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Hospitais da capital e do interior de São Paulo estão com enfermarias infantis e unidades de terapia intensiva (UTIs) lotadas, por causa de um novo aumento nos casos de doenças respiratórias, incluindo a Covid-19. Alguns centros médicos da rede pública já recorreram à central de regulação do Estado por falta de capacidade para receber novos pacientes. A entrada do inverno e o retorno às aulas presenciais depois da pandemia agravam o quadro. Há também falta de medicamentos nas farmácias.

Na capital paulista, a taxa de ocupação de leitos pediátricos se manteve em torno de 90% ao longo da semana passada. A Prefeitura, por meio da Secretaria da Saúde (SMS), informou que dispõe de 372 leitos de enfermaria pediátrica e 131 de unidades de terapia intensiva (UTIs) para este público nos hospitais municipais. Nesta sexta-feira, segundo a pasta, 347 leitos de enfermaria pediátrica estavam ocupados, índice de 94%. Já as UTIs pediátricas estavam com 111 ocupações, representando 85%.

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A SMS informou que o Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, referência 24h no atendimento de crianças e adolescentes, apresentava taxa de ocupação da UTI pediátrica de 90%. "A SMS esclarece que a taxa de ocupação é dinâmica e pode variar ao longo do dia. Com a chegada das baixas temperaturas do inverno, é esperado aumento nos atendimentos e internações por doenças respiratórias, principalmente por vírus sincicial respiratório e o da Covid-19. A rede municipal está preparada para atender a população."

Desde abril, o Hospital Universitário (HU) da Universidade de São Paulo (USP) está com as alas pediátricas lotadas. Segundo informou, as UTIs têm pacientes menores de 1 ano de idade, com quadro grave de insuficiência respiratória. Na quarta-feira, o HU precisou fechar o pronto-socorro infantil por seis horas por superlotação de pacientes com problemas respiratórios. O atendimento só foi retomado depois da transferência de crianças para outros hospitais.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, a principal causa das internações são os vírus que causam doenças respiratórias, como resfriado, bronquite e até pneumonia. Os casos costumam aumentar nessa época do ano, entre o fim do outono e a entrada do inverno. Conforme a pasta estadual, a demanda alta exige monitoramento permanente do cenário epidemiológico, com base nos indicadores, principalmente os de internação, que são avaliados em tempo real. "Além de fortalecer os serviços de saúde estaduais para atender pacientes com covid-19 e outras patologias, a pasta mantém diálogo com gestores regionais para análises técnicas e definição das estratégias assistenciais. Vale lembrar que, neste período, com a chegada do inverno, é comum o aumento dos sintomas gripais, que causam doenças sazonais e maior procura pelos serviços", informou.

Rede privada

Hospitais da rede privada da capital também enfrentam a alta de demanda de pacientes pediátricos. No Sabará, a taxa de positividade para vírus respiratórios era de 73% nesta sexta-feira, considerada elevada. Os testes detectaram 18 vírus respiratórios e, entre os mais apontados, estavam adenovírus, bocavírus, rinovírus e o sincicial respiratório. Ali, os casos e as internações por Covid-19 voltaram a crescer nas três últimas semanas, atingindo os mesmos patamares de janeiro deste ano. Só nesta semana, dos 132 pacientes "positivados" para Covid-19, 15 ficaram internados.

O pediatra Felipe Lora, diretor técnico do hospital, disse que a demanda costuma ser mais exacerbada neste período do ano, pela sazonalidade das doenças respiratórias. "Hoje, a covid não é o principal problema, e sim as bronquiolites causadas por outros vírus." Ele acredita que, com as férias escolares, os casos devem cair em julho. "Vamos ter menos aglomeração." O mesmo ocorre no Hospital Santa Catarina Paulista, que tinha nesta sexta-feira 55 pacientes pediátricos internados. Do montante, 21 estavam em UTI.

Interior

O interior também enfrenta aumento na procura por leitos infantis. O Hospital da Unicamp, em Campinas, que é referência regional, estava com 100% de ocupação dos leitos pediátricos nesta sexta. Já na rede do SUS Municipal de Campinas, a ocupação de leitos pediátricos de UTI estava em 76,4%. Pela manhã, pacientes denunciaram a demora no atendimento no Hospital Municipal Mário Gatti, que faz parte do SUS Municipal. A Guarda Municipal até precisou ser chamada. Em nota, a rede informou que a equipe está completa, mas a unidade enfrenta sobrecarga.

Falta de medicamento prejudica mais crianças

O diretor do Sabará Hospital Infantil, Felipe Lora, apontou a falta de medicamentos nas farmácias como um dos problemas decorrentes da alta na incidência de vírus respiratórios. "Nosso PS (pronto-socorro) prescreve um remédio, o paciente vai à farmácia e não acha. O que temos feito é trocar a receita."

Um levantamento divulgado pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) apontou que mais de 98,5% dos farmacêuticos confirmaram problemas de desabastecimento. Desses, 10,2% são do setor público. Mais de 90% citaram a falta de antimicrobianos (entre os mais citados, amoxicilina e azitromicina); 76,56% com a falta de medicamentos mucolíticos (entre os mais citados, acetilcisteína e ambroxol); 68,66% com a falta de medicamentos anti-histamínicos (entre os mais citados, dexclorfeniramina e loratadina); 60,59% com a falta de medicamentos analgésicos (como dipirona, ibuprofeno e paracetamol).

Segundo Marcelo Polacow, presidente do CRF-SP, as crianças são as que mais têm sofrido. "Os medicamentos em falta são principalmente em suas formulações líquidas, o que prejudica em especial a população pediátrica."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a chegada do frio, hospitais em Estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Pernambuco têm visto uma explosão de crianças internadas. A causa principal são vírus respiratórios, comuns nesta época. A diferença neste ano, dizem médicos, é que um número alto de bebês e crianças teve contato com esses vírus ao mesmo tempo, após dois anos de pandemia em que ficaram isoladas em casa. O resultado é de sobrecarga: faltam leitos de UTI, se formam filas e já houve mortes de bebês à espera de uma vaga.

O Sabará Hospital Infantil, na capital paulista, adotou um plano de contingência para fazer frente ao volume excessivo de atendimentos em seu Pronto Socorro, devido ao pico de doenças respiratórias sazonais nesta época do ano (março a junho), somada à falta de leitos na cidade. O plano de contingência "permite aumentar a segurança no cuidado das crianças, de modo que todos recebam atendimento médico conforme seu risco de piora clínica (determinada por enfermeiro em até 15 minutos da chegada), considerando também limitações estruturais de número de leitos", informou em nota.

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Segundo o Sabará, parte desse plano este ano incluiu a abertura temporária de leitos externos, e o aumento em 20% de leitos de internação para cuidados intensivos, totalizando 133 leitos dedicados apenas a internação pediátrica. Na noite desta quarta-feira, 25, o serviço encontrava-se com 95% de ocupação, valor alto em relação ao ideal de rotina hospitalar.

Os motivos de busca que têm pressionado o atendimento, ainda segundo o hospital, são a bronquiolite e as síndromes gripais, dentre essas últimas a Covid-19 que apresentou aumento significativo nas últimas semanas, junto com outros vírus (rinovírus, metapneumovírus e enterovírus, bocavírus). "Em compromisso com a saúde infantil, ainda, temos um plano de expansão já em andamento para o próximo triênio", informou.

No interior paulista, as regiões de Campinas, Franca e Araçatuba têm alas pediátricas lotadas. Na segunda-feira (23), o prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), se reuniu com representantes da Secretaria Estadual de Saúde e, segundo ele, foi definida a instalação de 70 leitos de enfermaria pediátrica e UTI neonatal na região. O cronograma ainda será definido.

"Abrimos mais leitos, mas a situação segue crítica, por isso fizemos cobrança ao governo do Estado, que se prontificou a abrir mais vagas. O momento é delicado", disse Saadi, que fez apelo para que as crianças sejam vacinadas contra gripe e sarampo.

Segundo o último balanço da prefeitura, 66 crianças estão internadas em leitos de enfermaria, 11 esperam por vaga e recebem assistência nos prontos-socorros. Mais de 30% dos pacientes que chegam à cidade são de outros municípios. No Hospital da Unicamp, 0s 20 leitos de UTI infantil estavam ocupados nesta quarta.

Em Araçatuba, a Santa Casa estava com 100% de ocupação de leitos na enfermaria pediátrica - o número de leitos já oi ampliado de 19 para 26. Conforme o hospital, 21 crianças aguardavam vaga e a prefeitura também pediu socorro ao Estado.

Em Franca, o pronto-socorro Infantil Magid Bachur Filho convive com a superlotação desde a semana passada, quando crianças e bebês tiveram de esperar até seis horas pelo atendimento. Conforme a Secretaria de Saúde, uma média de 462 atendimentos tem sido registrada neste mês na unidade, que tem cerca de 11 médicos, no plantão diurno e noturno. Também haverá reforço de 18 enfermeiros, aprovados em concurso público feito neste ano.

A Secretaria da Saúde paulista disse estudar a criação de vagas. "É importante salientar que a abertura de novos leitos não é prerrogativa apenas do Estado, mas também dos municípios e da União", destaca, em nota. Conforme a pasta, São Paulo tem cerca de 600 leitos pediátricos de enfermaria, com ocupação de 49,8%, e aproximadamente 300 de UTI (43,8%).

Recém-nascida morre após esperar UTI por 5 dias

Em Pernambuco, a fila de espera por leito de UTI, para crianças até cinco anos, tinha 228 nomes nessa quarta-feira e era a maior dos últimos dois anos, conforme a Secretaria da Saúde do Estado. Conforme a pasta, o número de vagas na terapia intensiva quase triplicou na comparação com a oferta na mesma época de 2021, mas o número de solicitações já é praticamente quatro vezes maior. Na região metropolitana do Recife, dois bebês morreram à espera de vaga na terapia intensiva neste semana. O primeiro óbito, na segunda, foi de um menino de 11 meses, que aguardava na emergência pediátrica do Hospital Barão de Lucena e sofria de doenças respiratórias.

A segunda paciente era Giovanna Amélia, de 1 mês e 17 dias, de Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife Segundo a tia da menina, Lanna Luz, a recém-nascida sofreu uma parada cardiorrespiratória. "Ela deu entrada na UPA (pronto-atendimento) no dia 19. E só conseguiu transferência para o leito da UTI no dia 24. Quando ela estava esperando a ambulância, não resistiu", disse a parente.

Conforme a pasta da Saúde, Giovanna recebeu os cuidados necessários na UPA, mas sofreu parada cardiorrespiratória quando estava sendo transferida. Sobre o garoto, afirmou se solidarizar com a família e se colocar à disposição para esclarecimentos. O Ministério Público cobrou o governo estadual informações sobre o número pediatras no Hospital Barão de Lucena.

O Estado autorizou o reforço nas escalas dos plantões pediátrico e de fisioterapia nas UPAs: 90 profissionais - entre fisioterapeutas, fonoaudiólogos e pediatras - foram convocados. A pasta disse ainda ter aberto 60 leitos de UTI pediátrica, na capital e mais cinco cidades. É prevista para esta semana a criação de mais 20 vagas. Outro problema enfrentado pelos gestores é a dificuldade de encontrar profissionais especializados para montar novas equipes às pressas.

O infectologista Renato Kfouri, da Sociedade Brasileira de Pediatria, diz que todo outono tem alta expressiva de doenças respiratórias, sobretudo em crianças, já que o tempo seco é mais propício para a propagação do rinovírus, adenovírus e vírus sincicial respiratório, antecedendo a estação do vírus influenza (gripe). "Há um aumento natural nessa época, mas o que tem de diferente este ano é que houve aumento expressivo de casos em comparação com os dois últimos anos, em que não teve a circulação desses vírus", explica.

Segundo ele, o distanciamento social e o uso de máscaras por causa da covid-19 reprimiram a circulação das viroses. "Isso acumulou crianças nessa idade suscetíveis a esses vírus respiratórios", alerta. "Além do vírus da covid, que também acomete as crianças, em menor escala, mas ainda é bastante. Os sinais de alerta para buscar os serviços médicos, independentemente de qual seja o vírus, são falta de ar, cansaço, febre alta, tosse. São os sinais que os pais devem observar."

RS prevê telemedicina para conter crise

O governo do Rio Grande do Sul anunciou nesta quarta-feira um plano de contingência para dar conta da demanda hospitalar de emergências pediátricas. Porto Alegre, e várias cidades gaúchas estão com UTIs lotadas e têm filas de espera. O plano prevê a qualificação de até 100 leitos pediátricos intensivos com suporte a distância.

Conforme o governo gaúcho, o programa não visa a criar vagas, mas usar leitos já existentes que contam com suporte técnico a distância para atender como um leito intensivo. O Rio Grande do Sul tem 256 leitos pediátricos em UTI - 186 deles pelo SUS. O plano estadual prevê níveis de gravidade e respectivas respostas para cada nível.

Para dar suporte aos hospitais sem UTI, a equipe médica local terá apoio da telemedicina com um médico intensivista pediátrico, que discutirá os casos a distância, por telefone e vídeo. "Com isso, podemos até impedir que seja realizada transferência da criança para outro hospital de maior porte quando, com esse suporte, ela pode ter o atendimento no mesmo local onde já está", argumenta a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann.

Com alas pediátricas de ao menos três hospitais superlotadas, a prefeitura de Porto Alegre abriu 49 novos leitos para crianças. O Hospital Vila Nova, na zona sul, que não tinha leitos infantis, passou a oferecer 40 leitos para pediatria desde o último dia 17 para atendimento via SUS. Os hospitais Materno Infantil Presidente Vargas e o Restinga e Extremo-Sul também abriram vagas.

Segundo o diretor adjunto de Atenção Hospitalar e Urgências da Secretaria de Saúde de Porto Alegre, Francisco Isaías, de março de 2019 a março deste ano, foram reduzidos 109 leitos pediátricos na cidade. A reabertura de 107 leitos ocorre por meio parceria com prestadores do serviço. Parte deles é permanente, mas outros devem funcionar até setembro, na operação inverno.

Santa Catarina

Já Santa Catarina tinha nesta quarta sete crianças na fila de espera para leitos de UTI, seis delas devido a problemas respiratórios. A taxa de ocupação da ala de terapia intensiva pediátrica já havia alcançado 100% em algumas regiões na última sexta-feira, 20, o que levou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica e a Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado a publicarem nota reforçando as recomendações de prevenção contra doenças respiratórias.

O texto recomenda que a população complete os quadros de vacinação contra gripe e siga os protocolos de cuidado, como álcool 70% e uso de máscara - que deixou de ser obrigatório no estado desde o início de março.

A Secretaria da Saúde diz trabalhar junto às unidades hospitalares para abrir mais leitos de UTI e reforça a necessidade de elevar a cobertura vacinal. Não pretende, porém retomar medidas restritivas ou retomar obrigatoriedade das máscaras.

Um dos maiores cemitérios da cidade de São Paulo, o Cemitério da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte, suspendeu os sepultamentos por falta de espaço. A interrupção afeta os enterros da quadra geral, que representam a maior parte do serviço no local. A capital paulista convive com um aumento de mortes decorrentes da Covid-19.

A suspensão dos sepultamentos foi divulgada nesta terça-feira (30) pelo Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), que critica a gestão da Prefeitura sobre o Serviço Funerário Municipal. Para retomar os sepultamentos, o poder público deverá iniciar exumações, o que deve abrir novos espaços no cemitério.

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A unidade da Vila Nova Cachoeirinha era uma das quatro que estavam operando durante à noite para atender a demanda mais recente por sepultamentos. Dados da Prefeitura apontam que a cidade realizou 381 sepultamentos nesta segunda-feira (29). No domingo (28), o número chegou a 392, um a menos que os 393 da sexta-feira (26).

Em nota, a Prefeitura disse que o cemitério não foi fechado, pois continua funcionando para sepultamentos dos que possuem túmulos, no formato de concessão, e para enterros de crianças. "A informação de que o cemitério fará apenas exumação para abertura de novas vagas é improcedente, pois trata-se de um procedimento necessário, que é feito de forma regular de acordo com critérios previstos na legislação em vigor", informou a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB).

Ao Estadão, o secretário de imprensa do Sindsep, João Batista Gomes, reforçou que os sepultamentos para quem já possui túmulo representa uma minoria entre o serviço realizado cotidianamente no cemitério. Ele disse que os sepultamentos que antes ocorreriam no local devem passar para unidades do Perus ou Santana, também na zona norte.

O sindicato vê relação entre a suspensão e o que chama de sucateamento do serviço funerário. "O Sindsep há décadas alerta para a falta de investimento no Serviço Funerário Municipal de São Paulo e para o seu sucateamento", declarou o Sindsep em nota, cobrando a nomeação de concursados e a ampliação de investimentos em novos cemitérios públicos da cidade.

Um levantamento do governo de São Paulo aponta que 53 dos 105 municípios com leitos de UTI para pacientes com covid-19 estão com 100% de ocupação nesta quinta-feira, 11. A lista inclui cidades da região metropolitana da capital paulista, como Embu das Artes, Ferraz de Vasconcelos, Mairiporã, Carapicuíba e Poá, e também do interior, como Bauru, Ibitinga, Paulínia e Batatais.

O Estado enfrenta um agravamento da pandemia, com aumento de casos e recorde de óbitos e internações. Para leitos públicos, a última atualização divulgada pelo governo apontava 1.065 pessoas na fila de espera por uma vaga de internação, das quais cerca de 35% precisam de UTI. A maior parte dos 645 municípios paulistas não têm leitos de terapia intensiva e dependem de hospitais de referência regionais.

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O Estado enfrenta um agravamento da pandemia, com aumento de casos e recorde de óbitos e internações. Para leitos públicos, a última atualização divulgada pelo governo apontava 1.065 pessoas na fila de espera por uma vaga de internação, das quais cerca de 35% precisam de UTI. A maior parte dos 645 municípios paulistas não têm leitos de terapia intensiva e dependem de hospitais de referência regionais.

O aumento de hospitalizações de pacientes jovens tem preocupado o governo. "Hoje, em muitas UTIs, 50% da ocupação já é composta por pessoas com idade menor que 50 anos, ou seja, mais jovens estão sendo comprometidos. Quando digo isso, são jovens de 26, 29, 30 anos que ali estão em estado muitas vezes grave", destacou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, durante coletiva de imprensa.

O Estado tem 9.184 internados em UTI e outros 11.692 em leitos de enfermaria. Gorinchteyn reiterou que a pandemia tem um comportamento diferente do primeiro semestre de 2020, quando era predominante a internação de idosos e pessoas com doenças que "agravavam a condição clínica".

Ele voltou a dizer que a ampliação de vagas de internação não é suficiente neste momento. "Nós não podemos só ampliar leitos. Nós estamos fazendo, vamos fazer mais. Nós vamos dar assistência ao máximo que pudermos, mas todos fazem parte dessa história, todos são responsáveis para nós diminuirmos o número de mortes."

Na segunda-feira, 8, o governo havia anunciado 280 novos leitos, metade de UTI, enquanto, na semana anterior, foi divulgada a criação de 500 novas vagas, das quais 339 em terapia intensiva. Segundo o governo, o Estado tinha 3,5 mil leitos de UTI públicos antes da pandemia, número ampliado ao longo dos meses e que chegará a 9,2 mil até abril.

Nesta quinta-feira, o governo anunciou a instituição da "fase de emergência" no Estado, com novas restrições de atividades, com fechamento de praias, parques e escritórios, além de restrições para escolas e cultos religiosos."É de fundamental importância nós termos paciência neste momento. É muito difícil, depois de um ano, nós pedirmos paciência. Muitos deixaram de realizar os seus sonhos, tiveram o seu comércio absolutamente destruído, faliram, e nós estamos dizendo ainda 'paciência'. Mas nós temos de garantir o nosso maior patrimônio, que é a nossa vida", lamentou o secretário. "Nunca pedimos com tanto clamor: precisamos estar juntos."

Na coletiva, o governo exibiu um vídeo de UTIs lotadas em municípios paulistas, como Botucatu, Bauru, Itapecerica da Serra, Ferraz de Vasconcelos, Osasco, Piracicaba e Presidente Prudente, além da capital paulista (em distritos como Guaianazes, Vila Alpina e Ipiranga). "Faça sua parte", diz o encerramento da gravação.

Neste mês, ao menos 31 pessoas morreram à espera de um leito no Estado, das quais 11 ocorreram em Taboão da Serra e seis em Ribeirão Pires, ambos municípios da Grande São Paulo. A taxa de ocupação é de 87,6% em UTI no Estado, média que é de 86,7% na região metropolitana da capital. Em enfermaria, a ocupação é de 66,1% no Estado enquanto é de 74,2% na Grande São Paulo.

São Paulo bateu o recorde de internações de toda a pandemia na quarta-feira, com 2.690 novas hospitalizações relacionadas à doença em um único dia. O maior registro anterior era de sexta-feira, 5, com 2.484, que já superava o recorde de 2020, de 2.201 internações, em 15 de julho. A média móvel também é a maior de toda a pandemia, com 2.378 novas internações por dia, um aumento de 19% em relação à média da semana anterior.

Na terça-feira, 9, e na quarta-feira, 10, o Estado teve os dois maiores registros de óbitos pela doença em 24 horas, com respectivamente 517 e 469 mortes confirmadas. Em 2020, o pico foi de 455 registros em um dia, no mês de agosto. A média móvel também é a maior de toda a pandemia, com 319 registros diários. Isso significa um aumento de 32,3% em menos de duas semanas.

João Gabbardo, coordenador do Centro de Contingência, reforçou o cenário preocupante que São Paulo vive. "Se isso não for cumprido nos próximos 15 dias, nós não vamos conseguir acompanhar a velocidade da pandemia colocando mais leitos. Se não conseguirmos implementar essas medidas e não conseguirmos aumentar o isolamento social, muita gente vai morrer", comentou na coletiva.

"Muita gente com plano de saúde, com o melhor plano de saúde. Não vai ter leito nos hospitais privados. Empreendedores de sucesso morrerão. Com muito dinheiro na conta, mas morrerão. Assim como também morrerão trabalhadores informais, pessoas da classe média, todas. Não vai ter leito para todo mundo. E os médicos vão ter que optar por quem vai ocupar esses leitos", completou.

"Então, é fundamental que a gente receba todas as recomendações que temos agora. Essa é a única maneira que temos de nos proteger: isolamento social. Só sair de casa quem realmente tiver um motivo muito especial para sair. E, se sair, se proteja ao máximo e pelo mínimo de tempo possível. Não teremos milagres, não teremos soluções que possam ser implementadas nem por governo, nem ninguém. Nós não temos vacina para todo mundo, infelizmente."

Veja a lista de municípios que estão com 100% de ocupação em UTI para covid-19:

Arujá

Carapicuíba

Embu das Artes

Ferraz de Vasconcelos

Mairiporã

Poá

Rio Grande da Serra

Taboão da Serra

Andradina

Ilha Solteira

Penápolis

Américo Brasiliense

Ibitinga

Itápolis

Matão

Porto Ferreira

Avaré

Bauru

Cerqueira César

Jaú

Lençóis Paulista

São Manuel

Taquarituba

Amparo

Artur Nogueira

Itupeva

Louveira

Paulínia

Socorro

Sumaré

Valinhos

Morro Agudo

Adamantina

Garça

Osvaldo Cruz

Paraguaçu Paulista

Santa Cruz do Rio Pardo

Tupã

São Pedro

Batatais

Cajuru

Jaboticabal

Itapira

Mococa

São João da Boa Vista

Fernandópolis

Jales

Tabapuã

Capão Bonito

Itapetininga

Itapeva

Porto Feliz

Votorantim

Dezoito dos 26 Estados estão com mais de 80% dos leitos de UTI destinados ao tratamento da Covid-19 ocupados, o que indica a iminência de um colapso generalizado do sistema de saúde do País. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) defende a adoção imediata de lockdown (fechamento do maior número possível de atividades, liberando apenas o essencial) em locais acima de 85% e um toque de recolher nacional, das 20 às 6 horas.

O alerta de ocupação e risco de falta de leitos é da pesquisadora Margareth Portela, do Observatório Fiocruz Covid-19, que faz o levantamento para o boletim quinzenal da instituição. O novo boletim completo só sairá na semana que vem. Mas a pesquisadora adiantou a informação ao Estadão, diante da gravidade da situação. No relatório da semana passada, eram 12 os Estados em alerta. Segundo a Fiocruz, trata-se da pior situação registrada desde o início da pandemia.

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Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Tocantins, Amazonas, Rondônia, Acre e Roraima têm situação mais crítica. "Sem dúvida, este é o pior momento", afirmou Margareth Portela. "Houve momentos em que tivemos até 7 Estados na zona crítica. Com exceção dos Estados do Sudeste, do Amapá, Sergipe, Alagoas e Paraíba, todos os demais estão em vermelho."

No primeiro momento da epidemia, como lembra a pesquisadora, a situação mais grave estava restrita a Rio, São Paulo e, logo depois, ao Amazonas. "Em um segundo momento, a epidemia deu um alívio no Norte, no Nordeste e até no Sudeste, mas complicou nas Regiões Centro-Oeste e Sul", avaliou a pesquisadora. "No momento atual, a coisa está bem mais generalizada."

Alternativa

Ontem, o Conass defendeu a adoção imediata de lockdown nos Estados em que a ocupação dos leitos de Covid-19 tenha alcançado mais de 85% e um toque de recolher nacional, das 20 às 6 horas, em todo o País, incluindo fins de semana, além da suspensão do funcionamento das escolas para aulas presenciais. Na carta, os gestores também dizem que o Brasil enfrenta o pior momento da epidemia e criticam a falta "de uma condução nacional unificada e coerente" para a crise.

Os secretários de saúde pedem o recrudescimento das medidas de distanciamento social em todo o País, levando em consideração "a situação epidemiológica e a capacidade de atendimento de cada região, avaliadas semanalmente a partir de critérios técnicos". No caso dos Estados onde a ocupação dos leitos de Covid-19 ultrapasse 85%, os secretários pedem a adoção do nível máximo de restrição.

"O recrudescimento da epidemia em diversos Estados leva ao colapso de suas redes assistenciais públicas e privadas e ao risco iminente de se propagar a todas as regiões do Brasil", escreveram os secretários. "Infelizmente, a baixa cobertura vacinal e a lentidão na oferta de vacinas ainda não permitem que esse quadro possa ser revertido a curto prazo. O atual cenário de crise sanitária vivida pelo País agrava o estado de emergência nacional e exige medidas adequadas para a superação."

No comunicado, os gestores citam a proibição de eventos presenciais, como shows, cerimônias religiosas e eventos esportivos, a suspensão das atividades presenciais de educação no País, a adoção de trabalho remoto sempre que possível, a instituição de barreiras sanitárias nacionais e internacionais (considerando até o fechamento de aeroportos e a suspensão do transporte interestadual), a adoção de medidas para a redução da superlotação dos transportes, além do toque de recolher nacional.

"Entendemos que o conjunto de medidas propostas somente poderá ser executado pelos governadores e prefeitos se for estabelecido um 'pacto nacional pela vida', que reúna todos os poderes, a sociedade civil, representantes da indústria e do comércio, das grandes instituições religiosas e acadêmicas do País, mediante explícita autorização e determinação legislativa do Congresso Nacional."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pelo terceiro dia seguido, o Estado de São Paulo bateu o recorde de internações por covid-19 em UTI desde o início da pandemia, chegando a 6.657 pacientes com suspeita ou confirmação da doença em terapia intensiva nesta quarta-feira, 24. O aumento é visto também na média diária de novas hospitalizações, cuja parcial desta semana é de 1.678, o que representa um aumento de 15,1% em cerca de 10 dias.

A situação preocupa o governo João Doria (PSDB), que anunciou uma medida de "restrição de circulação" a partir da sexta-feira, 26, para autuar aglomerações em todos os municípios do Estado. A determinação é válida até 14 de março, mas pode ser estendida, conforme foi destacado em coletiva de imprensa.

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O coordenador do Centro de Contingência Contra a Covid-19, o médico Paulo Menezes, descreveu o cenário como "bastante preocupante". Segundo ele, se a tendência atual se mantiver, o Estado poderá ter um esgotamento de leitos de UTI em três semanas.

Menezes acredita que a situação deriva especialmente das aglomerações registradas nos últimos 10 dias, especialmente no carnaval, mas também pode ter sido intensificada por outros fatores, como a circulação de variantes do coronavírus com maior capacidade de contágio, como a de Manaus.

Já o coordenador executivo do centro de contingência, João Gabbardo, destacou que é preciso estar atento aos indicadores porque outros Estados que hoje estão com os sistemas de saúde colapsados ou próximos deste cenário tiveram um incremento rápido de internações, a exemplo do Amazonas e do Rio Grande do Sul. "É muito preocupante o que vem ocorrendo (em São Paulo)", lamentou.

A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 69% no Estado, média que chega a 69,3% na Grande São Paulo. "Lembrem-se que, nas últimas semanas, a Grande São Paulo tinha margem maior de distanciamento do interior, hoje a Grande São Paulo supera as taxas de ocupação de terapia intensiva", salientou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn.

Ao todo, o Estado tem 2.002.640 casos e 58.528 óbitos confirmados por coronavírus. Enquanto as internações aumentaram, os registros de óbitos e casos tiveram uma leve queda. Para o secretário, isso se deve ao represamento de testes de covid-19 (os dados de hospitalizações contabilizam tanto pacientes suspeitos quanto confirmados da doença), especialmente no carnaval. "Muito possivelmente, nós tenhamos esse aporte tanto para casos quanto para óbitos nos próximos dias."

Na coletiva, Doria também atualizou o cronograma de entrega da Coronavac, vacina contra a covid-19 criada pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan. Segundo ele, nesta quarta-feira, foram enviadas 900 mil doses do imunizante ao Ministério da Saúde.

Na quinta-feira, 25, e na sexta-feira, 26, por sua vez, serão entregues 600 mil unidades por dia, mesmo número que será enviado no domingo, 28. Outra remessa de 600 mil doses está prevista para a terça-feira, 2, enquanto mais duas, de 500 mil e 600 mil, estão marcadas para os dias 4 e 5 de março, respectivamente.

Para os meses seguintes, a previsão é chegar às 46 milhões de doses até o fim de abril e, ainda, totalizar 100 milhões de vacinas até 30 de agosto. Segundo acrescentou Gorinchteyn, o recebimento de insumos da China está normalizado e, em breve, o Butantan passará a produzir 1 milhão de imunizantes diariamente.

Pela terceira vez, no período da pandemia, o governo paulista decidiu na terça-feira (22) pelo retrocesso da região de Presidente Prudente à fase vermelha, caso único em todo o Estado que terá restrição total e contínua de hoje até o dia 7. A cidade de Presidente Prudente, em específico, não tem mais nem vagas de UTI.

Conforme o secretário Municipal de Saúde, Valmir da Silva Pinto, por se tratar de polo de região e referência para 45 municípios, a situação "é muito preocupante". "A taxa de ocupação de leitos está apurada em 93% para UTI e em 70,41% para leitos de enfermaria, isso na região. Porém, no caso específico do município, a ocupação já atingiu 100%. Se falarmos em leitos clínicos, a ocupação está na casa de 72% na região e 76% no município, isso na Santa Casa e no Hospital Regional, pois nos hospitais particulares já chegamos também a 100%."

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Segundo ele, há necessidade de transferências. "Já temos pacientes de plano de saúde nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) que estão em observações e alguns até entubados à espera de vagas."

A auxiliar administrativa Maria Helena de Souza, de 33 anos, residente no Bairro Ana Jacinta, conta que precisou do atendimento para a mãe de 61 anos, que apresentava sintomas da covid-19, mas teve dificuldades. "Minha mãe teve os sintomas e nós rapidamente procuramos atendimento na Santa Casa, porém tinha muita gente e a espera era do lado de fora. Escutamos comentários de que não existia vaga para o tratamento, então decidimos ir para a UPA onde fomos atendidos. Mas, felizmente, minha mãe fez o exame e testou negativo", contou.

Presidente Prudente, que conta com 230.371 habitantes, tem atualmente 38.312 notificações, sendo 27.969 negativos e 9.212 positivos. Desses casos, foram registrados 182 mortes e outros 1.131 seguem aguardando diagnóstico, seja por resultado de exame laboratorial, clínico ou por imagem, ou até mesmo encerramento de ficha no sistema. Atualmente a cidade apresenta 73 moradores hospitalizados, sendo 27 em unidades de terapia intensiva.

Narguilé

O secretário municipal de Saúde disse também que a população precisa colaborar. "O Brasil paga pela falta de sensibilidade da população. A prefeitura publicou um decreto proibindo o consumo de bebidas e de narguilé em locais públicos. Mas, se não houver a colaboração do cidadão, vamos ter uma luta inglória. Nessas datas festivas, vamos contar com o apoio da Polícia Militar e intensificar a fiscalização."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mesmo diante dos registros diários de casos de coronavírus em Pernambuco, que já registra 113.183 contaminados e 7.210 mortes por conta da doença, o Estado segue ampliando a flexibilização de vários setores da economia. No entanto, essa retomada, que provoca mais gente na rua, não está ocasionando o retorno de 100% da frota de ônibus na Região Metropolitana do Recife. Ou seja, mais gente, menos ônibus e mais aglomeração.

A última vez que o Grande Recife Consórcio de Transporte ampliou o percentual de ônibus que circula na RMR foi no dia 20 de junho. Diante disso, a população vem sofrendo com a precariedade do serviço, sendo obrigada a se locomover, muitas vezes, em veículos lotados, ficando vulneráveis à contaminação.

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Nas ruas do Centro do Recife, o LeiaJá conversou com as pessoas para saber como está sendo a rotina de quem precisa desse tipo de transporte.

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Posicionamento do Grande Recife

O Grande Recife informa que, mesmo com a retomada de alguns setores da economia, tem registrado uma demanda de passageiros nas linhas da Região Metropolitana que permanece na casa dos 50%. Em contrapartida, o Consórcio tem disponibilizado 70% da frota de ônibus. Esse cálculo é feito sempre com base na procura pelos coletivos como transporte público. Fiscais e técnicos do Grande Recife continuam acompanhando, diariamente, a programação e fazendo os devidos ajustes. Inclusive, reativando linhas que haviam sido temporariamente desativadas devido à queda no número de usuários transportados. Com relação à lotação, o Consórcio vem cobrando das empresas operadoras e autuando aquelas que descumprem a portaria 074 que trata da lotação máxima permitida nos ônibus neste período de pandemia.

Policiais militares e equipes do Grande Recife Consórcio de Transporte vão montar blitz, nesta quinta-feira (28), em alguns dos principais corredores viários da Região Metropolitana do Recife (RMR) para fiscalizar o cumprimento das medidas sanitárias no transporte público. A fiscalização vai verificar o uso obrigatório de máscaras, o distanciamento entre as pessoas e o respeito à capacidade máxima dos ônibus, além de distribuir máscaras a quem não possui.

 As blitz vão ocorrer no Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e São Lourenço da Mata, cidades que estão em quarentena. A ação seguirá até o próximo domingo (31), quando está previsto o encerramento do lockdown nos cinco municípios.

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 Serão nove equipes distribuídas em corredores de grande fluxo. "Nossa ação tem como foco o período da tarde e noite, nos horários de pico da volta pra casa. Além das abordagens com o objetivo sanitário, como a justificativa para estar circulando, o distanciamento entre as pessoas e também fornecendo máscaras aos passageiros, estaremos fazendo consultas dos aparelhos no sistema Alerta Celular e outros procedimentos de rotina que previnem crimes e trazem segurança à sociedade", comenta o major Jean Cândido de Melo, coordenador da Operação Transporte Seguro.

 Segundo a PM, durante 12 dias da Operação Quarentena, forças de segurança pública de Pernambuco, em parceria com as prefeituras, realizaram mais de 143 mil abordagens a veículos, orientaram mais de 200 mil pessoas e fiscalizaram cerca de 31 mil estabelecimentos. Nesta quinta-feira, há 1656 policiais e bombeiros atuando exclusivamente na Operação Quarentena e na Choque de Ordem, 60% a mais do que o empregado nos primeiros dias. Diariamente, são montados 61 pontos de bloqueio em ruas e avenidas, assim como estão nas ruas 86 equipes da Operação Choque de Ordem, que fiscaliza o comércio e demais estabelecimentos não essenciais que devem permanecer fechados durante a quarentena.

Com 1.930 casos do novo coronavírus confirmados e 90 mortes, o Rio Grande do Norte está com ocupação máxima dos leitos públicos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes graves com Covid-19 nas duas principais cidades, Natal e Mossoró . A informação foi confirmada nesta segunda-feira (11) pelo secretário adjunto da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), Petrônio Spinelli.

Segundo ele, dez pacientes estão em estado grave da doença, mas não conseguem vagas em leito de UTI ou semi-intensivo. Destes, dois foram considerados com quadro de saúde "muito grave". "Esses dez casos precisavam estar em hospitais, em UTIs ou leito semicrítico", disse. Hoje, esses pacientes estão em leitos de estabilização (com respirador mecânico) em unidades municipais. Por isso, o secretário adjunto justificou que o Rio Grande do Norte não está em colapso, mas em um estado de "superlotação".

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"A diferença é que o colapso representa o momento a partir do qual os pacientes vão chegar em pronto-socorro e hospitais e não vai haver respiradores para atendê-los", afirmou Spinelli. Em Natal, todos os leitos com respiradores mecânicos de hospitais estaduais estão ocupados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em um ofício encaminhado nesse sábado (2) ao presidente da Caixa Econômica Federal - CEF, Pedro Duarte Guimarães, o Governo de Pernambuco colocou à disposição da instituição a estrutura do Centro de Convenções e as escolas  públicas de ensino da Região Metropolitana para serem utilizadas como locais de orientação sobre o auxílio emergencial. O governador Paulo Câmara gravou um pronunciamento e solicitou que o Ministério da Saúde apoie as medidas para aumentar o isolamento social no Grande Recife.

No mesmo documento, Paulo Câmara solicita que a CEF abra negociações com outros bancos para que o pagamento do auxílio emergencial seja feito também por outras instituições bancárias. Um ofício com as mesmas solicitações foi enviado à Federação Brasileira de Bancos – Febraban. O governador se prontificou a disponibilizar o aparato policial do Estado para garantir a segurança nesses locais.

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Em um documento encaminhado ao Ministério da Saúde, o governador de Pernambuco solicitou apoio para implantação de medidas mais vigorosas e o reconhecimento público da necessidade do endurecimento do distanciamento social na Região Metropolitana do Recife. Essa área concentra 90% dos casos confirmados de Covid-19 no Estado.

“Chegamos a um ponto extremamente crítico. Nosso sistema de saúde está sobrecarregado e não há outra alternativa a não ser reforçarmos de forma vigorosa o distanciamento social”, destacou Paulo Câmara.

Da assessoria

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), anunciou no sábado, 18, que renovará o período de distanciamento social em todos os municípios. O Estado é o terceiro mais afetado pela pandemia do novo coronavírus no País, com 3.034 casos confirmados e 176 mortes.

O decreto em vigor tem validade até segunda-feira, 20, mas ainda não foi divulgado o período da já anunciada prorrogação da quarentena contra o avanço do covid-19.

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"Informo aos cearenses que haverá renovação do atual decreto estadual em vigor no Ceará. Estou definindo com nossa equipe de especialistas por quanto tempo mais essas medidas de distanciamento social vão continuar em nosso estado. Vidas em primeiro lugar. Sempre", afirmou o governador em postagem nas redes sociais.

Na quinta-feira, o Ceará estava com todos os leitos de UTI ocupados. A estimativa do governo é que a capital, Fortaleza, comece a registrar 250 mortes por dia a partir de maio.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o secretário de Saúde do Ceará, Dr. Cabeto, disse que a situação também é preocupante em relação à quantidade de respiradores e de equipamentos de proteção individual, como máscaras e luvas.

O governo de São Paulo estima que as unidades de terapia intensiva (UTIs) do Estado para pacientes de Covid-19 estarão lotadas até maio com o avanço da pandemia. Já os leitos emergenciais, instalados para evitar o colapso do sistema, devem ficar cheios até julho, diz a gestão João Doria (PSDB). Diante da pressão crescente nos hospitais, a Polícia Militar, em parceria com a Vigilância Sanitária, começou a atuar no fechamento de estabelecimentos comerciais que desrespeitem a quarentena. Os agentes também estão orientados a circular pelos bairros pedindo à população para ficar em casa.

Cerca de 50% de todos os leitos de UTI do Estado já são ocupados por pacientes de Covid. "Temos de entender que, se mantivermos esse grau de isolamento social (o índice de paulistas em casa tem ficado em cerca de 50%, quando a meta é 70%) podemos inferir que provavelmente teremos lotação dos leitos de UTI a partir de maio e, após os leitos que ainda temos para colocar, seria para julho", disse o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann.

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O Estado tem 3,5 mil leitos de UTI na rede pública, somando vagas em unidades estaduais, municipais e filantrópicas. Até esta quarta-feira, havia 2.508 internados com sintomas de Covid - 1.132 com diagnóstico confirmado. Até junho, o sistema deve receber 1.524 novos leitos especializados. A rede fez adaptações para atender à demanda, como o Hospital das Clínicas (HC), que liberou 900 leitos - 200 de UTI - para pacientes de Covid.

Um dos casos mais graves é o do Instituto Emílio Ribas, onde todos os 30 leitos de UTI estavam ocupados ontem. "Temos um sistema de regulação que permite ocupar o leito no momento em que é desocupado. O planejamento é chegar a 50 leitos nas próximas semanas, com equipamentos e recursos humanos suficientes", disse Luiz Carlos Pereira Junior, diretor da unidade de referência. No HC, que fica ao lado, a taxa é de 83%, a mesma do Sancta Maggiore Higienópolis, particular.

Longe do centro, o quadro é semelhante. O Hospital Geral de Pedreira, entre a zona sul e Diadema, tem 87% dos leitos ocupados. No Hospital da Vila Nova Cachoeirinha, zona norte, a taxa é de 86%. No Hospital Municipal do Tatuapé, zona leste, o índice é de 77% e funcionários relatam falta de espaço e estrutura (leia mais nesta pág.).

"Não é só o leito de UTI. É o que compõe o atendimento ao doente grave, que pode começar na enfermaria e pode terminar até após a UTI", afirmou o infectologista David Uip, chefe do centro de contingência contra o coronavírus do Estado. Ele alerta também para as dificuldades de ter profissionais e equipamentos suficientes.

PM nas ruas

Doria disse que o Estado só deve divulgar eventual aumento nas restrições à circulação de pessoas a partir do dia 22, quando vence a quarentena. Mas as ações para conter o funcionamento irregular do comércio e aglomerações já ganham força.

Anteontem, no 1.º dia de operação da PM com a Vigilância, foram visitados 14 estabelecimentos denunciados em Santana, zona norte, por desrespeitarem a quarentena. Quatro estavam abertos e foram fechados. Na Lapa, zona oeste, 15 locais denunciados foram vistoriados - três fechados. Ontem, houve ação no Largo 13, em Santo Amaro, zona sul, e no Tatuapé. Lojas de chocolate e de lingerie estavam entre os alvos.

"A tendência é aumentar (o número de operações diárias), porque recebemos quantidade muito grande de reclamações pelo (telefone) 190", disse o tenente-coronel Emerson Massera, porta-voz da PM. Nos últimos dez dias, cerca de 16 mil denúncias foram recebidas.

Esse tipo de ação deve se expandir para outras regiões. Segundo Cristina Megid, diretora do Centro de Vigilância Sanitária Estadual, agentes das maiores cidades do interior estão recebendo equipamentos, como máscaras, para ir a campo.

A PM afirma que a ideia agora não é prender, mas conscientizar. Mas há relatos de atuações mais incisivas. Emelly Thays Gimenez, de 22 anos, foi abordada ontem por dois PMs quando ia para o trabalho em Ferraz de Vasconcelos, Grande São Paulo. Ela foi contratada para ajudar na área administrativa de uma clínica de vacinação. "Tentei explicar, mas disseram que poderia fazer home office. Falei que era nova na função e não dava para desobedecer. Disseram que a partir de agora, dependendo da situação, podem dar ordem de prisão."

Há ainda patrulhas em áreas de aglomerações, como praças. "Percorremos os bairros, especialmente os residenciais, com viaturas anunciando em alto-falante medidas de segurança, pedindo para as pessoas ficarem em casa", disse Massera.

'Começar a rezar'

"Se os pacientes continuarem a chegar nesse ritmo, a gente vai começar apenas a rezar." Essa é a declaração de uma enfermeira do Hospital Municipal do Tatuapé, na zona leste de São Paulo. A principal Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital está lotada. Ali, são 32 leitos, 10 dedicados aos pacientes de covid-19 e outros 22 para demais ocorrências.

Se um novo paciente grave chegar, os profissionais de saúde podem instalá-lo na unidade semi-intensiva. São mais sete acomodações, com respiradores e monitores. O problema é a falta de espaço. Pacientes e funcionários ficam muito próximos, quase uns sobre os outros. Uma terceira opção seria a sala de observação, espaço adaptado para ser uma semi. O problema ali é outro: não há respiradores para todo mundo.

Os pacientes são recebidos pelos hospitais, mas os locais de atendimento começam a ser improvisados. A vendedora Aline Oliveira teve de levar o marido, de 43 anos, ao Tatuapé, por falta de ar. "A enfermeira foi com ele para a porta da UTI e o médico fala 'aqui não dá'. Foi a mesma coisa no semi-intensivo. Aí mandaram ele aguardar um pouco. Minutos depois, surgiu uma vaga e ele entrou. Mas está lotado", diz Aline. O Hospital do Tatuapé tem 77% de uso da capacidade de leitos de terapia intensiva para a Covid-19.

O hospital municipal Alípio Corrêa Neto, que oferece 270 leitos para os moradores de Ermelino Matarazzo e Ponte Rasa, na zona leste, atende cerca de 16 mil pessoas por mês. Com a lotação dos 16 leitos de UTI com Covid-19, os espaços que eram do pronto-socorro infantil e também a observação masculina foram destinados para casos de coronavírus. Os funcionários não sabem precisar o número de novas vagas.

"Estamos no momento que precede, em algumas semanas, o crescimento de casos que aconteceu na Europa e nos Estados Unidos. A concentração dos casos no Hospital das Clínicas é importante, mas não é suficiente. Os hospitais de campanha limitam casos graves. O problema maior é que temos de dar uma resposta para este momento, mas também para a perda de profissionais dos últimos anos", explica Gerson Oliveira, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo. "Não bastam equipamentos. É preciso saber trabalhar", completa.

Os problemas ocasionados pelos altos índices de ocupação são relatados pelos profissionais de saúde às entidades de classe. O Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo (Simesp) registra 168 denúncias sobre problemas no ambiente de trabalho. Desse total, 32 foram de "fluxo inadequado de atendimento". Outras oito foram por "saturação no sistema de saúde". A maioria ainda é por falta de equipamento de proteção individual (91).

A Secretaria Municipal de Saúde informa que está empenhada na ampliação da rede de saúde, buscando novas formas de prestar o melhor atendimento. Em relação à demanda por respiradores, a intenção do poder municipal é dobrar o número de equipamentos nas próximas semanas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um grande navio hospital da Marinha dos Estados Unidos atracou no porto de Los Angeles nesta sexta-feira para aliviar aos hospitais transbordantes do sul da Califórnia diante da nova pandemia de coronavírus.

O USNS Mercy será o maior hospital da região, com 1.000 leitos e salas de cirurgia, e será inicialmente o centro de atendimento de referência para pacientes com outras condições além do Covid-19.

O prefeito Eric Garcetti disse na quinta-feira que o Mercy "ajudará a aliviar o fardo de nossos pronto-socorros e unidades de terapia intensiva para quando os casos de Covid-19 crescerem nas próximas semanas".

O navio, com mais de 800 tripulantes entre médicos e enfermeiros, "liberará leitos valiosos que hoje já estão 80% ou 90% cheios, para poder atender pacientes com Covid-19", acrescentou.

As autoridades portuárias disseram que a presença de Mercy não deve afetar as operações no porto.

O Mercy, um navio-tanque de 894 pés transformado em hospital, possui 15 enfermarias e um banco de sangue de 5.000 unidades.

O governo federal decidiu enviar o Mercy para a Califórnia, a quinta economia do mundo e o estado mais populoso do país, em vez de Washington, também muito afetado, mas menos populoso.

A Califórnia registra mais de 3.000 casos confirmados de coronavírus, com 65 mortes, segundo dados oficiais.

Um navio similar ao Mercy, o USNS Comfort, foi enviado a Nova York, hoje o epicentro da pandemia nos Estados Unidos.

Somente Los Angeles sofreu nove novas mortes e mais de 400 novos casos na quinta-feira. "Se essa taxa de crescimento persistir, em seis dias estaremos onde Nova York está hoje", disse Garcetti.

Os loteiros, como são chamados os profissionais que fazem transporte alternativo, fazem protestos em vários pontos do interior de Pernambuco. Há registro de interdição em Caruaru, Bom Conselho, Panelas, Cupira, Garanhuns e São Caetano - em alguns pontos o ato já foi encerrado.

Segundo informações, os protestos são motivados por causa de alterações no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que impactam o serviço de transporte alternativo no país. O texto, assinado no dia 8 de julho pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro de Infraestrutura Tarcisio Gomes, aumenta a gravidade de duas infrações.

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Conforme a Lei nº 13.855, conduzir o veículo sem portar autorização para condução de escolares salta de alteração grave para gravíssima, com multa e remoção do veículo. Transitar com o veículo efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens sem licenciamento, força maior ou permissão também muda de infração média para gravíssima, com multa e retenção do veículo.

A lei passa a vigorar após 90 dias de sua publicação oficial. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanha as manifestações nas estradas.

Google está lançando um recurso que mostrará uma estimativa em tempo real de quão ocupado está um determinado local. Para isso, basta o usuário buscar por uma loja ou restaurante na pesquisa. As previsões do Google são baseadas no histórico de localização dos usuários, que é atualizado de hora em hora.

O aprimoramento mais recente determinará a lotação de um estabelecimento dentro de um período de tempo com base em dados de histórico de localização agregados e anônimos. Isso pode ajudar o usuário a gerenciar seu tempo.

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Se houver muitas pessoas fazendo compras na Best Buy em um determinado momento, por exemplo, o usuário poderá ficar ciente desta informação por meio do Google e prontamente verificar as lojas mais próximas que comercializem itens semelhantes. Esse recurso está disponível na pesquisa do Google e no Google Maps.

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Após realizarem uma visita à Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Abreu e Lima, na Região Metropolitana da capital, conselheiros tutelares do Recife vão protocolar uma denúncia no Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A visita aconteceu na segunda-feira (19), depois do grupo receber denúncias de mães relatando que seus filhos estavam sendo espancados na unidade.

A unidade de Abreu e Lima tem espaço para 98 adolescentes, mas os conselheiros constataram que há uma superlotação, com 196 internos – o dobro da capacidade. Eles também gravaram áudios com adolescentes relatando as violências sofridas e encontraram cartuchos de armas letais, que teriam sido utilizadas para conter os jovens. 

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“Queremos cobrar uma ação, um mutirão, da Defensoria Pública do Estado, haja vista a superlotação que existe no espaço”, explicou o conselheiro André Torres. A Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) respondeu que a Funase terá o reforço de unidades que estão em obras. Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes devem ganhar em breve, cada um, mais um centro, além da conclusão do Centro de Internação Provisória (Cenip) do Recife. Com a conclusão das obras, a expectativa é equacionar a lotação das unidades. 

CEDCA – O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Pernambuco (CEDCA-PE), no início do mês, também determinou que a lotação da Funase de Abreu e Lima fosse resolvida em um prazo de 30 dias. O requerimento foi motivado por uma rebelião ocorrida em julho deste ano que resulto na morte de um adolescente e deixou dois feridos. 

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A corrida de Uber poderá ficar mais barata em São Paulo se for feita em carro com mais de um passageiro. O desconto para o compartilhamento de viagens é uma das novidades do projeto de lei em desenvolvimento pelo vereador José Police Neto (PSD) em parceria com a gestão Fernando Haddad (PT). Na quinta-feira (14) foi realizada na Câmara Municipal a segunda audiência pública para tratar do tema. A intenção é aprovar a regulamentação do serviço até o fim do mês.

De acordo com a última versão da proposta, as operadoras que se credenciarem - além da Uber, estima-se que ao menos outras três ou quatro empresas devam aderir ao modelo - pagarão menos para rodar pela cidade caso utilizem a capacidade máxima de seus veículos em cada viagem. Como a intenção da Prefeitura é aproveitar a liberação dos aplicativos para regular o trânsito, especialmente nos horários de pico, a ideia é incentivar as empresas a lotar seus carros.

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Os descontos podem passar de 50%. Segundo Police Neto, as faixas serão definidas de acordo com a quantidade de passageiros. Na próxima semana, representantes da Prefeitura devem apresentar simulações na terceira e última audiência pública agendada para debater a proposta. A lei terá como base a criação de um sistema de controle do viário urbano, a partir da venda de créditos.

Para receber aval para rodar pela cidade será preciso efetuar um cadastro prévio e pagar o preço fixado pela Prefeitura por quilômetro rodado. Pelo compartilhamento de viagens, a operadora pode passar a receber créditos, em vez de pagar por eles.

"Vamos imaginar que um condutor opte por ter um carro para seis passageiros. Se ele rodar com os seis, deixa de pagar e, assim, repassa a vantagem no preço. Temos de gerar um fator positivo para que os carros rodem menos vazios. Isso é gestão de viário", diz o vereador.

Haddad

A proposta também é defendida pela gestão Haddad. Segundo o diretor de Inovações da SP Negócios, Ciro Biderman, a otimização de veículos, com o transporte simultâneo de vários passageiros, deve ser recompensada financeiramente.

Biderman, assim como Police Neto, tem tentado quebrar a resistência dos taxistas em relação ao projeto de lei. A expectativa é de que, depois de aprovada, a legislação possa atrair condutores que hoje alugam táxis para trabalhar. Algumas empresas de aplicativo já até mudaram seus nomes, em um possível sinal de adesão ao modelo proposto.

Mas a aprovação da medida ainda está longe de ser consenso entre os vereadores. Alguns deles, como Adilson Amadeu (PTB) e Salomão Pereira (PSDB), criticam qualquer tentativa de regulamentação da Uber na cidade a partir de novas regras.

"Já temos uma lei aprovada e sancionada pelo prefeito Haddad que determina as condições para funcionamento de aplicativos. A Uber precisa se enquadrar. Não dá para atuar com carros particulares, sem identificação. Os passageiros precisam saber quem são os motoristas. Isso é segurança", diz Salomão.

Periferia

O sistema de venda de créditos, de acordo com a gestão Haddad, tem a intenção, a médio prazo, de evitar parte dos deslocamentos de veículos realizados em horários de pico da manhã e da tarde. Isso porque nesses períodos o valor cobrado pelo quilômetro rodado será maior, especialmente se as viagens forem feitas no centro expandido, onde os congestionamentos são mais intensos.

Na contramão, corridas efetuadas pelas empresas credenciadas em áreas periféricas, onde a oferta de táxis hoje é menor, pagarão créditos mais baratos, como forma de incentivo - assim como no caso do compartilhamento de viagens. Inicialmente, a previsão é que a cobrança pelo uso dos créditos seja feita por meio de boleto bancário, com prazo de vencimento de três dias após a corrida.

A Câmara agendou a votação do projeto para o dia 27. Até lá, a base aliada de Haddad precisará convencer 28 vereadores a votar a favor.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Chegou às salas de cinema nesta quinta-feira (28) “Os Dez Mandamentos – O Filme”. Mais de 3 milhões de ingressos foram antecipadamente vendidos em todo o Brasil. Acontece que algumas sessões em São Paulo, apesar das entradas esgotadas, não estavam, nem de longe, lotadas. A informação foi compartilhada em reportagem do Portal UOL.

Um dos casos aconteceu no cinema do Shopping Boulevard Tatuapé, na Zona Leste da capital paulista. Quatro sessões computavam ingressos esgotados, mas, de acordo com a publicação, a cinco minutos do começo do filme no primeiro horário, apenas 75 pessoas ocupavam a sala 2, que, na verdade, comporta 230. Panorama semelhante veio à tona na sessão seguinte. 

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Fenômeno parecido ocorreu no Shopping Frei Caneca, também em São Paulo. No entanto, em entrevista ao UOL, o gerente do local, Diego Luiz Castro Bastos, afirmou em os ingressos não chegaram a acabar em momento algum. Já a Paris Filmes enviou comunicado ao portal, que a ausência de público aconteceu por conta das ações de filantropia promovidas por parceiros do filme. 

Vale observar que a Igreja Universal do Reino de Deus, cujos bispos e pastores administram a Rede Record - emissora que produziu a novela transformada em filme -, incentivou a compra de ingressos nos cultos. Segundo o UOL, pessoas que compareceram ao Boulevard Tatuapé revelaram que ganharam entradas para a estreia. Outros disseram que pagaram, mas nas próprias sedes das igregas, no valor de R$ 11, enquanto as bilheterias dos cinemas comercializavam por R$ 23 (inteira).

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Os ônibus de São Paulo têm lotação de passageiros por metro quadrado superior ao limite recomendado, a frota é mais velha do que o permitido e a quantidade efetivamente realizada de partidas dos veículos está em um patamar inferior ao de cidades como Porto Alegre, Nova York e Londres. As informações são da auditoria feita pela empresa Ernst&Young no sistema gerenciado pela São Paulo Transporte (SPTrans).

A apuração constatou também que a Prefeitura perdeu, nos últimos quatro anos, R$ 26,7 milhões com o parcelamento das multas aplicadas a cooperativas que respondem pelo serviço permissionário, que opera rotas mais curtas entre bairros, em ônibus menores. Os resultados foram divulgados ontem pela gestão Fernando Haddad (PT), que contratou a auditoria no ano passado.

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O relatório da Ernst&Young indica que nos ônibus de São Paulo a média é de sete passageiros transportados em pé por metro quadrado. A taxa supera a quantidade estabelecida pelo Índice de Qualidade do Transporte (IQT), criado pela SPTrans, que é de, no máximo, seis usuários. A Prefeitura informou, em nota, que "há um certo equívoco na análise, pois o IQT apresenta o pior cenário. Certamente está ligado à falta de partidas".

O índice de cumprimento de viagens em São Paulo é de 90%, menor do que na capital gaúcha, de 92,5%. Em Nova York, essa taxa é de 99,3% e, em Londres, de 97,7%. O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) contesta e diz que parte das viagens não é realizada por interferências no trânsito da cidade, o que não é uma competência das viações (leia mais nesta página).

O relatório informa ainda que a maneira como a SPTrans fiscaliza o cumprimento da idade média da frota de ônibus dá margem a um possível desrespeito por parte das empresas. Atualmente, a Prefeitura só vistoria a idade dos ônibus no último dia de cada ano.

Por contrato, as concessionárias têm de manter sua frota com idade média de até 5 anos. Em todas as regiões da cidade, porém, com exceção da área 4, na zona leste, que não foi analisada porque seu contrato é mais recente do que os das demais, esse limite não era respeitado em janeiro de 2013. Na área 2, na zona norte, a idade média da frota era de 6,74 anos - a mais velha da capital.

Multas

Em relação ao pagamento das infrações, os auditores afirmaram que "não há formalização em contrato que dê respaldo ao parcelamento de multas" aplicadas aos operadores. Esses parcelamentos, por isso, precisam ser aprovados pelo diretor financeiro da SPTrans e pelo secretário Municipal dos Transportes, que hoje é Jilmar Tatto. Ele foi antecedido no cargo por Marcelo Cardinale Branco e Alexandre de Moraes, ambos na gestão Gilberto Kassab (PSD), de 2006 a 2012.

Segundo o documento da Ernst&Young, o parcelamento das multas (que somaram R$ 41 milhões de 2011 a 2013) não é acompanhado de juros nem correção pela inflação. A Prefeitura teria lançado mão da possibilidade de parcelamento, "especialmente no período de 2008 a 2012", porque "os valores das multas aplicadas alcançaram um patamar que, com base em análise da SPTrans e dos operadores, poderia comprometer a prestação do serviço".

As cooperativas Fênix, Transcooper, Nova Aliança, Paulistana, Coopertranse, Cooper Pam, Cooperlider, Cooperalfa e Unicoopers parcelaram suas multas no período. Com R$ 10,5 milhões, a Cooper Pam acumula o maior valor de infrações.

Desorganização

O relatório da Ernst&Young revela também como a burocracia e a desorganização da SPTrans favorecem a perda de informações sobre o sistema de ônibus. "Não há qualquer tipo de organização que auxilie na busca de documentos" e há cerca de 5 mil caixas com material, cuja distribuição física "interfere na localização de um documento que tenha sido selecionado de maneira aleatória".

Questionado ontem se os indicativos do estudo podem influenciar no valor da tarifa, que hoje está em R$ 3, o secretário Jilmar Tatto declarou que "isso não está em estudo". Ele evitou falar do tema. "Vamos aguardar a auditoria final, que sai no dia 10."(Colaborou Diego Zanchetta) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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