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A carga tributária líquida em 2011 foi de 20,17% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso significa um crescimento de 1,57% do PIB entre 2010 e 2011. É a maior variação de um ano para o outro desde 2003. A carga líquida é calculada retirando da carga tributária bruta os valores de transferências de assistência, previdência e subsídios.

"A importância de olhar para a carga líquida é porque permite ter uma melhor comparação com outros países. Os países que tendem a ter uma rede de proteção maior tendem a ter uma carga tributária bruta maior", disse o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Sérgio Gobetti, em apresentação dos números da carga tributária líquida.

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A carga tributária brasileira foi inflada em 2011 por conta do recolhimento de tributos atrasados por contribuintes inscritos em programas de parcelamentos especiais. Entre 2010 e 2011, os recursos arrecadados pela Receita Federal por meio dos parcelamentos saltaram R$ 14,3 bilhões, totalizando R$ 27 bilhões no ano passado.

Descontados os parcelamentos, a carga tributária atingiu 34,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, resultado inferior ao resultado global (que inclui os recursos dos parcelamentos) de 35,3% do PIB. Em 2010, a carga descontada dos parcelamentos foi de 33,2% do PIB.

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Segundo o coordenador-geral de estudos econômico-tributários e de previsão e análise de arrecadação do Fisco, Othoniel de Sousa, os recursos oriundos dos parcelamentos especiais de débitos em atraso acabam empurrando a arrecadação tributária de um ano com dinheiro que deveria ter entrado em anos anteriores.

A carga tributária aumentou entre 2010 e 2011, atingindo no ano passado o equivalente a 35,31% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 33,53% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010. A carga de tributos dos Estados foi de 8,63% do PIB em 2011, enquanto os municípios responderam por 1,95% do PIB. O restante - 24,73% do PIB - foi resultado da União.

De acordo com a Receita Federal, o aumento da carga tributária no ano passado foi consequência, principalmente, do aumento de 2,7% do PIB.

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As receitas tributárias brasileiras cresceram "consideravelmente" nas últimas duas décadas em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) e atingiram níveis superiores aos verificados em muitos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Essa é uma das constatações do documento Estatísticas sobre Receita na América Latina, divulgado nesta terça-feira pela entidade, que mostra que, em 2010, a proporção dos tributos no Brasil em relação ao PIB foi maior do que em 17 países da OCDE, incluindo Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia, Espanha, Suíça e Estados Unidos.

"Historicamente, o Brasil tem sido o país da América Latina com a maior proporção de tributos em relação ao PIB durante o período de 1990-2009 (mas em segundo lugar depois da Argentina em 2010), mostrando percentuais semelhantes à média da OCDE, especialmente depois de 2004", diz o documento.

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Segundo o estudo, em 2010, a relação entre a arrecadação de impostos e o PIB foi de 19,4% para os 15 países latino-americanos e de 33,8% para todos os países que integram a OCDE. Em relação especificamente ao Brasil, os impostos representaram 32,4% do PIB (ante 28,2% do PIB em 1990), ficando atrás apenas da Argentina (33,5%).

Com relação à estrutura tributária, o documento destaca que o porcentual de impostos indiretos e particularmente o ICMS é relativamente alto no Brasil na comparação com os demais países da OCDE. A avaliação feita é de que as elevadas receitas provenientes da tributação indireta no Brasil estão ligadas a quatro formas distintas de ICMS, que são arrecadados pelos Estados, o que torna o sistema complexo.

No caso da tributação direta, o estudo mostra que as receitas tributárias de impostos sobre os rendimentos e lucros têm desempenhado um papel secundário como fonte de receita na América Latina, mesmo com a tendência de alta observada de 1990-2010. Essas tributos também cresceram no Brasil, mas, segundo o levantamento, em ritmo mais lento que a média na região.

As receitas de impostos sobre a renda da pessoa física foram consideradas "especialmente baixas". Em contrapartida, as contribuições para a previdência contribuem com uma proporção significativa das receitas tributárias totais do Brasil nas últimas duas décadas, atingindo níveis próximos aos da OCDE. "Em certa medida, isto é explicado pela grande variação nos regimes de previdência da América Latina. A previdência representa a maior parte das receitas em países que têm regimes públicos e mistos, como Brasil, Costa Rica, Equador, Panamá, Paraguai e Uruguai", diz o documento.

Os impostos sobre rendimentos e lucros no Brasil atingiram 6,9% do PIB em 2010, ante 4,8% nos países da região e 11,3% nos países da OCDE. As contribuições previdenciárias representaram 8,4% do PIB no Brasil no mesmo ano (3,6% nos países latino-americanos e 9,1% nos integrantes da OCDE).

O estudo ainda observou uma tendência de crescimento da participação das contribuições sociais e trabalhistas no total da arrecadação de impostos do Brasil entre 1990 e 2010, com níveis superiores ao da média da região e entre países da OCDE. Segundo o levantamento, em 2010, a proporção média do total de receitas geradas pelos impostos diretos, contribuições sociais, previdenciárias e trabalhistas em relação ao PIB foi de 16,2% no Brasil, de 20,8% nos países da OCDE e de 8,5% na região latino-americana. A tributação sobre propriedade no Brasil atingiu 1,9% do PIB em 2010, ficando próxima aos níveis dos países da OCDE (1,8%) e acima dos países da região (0,8%).

O reajuste da carga tributária no setor de bebidas deve ter impacto nas vendas e nos planos de expansão da Ambev, segundo o vice-presidente de vendas da fabricante, Ricardo Tadeu. "Além das novas fábricas, em Minas Gerais e no Paraná, e da ampliação para o dobro da capacidade da unidade do Maranhão, temos vários projetos engatilhados, principalmente de ampliação", afirmou o executivo. Mas esses projetos "não podem ser confirmados agora", disse. "Estamos esperando para ver como o mercado vai se comportar depois do aumento dos tributos", disse.

Segundo ele, a Ambev tem investido mais de R$ 2 bilhões ao ano em expansão, mas esse número pode cair em 2013 caso a demanda enfraqueça com o aumento de preço das bebidas. O repasse para o canal de vendas (bares, supermercados, etc) deve ser de 5%, de acordo com o executivo.

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Atualmente, a Ambev atende cerca de 1 milhão de estabelecimentos no Brasil, com destaque para os da região Sudeste, onde a empresa vende mais, e para os das regiões Norte e Nordeste, que são as que mais crescem em vendas, segundo Tadeu. Ele comentou ainda que a grande massa consumidora da Ambev é de perfil "mais simples", e que 2012 é um ano que está andando "de lado".

Programa de desconto

Tadeu antecipou que no dia 15 de outubro deve ser lançado um programa de desconto da Brahma em parceria com seis clubes de futebol de São Paulo, quatro do Rio de Janeiro e dois de Minas Gerais. O projeto é direcionado aos sócios torcedores que estão com suas mensalidades em dia, que passarão a ter desconto de 5% a 10% em produtos da Ambev, Unilever, Pepsi, entre outras, nas grandes redes de supermercado como Carrefour, Wallmart e Pão de Açúcar.

"A ideia é que, ao final do mês, o desconto obtido nas compras seja maior do que a mensalidade que a pessoa paga para o clube. Queremos aproveitar o momento final do Campeonato Brasileiro e o Mundial Interclubes para lançar essa ação", afirmou.

O executivo esteve presente no "Dia da Responsa", evento no qual a Ambev faz uma ronda pelos bares, restaurantes e supermercados da cidade para mobilizar vendedores em prol do consumo responsável de bebidas alcoólicas.

 

Nesta quinta-feira (13), o governador Eduardo Campos anuncia benefícios para o setor de bares e restaurantes que consiste na redução de base de cálculo do Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Com a medida, a carga tributária será equivalente à aplicação do percentual de 2% sobre o valor das refeições fornecidas por bares, restaurantes ou estabelecimentos similares, excetuando-se as bebidas alcoólicas.

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Serão beneficiados 625 estabelecimentos, hoje submetidos ao regime normal de pagamento do imposto. Em 2011 essas empresas foram responsáveis pela arrecadação de R$ 18 milhões em ICMS. Para usufruir do benefício, o contribuinte precisará estar credenciado pela Secretaria da Fazenda, conforme critérios a serem definidos pelo Fisco estadual.

De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o setor representa 2,4% do PIB Brasileiro e 35% do PIB do turismo. O anúncio da medida será feito às 15h, na sede provisória do Governo do Estado, no Centro de Convenções, em Olinda.

Com informações da assessoria

O Brasil possui uma das maiores cargas tributárias do mundo. Estamos acima da média tributária mundial, de 27,1%, e da média latino-americana, de 28,1%. Aqui, o imposto médio sobre uma empresa é de 34% sobre a receita anual e os impostos brasileiros sobre o setor privado são superiores aos cobrados em países como o Chile, México e Uruguai. E, ao contrário de outros países, o Brasil vem apresentando um aumento nas taxas desde 1998, chegando a 32,6% em 2009.

Uma das principais causas para o aumento da carga tributária brasileira está no aumento dos gastos públicos. Após a estabilização do Real, o Brasil reduziu a emissão de moeda e, para financiar os gastos foi preciso aumentar a carga tributária. Pagamos imposto sobre quase tudo. Pagamos a tributação sobre sua renda, que é o imposto de renda mais o INSS. Pagamos a tributação sobre os patrimônios, principalmente o IPTU e o IPVA e pagamos também tributação sobre consumo, os tributos que estão embutidos no preço dos produtos e dos serviços, sendo estes os que mais são sentidos pela população.

Se colocarmos em números, em média, são 18% de tributos sobre a renda, 3% sobre o patrimônio e 23% sobre o consumo, chegando a um total de 44% do rendimento apenas para tributação. O grande problema não está no pagamento, e sim, na falta do retorno dos impostos pagos pela população.

Entre os países integrantes do G8, os Estados Unidos, Canadá, Japão e Rússia têm impostos mais baixos que o Brasil. Estamos na última posição, abaixo inclusive do Uruguai e Argentina, na posição dos países que investem em serviços como educação, saúde e segurança, em resposta aos tributos pagos pelos contribuintes. Ou seja, somos o país que menos devolve a população em serviços públicos o valor de impostos que se paga, conforme afirma o Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade (IRBES).

Em um contexto federativo, não há uma distribuição igualitária das receitas tributárias, de modo que inexiste um sistema justo em favor das unidades federativas economicamente mais frágeis ou menos privilegiadas, o que dificulta o acesso, por parte do cidadão, aos serviços públicos com o padrão mínimo de qualidade e que deveria ser disponibilizado através da cobrança desses impostos.

Se compararmos com os países europeus, lá a tributação é mais justa, uma vez que ocorre principalmente sobre a renda, para depois recair sobre as contribuições sociais e, por último, sobre o consumo. Infelizmente, temos uma carga tributária de país europeu, acima de 30% da renda, mas uma estrutura fiscal que privilegia mais os ricos do que às classes média e baixa, visto que a tributação sobre o consumo pesa mais sobre a população de menor renda, ou seja, faz com que quem ganhe menos acabe pagando mais tributos, pois não se tem como diferenciar tributação sobre alimentos que é pago pelo pobre ou pelo rico, já que ela é exatamente a mesma – o que acaba tornando o sistema tributário injusto.

Devemos construir a consciência de que os impostos têm a finalidade de fomentar o desenvolvimento social e de financiar os serviços públicos, e quando aplicados de forma correta – em educação, saúde, saneamento básico e tantos outros serviços necessários à população – proporcionam um desenvolvimento econômico-social que nos levará ao grupo dos países desenvolvidos, em que economia e qualidade de vida são equivalentes.

Cabe a nós cobrar que as aplicações sejam feitas de forma coerente.

A Associação Comercial de Pernambuco em parceria com a Faculdade Maurício de Nassau promovem a primeira edição do Dia da Liberdade do Imposto em Pernambuco, comemorado nesta sexta-feira (25). De acordo com a associação, o brasileiro passa 152 dias, o correspondente a cinco meses, trabalhando para pagar os impostos referentes ao ano inteiro.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) aderiu à mobilização do Dia da Liberdade do Imposto em PR e participar com 29 estabelecimentos oferecendo pratos sem impostos, o que pode reduzir até 50% do valor total cobrado. A ação é uma forma de conscientizar a população sobre a cobrança de impostos em demasia. O coordenador do Instituto Maurício de Nassau, Sérgio Murilo, fala da importância de conscientizar a população sobre o pagamento da alta carga tributária.

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O Dia da Liberdade de Impostos em Pernambuco é uma realização da Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Associação de Jovens Empresários (Aje), Associação Comercial de Pernambuco (ACP), com apoio da Faculdade Maurício de Nassau, Movimento Pro Criança, Instituto Millenium e Movimento Brasil Eficiente.  

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A presidente Dilma Rousseff disse em Nova Délhi que tem consciência de que o Brasil precisa reduzir a carga tributária e que está se empenhando nesse sentido. "Tenho consciência de que o Brasil precisa reduzir a carga tributária. Farei o que for possível para reduzi-la", disse a presidente, em entrevista em Nova Délhi, onde participa da reunião do Brics, grupo integrado pelo Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul. Ela observou, no entanto, que há muitos aspectos na reforma tributária. "Tomamos medidas pontuais para que, no conjunto, a desoneração seja possível", disse.

Dilma confirmou que assim que chegar ao Brasil anunciará um conjunto de medidas. "Elas (as medidas) têm por objetivo justamente assegurar, através de questões tributárias e financeiras, maior capacidade de investimento para o setor privado", disse a presidente, que não deu mais detalhes.

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Ela disse que, assim como os empresários, ela também reclama muito do sistema tributário. E admite até que, no futuro, seja possível encaminhar uma reforma global. No momento, afirmou, o governo toma medidas pontuais "que permitam que no conjunto se crie uma desoneração maior dos tributos no País".

O Brasil precisa de uma reforma tributária urgente. A frase já é um clichê, mas é certo que o País tem uma das maiores cargas tributárias do mundo. Subindo quatro posições no ranking dos países com maior valor pago pelos contribuintes em 2009, o Brasil alcançou o 14º lugar. O Governo Federal compara o Brasil com outras economias e considera o valor justo. Mas justamente se fazendo a comparação, é possível verificar que a colocação do Brasil é, na verdade, vergonhosa.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), a arrecadação de tributos no país correspondeu, durante o ano de 2009, a 34,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Ainda estamos atrás de países como Dinamarca (48,4%), Suécia (46,4%), Itália (43,5%) e França (41,9%), por exemplo, mas nesse caso estamos falando de países que oferecem contrapartida ao cidadão. No ano anterior, em 2008, o Brasil, que ocupava a 18ª colocação no ranking, contava com uma carga de 34,7%.

Se há um fato positivo na posição brasileira é que a base de comparação foi menor no ano estudado. Em 2009, a redução da atividade econômica e o corte de tributos por conta da crise financeira mundial geraram um declínio na arrecadação tributária em comparação ao PIB - ou seja, na carga tributária - na maior parte dos países verificados, na comparação com 2008. Dentre os países que apresentaram essa queda estão o Chile (de 22,5% em 2008 para 18,2% em 2009), México (de 21% em 2008 para 17,5% em 2009) e Grécia (de 32,6% em 2008 para 29,4% em 2009).

Foram poucas as nações que registraram aumento na carga tributária no ano de 2009, a exemplo de Luxemburgo (de 35,5% em 2008 para 37,5% em 2009), Suíça (de 29,1% em 2008 para 30,3% em 2009) e Eslovênia (de 37,2% em 2008 para 37,9% em 2009). No entanto, o Brasil não escapa de possuir uma das mais altas cargas tributárias do mundo.

Segundo o presidente Lula, durante seu governo, a carga de impostos foi reduzida, desonerando o empresariado em quase R$ 100 bilhões. O presidente ainda disse que esse processo deve continuar, de acordo com a ampliação da base de contribuintes. Mas Lula defende que é justo o valor pago pelos brasileiros, alegando que é necessário para o País obter recursos para promover políticas públicas. O presidente tem o seguinte argumento: aqui mesmo na América Latina, há estados cuja carga tributária é de 9% do PIB.

Está certo que o valor não permite ao estado que arrecada cerca de 9%  faça bons investimentos em educação, saúde ou infraestrutura. Mas o Brasil não pode se comparar aos mais fracos. Hoje, pelos dados do IBPT, cada cidadão brasileiro precisar trabalhar cerca de 150 dias, o que corresponde a cinco meses do ano, somente para custear a cobrança de tributos do governo. Mas, como se não bastasse, o brasileiro ainda tem que trabalhar outros quase cinco meses somente para pagar, desta vez ao setor privado, os serviços essenciais que o governo deveria garantir.

Não tem nada de justa a onerosa carga tributária paga pelos brasileiros. O Brasil tem o 14º valor mais elevado, mas além disso o problema é mais grave. Além de pagarmos uma conta cara, não temos os serviços que deveriam nos ser oferecidos. A colocação do Brasil por si só não seria vergonhosa se o brasileiro usufruísse do dinheiro pago. O Governo Federal defende que é necessária uma alta arrecadação para a realização de políticas públicas? Então onde estão esses investimentos?

 

O custo financeiro das obrigações tributárias ainda é considerado muito alto por grande parte dos empresários brasileiros. Segundo Consulta Empresarial realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), para 60,3% dos empresários entrevistados, os impostos pagos consomem mais de 20% do faturamento. Na avaliação por porte de empresa, o impacto é maior nas de médio porte. Em 63,1% delas, os tributos recolhidos superam 20% do faturamento. No caso das empresas de pequeno e de grande porte, esse porcentual cai para 59,1% e 57,7%, respectivamente.

De acordo com a pesquisa, mais de 40% das indústrias do País têm o fluxo de caixa afetado porque pagam impostos antes de receberem pelas vendas. Para 41,1% das empresas, o prazo médio de recebimento das vendas é superior a 45 dias. Outras 33,5% das empresas entrevistadas recebem por suas vendas, em média, entre 31 e 45 dias; e 22,4% recebem por suas vendas, em média, em até 30 dias.

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Por outro lado, o prazo de recolhimento dos tributos federais que mais afetam o fluxo de caixa das empresas, como contribuições previdenciárias, PIS e Cofins, é de 35 dias e 40 dias, respectivamente.

Para a CNI, isso significa que os prazos de recolhimentos dos tributos continuam afetando a competitividade da indústria nacional. "Os tributos têm um peso grande sobre o faturamento. Isso reforça a importância do governo recolhê-los, no mínimo, no mesmo prazo que as indústrias recebem pelas vendas", destaca o economista da CNI Márcio Sérgio Carraro.

ICMS

Entre todos os tributos recolhidos, 53,1% das empresas entrevistas apontaram o ICMS como aquele que mais impacta o fluxo de caixa. O impacto do recolhimento é maior ainda nas grandes empresas (56,7%). Segundo o economista da CNI, isso se explica porque, além do prazo médio para recolhimento do ICMS ser menor, ele é o que tem maior peso na carga tributária.

A pesquisa da CNI perguntou ainda sobre quais tributos precisariam ter o prazo de recolhimento ampliado. Para 50,7% dos entrevistados, é o ICMS.

As contribuições previdenciárias foram apontadas por 48,9% dos entrevistados como o tributo federal que tem maior efeito no fluxo de caixa das empresas, com maior impacto para as empresas de menor porte. Entre as grandes empresas, 37,1% apontaram esse tributo como de grande impacto; entre as pequenas, 50,9%; e entre as médias, 51,7%.

O PIS e a Cofins aparecem em terceiro lugar entre os tributos que mais impactam o fluxo de caixa das empresas. Essa opção foi marcada por 42,1% das empresas pesquisadas. Ao contrário das contribuições previdenciárias, neste caso, as grandes empresas são as que mais sentem o impacto do recolhimento do PIS e Cofins.

A Consulta Empresarial foi feita entre os dias 20 e 28 de junho, com 594 empresas industriais, sendo 291 pequenas, 206 médias e 97 grandes.

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