Hoje (05) completa 55 anos da morte da cantora, dançarina luso-brasileira e atriz Carmem Miranda (1909-1955). Ficou conhecida como a “Pequena Notável”. Era uma espécie de símbolo da América Latina, com seus brincos de argolas, babados e balangandãs. Deixou clássicos da música como "Taí, Pra Você Gostar de Mim” e do cinema, como “Uma Noite no Rio”.
Nasceu em Marco de Canavezes, no Distrito de Porto, Portugal. Com apenas um ano de idade, junto com sua irmã e mãe, veio para o Brasil, onde seu pai já morava. Carmem foi criada no Rio de Janeiro. Estudou no colégio de freiras, mas abandonou os estudos. Depois começou a trabalhar em uma confecção de chapéus, onde estudou moda e aprendeu a costurar.
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Cantava e dançava para animar pequenas festas. Em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros (1888-1959), que a levou para se apresentar em teatros e clubes. Estreou como cantora na Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Seu grande sucesso veio com a marcha-canção “Pra Você Gostar de Mim” (1930). No mesmo ano, Carmen já estava fazendo sua primeira turnê internacional em Buenos Aires, na Argentina.
Em 1933, foi a primeira mulher a assinar um contrato com uma rádio. Lançou outros discos e se transformou na principal estrela do Cassino da Urca no Rio de Janeiro. As apresentações do cassino funcionavam como passaporte para o ingresso no mundo do cinema. Em 1936, estreou no cinema na comédia-musical quando cantou acompanhada da sua irmã, Aurora. Gravou sucessos como “No Tabuleiro da Baiana” (1936) e “Camisa Listrada” (1937).
Em 1939, brilhou na comédia-musical “Banana da Terra”, quando apareceu caracterizada de baiana, personagem que ela incorporou até o fim de sua vida. No musical, cantou a música “O Que É Que a Baiana Tem”, que virou um clássico na voz da cantora. No mesmo ano, foi contratada para ser uma atração no show “The Streets os Paris”, que estreou na Broadway.
O sucesso das apresentações projetou a cantora nos Estados Unidos. No ano seguinte, apresentou-se na Casa Branca, em uma festa para o presidente Roosevelt (1882-1945). Em 1940, Carmen estreou nos Estados Unidos com o filme “Serenata Tropical”. No ano seguinte, foi a primeira sul-americana a receber uma estrela na Calçada da Fama, em Hollywood. Fez um total de 14 filmes nos Estados Unidos e seis filmes no Brasil.
Em 1945, casou-se com o americano, que passou de seu funcionário para empresário. O casamento entrou em crise e Carmem se tornou dependente de remédios e com depressão. Depois de 15 anos nos Estados Unidos, viajou de volta ao Brasil. Ficou internada para a desintoxicação. Recuperada, voltou para Hollywood para uma apresentação. Enquanto dançava e cantava, desmaiou e foi amparada. Recuperada, terminou sua apresentação. De volta para casa em Los Angeles, na manhã do dia seguinte foi encontrada morta, vítima de um ataque cardíaco.