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Albert Camus (1913- 1960) foi um escritor, jornalista e dramaturgo de origem argelina. Contou com muito prestígio entre escritores e entrou para a história da literatura ao agregar questões existencialistas em suas publicações, sendo considerado por muitos como um filósofo, além de autor.

Camus nasceu durante a ocupação francesa em Dréan (Antiga Mondovi) na Argélia, no dia 7 de novembro de 1913. Filho de camponeses, perdeu o pai quando tinha apenas um ano. O autor cresceu em um estado de pobreza muito grave. Camus sempre nutriu um grande amor pelo futebol e, posteriormente, formou seus estudos em licenciatura e doutorado em Filosofia.

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Em 1934, Camus passou a integrar o Partido Comunista Francês e também o Partido do Povo da Argélia, escrevendo diversos artigos para jornais revolucionários. Entusiasta do teatro, fundou a companhia L’Equipe, onde atuou como ator e diretor.

No ano de 1938, Albert mudou-se para a França, onde aprofundou sua relação com o filósofo Jean-Paul Sartre. Juntos fundaram o jornal de esquerda “Combat”, no ano de 1941. Em 1942, em meio à Segunda Guerra Mundial, Camus publicou seus romances de maior prestígio: “O Estrangeiro” e “O Mito de Sísifo”. As duas obras contavam com um dos principais conceitos do autor, a noção do absurdo da existência humana frente às diversas provações da vida.

Como historiador, Camus publicou em 1951 “O Homem Revoltado”, obra que foi considerada como o ápice de sua posição filosófica, abordando a revolta metafísica e histórica inerente do ser humano. Esta ideia teria ocasionado a ruptura com Sartre, por questionar as ideologias do comunismo e a teoria marxista.

Albert Camus ficou conhecido por sua profunda observação e posicionamento frente aos acontecimentos mundiais e sociais. O autor faleceu no dia 4 de janeiro de 1960, vítima de um acidente de carro, em uma estrada de Villeblevin, na França.

Uma carta inédita do escritor Albert Camus ao filósofo Jean-Paul Sartre foi encontrada recentemente e confirma a relação amistosa entre os dois intelectuais poucos meses antes da brutal ruptura em 1952. A ruptura aconteceu depois da publicação do ensaio "O Homem Revoltado" de Camus, obra que Sartre rejeitou de maneira taxativa.

A carta, que teve a autenticidade comprovada por um especialista, começa com a saudação "Meu querido Sartre" e termina com "Eu aperto sua mão". No texto, Camus recomenda a Sartre a atriz "Aminda Valls, amiga de María (Casares, famosa atriz, que foi amante de Camus) e minha, republicana espanhola, que é uma maravilha de humanidade".

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No início de 1951, Sartre preparava o lançamento da peça "O Diabo e o Bom Deus". Na obra, María Casares teve o papel de Hilda, mas Aminda Valls não fez parte do elenco.

"A carta havia sido comprada por um colecionador de autógrafos nos anos 70", disse à AFP Nicolas Lieng, especialista em Literatura do século XIX e XX, intermediário na venda "há uma semana" do documento a um dos colecionadores privados mais importantes de artigos de Camus.

A carta não tem data, mas, levando em consideração alguns eventos mencionados, os especialistas concordam que foi escrita em março ou abril de 1951. Seis meses depois do envio da carta, Camus publicou "O Homem Revoltado" e pouco depois Sartre rompeu com ele, queimando quase toda a correspondência entre ambos.

A noite de abertura da 10ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) na última quarta-feira (4), na Tenda do Autores, foi marcada pelo discurso de Luís Fernando Veríssimo.

O escritor gaúcho aproveitou-se de uma gafe que cometeu no principal palco da Festa há quatro anos atrás, quando trocou a primeira letra do evento, chamando Flip de "Clip". Veríssimo redimiu-se do equívoco recitando um texto que redigiu em tom de brincadeira. O discurso exaltava as qualidades da Festa Literária a exemplo de celebração, conspiração cultural e comilança. "Aqui se celebra a permanência do livro", declarou o cronista em tom de sentença.

Os escritores Silviano Santiago e Antonio Cícero participaram da segunda parte da sessão de abertura, proferindo discursos que evocaram a obra e vida do homenageado desta edição, o poeta Carlos Drummond de Andrade. Santiago usou tom mais acadêmico para expressar uma visão panorâmica da trajetória literária do poeta, citando autores como Mallarmé e Camus, além de explicar as mudanças de vida e de interesse literários do homenageado, que qualificou de "o tardio Proust mineiro".

O poema A Flor e a Náusea do livro A Rosa do Povo, escrito por Drummond em 1945, foi a base do discurso de Antonio Cícero. O escritor dedicou-se, ao longo de sua fala, a cada uma das nove estrofes do poema, analisando versos menos evidentes para o público em geral. Cícero chamou atençao para o romance A náusea de Jean-Paul Sartre, publicado em 1938 e frequentemente evocado por Drummond. Seu discurso foi encerrado com o poema do homenageado, Canto Esponjoso.

O público que foi a Tenda dos Autores na sessão de abertura aplaudiu calorosamente os convidados, demonstrando satisfação com a ocasião. Nomes como Fernando Gabeira, Zuenir Ventura, Angeli, Larte Coutinho, Enrique Vila-Matas, Roberto DaMatta, Fabricio Carpinejar e Alejandro Zambra irão passar pela Tende dos Autores até o próximo domingo (8). Confira a programação completa no site da Flip.

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