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O Banco Central divulgou nesta quinta-feira o Boletim Regional com dados sobre a evolução da atividade econômica em cada região do País no primeiro trimestre de 2022, em comparação com os últimos três meses de 2021. No período, o PIB do País avançou 1,0% na margem, com ajuste sazonal.

O Boletim Regional do primeiro trimestre deveria ter sido divulgado em maio, mas foi postergado devido à greve dos servidores do BC, que foi encerrada no início de julho.

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Em relação ao Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), o crescimento foi puxado pelo Nordeste, que avançou 1,8% no primeiro trimestre, acelerando em relação à alta de 1,5% no quarto trimestre de 2021.

O bom desempenho foi seguido pelo Sudeste, que cresceu 1,7% entre janeiro e março, após 0,6% nos três meses anteriores. O IBCR Centro-Oeste também subiu no período, 0,7%, mas arrefeceu ante o quarto trimestre de 2021 (1,7%).

Por outro lado, a atividade econômica no Sul do País recuou 2,8% no primeiro trimestre de 2022, após crescimento de 1% no trimestre imediatamente anterior. Da mesma forma, houve retração de 0,2% no Norte, contra aumento de 0,2% no último trimestre de 2021.

No documento, o BC destaca que os desempenhos do Sudeste e do Nordeste, influenciados pela evolução positiva da indústria e dos serviços. "Houve desaceleração da economia do Centro-Oeste e retrações no Norte e, principalmente, no Sul, impactado por forte estiagem e calor intenso, que comprometeram o desenvolvimento e a produtividade das lavouras", explicou, no documento.

Regiões

De acordo com a autarquia, no Nordeste, houve destaque positivo na indústria de transformação e nas atividades de serviços. Em doze meses até março, o IBCR-NE expandiu 4,6%. "As condições do mercado de trabalho seguem melhorando, em ambiente de queda na taxa de desocupação."

No Sudeste, o BC ressaltou o crescimento mais intenso dos serviços, embora o comércio e a indústria também tenham avançado. Dentre os Estados, as maiores contribuições vieram de São Paulo (+1,9%) e Minas Gerais (+1,8%), sobressaindo também o crescimento da economia capixaba (3,4%), puxado pelo desempenho da indústria. No acumulado em doze meses encerrados em março, a economia do Sudeste registrou expansão de 4,9%, ajudado pela base de comparação fraca.

Em relação ao Centro-Oeste, a autarquia afirmou se sobressaíram as atividades da agricultura, indústria de transformação, comércio e administração pública. Em 12 meses, o crescimento da região é de 4,9%.

Segundo o BC, no Sul, o recuo foi puxado pela redução da produção agrícola, enquanto houve desaceleração da indústria. Por outro lado, houve bons resultados de comércio e serviços. Em 12 meses, a expansão foi de 4,2%, ainda favorecido pela base deprimida de comparação.

"As quebras nas colheitas de soja, arroz e primeira safra de milho, que são apropriadas no início do ano, consistiram nas causas fundamentais do recuo de 2,8% do IBCR-S no primeiro trimestre."

O órgão destacou que a redução do indicador foi liderada pelo Rio Grande do Sul, primordialmente pela queda nas safras de verão.

No Norte do País, o BC explicou que recuo de 0,2% foi influenciado pela retração da indústria mineral paraense no período. O IBCR do Pará recuou 2,2% na mesma base de comparação, enquanto no Amazonas a atividade teve expansão de 2,1%, impulsionado pelo aumento do consumo de serviços. Em doze meses, o IBCR do Nordeste acumulou crescimento de 3,8%.

O Banco Central publicou nesta quinta-feira (4) um box do Boletim Regional sobre a evolução do Índice de Atividade Econômica Regional em 2020. De acordo com o documento, a desigualdade dos efeitos da pandemia sobre os setores da economia, o alcance das medidas governamentais e as especificidades das estruturas produtivas no País levaram a resultados regionais distintos no ano passado. Ainda que o processo econômico descrito tenha caracterizado todas as regiões, os resultados de 2020 dos IBCR divergiram - Norte e Centro-Oeste registraram desempenho positivo e as demais regiões, contração da atividade", destacou o BC.

Os indicadores de 2020 para as regiões Norte e Centro-Oeste avançaram 0,4% e 0,2%, respectivamente. Já as regiões Sudeste (-1,3%), Nordeste (-2,1%) e Sul (-2,1%) apresentaram queda no ano passado.

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No caso do Norte, o BC destacou que a região foi "especialmente estimulada" pelo desempenho do comércio, impulsionado pelo auxílio emergencial. A região também apresentou bons resultados na agricultura, na construção civil e na indústria extrativa, enquanto a indústria de transformação foi bastante afetada pela crise.

Já o desempenho positivo do Centro-Oeste em 2020 esteve relacionado com a safra recorde de grãos e as cotações das commodities, em especial de soja e carnes, que impulsionaram as exportações. A região também apresentou bons resultados no comércio e no setor de transportes no ano passado.

No Sudeste, a retração menor que a de outras regiões é explicada, pelo BC, pela estrutura produtiva diversificada que permitiu que atividades mais impactadas pela crise - como os serviços - tivessem seus resultados compensados, em parte, pela evolução favorável de outras.

"No setor de serviços, o segmento de atendimento às famílias permaneceu deprimido; no entanto, os serviços financeiros, fortemente concentrados na região, tiveram alta significativa. Na indústria, a menor produção de veículos contrapôs-se à ampliação em alimentos, produtos químicos, farmoquímicos e de limpeza e higiene pessoal", destacou o documento.

Nesse sentido, o Nordeste apresentou maior retração devido ao maior peso dos serviços de grande interação entre as pessoas no total da economia da região.

O BC destaca que o Nordeste foi a única região com retração no comércio em 2020, apesar do auxílio emergencial ter atingido 55% dos domicílios nesses Estados.

Por fim, a região Sul também foi penalizada pela quebra das safras de verão de soja e milho, que não puderam atenuar os impactos da pandemia sobre os demais segmentos da economia regional.

O BC divulgará o Boletim Regional completo na sexta-feira, 5, às 10 horas. A publicação trimestral tem o objetivo de trazer uma visão das regiões do país a partir de dados e indicadores econômicos.

A atividade econômica da região Nordeste avançou 0,3% no trimestre encerrado em fevereiro, ante o trimestre finalizado em novembro, quando havia registrado alta de 0,2%, considerando a série dessazonalizada. A informação é do Boletim Regional do Banco Central, divulgado nesta quinta-feira (30).

Segundo o BC, "refletindo os impactos da pandemia de covid-19, a atividade econômica do Nordeste tende a passar por período de retração". "Nesse sentido, a evolução de dados mais tempestivos e de frequência diária ou semanal - como os de expectativas, licenciamento de veículos e vendas com cartão de débito - já evidenciam reflexos adversos no curto prazo."

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A instituição pontuou que, considerando os dados mais recentes, "os emplacamentos de veículos e comerciais leves, indicador de vendas de veículos, recuaram 38,1% em março, em relação à média de janeiro e fevereiro, segundo dados da Fenabrave, dessazonalizados".

Já as vendas com cartão de débito, "utilizadas como proxy do comportamento do consumo, registraram recuo de 31,0% nas duas primeiras semanas de abril em relação ao mesmo período do mês anterior, de acordo com dados da CIP/SLC".

"Excetuando os setores de supermercados e afins, houve contração acentuada nas vendas de vestuário e calçados (-90,5%), alojamento e alimentação (-77,8%) e cabeleireiros e outros serviços pessoais (-76,3%)", registrou o BC.

Por outro lado, o BC avalia que a expectativa de crescimento da safra de grãos no Nordeste contribui para minimizar os efeitos da pandemia na região, assim como as ações no governo de manutenção da renda.

O BC divulgou nesta quinta o Boletim Regional. No documento, a análise da atividade nas regiões leva em conta os dados até fevereiro deste ano. No entanto, em função da pandemia do novo coronavírus, o BC já incorporou no documento uma série de dados e avaliações em relação aos meses de março e abril. Foi a partir de março que se intensificaram os efeitos da covid-19 sobre a economia de todas as regiões do País.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, afirmou nesta sexta-feira (10) que a alta do desemprego, que impacta a massa de salários no Brasil, justifica o recuo da atividade no comércio e no setor de serviços nos últimos anos. "No Nordeste, tivemos uma defasagem na redução do emprego industrial ante outras regiões. Um dos motivos é a construção civil e a agropecuária", pontuou Maciel.

Ainda assim, de modo geral, o cenário de desemprego alto atinge o comércio e os serviços em todo o País. "No Nordeste, a alta do desemprego ocorreu porque as pessoas estavam trabalhando e perderam o emprego. No Sudeste, ocorreu pela entrada de novas pessoas no mercado de trabalho", disse.

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Maciel afirmou ainda que a perda de postos de trabalho tem impacto sobre o poder de compra. "Do ponto de vista social, o impacto é mais relevante no Nordeste."

O Banco Central publicou nesta sexta, em Belo Horizonte, seu Boletim Regional Trimestral. Participam de entrevista coletiva para apresentação dos números o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, e o coordenador da Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Belo Horizonte, Rodrigo Lage de Araújo.

Oscilações comuns

O chefe do Departamento Econômico do BC afirmou também que oscilações nos dados de atividade, como as verificadas no Boletim Regional Trimestral, são comuns em um processo de acomodação da economia. No boletim anterior, divulgado em dezembro, os números do BC deram conta de certa melhora na atividade em algumas regiões do País no trimestre encerrado em agosto. No documento distribuído nesta sexta, porém, todas as regiões voltaram a registrar retração na atividade, no trimestre finalizado em novembro.

Questionado a respeito de uma possível inflexão na atividade, Maciel afirmou que as oscilações são normais e que os resultados negativos se devem a fatores específicos de cada região. No Centro-Oeste, a safra de milho impactou a indústria local. Já a Região Nordeste se ressentiu do impacto do clima na safra", citou. "Um conjunto de fatores ajudam a explicar essas oscilações que ocorreram."

Ao mesmo tempo, Maciel afirmou que há fatores, na margem, que indicam reação da atividade. "A leitura é de que temos perspectiva de crescimento moderado para 2017", disse.

A respeito das dificuldades fiscais de vários Estados, Maciel afirmou que isso está ligado, em grande parte, à atividade. "Dois anos de queda da atividade impactaram o fiscal, com efeitos nas contas", afirmou. "Vários Estados encontram-se de fato em situação fiscal difícil, mas a expectativa de reversão da atividade econômica tende a melhorar o quadro", afirmou.

Crédito

O representante do BC reiterou que a perspectiva para 2017 é de retomada do crescimento do crédito. Em 2016, o saldo das operações de crédito registrou o primeiro recuo da história, em função da crise econômica.

"De 2015 para 2016, tivemos desaceleração importante na trajetória do crédito. Essa retração em 2016 também impacta as vendas no varejo e nos serviços", comentou. "Para 2017, a estimativa é de que crescimento do crédito retorne, mas de forma moderada."

Maciel abordou ainda, na apresentação do Boletim Regional, a questão fiscal das regiões e dos Estados. "Observamos uma deterioração das contas fiscais em 2015 e 2016. O ano passado foi difícil para os Estados. A recessão impactou o fiscal", disse.

No caso da balança comercial, de acordo com Maciel, houve uma melhora nos números, em função do processo de ajuste do câmbio. "Até 2015, a conta corrente era uma preocupação. Em 2016, tivemos resultado favorável", citou, em referência à contribuição da balança comercial para as contas externas. "Boa parte do ajuste positivo na balança comercial se deve ao menor volume de importações."

Em outro momento da apresentação, Maciel citou os choques dos preços monitorados, em 2015, e dos alimentos, no primeiro semestre de 2016. "Mas ao longo de 2016, os efeitos secundários nos preços foram contidos por política monetária", disse. "O processo de desinflação é difuso, ele atinge grande parte dos itens."

Atividade do Sudeste

Maciel ponderou ainda, especificamente sobre o Sudeste, que os dados do BC mostram tendência de acomodação no recuo da atividade, na margem. "Isso denota uma perspectiva mais favorável para a região", disse.

Meta de inflação

O chefe do Departamento Econômico do BC evitou comentar a possibilidade de o Conselho Monetário Nacional (CMN), em encontro no meio do ano, reduzir a meta de inflação. "A questão da meta de inflação, teremos que aguardar o CMN", limitou-se a dizer.

A meta de inflação atual é de 4,5% para 2017 e 2018, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual. Em função das taxas mais contidas de inflação nos últimos meses, com as projeções indicando a tendência de cumprimento para este e para o próximo ano, especula-se que o CMN - formado por BC, Ministério da Fazenda e Ministério do Planejamento - possa estabelecer uma meta inferior a 4,5% para 2019.

Publicamente, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vêm repetindo que a meta de inflação de 2019 será discutida apenas em junho.

"Estamos tendo um período benigno de inflação nos últimos meses. Os choques de preços monitorados e de alimentos estão sendo superados", disse Maciel, evitando abordar diretamente a questão da meta.

A economia do Nordeste recuou 1,5% no trimestre encerrado em fevereiro, segundo o Boletim Regional divulgado nesta segunda-feira, 9, pelo Banco Central (BC). O resultado, de acordo com o documento, refletiu o quadro desfavorável dos indicadores de confiança, associados, em parte, a eventos não econômicos, e os efeitos do ajuste macroeconômico em curso no país no decorrer de 2015.

Mesmo assim, aponta o BC, a atividade econômica da região registrou retração menor do que a observada em nível nacional (3,8%) conforme indicam as variações anuais do Produto Interno Bruto (PIB) de suas principais economias - Bahia, -3,2%, Pernambuco, -3,5%, e Ceará, -3,5% -, estimadas pelos entes públicos de pesquisas econômicas de cada estado.

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A análise na margem, em especial os recuos menos acentuados nas vendas do comércio e na produção da indústria, sugere acomodação da atividade econômica nordestina no início de 2016. Nesse contexto, o IBCR-NE permaneceu estável no trimestre terminado em fevereiro, em relação ao trimestre findo em novembro, quando registrou retração de 1,5%.

As vendas do comércio ampliado do Nordeste decresceram 2,3% no trimestre encerrado em fevereiro, em relação ao finalizado em novembro, quando haviam recuado 4,3%, nesse tipo de comparação, segundo dados dessazonalizados da PMC, do IBGE.

Houve reduções em nove dos dez segmentos pesquisados (equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, 13,3%; móveis e eletrodomésticos, 7%). Excluídas as variações nas vendas de veículos (-2,5%) e de material de construção (-1,2%), o comércio varejista da região retraiu 3,3% no período (-1,1% no trimestre terminado em novembro).

Considerados períodos de doze meses, as vendas do comércio ampliado variaram -10,9% em fevereiro, ante -8,2% em novembro (equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, -24,7%; veículos, motocicletas, partes e peças, -18%).

As vendas do comércio varejista diminuíram 7,7% e 5,5%, respectivamente, nas mesmas bases de comparação. O volume do setor de serviços da região diminui no período de 2015 (serviços profissionais, administrativos e complementares, -16,7%; outros serviços, -7,0%), segundo a PMS, do IBGE.

A análise em doze meses mostra contração de 5,9% em fevereiro, em relação a igual período de 2015 (serviços profissionais, administrativos e complementares, -11,7%; outros serviços, -6,1%).

Norte

A atividade econômica na Região Norte do Brasil voltou a registrar desempenho negativo no trimestre encerrado em fevereiro de 2016, segundo revela o Boletim Regional. De acordo com o documento, a trajetória foi determinada, em parte, por recuos nas atividades varejista e industrial, em ambiente de confiança reduzida dos agentes econômicos. Nesse cenário, influenciado pelo impacto de eventos não econômicos, o IBCR-N recuou 2,1%, em relação ao trimestre finalizado em novembro, quando declinou 1,6%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados.

Considerados períodos de doze meses, o indicador recuou 3,7% em fevereiro e 2,3% em novembro. As vendas do comércio ampliado do Norte recuaram 1,7% no trimestre finalizado em fevereiro, em relação ao encerrado em novembro, quando diminuíram 3,1%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE.

Destacaram-se as reduções no Amazonas (4,5%) e Pará (3,4%). Excluídas as vendas de materiais de construção e de veículos, peças e motocicletas, o comércio varejista da região retraiu 4,1% no período (-0,9% no trimestre encerrado em novembro).

Considerados períodos de doze meses, as vendas do comércio ampliado, em trajetória declinante há oito meses consecutivos na mesma base de comparação, recuaram 10,3% em fevereiro (Amapá, -16,7%; Tocantins, -15,6%; Amazonas, -11,9%), ante retração de 7,5% em novembro. As vendas do comércio varejista reduziram 6,7% e 4,0%, respectivamente, nos mesmos períodos de análise.

Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves na região, indicador de venda de veículos novos, recuaram 1,8% no trimestre finalizado em março, em relação ao terminado em dezembro, quando retraíram 13,6%, de acordo com dados dessazonalizados da Fenabrave.

Os emplacamentos reduziram 26,4% no intervalo de doze meses até março, período em que as vendas de ônibus e caminhões diminuíram 42,2%, totalizando 5,9 mil unidades.

Centro-Oeste

A atividade econômica no Centro-Oeste cresceu 0,3% no trimestre encerrado em fevereiro, segundo o IBCR-CO divulgado dentro do Boletim Regional pelo BC. A economia local foi impulsionada pelo início da colheita das safras de verão, compensando as trajetórias adversas de indicadores relacionados à indústria de transformação, à construção civil e ao comércio.

Foi neste contexto que o IBCR-CO aumentou 0,3% em relação ao trimestre finalizado em novembro, quando recuou 1,4%, na mesma base de comparação. Considerados períodos de doze meses, o indicador recuou 2,7% em fevereiro (-2,1% em novembro).

As vendas do comércio ampliado na região diminuíram 1,9% no trimestre finalizado em fevereiro, em relação ao encerrado em novembro, quando decresceram 5,4%, segundo dados dessazonalizados da PMC, do IBGE.

Destacaram-se as retrações observadas em Goiás (2,9%) e no Distrito Federal (2,4%). As vendas do comércio varejista, excluídas as de automóveis, motos, partes e peças, e de material de construção, diminuíram 3,2% no trimestre finalizado em fevereiro, ressaltando-se os recuos em Goiás (4,5%) e no Distrito Federal (4,4%), ante a retração de 1,9% no trimestre encerrado em novembro de 2015.

Considerados intervalos de doze meses, as vendas no comércio ampliado decresceram 12,9% em fevereiro (-11,0% em novembro), ressaltando-se as reduções em Goiás (16,0%), no Distrito Federal (12,6%) e em Mato Grosso (12,0%). As vendas do comércio varejista recuaram 7,8% no período, destacando-se a redução de 10,7% em Goiás.

A análise segmentada das vendas conjuntas do Distrito Federal e Goiás, únicos entes federados da região para os quais são divulgadas informações por atividade, mostra que as vendas de móveis e eletrodomésticos; materiais de construção; e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo recuaram 8,5%, 4,8% e 4,7%, respectivamente, no trimestre encerrado em fevereiro, com dados dessazonalizados.

Sul

A atividade na Região Sul do País avançou 0,5% no trimestre encerrado em fevereiro, segundo o Banco Central. Embora tenha mostrado avanço no período em análise, a economia do Sul segue em processo de retração, repercutindo os impactos de eventos não econômicos e o ajuste macroeconômico em curso no país.

Nesse cenário, persiste a moderação das operações de crédito e a distensão no mercado de trabalho, com reflexos negativos sobre as trajetórias dos principais indicadores da região, especialmente da indústria e do comércio. No trimestre encerrado em novembro, a economia do Sul tinha crescido 1,0%.

Considerados intervalos de doze meses, o indicador contraiu 2,8% em fevereiro (recuos de 1,9% em novembro e de 0,4% em fevereiro de 2015). As vendas do comércio ampliado recuaram 1,6% no trimestre encerrado em fevereiro, em relação ao terminado em novembro, quando diminuíram 3,4%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da PMC, do IBGE (móveis e eletrodomésticos, -7,3%; combustíveis e lubrificantes, -1,7%).

As vendas do comércio varejista, excluídas as de veículos (-1,2%) e de material de construção (-1,1%), diminuíram 2,0% no trimestre (-2,2% no encerrado em novembro). Considerados intervalos de doze meses, as vendas do comércio ampliado decresceram 11,7% em fevereiro (-9,7% em novembro). Houve redução nas vendas em nove das dez atividades pesquisadas(automóveis, -23,7%; móveis e eletrodomésticos, -12,0%; tecidos, vestuário e calçados, -9,3%). As vendas do comércio varejista recuaram 5,4% e 3,3% nos períodos mencionados.

As vendas de automóveis e comerciais leves novos na região totalizaram 87,9 mil unidades no primeiro trimestre do ano e 429 mil unidades no intervalo de doze meses encerrado em março, de acordo com a Fenabrave, recuando, na ordem, 28,2% e 33,2%, em relação a iguais períodos em 2015. A atividade do setor no Sul recuou 3,7% no trimestre encerrado em fevereiro, em relação a igual período de 2015, segundo a PMS do IBGE.

O Banco Central detectou que houve retração da atividade econômica nas cinco regiões do País no trimestre encerrado em maio na comparação com os três meses anteriores. Os Índices de Atividade Econômica do Banco Central do Norte (IBCR-N) e do Sudeste (IBCR-SE) foram os que sofreram as maiores contrações no período, de 1,2% cada, conforme o Boletim Regional, divulgado nesta sexta-feira, 21, pela instituição.

No Norte, de acordo com o BC, a atividade econômica segue evidenciando os impactos negativos de resultados desfavoráveis registrados no comércio, na indústria e no setor externo. "Nesse cenário, refletindo, em parte, retrações de 2,1% nas vendas do comércio ampliado e na atividade industrial, o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR-N) recuou 1,2% no trimestre encerrado em maio, em relação ao finalizado em fevereiro", escreveram os técnicos da instituição.

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Em 12 meses até maio, o indicador recuou 0,8%. O documento destaca que o superávit da balança comercial da região decresceu de US$ 1,42 bilhão, no primeiro semestre de 2014, para US$ 457 milhões, no período correspondente de 2015.

Em relação ao Sudeste, o Boletim Regional enfatizou que a atividade econômica da região também sofreu com "retrações relevantes" nas vendas do comércio e na produção da indústria. Com isso, manteve-se em trajetória de retração no trimestre encerrado em maio, com desdobramentos negativos sobre o mercado de trabalho. O documento lembra que foram eliminados 66,1 mil empregos formais no período, ante a criação de 144,8 mil em igual período de 2014, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), destacando-se o corte de 60,8 mil vagas na indústria de transformação.

A queda do IBCR-SE no período foi de 1,2% em relação ao trimestre finalizado em fevereiro, quando decrescera 0,3%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados. Considerados períodos de doze meses, o IBCR-SE contraiu 1,4% em maio.

O Centro-Oeste foi a terceira região mais impactada no período analisado pelo BC. O IBCR-CO recuou 0,7% no trimestre finalizado em maio, em relação ao terminado em fevereiro, de acordo com dados dessazonalizados. Considerados períodos de doze meses, o indicador variou 0,4% em maio.

"O ritmo da atividade econômica no Centro-Oeste segue em processo de acomodação, influenciado pelo impacto negativo da evolução das expectativas dos agentes econômicos sobre o desempenho das vendas do comércio e da indústria", escreveram os técnico do BC. Eles ressaltaram que essa dinâmica poderá ser intensificada pela evolução da renda agrícola, que poderá repercutir, ao longo do ano, o impacto do recuo nas cotações internacionais dos principais produtos agrícolas. Isso, apesar do aumento na produção de grãos e da depreciação cambial.

Já o desempenho da economia do Nordeste foi sensibilizado, conforme o Boletim Regional, no trimestre encerrado em maio, pela perda de dinamismo do comércio e pela recuperação modesta da atividade agropecuária, ainda prejudicada por condições meteorológicas irregulares. O IBCR-NE decresceu 0,4% no trimestre, em relação ao encerrado em fevereiro, considerados dados dessazonalizados. O indicador teve alta 2,6% no período de doze meses encerrado em maio.

"Ressalte-se que o crescimento da indústria da região repercutiu, em grande parte, o efeito da base de comparação deprimida, em função da paralisação, na Bahia, da produção de derivados de petróleo e biocombustíveis em janeiro e fevereiro", enfatizaram os técnicos no documento.

Por fim, a Região Sul foi a menos afetada no período analisado pelo Boletim Regional. O IBCR-S caiu 0,1% em relação ao trimestre finalizado em fevereiro, quando já tinha apresentado um recuo bem mais forte, de 1,2%, no mesmo tipo de comparação, na série isenta de sazonalidade. Considerados intervalos de 12 meses, o indicador registrou estabilidade em maio.

"A economia do Sul apresentou relativa estabilidade no trimestre encerrado em maio, reflexo de retrações no comércio e na indústria, e de desempenhos favoráveis da agricultura e da balança comercial", trouxe o documento do BC. "Vale destacar a estimativa de aumento anual de 9,4% para a safra de grãos da região em 2015, impulsionado por aumentos projetados para as colheitas de trigo (18,8%) e soja (17,5%)", continuaram.

O indicador de condições para aprovação de crédito para grandes empresas para este terceiro trimestre de 2014 está no maior nível desde o segundo trimestre de 2011, mostra a pesquisa de Indicadores de Condições de Crédito, divulgada nesta quinta-feira (7) pelo Banco Central (BC). O indicador ficou em 0,25 ponto para o terceiro trimestre, ante 0,08 no segundo trimestre. A pesquisa do BC é qualitativa e foi feita com executivos de 46 instituições financeiras, em junho. O indicador varia de -2,0 (menos concessões de crédito) a 2,0 (mais concessões).

Já o indicador de condições de aprovação de crédito habitacional para o terceiro trimestre ficou em -0,33, situação "um pouco mais restritiva", afirmou o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, durante apresentação do Boletim Regional, no Rio de Janeiro.

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Hamilton destacou que o crédito ao consumo cresceu nos anos recentes, mas agora, "na margem, está estabilizado". O Indicador de Condições de Crédito a consumo para o terceiro trimestre registrou -0,13 ponto nas aprovações, exatamente a mesma leitura referente ao segundo trimestre.

A taxa preferencial, calculada pelo BC para medir o custo de crédito, ficou em 15,1% em maio, ante a mínima histórica de fevereiro de 2013, de 10,8%. Segundo Hamilton, a alta de 4,3 pontos porcentuais "é natural". "Nesse período, o BC fez ajuste importante das condições monetárias", afirmou.

Para o diretor do BC, "a taxa preferencial é a melhor proxy que temos para o custo do crédito na economia brasileira". São usados no cálculo da taxa, entre outros critérios, indicadores de taxas de juros para pessoas jurídicas com operações de crédito em três ou mais bancos, sendo pelo menos uma maior ou igual a R$ 5 milhões.

Economia internacional

O BC trabalha com o cenário de continuidade da normalização das condições monetárias por parte do Federal Reserve, o banco central norte-americano, segundo Hamilton. "A normalização começou em dezembro e vai seguir curso ao longo do tempo. O BC está atento a isso e preparado para lidar com impactos sobre a economia e os mercados", afirmou Hamilton em entrevista coletiva após a apresentação do Boletim Regional do BC, no Rio de Janeiro.

Ainda no plano internacional, Hamilton destacou que grande parte do impacto da crise da Argentina sobre o Brasil já pode ter ocorrido, pois as exportações para o país vizinho já recuaram "mais de 30% em relação ao ano passado".

Segundo o diretor do BC, a Argentina é importante parceiro comercial do Brasil, sobretudo como mercado comprador de produtos manufaturados. Assim, à medida que haja desaceleração forte na economia argentina, haverá repercussão no Brasil.

As operações de crédito do País superiores a R$ 1 mil atingiram R$ 2,725 trilhões em maio, o que representou uma alta de 3% no trimestre encerrado naquele mês, informou o Banco Central, nesta quinta-feira, 07, em seu Boletim Regional.

O segmento pessoas físicas apresentou uma elevação de 3,4%, enquanto para as pessoas jurídicas houve incremento de 2,7%. A autoridade monetária destacou que subiu 0,1 ponto porcentual a inadimplência das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) nos três meses terminados em maio, com destaque de alta de 0,2 ponto porcentual no Nordeste e queda de 0,2 ponto porcentual na região Norte.

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O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, afirmou nesta quinta-feira (8) que "a elevada inflação no Sudeste "foi influenciada por custos de transporte. Ele também apontou que na região, os preços de alimentos e de bebidas cederam menos do que em outras áreas do País. O diretor fez os comentários durante apresentação do Boletim Regional do BC, no Recife.

O índice de atividade da região Sudeste medido pelo BC, o IBCR-SE, caiu 0,4% no trimestre encerrado em fevereiro ante os três meses terminados em novembro de 2013, quando subiu 0,6%, na margem. Segundo o Banco Central, esse fato foi determinado em grande parte pelo menor crescimento do comércio varejista e retração da produção industrial, influenciada pelo desempenho desfavorável do setor automobilístico.

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O Banco Central informou nesta segunda-feira (12), que, no trimestre encerrado em maio, apenas a região Nordeste apresentou aumento da inadimplência, que saiu de 0,1 ponto porcentual (p.p.) no trimestre terminado em fevereiro, para 4,2% entre março e maio. A inadimplência no Nordeste para as empresas subiu 0,3 p.p., para 2,8%. No Norte ficou estável em 4,3%. Nas demais regiões, diminuiu 0,1 p.p.. Na média nacional, ficou estável em 3,2%, de acordo com o Boletim Regional Trimestral publicado nesta segunda-feira (12).

Em todas as regiões, o crédito concedido a pessoas físicas se expandiu principalmente nas modalidades financiamento imobiliário e crédito consignado, segundo O BC. O crescimento do crédito a empresas foi maior em operações contratadas pelo serviço público - exceto saúde e educação - no Norte, Nordeste e Sudeste; e em empréstimos vinculados à geração, transmissão e distribuição de eletricidade e gás, agricultura e indústrias de papel e papelão, no Centro-Oeste. No Sul, o crescimento do crédito foi relativamente homogêneo.

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A Região Sul apresentou o melhor desempenho de atividade econômica no trimestre encerrado no mês de maio, com alta de 6,5% em relação ao trimestre finalizado em fevereiro, de acordo com o Boletim Regional Trimestral, documento que traz indicadores econômicos das regiões do País e divulgado nesta segunda-feira, 12, em Belém (PA).

Segundo o BC, os principais indicadores de atividade apontaram maior dinamismo da economia do Sul no segundo trimestre, em comparação ao trimestre anterior. Esse desempenho é explicado, em grande parte, diz o BC, pela recuperação do setor agrícola e seus reflexos sobre a indústria, não obstante a moderação observada no setor de serviços. Enquanto os índices de atividade do Norte e Sudeste caíram, no Centro-Oeste e Nordeste subiram 0,5%.

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O Banco Central informou que a evolução dos principais indicadores econômicos mostra continuidade do crescimento da atividade no trimestre encerrado em maio. "Vale ressaltar, entretanto, heterogeneidade nos desempenhos regionais, em parte determinada, de um lado, pelo crescimento significativo da agropecuária e de setores específicos da indústria, e, de outro, pela moderação nas atividades na indústria extrativa e em determinados segmentos do comércio", diz o BC.

A instituição informou que o crescimento econômico tem ocorrido de forma desigual. A agropecuária, por exemplo, tem contribuído para o bom desempenho do Sul e do Centro-Oeste, mas o contrário se verifica no Norte. O BC ressalta ainda que o mercado de trabalho, não obstante o ritmo mais moderado verificado, segue em expansão e representa um suporte para o consumo. E que a produção industrial tem se expandido, em particular, no segmento de bens de capital.

 

Sudeste

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apontou queda de 0,3% para a região Sudeste no trimestre encerrado em maio de 2013, ante o trimestre anterior, quando o índice registrara alta de 1,4%. O índice do BC é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a cada três meses.

No Boletim Regional Trimestral, o BC destaca ainda que a atividade econômica do Sudeste arrefeceu no período acima, refletindo, segundo a instituição, a acomodação das vendas do comércio ampliado e da produção industrial.

 

Nordeste

O ritmo de crescimento da economia do Nordeste no trimestre considerado moderou. O índice na região subiu 0,5% entre março e maio em relação ao trimestre anterior. A produção da indústria nordestina apresentou contração de 0,3%, com destaque para os recuos de 8,2% nas atividades têxtil e de 3,1% de aparelhos e materiais elétricos.

Norte

No Norte, a atividade econômica também arrefeceu no trimestre encerrado em maio, em parte, segundo o BC, ao desempenho negativo da indústria extrativa. O Índice de Atividade Econômica Regional da Região Norte recuou 0,6% no período.

Centro-Oeste

Já a atividade econômica no Centro-Oeste se manteve em expansão no trimestre terminado em maio, com crescimento na indústria extrativa e no comércio e retração na indústria de transformação. O Índice de Atividade Econômica do Centro-Oeste cresceu 0,5% no trimestre encerrado em maio, em relação ao terminado em fevereiro, quando havia aumentado 1,3%. De acordo com o BC, O desempenho da economia da região deverá ser favorecido, nos próximos meses, pelos ganhos da renda agrícola, com impactos relevantes sobre o comércio local, e pelas vendas externas.

O diretor de política econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, descartou a convergência da inflação à meta de 4,5% para 2013. "Com as informações de que dispomos, não é realista acreditar em convergência à meta de 4,5% em 2013", disse, nesta quinta-feira, durante uma entrevista coletiva, após a apresentação, pelo BC, do Boletim Regional trimestral.

Segundo ele, o BC vai atualizar as projeções em março, no Relatório Trimestral de Inflação, com a trajetória para a inflação até o início de 2015. Hamilton adiantou, no entanto, que existe uma resistência inflacionária neste primeiro semestre, com tendência de recuo no segundo, mas ressaltou que "não é realista (inflação de) 4,5% para 2013". "Em termos de inflação, o ano está dividido em dois, com recuo no segundo semestre", disse.

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Ao ser questionado sobre se haverá aumento de juros, o diretor do BC disse que não se pronunciaria sobre política monetária. Hamilton lembrou que o BC dispõe de instrumentos de comunicação e que se deve "aguardar a reunião de março" do Comitê de Política Monetária (Copom). A próxima reunião está marcado para os dias 5 e 6 de março.

Tombini

Quando perguntado sobre o discurso do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre qual seria a parte mais importante de sua fala, se a garantia de que não há risco de descontrole inflacionário ou a sinalização de que o BC pode ajustar a política monetária, Hamilton limitou-se a dizer que "valem todas as mensagens". "Não há risco de descontrole inflacionário no Brasil; a estratégia está mantida e não foram abolidos os ciclos econômicos", repetiu o diretor do BC.

Questionado especificamente sobre o fato de Tombini não ter usado a expressão "suficientemente prolongado" ao se referir à estratégia da política para as condições monetárias, Hamilton voltou a repetir que a mensagem passada por Tombini permanece válida, releu o discurso do presidente do BC e não citou a expressão.

Quebra de safra

Mais cedo, Hamilton avaliou que o choque de preços decorrente da quebra de safra no Nordeste e no Sul pressionou a inflação em 2012. Em 2013, no entanto, a inflação tem sido mais pressionada por itens não comercializáveis, segundo o diretor do BC. A quebra de safra em 2012, diz ele, afetou o preço do arroz, feijão e da farinha, itens que não entram nas projeções de commodities feitas pelos economistas. Hamilton ressaltou no entanto que em que pese a seca no Sul e Sudeste, a safra cresceu 1,2% em nível nacional e, para este ano, o crescimento esperado é de 13,1% na safra de grãos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar do ritmo moderado da atividade econômica no Brasil em 2012, a taxa de desemprego mostrou recuo no trimestre encerrado em novembro, mostra o Boletim Regional do Banco Central, divulgado nesta quinta-feira. A região Nordeste teve a maior taxa de desemprego no trimestre, de 6,3%, e a região Sul, a menor, de 3,5%.

A taxa média de desemprego ficou em 5,2% no período, ou seja, 0,3 ponto porcentual abaixo do resultado do trimestre encerrado em agosto e 0,5 ponto porcentual menor do que o resultado do mesmo período de 2011.

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Com relação à criação de empregos, segundo dados dessazonalizados do Caged/MTE, foram criados 263,4 mil empregos formais no trimestre finalizado em novembro, ante 363,9 mil no finalizado em agosto e 378,0 mil em igual período de 2011, com destaque para o aumento de 102,1 mil vagas no Nordeste. Em todas as regiões houve contratações líquidas no setor de serviços e no comércio, enquanto nas regiões Sul e Sudeste, houve demissões na indústria de transformação.

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, afirmou, nesta sexta-feira, durante a divulgação do Boletim Regional do BC, edição de julho, que o problema da seca nos Estados Unidos gerou efeitos substanciais significativos em commodities alimentícias. "Ocorreu um choque de oferta, o que causou impactos significativos nessas mercadorias". Hamilton, no entanto, não manifestou nenhuma preocupação em relação à continuidade desse problema afetar a inflação no Brasil. Ao contrário, ele destacou que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o índice usado pelo governo para medir a inflação, caminha para ficar bem próximo da meta de 4,5% fixada pelo governo para 2012.

Os problemas da seca no Brasil em 2012 também devem prejudicar a safra agrícola da região Nordeste. O diretor do BC destacou ainda que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que a produção de grãos da região apresentará uma queda de 9,2% em 2012 em relação a 2011. "Isso deve atingir especialmente a produção de feijão, arroz e farinha", disse.

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O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, informou, nesta sexta-feira, durante a divulgação do Boletim Regional do BC edição de julho, que uma consulta feita a executivos de instituições financeiras apontou que as condições de crédito devem seguir um pouco restritivas no terceiro trimestre do ano, embora ligeiramente melhores do que nos últimos três meses.

Segundo Hamilton, há melhora nas condições de aprovação de crédito para grandes empresas. O diretor do BC salientou, no entanto, que a percepção do risco do cliente e as condições de liquidez do mercado determinam as condições ainda restritivas de crédito para grandes companhias. Hamilton informou que dados preliminares do setor financeiro apontam uma redução modesta das concessões de crédito para empresas em julho em relação a junho.

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Para o segmento de micro e pequenas empresas as condições de crédito "continuam um pouco restritivas, afetadas pela inadimplência", disse Hamilton. "Há, porém, melhora na demanda por crédito por parte de micro e pequenas empresas. E isso ocorre em função das condições de juros e da demanda por capital de giro", afirmou.

Os executivos consultados pelo BC, contou Hamilton, também indicaram condições ligeiramente restritivas para a concessão de crédito às pessoas físicas. "Mas a demanda por crédito pelas famílias melhora em função da redução dos juros e da perspectiva de avanço das condições econômicas nos próximos meses".

Ainda em comentários para o cenário de crédito, o diretor do BC disse que "à medida que o tempo vai passando, é natural que ocorra moderação da taxa de juros nas concessões de crédito". Ele também afirmou que as perspectivas são de continuidade da redução da inadimplência ao longo do segundo semestre. (Equipe AE)

 

Crédito imobiliário

A demanda por crédito habitacional é moderadamente forte, de acordo com o diretor de Política Econômica do BC, e esse movimento vem sendo impulsionado pela flexibilização dos prazos de financiamentos de imóveis e pela redução dos juros, diz ele. Hamilton citou que, de acordo com os executivos ouvidos na pesquisa, as perspectivas de concessão de crédito para este trimestre são melhores do que no trimestre passado.

Quanto ao endividamento das famílias, o diretor do BC diz que um grande fator do crescimento do endividamento é o crédito imobiliário, que representa 5% do Produto Interno Bruto (PIB). Ele lembra, no entanto, que no caso de quem compra um imóvel, em boa parte dos casos, os cidadãos se desvencilham da despesa de aluguel. Também, no País, acrescentou, o crédito imobiliário ainda é muito pequeno (não chega a 10% do PIB) quando se compara a outros países, onde a participação atinge 40% do PIB.

Hamilton lembrou ainda que, no caso da inadimplência, atrasos de 15 a 90 dias atingiram o ponto máximo em fevereiro e estão recuando. Em sua avaliação, o endividamento das famílias tem apresentado recuo lento. Segundo o diretor do BC, o comprometimento da renda das famílias atingiu 21,85% em maio, abaixo do pico de 22,42% em outubro. Quando se excluem as despesas com crédito habitacional, o comprometimento da renda das famílias atingiu 20,6% em maio.

O Banco Central afirmou nesta sexta-feira, por meio de seu Boletim Regional, publicação trimestral, que a economia brasileira manteve ritmo moderado de expansão e a recuperação da atividade doméstica se materializa de forma bastante gradual, nos primeiros cinco meses de 2012.

A instituição destacou o crescimento de 0,85% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) no período em relação ao mesmo espaço de tempo de 2011. "Esse desempenho reflete a redução da atividade industrial, especialmente na Região Sudeste, a frustração com a safra agrícola e os efeitos das incertezas no cenário internacional", avaliou o BC no boletim.

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O BC afirmou, no entanto, que as condições favoráveis do mercado de trabalho, o crescimento da renda, a expansão moderada do crédito e a confiança dos consumidores tendem a sustentar a expansão da demanda. "A robustez da demanda doméstica, bem como as ações de política recentemente implementadas, indica intensificação do ritmo de atividade neste segundo semestre", diz o BC.

Segundo o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, deve ocorrer um "crescimento moderado de crédito" no Brasil em 2012 e isso, diz ele, será positivo para a retomada da atividade econômica, pois "indica aceleração no segundo semestre e em 2013". Hamilton destacou que o mercado de trabalho aponta bons resultados.

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