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Banqueiros de Wall Street enxergam o Brasil sem grande disrupção à frente, independentemente de quem vença nas urnas no segundo turno: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou o presidente Jair Bolsonaro (PL). Fontes que participaram das tradicionais reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, além dos diversos eventos paralelos que movimentaram a capital norte-americana entre os últimos dias 10 e 16, disseram ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que executivos de instituições financeiras dos EUA, da Europa e do Reino Unido avaliaram que o Congresso inclinado à direita é "peça-chave" para evitar mudanças mais drásticas no País.

Em meio a um cenário macroeconômico desafiador, a mensagem de encontros que ocorreram às margens das reuniões anuais do FMI foi a de que o Brasil se destaca em relação a pares na América Latina e também no mundo, em alguns aspectos. O País cresce enquanto a recessão assombra o mundo, subiu os juros antes e a inflação começa a dar uma trégua, com três meses consecutivos de queda, mas o fiscal ainda preocupa - e muito.

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"O consenso em Washington foi o de que não há espaço para grandes disrupções no Brasil, independente de troca de governo... Grandes mudanças na economia. Por quê? O fator chave: o Congresso inclinado à direita. O pessoal gostou", afirmou um banqueiro.

Outro, também na condição de anonimato, reforça que parte do risco deixou de existir no 1.º turno, com o equilíbrio das forças no Congresso. "Se for o Lula, o Congresso é mais à direita, então, vai segurá-lo em eventuais movimentos agressivos ou ideias heterodoxas. Ou, se for o Bolsonaro, o Congresso também tem o poder de segurar as suas loucuras", avalia.

Cenário

A percepção que ficou em Wall Street foi de que, enquanto do lado do mundo desenvolvido o tom foi negativo durante as reuniões do FMI, com um nível de incerteza e desconfiança "bastante alto", para Brasil e América Latina em geral, as conversas foram "mais positivas". O próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, vendeu este cenário ao comentar sobre os encontros que teve em Washington, nos quais defendeu que o País está "fora de sintonia" com o cenário de "desalento" global.

"Não sei se exatamente no tom e na direção dele. Mas a visão é de que o Brasil já fez a lição de casa, ao subir os juros antes. A inflação está começando a convergir", diz o executivo de uma instituição brasileira.

Apesar disso, a questão fiscal segue no centro das preocupações com o Brasil, uma vez que o efeito positivo de corte de impostos na inflação e o aumento de benefícios sociais tende a pesar mais adiante. O alerta veio de todos os lados nas reuniões do FMI. Há a preocupação de que é preciso apoiar os mais vulneráveis diante do cenário atual, mas sem tirar os olhos do fiscal.

"Quando a política monetária coloca o pé no freio, a política fiscal não deve pisar no acelerador. Se fizerem, correm o risco de entrar em trajetória muito perigosa", disse a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar banqueiros pela cobrança sobre qual será o plano para a economia em um eventual novo governo petista. Pré-candidato à Presidência, Lula respondeu aos questionamentos pela falta de agendas de campanha com agentes do mercado e disse que vai fazer "muitas reuniões com banqueiro e empresário". Mas reclamou do que considera falta de sensibilidade social do empresariado.

"Banqueiro quer fazer reunião. Eu vou fazer muitas reuniões com banqueiro e empresário, mas eles nunca me perguntam como está o povo na rua, se está passando fome, como estão as pessoas abandonadas", disse o petista durante lançamento do livro "Querido Lula: cartas a um presidente na prisão", realizado na noite desta terça-feira (31), em São Paulo.

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"E o teto de gastos, vai manter ou não vai manter? E a responsabilidade fiscal e a dívida pública, como vai fazer para diminuir? Eles só pensam no dinheiro pra reverter pra eles, não pensam nos recursos do povo", emendou Lula. Mais cedo nesta terça-feira, o ex-presidente havia dito que conversaria com o mercado na "hora que tiver interesse".

No evento da noite, o ex-presidente afirmou que o PSDB "acabou". "Um senador do PFL disse uma vez que era preciso acabar com a 'desgraça do PT', o Jorge Bornhuasen. O PFL acabou. Agora, quem acabou foi o PSDB. O PT continua forte, continua crescendo e conseguiu construir a maior frente de esquerda já feita nesse País", finalizou Lula.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a se irritar com parlamentares da oposição na Comissão Especial da reforma da Previdência. O ministro desencadeou um rápido bate-boca depois de o deputado Bira do Pindaré (PSD-MA) dizer que Guedes é "representante dos banqueiros" e pedir que ele "o olhasse nos olhos". "Começou errado", gritou Guedes.

A confusão, no entanto, foi rapidamente contornada pelo presidente da comissão, Marcelo Ramos (PR-AM), e a sessão, que começou às 14h30, continua.

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O grupo espanhol Santander anunciou que solicitará a exclusão voluntária de suas ações nas bolsas de valores do Brasil, Itália, Argentina e Portugal.

Das mais de 16.136 milhões de ações nas quais está dividido o capital social do Santander, somente 0,314% está registrado nesses mercados, representando 20.644.745 títulos, em 29 de junho de 2018.

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"Essas decisões são adotadas em um processo de racionalização dos mercados onde as ações do banco têm uma cotação secundária, e em atenção ao pouco volume de negociação das ações em tais mercados", informou o Santander à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), entidade reguladora da bolsa espanhola.

Além disso, o Banco solicitou também a exclusão das ações cotadas no índice de preços da Bolsa Mexicana de Valores (BMV), e sua incorporação no Sistema Internacional de Cotações disponíveis no México para ações de sociedades estrangeiras.

Assim, o Santander explicou que, para atender aos interesses dos acionistas, o banco deve oferecer aos quatro países a opção de vender suas ações nas Bolsas de Valores da Espanha (Mercado Contínuo) durante um período não inferior a um mês, mas que não supere três meses.

Essa facilidade de venda será implementada entre agosto deste ano e janeiro de 2019, dependendo da obtenção das devidas autorizações. Ainda assim, as ações do Banco Santander continuarão sendo negociadas nas Bolsas de Valores de Madrid, Barcelona, Bilbau, Valência, em Nova York, Londres e em Varsóvia.

Da Ansa

O Vaticano informou que dois ex-gestores do seu banco foram colocados sob investigação pela Santa Sé por suspeita de fraude, relacionada com negócios imobiliários entre 2001 e 2008. O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, não deu detalhes sobre o caso durante suas declarações neste sábado (6).

Em comunicado separado, o Instituto para as Obras de Religião, mais conhecido como Banco do Vaticano, afirma que a investigação contra os dois gestores e um advogado foi lançada meses atrás. Desde que assumiu o trono de Pedro, o papa Francisco tem colocado a limpeza das contas da Igreja entre suas prioridades.

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Ontem, o "ministro da Fazenda" do Vaticano revelou que centenas de milhões de euros foram encontrados "escondidos" em contas de vários departamentos da Santa Sé sem terem aparecido nos balanços da cidade-Estado. Em um artigo na edição da revista britânica Catholic Herald, o cardeal australiano George Pell escreveu que a descoberta significa que as finanças do Vaticano estão em melhor estado do que se acreditava. Fonte: Associated Press.

O presidente da Caixa, Jorge Hereda, informou que na reunião entre banqueiros e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi feita uma avaliação das perspectivas de oferta de crédito neste segundo semestre. "A nossa avaliação é muito boa. A carteira da Caixa cresceu bastante e vamos continuar crescendo no segundo semestre", declarou a jornalistas, após deixar o encontro nesta quarta-feira. "Nós estamos indo muito bem. A Caixa está contribuindo para o crescimento do País", completou.

Hereda disse ainda que a avaliação de todos os bancos é que o crédito se comportará melhor no segundo semestre. "O segundo semestre vai ser muito melhor. É o pensamento de todos os bancos."

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Também ao sair da sede do ministério, o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, afirmou que a economia brasileira está reagindo bem e que a expectativa é positiva até o fim do ano. Ele relatou que a reunião discutiu a conjuntura brasileira atual, mas evitou mais comentários.

Outros banqueiros deixaram o prédio sem falar com a imprensa. O ex-presidente do Banco Central Pérsio Arida, que hoje é vice-presidente do BTG, limitou-se a declarar: "agradeço o interesse, mas não vou falar".

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