Em uma apresentação constante neste sábado, César Castro garantiu a primeira medalha do Brasil nos saltos ornamentais nos Jogos Sul-Americanos. Depois de sua série no trampolim 3 metros, o atleta somou 448,85 e conquistou o ouro em Santiago, no Chile. Já o brasileiro Ian Matos totalizou 412,60 e terminou a prova na sexta posição.

Satisfeito, o campeão festejou a alta média de pontuação e valorizou a conquista. No entanto, ele reconheceu que o quarto salto deixou a desejar. "Apenas em um salto eu poderia ter ido melhor, mas condiz com a realidade dos meus treinos. Graças a Deus, não foi o suficiente para me tirar o ouro", disse.

Apesar de trabalhar para aumentar o grau de dificuldade de seus saltos, César adotou uma estratégia mais simples em Santiago. Com o objetivo de assegurar a medalha, ele preferiu evitar riscos e garantir que a apresentação fosse bem executada. "A estratégia foi usar uma série básica, mas bem feita. Ao mesmo tempo, sei que em uma série mais fraca tenho de fazer para nota 8, 8,5 e até 9 para conseguir chegar na frente", explicou.

Os seus principais rivais na disputa foram os colombianos Sebastian Villa Castañeda, que ficou com a prata ao obter 446,50 pontos, e Sebastian Mendoza, bronze com 435,30. O vice-campeão já é um velho conhecido de César. "Sebastian está sempre disputando as provas sul-americanas e pan-americanas comigo. Em Guadalajara (2011) também foi muito próximo. É sempre uma competição boa entre eu e ele. Hoje (sábado) teve outro colombiano que saltou muito bem. Foi uma prova bonita", afirmou.

Um erro no quarto de seis saltos acabou com o sonho de uma final olímpica para César Castro na prova masculina de trampolim nos saltos ornamentais. Nesta terça-feira, na semifinal, o brasileiro mantinha o 14.º lugar da classificação quando cometeu uma falha decisiva e despencou para a 18.ª e última posição da prova.

Veterano de três olimpíadas, o atleta de 29 anos havia passado pela fase preliminar com o 14.º lugar e um total de 441.90 pontos. Para chegar à final, precisava ficar entre os 12 melhores e vinha lutando por isso na semifinal, até o erro, quando conseguiu um total de 35.00 pontos, ante 76.50 do seu salto anterior, por exemplo. Se tivesse repetido o desempenho da eliminatória, iria à final.

Ele acabou a competição na penúltima posição entre os 17 semifinalistas, em 17.º, portanto, com 388.40 pontos, beneficiado pelo erro de um norte-americano. O resultado é melhor do que o 24.º lugar que obteve nos Jogos de Pequim, em 2008, mas pior do que ele atingiu na sua estreia olímpica, em Atenas/2004, quando chegou até a final e terminou como nono melhor do mundo.