Tópicos | Beco do Batman

O Beco do Batman, na Vila Madalena, Zona Oeste de São Paulo, recebe no próximo domingo (2) uma fonte de chope gratuita por um dia. Em forma de urso, a bica irá derramar 300 litros de bebida e funcionará a partir das 11h e segue até às 17h, se o estoque não acabar antes.

A ação faz parte da campanha da Colorado, da Ambev, para divulgar a Ribeirão Lager, nova marca da bebida. No sábado (25), a fonte aportou em Ribeirão Preto, no Novo Mercadão e volta ao interior paulista após a passagem pelo Beco do Batman, onde ficará permanentemente na Toca do Urso.

##RECOMENDA##

A Ribeirão Lager contém 4,5% de teor alcoólico e leva casca de laranja na fórmula.

A cantora Camila Cabello, ex-integrante da girlband Fifth Harmony, aproveitou sua folga entre os shows de sua turnê pelo Brasil para visitar o “Beco do Batman”, na Vila Madalena, em São Paulo. 

A cantora compartilhou com seus mais de 25 milhões de seguidores no Instagram algumas fotos em que posa em frente a alguns grafites no local. 

##RECOMENDA##

Na legenda de uma das publicações, Camila brincou sobre estar bem arrumada em um dia de folga. “Essa é uma foto rara minha em um dia de folga com uma roupa linda. Normalmente, parece que eu pulei da cama e vou voltar para lá depois de uma corrida ao mercado. E depois, lá estão as minhas fotos online e eu penso comigo mesma que sou uma péssima pessoa famosa e que Rihanna não estaria orgulhosa” escreveu a cantora. 

Camila Cabello veio ao Brasil para quatro apresentações durante o Z Festival em Porto Alegre, Uberlândia, São Paulo e Curitiba. O último show, em Curitiba, acontece na noite desta terça-feira (16).

Gamão Souza Dias, de 32 anos, convive com alagamentos na porta de casa desde que se "entende por gente". Em 2013, chegou a ter cerca de 90% da casa levada pelas águas do Córrego Pirajuçara durante uma enchente "catastrófica" que arrasou o Jardim Maria Sampaio, comunidade na divisa do distrito do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, com o município de Taboão da Serra, na região metropolitana. "O cheiro de lama durou dias", relembra.

Quase dois anos depois, em 2015, as consequências das fortes chuvas ainda eram evidentes na comunidade. Ciente disso, Gamão resolveu se mobilizar para "retomar a autoestima" do Jardim Maria Sampaio. Grafiteiro desde os 14 anos, ele entrou em contato com outros amigos e, à frente da RaxaKuka Produções, organizou a primeira edição do Graffitti Contra Enchente, evento anual que chegou à terceira edição com atividades de sexta-feira até ontem. "Foi a Virada do Grafite", brinca o organizador em referência à Virada Cultural, que ocorreu no mesmo fim de semana. "A comunidade abraçou o evento. Entendeu que ele não é para mim, nem para os grafiteiros, mas para todos."

##RECOMENDA##

Segundo o organizador, as atividades conquistaram mais muros, portões e portas de galpões no decorrer dos anos, alcançando quase uma centena de pontos. "A gente faz um mapeamento dos lugares que vão participar, mas sempre acontece de alguém ver e pedir para ter seu muro pintado também", diz. O apego dos moradores aos grafites é tão grande que alguns chegam a hesitar que outro artista faça um novo desenho por cima do antigo - renovação comum, inclusive, no Beco do Batman.

Por meio de uma convocatória, o evento atraiu mais de 120 artistas, até mesmo de outros Estados e de fora do País. "O Graffitti é livre, cada um tem um estilo, então tem quem faça paisagem, letra, fotos. Isso acaba criando uma diversidade de ideias", comenta Gamão. A programação reuniu, ainda, uma exposição de carros antigos e apresentações musicais de estilos variados, do hip hop ao samba. "Os moradores reconhecem o Graffitti como patrimônio, semanas antes já falavam que não viam a hora de o evento chegar."

Entre os participantes, muitos são amigos de Gamão ou amigos de amigos. "O grafiteiro é meio andarilho, cria vínculos por tudo que é lugar e se une em rede. O evento traz pessoas para cá, e isso é muito importante", diz ele, que ajudou a acolher artistas de fora de São Paulo nas vésperas das atividades.

Energia

Um dos artistas que viajou especialmente para o Graffitti Contra Enchente é o carioca Pablo Carvalho, o Blopa, de 26 anos, que participou pelo segundo ano. Para ele, o que chamou mais atenção foi a receptividade e a valorização dos moradores. "Somos muito bem recebidos. Muitos olham a gente grafitando, fazem perguntas, tiram fotos. A energia é muito boa, e isso influencia."

A grafiteira Rebeca Lawinsky, de 35 anos, participou do evento em São Paulo pela primeira vez, mas já grafitou comunidades de Salvador, como o Mutirão Mete Mão, que, na última edição, ocorreu em cinco localidades distintas. "É um projeto muito bonito. Além de revitalizar a área, trazer cor, também é um trabalho estético. Mexe mais com a comunidade do que com a gente. Afinal, não é o grafiteiro que convive com o desenho: é o morador que vai acordar todo dia e vê-lo quando sair de casa." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando