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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou um acordo com a Fundação Ataulfo de Paiva (FAP), para tentar viabilizar a retomada da produção nacional de vacinas BCG. O termo de manutenção e apoio à fundação busca recuperar a capacidade e condições de operação da FAP, para que ela possa voltar a produzir o imunizante.

Pelo lado da Fiocruz, o acordo assinado na última semana envolve o Instituto Brasileiro de Biologia Molecular (IBMP), uma parceria da fundação federal com o governo do Paraná, e o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), vinculado à Fiocruz.

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Já a FAP é uma instituição privada localizada no bairro da São Cristóvão, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, e era o único laboratório brasileiro que produzia a vacina. No entanto, interrompeu sua produção há mais de um ano, depois de ter sido interditado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Desde então, o Ministério da Saúde tem importado o imunizante para garantir o abastecimento do país com a BCG, vacina que protege contra a tuberculose.

Com o acordo, o IBMP se torna mantenedor da FAP e assume o seu controle institucional, sendo responsável por validar a diretoria e os conselhos deliberativo e fiscal. A nova diretoria da FAP já vai iniciar a negociação das dívidas da fundação. Em 30 dias, deverá apresentar um plano de recuperação institucional e econômico-financeira.

Além disso, o IBMP deve investir para concluir uma nova fábrica da FAP no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A previsão é de que a nova unidade só entre em funcionamento em dois ou três anos.

Espanha

Enquanto as obras não terminam, a Fiocruz deve negociar um acordo com uma fábrica espanhola de vacinas. A ideia é que essa planta industrial da Espanha produza temporariamente a vacina da FAP, já a partir do segundo semestre de 2024.

“Não se trata de importar vacina de outro fabricante. É mesma vacina BCG da FAP que, em vez de ser produzida na planta de São Cristóvão, seria produzida em uma fábrica contratada na Espanha. Estaríamos apenas transferindo temporariamente a produção para um novo local, até a planta de Xerém estar finalizada”, explica o diretor-presidente do IBMP, Pedro Barbosa

A Anvisa ainda precisa inspecionar a fábrica espanhola para autorizar a produção dos imunizantes no local.

A Fiocruz, por intermédio da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), segue recebendo voluntários para os testes, no Rio de Janeiro, do estudo com a vacina BCG para avaliar o impacto da Covid-19 em trabalhadores de saúde. Intitulada Brace Trial Brasil (BTB), a pesquisa é coordenada pela pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo, e o recrutamento dos voluntários está sendo feito no Centro de Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF), em Curicica, e no Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh), no campus Fiocruz Manguinhos. Os voluntários do BTB devem se inscrever pela internet.

A BCG (Bacillus Calmette-Guérin), utilizada para prevenir as formas graves de tuberculose na infância, também é reconhecida por gerar uma resposta imunológica ampla contra outras infecções. Estudos sugeriram que poderia oferecer proteção contra a Covid-19 por suscitar ação celular contra organismos como vírus, bactérias, protozoários intracelulares, por meio da resposta imune inata. 

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Liderada no Brasil pela Fiocruz, a etapa da pesquisa no Rio de Janeiro abarcará mil voluntários. A coordenadora Margareth Dalcolmo convoca os profissionais de saúde que estão na ativa. “No dia 16 de novembro, iniciaremos o estudo de fase III com a vacina BCG para prevenção da Covid-19. Sabemos que essa vacina confere uma proteção imunológica bastante variada, e a hipótese a ser demonstrada é se a BCG poderá nos proteger contra os episódios da Covid ou, pelo menos, atenuar a virulência de cada um deles. Convidados voluntários a fazerem parte da pesquisa inscrevendo-se no link https://is.gd/BRACERJ”. Confira a convocação no vídeo abaixo.

Antes de receber a vacina, os voluntários passarão por entrevista e testagem. Todos serão acompanhados pela equipe de pesquisa por até um ano, por meio de ligações telefônicas semanais. Caso apresentem qualquer sintoma de Covid-19, poderão fazer a coleta do swab nasal para avaliar a presença de Sars-Cov-2. Além disso, retornos trimestrais serão agendados para verificar a presença de possíveis infecções assintomáticas.

Poderão participar do estudo trabalhadores da saúde, tais como enfermeiros, médicos, técnicos, fisioterapeutas, recepcionistas e porteiros, maiores de 18 anos.  Outros critérios para ser voluntário são não ter sido infectado pela Covid-19 e não estar participando de outro ensaio clínico.

Brace Trail

O Brace Trial é um ensaio clínico de fase III, que tem como objetivo avaliar se a vacinação ou revacinação com BCG pode reduzir o impacto da Covid-19 em trabalhadores de saúde, população mais exposta ao novo coronavírus. No total, o estudo irá vacinar 10 mil voluntários na Austrália, Reino Unido, Espanha, Holanda e Brasil. Mundialmente, o projeto é liderado pelo pesquisador australiano Nigel Curtis, do Murdoch Children’s Research Institute, e financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates (Gates Foundation).

Vacina BCG

Além de oferecer proteção contra tuberculose, ensaios clínicos realizados em diversos países apontam a ação da vacina BCG em outras infecções. Um ensaio clínico da Activate, na Grécia, de revacinação com BCG em idosos demonstrou uma redução de 79% de infecções respiratórias após um ano de acompanhamento. Na África do Sul, estudos mostraram que a vacina reduziu em 73% nas infecções no nariz, na garganta e nos pulmões.

*Da Fiocruz

Pesquisadores do Instituto de Virologia Humana da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, apontaram que a vacina oral contra poliomielite - a 'gotinha' - pode proteger temporariamente contra a Covid-19. O estudo foi publicado nessa sexta-feira (12), na revista científica Science.

A matéria também apresenta evidências de que a gotinha e a vacina para tuberculose - a BCG - podem proteger o organismo contra infecções, inclusive respiratórias, como é o caso da Covid-19. Os pesquisadores perceberam que, nos países onde a BCG foi amplamente oferecida, a população foi menos acometida pela doença.

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Outra evidência é que tanto os organismos presentes no novo coronavírus, quanto no poliovírus, possuem uma cadeia positiva de material genético usado para replicar em células humanas. Por isso, os estudiosos acreditam que os dois vírus fossem ser afetados pelo mesmo mecanismo de vacina.

 

A Bolsa de Tóquio fechou praticamente estável nesta quinta-feira (3), com os investidores mantendo cautela antes de eventos importantes, incluindo a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que será anunciada na manhã de hoje.

O Nikkei, índice que reúne as ações mais negociadas na capital do Japão, encerrou o dia com alta apenas marginal, de 0,01%, a 19.939,90 pontos, após migrar para o azul nos negócios da tarde.

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Investidores nos mercados financeiros mundiais aguardam o resultado da reunião do BCE que, segundo analistas, deverá anunciar mais tarde novas medidas para reavivar a economia da zona do euro e impulsionar a inflação local, e o relatório de empregos dos EUA, que será publicado amanhã.

Para Masahiro Ichikawa, estrategista sênior da Sumitomo Mitsui Asset Management, o Nikkei só conseguirá ultrapassar a máxima registrada este ano, de 20.952,71 pontos, se surgirem claras evidências que levem à melhora da perspectiva para os lucros das empresas japonesas.

Eventuais fatores positivos para o setor corporativo do Japão incluem a estabilização dos ativos financeiros mundiais, a interrupção da desaceleração na China, quedas moderadas no iene ante o dólar e políticas de apoio do governo e do banco central japoneses.

Os destaques de alta em Tóquio hoje incluíram as JX Holdings e a TonenGeneral Sekiyu, cujas ações subiram 2,7% e 1,1%, respectivamente, após as petrolíferas fecharem um acordo para unir suas operações até abril de 2017.

Além disso, a Japan Post Holdings avançou 1,63%, depois de tocar seu maior valor intraday durante o pregão desde que foi listada, em novembro. Antes da abertura dos negócios, a empresa de correios recomprou 730,96 bilhões de ienes (US$ 5,9 bilhões) de suas ações, ao preço de fechamento de ontem. Fonte: Dow Jones Newswires.

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