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Nos finais de semana a primeira parada da Avenida Antônio de Góes continua cheia, os coletivos lotam rapidamente e os seguranças contratados pelas empresas de ônibus permanecem por lá. Mas nesse domingo (14), eles não portavam os cassetetes – atitude noticiada pelo LeiaJá.
##RECOMENDA##O questionamento sobre a legalidade do uso da arma foi levantado pelo Portal em novembro. Durante uma passada rápida pelo local no dia 16 do mês passado, a equipe observou que, do grupo, pelo menos dois homens de colete laranja e sem identificação portavam o cassetete.
Os vigilantes prestam serviço para duas empresas de ônibus: Borborema e Mobibrasil Transportes. Segundo a Urbana-PE, Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco, os homens são contratados pelas companhias para orientar os usuários.
Na ocasião flagrada pelo LeiaJá, os vigilantes que portavam os cassetetes prestavam serviço para a Mobibrasil Transportes. A empresa garante que nunca recomendou a utilização de qualquer tipo de objeto e que a função deles é apenas orientar o passageiro. Sobre a ausência da arma neste domingo, A Urbana-PE afirmou que não houve mudança no posicionamento da empresa, já que a orientação sempre foi a de não usar.
Baseado na matéria publicada pelo Portal LeiaJá, o vereador Raul Jungmann (PPS) protocolou no Ministério Público uma ação de investigação contra empresas de ônibus, no dia 4 de dezembro. A Promotoria de Transporte do Ministério Público de Pernambuco irá investigar o caso.
Em nota, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) explicou que já "foi expedido um ofício para que o Grande Recife se pronuncie sobre as denúncias apresentadas dentro de 10 dias úteis. O prazo ainda está em validade".
Armados ou desarmados, a população continua aprovando a presença dos vigilantes nas paradas de ônibus e justificam que eles inibem a ação de vândalos. “Eu moro na Brasília e aqui é sempre tumultuado nos domingos. Com os seguranças melhorou muito. Eles fiscalizam e não deixam fazer bagunça”, afirma a auxiliar de cozinha Ana Lúcia, de 32 anos.
A dona de casa Rose Moreira, 36, conta que presenciou um princípio de tumulto no último domingo que esteve na Praia do Pina, que foi controlado pelos próprios seguranças. “Quando o ônibus parou muita gente correu e foi aquela confusão. Mas os seguranças controlaram tudo”.