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A reunião da comissão que analisa o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff foi marcada, mais uma vez, por tumulto e bate-boca, reforçados pela participação do público que acompanhava os depoimentos. Apesar de o depoimento do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, ter transcorrido com tranquilidade, a fala do professor de direito financeiro Ricardo Lodi Ribeiro foi, desde o primeiro minuto dos 30 previstos, alvo de várias interrupções. O deputado Júlio Lopes (PP-RJ) fez diversas intervenções e questionou inclusive os créditos atribuídos ao especialista, que é professor adjunto e não titular da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). As discussões duraram três horas.

“De fato, sou adjunto de direito financeiro da Uerj. Sou também diretor da faculdade de direito”, esclareceu Lodi. Mas a retomada do clima de tranquilidade durou pouco. Assim que Lodi disse que não estava falando como advogado de Dilma e afirmou que atribuição de defendê-la seria da Advocacia-Geral da União (AGU), novas polêmicas surgiram. Parlamentares, incluindo Júlio Lopes, afirmaram que a atribuição é de advogado pessoal e a discussão tomou quase dez minutos do tempo reservado ao depoente. O presidente da comissão, Rogério Rosso (PTB-DF), zerou o cronômetro, mas não foi suficiente, e ofereceu um exemplar da Bíblia para os parlamentares consultarem.

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A audiência, que começou com atraso, foi novamente interrompida quando Júlio Lopes reclamou da manifestação de funcionários da Câmara dos Deputados. Eles portavam cartazes se posicionando contrários ao impeachment. Segundo ele, ao ir ao banheiro encontrou funcionários da Casa com cartazes e manifestos. Para parlamentares da base aliada, isso faz parte do processo democrático.

Clima acirrado

O clima esquentou ainda mais quando Fernando Francischini (SD-PR) leu trechos do telefonema do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o ministro Nelson Barbosa em que tratam das investigações da Polícia Federal sobre o Instituto Lula. “Não podemos aceitar que um ex-presidente ligue e tente a intervenção direta em uma investigação da Polícia Federal. Queria pedir que faça uma representação para que possamos ouvir o ex-presidente Lula aqui na comissão”, defendeu.

De outro lado, Jandira Feghali (RJ), líder do PCdoB criticou o “desrespeito” dos integrantes da comissão com os dois convidados, devido às várias interrupções. Rosso tentou inúmeras vezes, sem sucesso, apaziguar os ânimos, mas agravou os debates quando rebateu a fala de Jandira que relatou o estresse ao dizer que a “democracia é isto”, provocando mais polêmica.

“É fundamental registrar a competência técnica dos dois expositores que trouxeram à luz a confusão no palanque político que foi ontem”, disse ao mencionar os depoimentos dos juristas autores do pedido de impeachment. “Não há nenhum crime de responsabilidade. Aqui quando se fala de meta fiscal. Há aqui uma enorme tentativa de criar um fato. Impeachment sem crime de responsabilidade se chama golpe”, completou.

O clima esquentou na tarde desta quarta-feira, 30, durante a sessão plenária da Câmara dos Deputados, com um bate-boca entre os deputados federais Vitor Valim (PMDB), Paulão (PT) e Ivan Valente (PSOL-SP). Valim fazia um pronunciamento e falava sobre as investigações do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o governo federal e citou o ministro Dias Toffoli, dizendo que ele, mesmo sendo ex-advogado do PT, "não era um golpista", quando foi interrompido pelo deputado Paulão com quem iniciou uma discussão áspera.

Logo depois, Valente interrompeu, chamou o deputado do PMDB de "babaca" e também começou a discutir com Valim que retrucou e classificou o deputado do PSOL de "petista frustrado". Valente foi filiado ao PT antes de migrar para seu atual partido. O presidente da sessão, Delegado Edson Moreira (PR-MG), acalmou os ânimos e convocou outros oradores para falar.

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A primeira sessão de julgamentos da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi aberta nessa quarta-feira (3) com ofensas e bate-boca protagonizado pelo presidente do tribunal, Francisco Falcão, e pelo ministro João Otávio de Noronha. O tom da discussão subiu até que Noronha, no curso da sessão oficial, disse aos colegas no microfone que o presidente do tribunal é "um tremendo mau caráter".

O embate teve início após Falcão anunciar economia no orçamento do tribunal de 2015 e insinuar que um projeto de Noronha, no valor de R$ 40 milhões, não se adequava ao ajuste. "Só no Brasil que essas coisas sonham acontecer", disse Falcão, sobre o projeto de construção de um prédio para a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).

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"Mas comprou dez carros novinhos, o mais caro possível, com teto de vinil. Comprou só dez, que beneficiava o presidente e seu gabinete. Em um orçamento de contingência...", interrompeu Noronha. Segundo Noronha, o orçamento da Enfam não se confunde com o do STJ e, portanto, não pode ser contabilizado na economia da corte.

O presidente do STJ disse que Noronha sugeriu a renovação da frota em número ainda maior do que o autorizado. "É tão mentiroso...", retrucou o ministro. Fala que vazou pelo microfone mostrou crítica dura de Noronha a Falcão: "Um mau caráter desse vem me provocar na sessão". Falcão e Noronha são conhecidos desafetos. Mas a discussão pública surpreendeu ministros.

Na sequência da discussão sobre o contingenciamento, foi retomado debate sobre uma sindicância que corre no STJ e apura desvios na contratação de serviços e obras na área de informática, que teriam sido autorizados na presidência do ministro Felix Fischer.

Na época, Noronha chegou a liderar comitê que pensava soluções e estratégias de modernização no tribunal. De acordo com ele, no entanto, nunca ficou responsável pela parte operacional, que envolvia licitações.

Há suspeitas de prejuízos de R$ 20 milhões em contratos da área, com superfaturamento. Um dos servidores que é alvo de investigação interna protocolou um mandado de segurança para paralisar o caso na Corte. Em dezembro, a análise do mandado de segurança foi suspensa por um pedido de vista de Noronha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) viveu na manhã desta quinta-feira (5) momentos de tensão e bate-boca generalizado, após o presidente Hugo Motta (PMDB-PB) anunciar que criaria quatro subrelatorias para o colegiado. Indignado com a condução dos trabalhos, Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) chamou o peemedebista de "moleque" e chegou a ser contigo por colegas. Outros deputados se levantaram de suas cadeiras e, com dedos em riste, foram até a mesa da presidência questionar Motta.

"Quem manda aqui é o presidente. Não aceito desrespeito. Cabelo branco não é sinônimo de respeito", reagiu Motta aos gritos. "Não serei fantoche para me submeter a pressão aqui. Não tenho medo de grito. Da terra onde venho, homem não ouve grito", emendou.

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O peemedebista não havia aceitado o apelo da base governista para que fosse votado primeiro o plano de trabalho e em outro momento se discutisse a criação das subrelatorias. O PT e outros partidos também reclamaram que não foram consultados antes sobre o assunto. Motta começou a ler o ato de criação das subrelatorias e a sessão se transformou em discussão generalizada.

FHC

Motta também leu ato onde negou o pedido de extensão das investigações ao governo de Fernando Henrique Cardoso, apresentado pelo deputado Afonso Florence (PT-BA). O presidente alegou que o pedido não encontrava respaldo regimental. "Estamos obrigados a nos ater no ato de criação que delimita o escopo da CPI, ou seja, no período de 2005 e 2015", afirmou.

A primeira subrelatoria criada nesta manhã vai investigar superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil; a segunda, a constituição de empresas subsidiárias e sociedades com o fim de praticar atos ilícitos; a terceira, o superfaturamento e gestão temerária na construção e afretamento de navios de transporte, navios-plataforma e navios-sonda; a última, vai apurar irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e na venda de ativos da Petrobras na África.

O deputado federal Sebastião Bala Rocha (SDD-AP) encaminhou na tarde desta quinta-feira, 5, um pedido de desculpas à Mesa Diretora da Câmara pelo episódio envolvendo o bate-boca com o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Bala Rocha também solicitou a retirada dos registros taquigráficos onde ele chama o petista de "fdp", o que deve ser acatado pela a Câmara.

"A mencionada expressão foi usada numa reação instantânea à agressão que sofri por parte do líder do governo que citou episódio, ocorrido em 2004, no contexto da Operação Pororoca, em que fui injustamente algemado pela Polícia Federal e que até hoje me faz sofrer e a toda minha família", diz no requerimento o parlamentar, que é vice-líder da bancada do Solidariedade. O parlamentar do Amapá responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por formação de quadrilha, prevaricação, corrupção passiva e crime contra a lei de licitações.

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Mais cedo, Chinaglia e Bala Rocha protagonizaram uma discussão no plenário. Os parlamentares votavam um acordo entre os governos brasileiro e francês para aumentar a fiscalização imigratória entre Brasil e Guiana Francesa e combater a exploração ilegal de ouro no país vizinho. O desentendimento começou após o petista mencionar que um acordo havia sido selado nesta quarta-feira, 4, com o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) para a votação da proposta.

Alguns parlamentares entenderam que Chinaglia havia confundido que o encontro aconteceu com a bancada petista e não com os deputados do Amapá. "A reunião do ministro Gilberto Carvalho foi com a bancada do Amapá, não do PT apenas", interferiu o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). "Eu não disse que a reunião foi apenas com a deputada Dalva. Eu disse que ela me informou. É só pegar a degravação, até porque eu tenho o direito de escolher os exemplos que eu quiser", respondeu o líder.

Durante a discussão, Chinaglia insinuou que parlamentares de outras bancadas estavam tentando se "apoderar" do resultado do trabalho coletivo. O deputado e ex-senador do Amapá, que foi relator da matéria na Comissão de Relações Exteriores da Casa, reagiu: "Não estou me apoderando de nada, estou relatando esse projeto há quatro anos e meio. Eu conheço a matéria e agi com responsabilidade esse tempo todo", retrucou. No calor dos ânimos, Chinaglia subiu o tom. "Só tenho a dizer uma coisa a Vossa Excelência: graças à minha formação, eu nunca fui algemado na minha vida", provocou o petista, referindo-se à prisão do deputado em 2004. Na tarde de hoje, Chinaglia afirmou a jornalistas que ainda não se decidiu se adotaria algum tipo de queixa formal por conta das palavras usadas por Bala Rocha, mas disse que "tende a perdoar". "É só assistir o vídeo (da sessão) e ver onde estava o nível de cada um. Não quero ficar alimentando esse tipo de debate; quem baixou o nível foi ele", disse.

Na tarde desta quinta-feira, Bala Rocha foi à tribuna dizer que retiraria a obstrução e alegou ter sido "agredido gratuitamente" pelo petista. "Para mim este é um episódio ultrapassado. Somente uma mente perturbada, uma personalidade doentia, é que pode fazer menção a um episódio acontecido no passado quando alguns de seus companheiros estão condenados pelo Supremo Tribunal Federal", disse o parlamentar.

O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e o deputado Sebastião Bala Rocha (SDD-AP) protagonizaram na manhã desta quarta-feira um bate-boca, com direito a palavrões e troca de acusações, no plenário da Casa. Os parlamentares votavam um acordo entre os governos brasileiro e francês para aumentar a fiscalização imigratória entre Brasil e Guiana Francesa e combater a exploração ilegal de ouro no país vizinho.

O desentendimento começou após o petista se confundir sobre quem havia participado da reunião que selou o acordo com o governo para a votação da proposta e insinuou que Bala Rocha estaria se apoderando do resultado de um trabalho coletivo. O deputado e ex-senador do Amapá, que foi relator da matéria na Comissão de Relações Exteriores da Casa, reagiu: "Não estou me apoderando de nada, estou relatando esse projeto há quatro anos e meio. Eu conheço a matéria e agi com responsabilidade esse tempo todo", retrucou.

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Bala Rocha, que é vice-líder do Solidariedade, mudou a orientação de sua bancada para a obstrução da matéria e se juntou ao PPS e ao DEM, o que inviabilizaria a apreciação do projeto hoje. Já sem condições de votar o acordo, Chinaglia subiu o tom contra Bala Rocha: "Se alguém se sentiu ofendido, meteu uma carapuça que eu não dei endereço", disse, para emendar a frase que desencadeou uma série de xingamentos. "Quero dizer uma coisa: graças à minha formação eu nunca fui algemado na minha vida", provocou Chinaglia, referindo-se à prisão do deputado em 2004 na Operação Pororoca.

"Eu fui injustiçado, seu p.., seu fdp...", gritou Bala Rocha no microfone. "Daqui para a frente, eu vou obstruir todas as votações nesta Casa até que este líder vagabundo do governo peça desculpas para mim", emendou.

O parlamentar do Amapá foi preso quando ainda era do PDT. Ele responde no Supremo por crimes como formação de quadrilha, prevaricação, corrupção passiva e crime contra a lei de licitações. "Já fui praticamente absolvido do crime de quadrilha pelo próprio MP e estou me defendendo no Supremo (Tribunal Federal). Estou seguro que sou inocente. Ele (Chinaglia), de maneira arrogante, mencionou esse episódio", protestou Bala Rocha.

Chinaglia deixou o plenário sem falar com os jornalistas. Bala Rocha disse que manterá a obstrução até a retratação do petista. "O pessoal todo do PT na Papuda e ele vem dizer que eu fui algemado?", ironizou Bala Rocha.

Um bate-boca no plenário entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, e o vice-presidente, ministro Ricardo Lewandowski, levou nesta quinta-feira ao encerramento da sessão que analisava os embargos dos réus do processo do mensalão. O desentendimento começou quando Barbosa e Lewandowski passaram a discutir sobre a lei usada na dosimetria da pena aplicada ao ex-deputado federal Bispo Rodrigues (extinto PL-RJ, atual PR).

A divergência acontece sobre a data da prática do crime. De acordo com o vice-presidente do STF, a pena não deve ser aplicada com base na Lei 10.763, de 2003, uma vez que Bispo Rodrigues teria cometido o crime em 2002. Em meio à explanação de Lewandowski, o presidente do STF o acusou de querer abrir uma discussão protelatória que tinha sido realizada durante o julgamento em 2012.

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"Para que servem os embargos?", questionou Lewandowski. "Não é para arrependimentos, ministro", rebateu Barbosa, lembrando que a votação foi unânime. Em seguida, ele afirmou que o vice-presidente do Supremo estaria fazendo uma "chicana". "Vossa excelência está acusando um ministro de estar fazendo chicana? Peço que o senhor se retrate agora", retrucou Lewandowski. Barbosa disse que não se retrataria.

Em meio ao bate-boca, o presidente do Supremo decidiu encerrar a sessão sem que houvesse conclusão do julgamento dos embargos do ex-deputado do extinto PL do Rio. A discussão entre Barbosa e o vice-presidente da Corte se arrastou até a sala de lanches, que fica atrás do plenário. Após o encerramento da audiência, o ministro Marco Aurélio Mello lamentou o episódio, segundo ele, causa descrédito da instituição. "É ruim em termo de credibilidade da instituição. É ruim em termo de entendimento que deve haver no colegiado", afirmou. "Acho que houve um arroubo de retórica e a essa hora o presidente deve estar arrependido", acrescentou.

Bispo Rodrigues foi condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva a uma pena de 6 anos e 3 meses de prisão mais pagamento de multa no valor de R$ 696 mil. Conforme a Procuradoria-Geral da República (PGR), ele recebeu R$ 150 mil do "valerioduto" para votar a favor do governo durante o esquema do mensalão, descoberto em 2005. A data de uma nova sessão ainda não foi confirmada. Além do embargo do Bispo Rodrigues, ainda restam 17 recursos, de um total de 26, apresentados pelos condenados para serem julgados pelos ministros.

Um bate-boca no plenário entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, e o vice-presidente, ministro Ricardo Lewandowski, levou nesta quinta-feira ao encerramento da sessão que analisava os embargos dos réus do processo do mensalão. O desentendimento começou quando Barbosa e Lewandowski passaram a discutir sobre a lei usada na dosimetria da pena aplicada ao ex-deputado federal Bispo Rodrigues (extinto PL-RJ, atual PR).

A divergência acontece sobre a data da prática do crime. De acordo com o vice-presidente do STF, a pena deve ser aplicada com base na Lei 10.763, de 2003, uma vez que Bispo Rodrigues teria cometido o crime em 2002. Em meio à explanação de Lewandowski, o presidente do STF o acusou de querer abrir uma discussão protelatória que tinha sido realizada durante o julgamento em 2012.

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"Para que servem os embargos?", questionou Lewandowski. "Não é para arrependimentos, ministro", rebateu Barbosa, lembrando que a votação foi unânime. Em seguida, ele afirmou que o vice-presidente do Supremo estaria fazendo uma "chicana". "Vossa excelência está acusando um ministro de estar fazendo chicana? Peço que o senhor se retrate agora", retrucou Lewandowski. Barbosa disse que não se retrataria.

Em meio ao bate-boca, o presidente do Supremo decidiu encerrar a sessão sem que houvesse conclusão do julgamento dos embargos do ex-deputado do extinto PL do Rio. A discussão entre Barbosa e o vice-presidente da Corte se arrastou até a sala de lanches, que fica atrás do plenário. Após o encerramento da audiência, o ministro Marco Aurélio Mello lamentou o episódio, segundo ele, causa descrédito da instituição. "É ruim em termo de credibilidade da instituição. É ruim em termo de entendimento que deve haver no colegiado", afirmou. "Acho que houve um arroubo de retórica e a essa hora o presidente deve estar arrependido", acrescentou.

Bispo Rodrigues foi condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva a uma pena de 6 anos e 3 meses de prisão mais pagamento de multa no valor de R$ 696 mil. Conforme a Procuradoria-Geral da República (PGR), ele recebeu R$ 150 mil do "valerioduto" para votar a favor do governo durante o esquema do mensalão, descoberto em 2005. A data de uma nova sessão ainda não foi confirmada. Além do embargo do Bispo Rodrigues, ainda restam 17 recursos, de um total de 26, apresentados pelos condenados para serem julgados pelos ministros.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Luiz Fux bateram boca nesta quinta-feira em plenário, no momento em que o decano da Corte, Celso de Mello, dava seu voto na ação que discute a possibilidade de o tribunal anular a tramitação de um projeto de lei que inibe a criação de partidos políticos. O julgamento foi encerrado, com placar e sete votos a três a favor da liberação do trâmite do projeto que está no Senado.

O ministro Luiz Fux interrompeu Celso de Mello, que proferia seu voto há mais de uma hora e meia. Ele se queixou do fato de Gilmar Mendes, relator do projeto, ter falado que há "ignorância" de quem afirmou que o Supremo nunca congelou a análise de projeto em curso no Congresso Nacional.

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Fux reagiu e disse que existe uma "falta de tolerância" com o posicionamento diverso dos ministros. Ele disse que cada um tem uma visão do processo. "A ignorância seria de quem?", questionou. "Ah, Vossa Excelência não queira me interpelar!", rebateu Gilmar Mendes.

"Não se trata de interpelar. Mas não vou admitir que Vossa Excelência diga que eu tenho agido com ignorância. Eu posso entender que a ignorância reside exatamente, em um sistema de constitucionalidade como é o nosso, admitir através de mandado de segurança o controle da constitucionalidade material das leis. Então, eu repudio, se a mim se refere esse adjetivo", treplicou Luiz Fux.

O ministro Celso de Mello contemporizou a discussão e disse não ter visto na manifestação de Gilmar Mendes "nenhum juízo de censura a essa Egrégia Corte".

No primeiro dia de desfiles da São Paulo Fashion Week (SPFW), ocorrido na última segunda-feira (29), o estilista Fause Haten levou às passarelas brilho, cor e muita ousadia como tendências para o inverno 2013. Uma das jornalistas e consultoras de moda mais conhecidas do País, Gloria Kalil não aprovou o trabalho da grife FH e publicou em seu site uma matéria dizendo, entre outras observações, que aquelas produções seriam perfeitas para um musical, e que “dificilmente uma mulher, de qualquer idade ou estilo, vai achar lugar melhor do que um palco para usar os bodies transparentes cheios de enfeites de pedrarias” assim como as outras criações do estilista.

Haten não ficou satisfeito com a opinião da consultora e usou sua página no Facebook para rebater às críticas postadas por Glória no Chic. O estilista aproveitou o desabafo para reafirmar a intenção e proposta de suas criações. “Sim, eu gosto de cores,; sim, eu gosto de mulheres sensuais; sim, eu mostro a vocês que vivem com seus olhares virados para a Europa ou a América, o que é o Brasil.”, escreveu.

Confira o texto postado no site de Glória Kalil:

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“Já que estamos numa edição compacta onde a palavra "síntese" tem sido muito pronunciada, acho que Fause Haten poderia tentar juntar suas duas paixões - moda e música -  num só espetáculo e fazer um... musical! O palco cheio de luzes seria o cenário ideal para os figurinos que mostrou na passarela e também o melhor lugar para ele mostrar seus dotes de compositor e cantor.

Sim, porque dificilmente uma mulher, de qualquer idade ou estilo, vai achar lugar melhor do que um palco para usar os bodies transparentes cheios de enfeites de pedrarias, as saias enfeitadas de boas de pompons de tule, os recortes bicudos dos sutiãs colados ao peito, as lantejoulas pra lá de brilhantes das calças, macacões e vestidos longos e para as blusas de musseline com mangas em sino que arrastam pelo chão como caudas de fantasias de fadas más. 

Ele se divertiu em nos mostrar o quanto sua criatividade funciona para figurinos de ribalta. Aguardamos com entusiasmo o convite para a estreia do Hello, Fause. “

Resposta de Fause Haten no Facebook:

 

 

Os ministros do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, relator, e Ricardo Lewandowski, revisor, voltaram a bater boca no julgamento do processo do mensalão. Barbosa ficou irritado quando Lewandowski afirmou ser importante respeitar os argumentos da defesa ao comentar a situação de Geiza Dias, ex-funcionária da SMP&B, agência de Marcos Valério. Para o relator, a afirmação pareceu uma insinuação de que ele não estaria respeitando essa premissa.

"Vossa Excelência está a sugerir que eu não fiz? Vossa excelência diz uma coisa aqui e repete jornais. É uma insinuação, isso aqui não é academia, estamos para analisar o caso. Vamos parar com esse jogo de intrigas", disse Barbosa.

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Lewandowski perguntou, ironicamente, se era para ele parar de examinar a defesa. Barbosa pediu que o colega votasse de maneira sóbria. Aí foi Lewandowski quem reclamou: "Vossa Excelência está dizendo que não é sóbrio o meu voto?", questionou. Barbosa respondeu que "não era a primeira vez" que sentia crítica do revisor.

O presidente do tribunal, Carlos Ayres Britto, interferiu dizendo que o exercício do voto é livre. O decano da corte, Celso de Mello, também interveio citando a doutrina e dizendo que Lewandowski estava apenas a destacar o cumprimento da garantia fundamental do contraditório. Barbosa concordou com Celso, mas reclamou de Lewandowski ter chamado a condução do processo de heterodoxo. "Vossa excelência está tentando mostrar isso nas entrelinhas de seu voto. Desafio quem quer que seja a ler o meu voto e demonstrar que não faço uso do contraditório".

Lewandowski procurou encerrar a nova disputa dizendo ter elogiado muitas vezes a "clareza" de Barbosa em seus votos. Afirmou que é normal haver discordâncias, inclusive em relação aos votos de outros ministros. "Jamais ousaria insinuar que o voto de Vossa Excelência seja incompleto". Concluiu dizendo que o objetivo de falar do contraditório era para por um passado de "professor" e diante da presença de alunos de Direito no plenário. Britto interveio novamente dizendo que todos estão respeitando o contraditório. Barbosa disse que os ministros todos têm "experiência suficiente" e não necessitam de "lições". Lewandowski retomou seu voto e descreveu a função de revisor como a de um médico que é consultado para dar uma "segunda opinião" em problemas de saúde.

O deputado Silvio Costa (PTB-PE) acusou nesta quinta-feira o senador Pedro Taques (PDT-MT) de trabalhar pela absolvição do colega Demóstenes Torres (sem partido-GO). Costa e Taques protagonizaram um bate-boca na reunião da CPI do Cachoeira marcada para ouvir Demóstenes, que preferiu ficar em silêncio. "Tenho certeza que o Senado brasileiro vai cassá-lo por 80 votos a favor. Espero que o senador Pedro Taques, que hoje mostrou que poderá ser um voto para absolvê-lo, repense o voto e vote pela cassação", afirmou Costa.

Mais cedo, antes da interrupção da sessão, Taques pediu que Costa tratasse Demóstenes com "dignidade". Na CPI, o deputado do PTB disse que o silêncio do senador goiano era a "mais perfeita tradução da sua culpa" e que Demóstenes era um "mentiroso" e um "hipócrita". A confusão envolvendo Costa e Taques levou o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), a encerrar o depoimento de Demóstenes Torres.

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Costa disse que não se arrepende de nenhuma das palavras. "Eu queria ter falado mais. Eu procuro ser um cidadão no parlamento, procuro carregar a indignação do cidadão e o Brasil está indignado com esse cidadão, com esse Demóstenes, com esse ex-futuro senador", afirmou.

Pedro Taques afirmou que não descarta a possibilidade de pedir a abertura de um processo no Conselho de Ética contra o colega da Câmara. Mas são mínimas as chances de o caso ir adiante porque os parlamentares têm imunidade em suas opiniões. "Desabafo se faz em boteco, não em CPI. Vou analisar o que será feito, mas não se pode representar por ofensa ao decoro o que não tem decoro", afirmou Taques, ao fim da reunião.

Show

O vice-presidente da CPI do Cachoeira, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), criticou o bate-boca entre parlamentares que acabou levando à suspensão da sessão desta quinta-feira. "Foi um show injustificável. Não poderia ocorrer em hipótese nenhuma", afirmou.

O senador Humberto Costa (PT-PE), relator do processo contra Demóstenes no Conselho de Ética, disse que não é só Silvio Costa que tem se excedido na CPI. Ele citou que o presidente da comissão também é alvo de questionamentos indevidos durante a condução das reuniões. "Não é só o Silvio Costa que se excede, agindo inclusive de maneira desrespeitosa. Esse episódio de hoje pode servir como referência", disse.

Um bate-boca entre o senador tucano Mário Couto (PA) e o líder do PT, Humberto Costa (PE), quase transforma o plenário e o cafezinho do Senado num ringue. Faltou pouco para eles se atracarem. O confronto esquentou quando o líder petista afirmou que a CPI da oposição só serve para "dar palanque àqueles que não têm compromisso com o Brasil, mas apenas com o histrionismo para aparecerem na televisão defendendo coisas que nós sabemos que são absolutamente indefensáveis". Couto tinha acusado a presidente Dilma Rousseff de sugerir a seus aliados que "roubem" porque não demitirá ninguém.

"A Ideli, Brasil! Aquela Ideli, senadora que vocês viam aqui, aquela Ideli diz que o governo vai assegurar a liberação de R$ 1,7 bilhão para os deputados calarem a boca", disse Couto. E continuou: "É, Brasil grandioso e querido! Olha como caminhas. Ó Pátria querida, olha o que os teus filhos fazem contigo, pátria, te abandonaram; pátria, dizem para ti: te lixa! Ninguém assina a CPI da Corrupção, ó pátria amada!".

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Humberto Costa retrucou, do meio do plenário, que a Mesa Diretora precisa tomar uma posição. "Aqui, nosso partido já foi chamado de partido de bandidos, de vagabundos e a Mesa não faz nada porque dizem: 'Não, trata-se de um louco, de um débil mental'. E a quantidade de agressões que são feitas aqui? O Regimento precisa ser atualizado, modernizado, para impedir que todos os dias se repitam aqui as agressões a pessoas, a partidos. E muitos não querem comentar porque acham que se trata de discursos folclóricos. Estou apresentando neste momento uma solicitação ao presidente, ao corregedor da Casa."

A ida do líder petista para o cafezinho transferiu a troca de insultos para lá. Humberto Costa dava entrevista quando Couto chegou e tocando-o no ombro, retrucou: "Débil mental, não". Ao que Costa respondeu: "Débil mental, sim, você deve aprender a respeitar as pessoas". "Moleque", acrescentou. "Você é um safado", contra atacou Couto. "Safado é você". Os assessores de Humberto Costa tentaram contê-lo, enquanto Mário Couto deixava o cafezinho gritando: "Corrupto tem de acabar no pau, mesmo. Não pode dar trégua. Você acorda e vê, é corrupto a toda hora, tem de acabar."

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