Políticos, celebridades e fãs se reuniram nesta sexta-feira (5) para homenagear e dar seu último adeus a Charles Aznavour, um monumento da música francesa falecido na segunda-feira passada (1º), aos 94 anos.
Mais de 2.000 pessoas esperavam desde cedo no Palais des Invalides, um complexo arquitetônico parisiense onde são realizadas as homenagens oficiais às grandes figuras francesas, como foi o caso de Simone Veil no ano passado.
##RECOMENDA##Aznavour era "um dos rostos da França", disse o presidente Emmanuel Macron durante o elogio fúnebre.
"Ao longo dos anos, esta presença, esta voz, esta entonação reconhecível entre todas se estabeleceu em nossas vidas, qualquer que fosse nossa condição, qualquer que fosse nossa idade", acrescentou o presidente francês, saudando a memória de um artista que "sabia como fazer viver" a língua francesa.
Vários políticos estiveram presentes na cerimônia, incluindo os ex-presidentes Nicolas Sarkozy e François Hollande, além de personalidades da música francesa, como Eddy Mitchell e Mireille Mathieu.
O presidente Emmanuel Macron também convidou para a homenagem o premiê armênio, Nikol Pashinian, e o presidente Armen Sarkissian, em referência às origens do cantor.
Na praça central de Erevan, a capital da Armênia, as autoridades colocaram um telão para transmitir ao vivo a homenagem a um dos mais visíveis representantes da diáspora armênia, o país de seus pais, com o qual manteve estreitos vínculos durante toda su vida.
Após esta última homenagem, Aznavour será enterrado no sábado "na mais estrita intimidade" em Montfort-l'Amaury, cerca de 45 quilômetros ao oeste de Paris, onde repousam os pais do cantor e seu filho Patrick, falecido aos 25 anos.
Charles Aznavour, que vendeu mais de 180 milhões de discos em oito décadas de carreira, faleceu na madrugada de segunda-feira, após uma parada cardiorrespiratório em sua casa, em Alpilles, no sudeste da França.
Tinha acabado de voltar de uma turnê pelo Japão e se apresentaria em 26 de outubro em Bruxelas.