amigos e companheiros de esporte, recebam toda nossa solidariedade e força nesse momento. Todo o Rally Cerapió está de luto. Seguimos a disposição para prestar toda a assistência necessária", informou a organização em um comunicado oficial.

Por conta do falecimento de Daniel Santos, a última etapa do rali entre Paranaíba (PI) e Barreirinhas-MA foi cancelada, assim como a cerimônia de premiação. Antes mesmo de encontrarem o corpo do piloto, a etapa desta sexta-feira já tinha sido suspensa.

Há três décadas no calendário, o Cerapió/Piocerá é um dos principais eventos off-road da América Latina e abre a temporada brasileira de ralis com eventos de motos, carros, quadriciclos, UTVs e bicicletas. Na edição de 2022, a prova largou no Ceará, com chegada prevista no Maranhão.

Com uma largada sensacional e regularidade durante as 71 voltas, o holandês Max Verstappen, da Red Bull, venceu, neste domingo o GP da Cidade do México, 18ª etapa do Mundial de Fórmula 1. O inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, e o mexicano Sergio Pérez, da Red Bull, completaram o pódio.

Com o resultado, Verstappen, que tem 19 vitórias na carreira, soma 312,5 pontos, contra 293,5 de Hamilton. A próxima etapa será no próximo domingo, em Interlagos.

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Verstappen largou muito bem e pulou da terceira posição para a liderança. Bottas, o pole, tomou um toque de Ricciardo. Os dois rodaram e caíram para as últimas colocações. Hamilton ficou em segundo, seguido por Pérez. Mick Schumacher e Yuki Tsunoda abandonaram. O safety car entrou na pista por quatro voltas.

Na relargada, Verstappen aumentou o ritmo e foi acumulando voltas mais rápidas. "Ele está muito veloz", admitiu Hamilton pelo rádio. Com 20 voltas, o holandês já tinha mais de seis segundos de vantagem. Ricciardo e Bottas faziam uma volta de recuperação e estavam em 11º e 12º, respectivamente.

A partir da volta 30 começaram as paradas nos boxes. O primeiro foi Hamilton e depois Verstappen. Pérez foi para a liderança, causando um entusiasmo impressionante nas arquibancadas do autódromo. "Os pneus estão bem", disse o piloto mexicano na volta 37, com sete segundos à frente de Verstappen e 14 de Hamilton.

Pérez só foi para os boxes na volta 41 e quando voltou para a pista ficou nove segundos atrás de Hamilton e 18 do Verstappen. Bottas parou uma volta depois, mas um problema na roda dianteira esquerda deixou o finlandês mais de 11 segundos parado.

Com os três primeiros de pneus novos, Verstappen foi abrindo frente, enquanto Pérez, aos poucos, foi diminuindo a diferença para Hamilton. A 20 voltas do final, o mexicano estava seis segundos atrás do inglês.

Em uma prova com poucas disputas, a bela ultrapassagem do canadense Lance Stroll sobre o britânico George Russell na volta 57 foi um dos destaques. Mas a principal disputa ocorreu a dez voltas do fim, quando Pérez encostou em Hamilton. O piloto da Red Bull ficou a menos de um segundo da Mercedes, mas não teve sucesso em sua aproximação. Verstappen, tranquilo, cruzou em primeiro pela nona vez na temporada.

Veja a classificação do GP da Cidade do México:

1º) Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 1hora38min39s086

2º) Lewis Hamilton (GBR/Mercedes), a 16s555

3º) Sergio Pérez (MEX/Red Bull), a 17s752

4º) Pierre Gasly (FRA/AlphaTauri), a 1min03s845

5º) Charles Leclerc (MON/Ferrari) , a 1min21s037

6º) Carlos Sainz (ESP/Ferrari) (FIN/Mercedes), a uma volta

7º) Sebastian Vettel (ALE/Aston Martin), a uma volta

8º) Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo), a uma volta

9º) Fernando Alonso (ESP/Alpine), a uma volta

10º) Lando Norris (GBR/McLaren), a uma volta

11º) Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo), a uma volta

12º) Daniel Ricciardo (AUS/McLaren), a uma volta

13º) Esteban Ocon (FRA/Alpine), a uma volta

14º) Lance Stroll (CAN/Aston Martin) , a duas voltas

15º) Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) , a duas voltas

16º) George Russell (GBR/Williams) , a duas voltas

17°) Nicholas Latifi (CAN/Williams), a duas voltas

18°) Nikita Mazepin (RUS/Haas), a três voltas

Não completaram a prova:

Mick Schumacher (ALE/Haas)

Yuki Tsunoda (JAP/AlphatTauri)

Milton Guirado Theodoro da Silva, pai de Ayrton Senna, morreu de causas naturais, nesta quarta-feira, aos 94 anos, em São Paulo. Miltão, como era chamado por familiares e amigos, era casado com Neyde Joanna Senna. O casal teve mais dois filhos: Viviane e Leonardo.

A morte do pai do tricampeão mundial de Fórmula 1 foi anunciada em uma publicação no perfil oficial do ex-piloto - morto em um acidente em Imola, Itália, em 1994 - em uma rede social.

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Dono de uma empresa metalúrgica, Milton acompanhou intensamente a carreira de Senna no automobilismo, desde o kart até a Fórmula 1. Sua presença era constante nas corridas em todas as temporadas, mas teve poucas aparições públicas.

Uma das poucas vezes em que foi fotografado ao lado do filho piloto foi após a vitória no GP do Brasil de 1991, em Interlagos, quando Senna terminou a prova apenas com a sexta marcha de sua McLaren. O espetacular feito fez Miltão esquecer as câmeras, dar um beijo e um longo abraço no vencedor da corrida.

O holandês Max Verstappen, da Red Bull, conquistou neste domingo (24) o Grande Prêmio dos EUA de F1, em Austin, e ampliou sua vantagem para o britânico Lewis Hamilton, da Mercedes, na liderança do campeonato.

Largando na pole, Verstappen chegou a perder a primeira posição para o heptacampeão logo na volta de abertura da corrida, porém conseguiu recuperar a ponta após a janela de pit stops.

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Os dois pilotos mantiveram um ritmo alucinante na parte final da corrida, com o holandês terminando a prova apenas 1,3 segundo na frente de Hamilton. Sergio Pérez, da Red Bull, completou o pódio.

Também marcaram pontos, nesta ordem, Charles Leclerc (Ferrari), Daniel Ricciardo (McLaren), Valtteri Bottas (Mercedes), Carlos Sainz (Ferrari), Lando Norris (McLaren), Yuki Tsunoda (AlphaTauri) e Sebastian Vettel (Aston Martin).

Faltando somente cinco provas para o fim da temporada, Verstappen tem agora 287,5 pontos, 12 a mais que o britânico da Mercedes. A próxima etapa será no México, em 7 de novembro.

Da Ansa

A Netflix se prepara para lançar um documentário sobre a vida e carreira do alemão Michael Schumacher, heptacampeão mundial de Fórmula 1, e começam a ser revelados alguns trechos da obra que ficará disponível no próximo dia 15. Corinna Schumacher, esposa do ex-piloto que sofreu um grave acidente de ski em dezembro de 2013, na França, falou sobre a vida da família desde esse dia trágico.

"Claro que tenho saudades do Michael todos os dias. Mas não sou só eu que sinto falta dele: as crianças, a família, o seu pai (a mãe de Schumacher, Elisabeth, morreu em 2003), toda a gente à sua volta. Todos sentem falta do Michael, mas o Michael está aqui. Diferente, mas está aqui e isso dê-nos força, acho", disse Corinna.

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A esposa de Schumacher acrescenta que fará de tudo para dar o máximo conforto e privacidade ao marido, mantendo a família unida apesar da tragédia.

"Estamos juntos. Vivemos juntos em casa, fazemos terapia. Fazemos tudo o que podermos para fazer com que o Michael se sinta melhor e para ter a certeza que ele está confortável e fazê-lo sentir a nossa família, a nossa ligação. Aconteça o que acontecer, vou fazer tudo que possa. Faremos todos. (...) Estamos a tentar continuar como família, da forma que o Michael gostava e ainda gosta. E estamos a avançar com as nossas vidas. 'O privado é privado', foi o que ele sempre. É muito importante para mim que ele possa ter a sua vida privada tanto quanto possível. O Michael sempre nos protegeu, agora somos nós a protege-lo", explicou.

O filho Mick, atualmente na Fórmula 1 pela Haas, em um depoimento sincero, fala das experiências que perdeu com o pai por causa do acidente e do desejo e impossibilidade de poder conversar com o Michael hoje em dia, já que ambos dividem a mesma paixão pelo automobilismo.

"Desde o acidente, esses momentos em família, que acredito que muitas pessoas passam com os pais, não estão mais presentes, ou em menor grau, e a meu ver isso é um pouco injusto. Acho que pai e eu nos entenderíamos de uma forma diferente agora, simplesmente porque falamos uma linguagem semelhante, a linguagem do automobilismo, e sobre o qual teríamos muito mais o que conversar. E é aí que minha cabeça está na maior parte do tempo, pensando que seria muito legal. Eu desistiria de tudo só por isso", afirmou.

No último dia 29 de dezembro, completou-se sete anos do acidente de esqui sofrido por Schumacher, que desde então, se recupera das lesões cerebrais provocadas pelo choque em uma mansão da família na Espanha, sob forte esquema de segurança.

Schumacher é dono de 91 vitórias e sete títulos mundiais na Fórmula 1, recordista absoluto de triunfos até o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, quebrar a sua marca de triunfos em 2020. O alemão teve duas passagens pela categoria; entre 1991 e 2006 por Jordan, Benetton e Ferrari, e entre 2010 e 2012 pela Mercedes.

Considerado o maior rally das Américas, o Rally dos Sertões encerra sua edição 2021 no próximo domingo (22) em Tamandaré. O evento, que ocorrerá pela primeira vez no município, vai agitar a cidade litorânea com a chegada dos carros e entrega das premiações no Forte de Santo Inácio de Loyola, um dos pontos turísticos da cidade, no Litoral Sul de Pernambuco.

A 29ª edição do Rally dos Sertões teve início em 13 de agosto na praia de Pipa, no Rio Grande do Norte. Após percorrer mais de 3,5 mil quilômetros e passar por seis estados do Nordeste, o evento encerrará a edição 2021 em Tamandaré.

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“Como Tamandaré será a cidade de encerramento, as pessoas do mundo todo vão poder ver as belezas daqui, nossa cultura, nossas praias. Tenho certeza que o verão de 2022 será de muitos turistas por aqui. Tenho certeza de que patrocinadores e familiares dos competidores voltarão a nossa cidade”, disse o Secretário de Turismo da cidade, Robson Lins Cavalcanti.

Com informações da assessoria

O trajeto do Rally dos Sertões desta segunda-feira (16), o terceiro dia da competição, ficou marcado por um evento peculiar. A dupla Rodrigo Varela/Filipe Palmeiro assumiu a liderança da etapa mais competitiva da modalidade, a UTV. No entanto, para alcançar o feito, os pilotos tiveram de superar Reinaldo Varela, que é pai de Rodrigo.

"A gente fica meio mordido, mas fica feliz também, né?", comentou Reinaldo sobre o feito de seu filho. "Quando soube que ele tinha me passado, fui lá e dei um grande abraço nele. Depois dei um puxão de orelha também", brincou.

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O percurso desta segunda-feira teve 202km de trecho especial, de Araripina-PE a São Raimundo Nonato-PI. Reinaldo Varela, que já venceu o Rally dos Sertões duas vezes no geral e oito edições por categoria, liderava a competição desde o primeiro dia, mas Rodrigo, desta vez, foi superior e assumiu a liderança do evento.

Mas não é apenas de troca de lideranças que se compõe a família Varela. O pai teve problemas e teve de ficar fora das pistas por 10 minutos devido à substituição de uma peça em seu veículo. Seu outro filho, Gabriel, que disputava com o navegador Filipe Bianchini, veio logo atrás e resolveu ajudar. "Quando ele me viu, parou o UTV e ofereceu a peça do carro dele para que eu pudesse continuar. Isso é que é espírito de equipe. E um filho de ouro", exaltou o tricampeão.

RALLY - Maior competição off-road das Américas, o Rally dos Sertões deste ano terá um roteiro 100% nordestino. A prova teve sua largada no dia 13 de agosto, na Praia da Pipa, no Rio Grande do Norte, e vai terminar na Praia dos Carneiros, em Pernambuco, no dia 22. Com o tema "Sertões 100% Sertão", o rali vai passar por sete dos nove Estados da Região Nordeste, e o cenário será de Caatinga, um bioma exclusivo do Brasil. Além do Rio Grande do Norte, os competidores atravessarão Paraíba, Pernambuco, Piauí, Bahia, Alagoas e Ceará.

O percurso terá 3.548 quilômetros ao longo de dez dias de provas, incluindo o prólogo, que definiu a ordem de largada, e mais nove etapas. Os trechos especiais em que os competidores aceleram para valer somam 2.180 quilômetros, o que representa 60% do trajeto. De acordo com a organização, a equipe técnica do Rally dos Sertões criou uma edição que deve encantar os competidores em termos de belezas naturais e desafios. "Preparamos muitas novidades para este ano. Uma edição 100% no Nordeste, fato inédito na história do Sertões, com largada e chegada também em cidades inéditas. A grande razão de existir do rali é promover o Brasil", disse Joaquim Monteiro, CEO do Sertões, referindo-se à passagem da prova deste ano pela Serra da Capivara, no Piauí, e também pelo entorno do Rio São Francisco.

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