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O litoral gaúcho tem vivido um verão atípico. Até o momento, foram contabilizados 31 mil banhistas feridos por águas-vivas nos últimos 20 dias, segundo o Corpo de Bombeiros. As informações são do jornal Gazeta Online.

No feriado de 1º de janeiro, foram 5,5 mil casos registrados em postos salva-vidas do Rio Grande do Sul. O aumento de ocorrências também é percebido no litoral de Santa Catarina e do Paraná.

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Em Santa Catarina, aproximadamente 22 mil casos de queimaduras por águas-vivas desde outubro. No Paraná, foram identificadas caravelas-portuguesas, mais peçonhentas que as comuns. De cor arroxeada, elas têm uma espécie de crista, que faz com que sejam carregada pelo vento e vista na superfície do mar.

As toxinas da caravela-portuguesa provocam dores, queimaduras de até terceiro grau e, em casos extremos, reações alérgicas.

Para especialistas, o número acima do normal de águas-vivas se deve a um provável desequilíbrio ecológico. O fenômeno pode estar associado a atividades que reduzem predadores naturais, como a pesca.

A combinação de correntes marítimas, altas temperaturas e elevada população de banhista também explica o alto índice, segundo os bombeiros. Bandeiras lilás estão sendo usadas nos três estados para alertar sobre a presença elevada de animais marinhos nas praias.

A Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) alerta que são necessários alguns cuidados ao sofrer uma queimadura de água-viva. O primeiro é sair da água sem tentar tirar os tentáculos que podem estar na pele. Em seguida, deve-se lavar o local com água do mar até que os tentáculos saiam. Não deve ser usada água doce, devido ao risco de aumentar as descargas elétricas. Para prevenir contaminações, é recomendado o ácido acético 5%, como o vinagre, por dez minutos sobre o local.

Também não se deve esfregar toalha ou areia na região. Caso os tentáculos permaneçam no ferimento, indica-se a remoção com luva e pinça, lavando com água do mar e ácido acético por 30 minutos. Em caso de dificuldade para respirar ou outra reação, o médico deverá ser procurado.

 

O arqueólogo submarino americano Barry Clifford anunciou, nesta terça-feira (13), ter encontrado na costa do Haiti os restos da famosa caravela "Santa Maria", que levou Cristóvão Colombo à América em 1492.

"Toda evidência geográfica, de topografia submarina e arqueológica sugere, de maneira muito forte, que são os restos da famosa nau capitânia de Colombo, a 'Santa Maria'", destaca a nota divulgada por Clifford, líder de duas expedições de exploração e de reconhecimento do norte do litoral haitiano.

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"Estou confiante em que a escavação completa dos restos do navio revelará a primeira prova arqueológica marinha da descoberta da América por parte de Colombo", acrescentou o especialista, que dará uma entrevista coletiva nesta quarta-feira, em Nova York.

Clifford, de 68 anos, especialista na exploração de restos de naufrágios, fez em 2003 uma primeira expedição e tirou fotografias da embarcação submersa, sem se dar conta, na época, de que poderia se tratar da nau de Colombo que encalhou em um recife, em 25 de dezembro de 1492.

O lugar coincide com o que foi descrito por Colombo em seu diário. Não muito longe, está o forte construído em terra pelo explorador genovês. "É o monte Everest dos naufrágios", comemorou Clifford, em entrevista ao canal americano CNN.

Em sua primeira expedição, Clifford fotografou um canhão que poderia ser do final do século XV. Isso o levou a pensar que o casco que vira submerso alguns anos antes talvez fosse a "Santa Maria" - "o navio que mudou o curso da história humana", acrescentou. Ele decidiu voltar ao local no início da maio e constatou que o canhão e outros objetos haviam sido pilhados.

Nova viagem ao Haiti em junho - Barry Clifford anunciou que voltará ao Haiti em junho para se reunir com as autoridades e decidir os próximos passos. Em 3 de agosto de 1942, Colombo zarpou do porto de Palos, no sudoeste da Espanha, com as caravelas "Santa Maria", "Pinta" e "Nina", com o objetivo de encontrar uma rota para a Ásia. Em 12 de outubro do mesmo ano, Colombo desembarcou na ilha de Guanahani, identificada pelos historiadores como parte do arquipélago das Bahamas, popularmente conhecida como a "descoberta da América".

Colombo continuou sua expedição pelo Caribe, chegando a Cuba em 28 de outubro e à ilha Hispaniola, ou ilha de Santo Domingo, em 6 de dezembro. Depois do naufrágio da "Santa Maria", no final de 1492, e da construção do forte, em janeiro de 1493, Colombo voltou à Espanha com as outras duas caravelas de sua primeira expedição para informar a rainha Isabel do resultado da viagem.

Graduado em História e Sociologia pela Universidade de Western State no Colorado (oeste dos Estados Unidos), Barry Clifford é membro do "Clube dos Exploradores", uma associação profissional internacional multidisciplinar fundada em 1904 e com sede em Nova York.

Ele já conquistou prêmios e distinções, como o Prêmio Rolex-Lowell Thomas 2005 para Arqueologia Marinha, e é membro do gabinete do presidente da National Geographic Society.

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