O cineasta americano Bryan Singer, conhecido especialmente por ter dirigido quatro filmes da franquia "X-Men", foi acusado em um processo de abusar sexualmente de um jovem de 17 anos em 2003.
Segundo os documentos apresentados na quinta-feira em um tribunal de Seattle, no estado de Washington (noroeste dos Estados Unidos), Singer é acusado de abusar sexualmente de César Sánchez-Guzmán durante uma festa em um iate que pertence a um dos amigos milionários do diretor.
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Singer ofereceu um tour no barco ao jovem e depois o levou até um quarto, "fechou a porta e exigiu que César fizesse sexo oral", afirmam os documentos.
Quando o jovem se negou, "Singer o forçou a fazer sexo oral e anal".
Depois, Singer teria afirmado a Sánchez-Guzmán que era um produtor de Hollywood e poderia ajudá-lo a iniciar a carreira de ator "desde que César nunca falasse nada sobre o incidente".
Também afirmou ao jovem que "ninguém acreditaria caso denunciasse o incidente" e que "ele poderia contratar pessoas capazes de arruinar a reputação de qualquer um".
Em um comunicado divulgado por seu advogado, o diretor de 52 anos "nega categoricamente as acusações e afirma que se defenderá até o fim".
O caso é o mais recente da série de homens em situação de poder - na imprensa, política e entretenimento - nos Estados Unidos que foram acusados por suposto comportamento sexual indevido, após o escândalo do produtor de Hollywood Harvey Weinstein, revelado em outubro.
O diretor já havia sido acusado anteriormente por uma conduta similar com menores de idade em dois casos que foram eventualmente rejeitados.
Singer dirigiu "Os Suspeitos" (1995) e "Operação Valquíria (2008), entre outros, além de quatro filmes da série "X-Men", que estrearam em 2000, 2003, 2014 e 2016.
Recentemente foi demitido do filme "Bohemian Rhapsody", uma biografia do falecido cantor do Queen Freddie Mercury, apenas duas semanas antes do fim das filmagens, por uma série de faltas ao set.
Dexter Fletcher foi contratado como o novo diretor de Bohemian Rhapsody, filme baseado na história do vocalista da banda Queen, Freddie Mercury. Segundo informações do site norte-americano People, Fletcher substituirá Bryan Singer, que foi demitido depois de um sério desentendimento que teve com Rami Malek, ator principal do longa.
Essa foi uma experiência muito desafiadora, que acabou gerando consequências sérias na minha saúde. Infelizmente, o estúdio não estava disposto a me acomodar e encerrou os meus serviços, disse Singer em um depoimento, alegando ainda que teve diferenças criativas com Malek.
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Fletcher é um diretor britânico que coordenou os filmes Eddie the Eagle, Sunshine on Leith, e Wild Bill. Ele também aparece atuando nos filmes Kick-Ass: Quebrando Tudo e Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes.
Fui assistir a “X-men: Primeira Classe”, em 2011, sem muitas expectativas. O desastroso terceiro capítulo da franquia havia me acertado em cheio. Mas tal qual não foi a minha surpresa ao testemunhar um filme ágil, denso, sob a direção do habilidoso Matthew Vaughn. A sequência turbinou minhas esperanças na retomada dos bons ventos sob o crew de mutantes liderados pelo Professor Xavier. Bryan Singer retornou ao comando da saga em “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” (2014). Com mais acertos do que erros, o longa apagou de vez da memória dos fãs o malfadado filme de Brett Ratner. Singer também dirige o aguardado “X-Men: Apocalipse”, que estreia nesta quinta (19) nos cinemas do mundo inteiro. Ansioso em apresentar os novos rumos que a franquia tomará a partir de então, o longa desperdiça a oportunidade de desenvolver personagens importantes para a cronologia dos mutantes e incomoda pelos visual requentado.
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Tudo começa com En Sabar Nur (Oscar Isaac). Clássico personagem das HQ`s da Marvel, o Apocalipse data como o primeiro mutante, sendo detentor de poderes incomensuráveis, dentre eles o de tomar a alma de outros mutantes e extrair-lhes suas habilidades. Sua existência aliena a presença de quatro seguidores, conhecidos como “Os quatro Cavaleiros do Apocalipse”. O filme parte do Império Egípcio, onde En Sabar Nur é venerado. Entretanto, eventos inesperados acabam trancafiando-no desacordado, no elixir de seu poderio, nas ruínas piramidais da cidade de Cairo. Soterrado, permanece em hibernação durante cinco mil anos, até ser invocado de volta à vida em 1983. Em pouco tempo de projeção, tudo isso acontece. E mais, Erik/Magneto (Michael Fasbender), Raven/Mística (Jennifer Lawrence), Professor Xavier (James McAvoy), Jean Grey (Sophie Turner) e Scott Summers/Ciclope (Tye Sheridan) retornam à saga, no caso dos dois últimos, sob a pele de estreantes no elenco.
Apesar de bem em tela, os novatos são subutilizados pelo roteiro durante dois terços do filme. Dentre os principais, Fassbender e Lawrence centralizam as atenções. Mesmo com o mais novo astro hollywoodiano Oscar Isaac (Star Wars: O Despertar da Força) no papel de Apocalipse - vencendo a direção de arte pouco criativa do longa com uma atuação segura - a Fox decidiu manter a dupla supracitada como verdadeiro motor da trama. Inclusive, não é exagero dizer que o sexto filme da franquia eleva Lawrence (e não Mística) ao holofote central. Fassbender, que quase nunca erra, entrega aqui mais uma atuação certeira na desconstrução da personalidade de Erik, na luta incessante contra o desencanto com a humanidade, e no desenvolvimento da crescente em que Magneto insurge voraz - sendo recrutado por Apocalipse e tornando-se um de seus súditos.
Se o roteiro de Simon Winberg atrapalha a intensidade de todos os arcos dramáticos do filme (inclusive os conflitos de Mística e Jean Grey), a inserção de novos personagens, ou reinserção de antigos, é um aperitivo. Entretanto, são tantas informações transmitidas a torto e a direito - em ritmo de montagem semelhante a um dos maiores pesadelos da Fox nos últimos anos; lê-se “Quarteto Fantástico” (2015) - que, afora a demonstração de poderes e uma ou outra frase de efeito, os novos (ou renovados) filhos do átomo pouco adicionam ao contexto global dos X-Men, e se o fazem é forçosamente. Nisso também inclusos três dos quatro Cavaleiros do Apocalipse - Tempestade, Anjo e Psylocke. Mercúrio (Evan Peters), protagonista de uma das cenas mais instigantes do filme anterior da franquia, retorna, eficiente, com a mesma função de escape cômico da trama. Até o final cresce, porém sem intensidade, assim como toda a narrativa do filme.
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Visualmente, o filme repete parte das decisões de “Dias de um Futuro Esquecido”, principalmente no que tange à paleta de cores de Newton Thomas Sigel, que investe no amarelo e marrom das locações no Egito e Canadá. Mas dessa vez Bryan Singer peca no excesso de computação gráfica, interferindo gravemente no design de produção do longa que veste-se da artificialidade azulada de uma pós-produção aparentemente feita “nas coxas”. Singer, que é também diretor de “Jack: O Caçador de Gigantes” e “Superman: O Retorno”, intenta criar tensão com o cataclisma “universal” provocado por Apocalipse e seus discípulos, mas o resultado é bem inferior ao que versa o roteiro, já cambaleante. A montagem - novamente ela - enfraquece ainda mais a força das cenas de ação do filme, com evidentes deslizes de continuidade, principalmente no embate final dos personagens.
Com pouquíssimas cenas realmente interessantes e extremamente didático, o longa não sabe fazer bom proveito de seus 124 minutos, que passam como se fossem 180 ou mais. No fim, “X-Men: Apocalipse” serve apenas para “justificar” a reunião entre “novos” e “velhos” mutantes, provar que Singer consegue fazer um filme da franquia não liderado pelo Wolverine (que aliás faz uma ponta milimétrica na produção - claro), continuar a história (queimando, para isso, o filme de um dos personagens mais icônicos das HQ’s) e que, se bobear, após um belo acerto como “Deadpool”, a Fox pode voltar a fazer coisas como “X-Men 3”, “Quarteto Fantástico” ou esse “Apocalipse”. Que não seja a gênese de mais produções de mesmo nível e que o estúdio ache soluções mais inovadoras do que copiar os erros do passado com a roupagem dos anos 90.
Confira os destaques entre os lançamentos do cinema desta semana no "Estreia Já". Assista dando play no vídeo abaixo:
O diretor dos últimos filmes da franquia "X-Men", Bryan Singer, foi denunciado na quarta-feira por supostamente ter abusado sexualmente de um menor em 1999, segundo um comunicado do advogado do denunciante enviado nesta quinta-feira à AFP.
Michael Egan afirma que Singer se aproveitou de sua posição na indústria cinematográfica para abusar dele, o que provocou "traumas emocionais e psicológicos catastróficos", de acordo com a nota emitida por Jeff Herman, especialista em casos de abuso sexual.
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Pouco tempo depois de ter se mudado para Los Angeles para tentar uma carreira no cinema, quando tinha 17 anos, Egan conheceu Singer em uma festa, onde também estava Mark Collins-Rector, na época presidente do conselho de diretores da Digital Entertainment Network (DEN).
Segundo a denúncia, os três entraram nus em uma jacuzzi, onde Collins-Rector "acariciou as genitais" do jovem, e Singer serviu a ele uma bebida alcoólica. O diretor prometeu a Egan um papel em seu próximo filme.
Singer teria masturbado Egan e feito sexo oral nele. Depois, pediu que ele fizesse o mesmo, mas o jovem se negou. Mesmo assim, Singer obrigou o menor a entrar na jacuzzi e a satisfazer seu pedido. Depois, tirou Egan da piscina, "onde o sodomizou". Entre as drogas que Egan assegura que o cineasta o fez consumir está a cocaína.
A denúncia foi apresentada na Corte do Distrito de Havaí na quarta-feira. Bryan Singer dirigiu quatro filmes da franquia "X-Men", incluindo o último, "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido", que estreia mundialmente em 22 de maio.