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O Brasil depositou, junto ao Conselho da Europa, sediado em Estrasburgo, França, carta de adesão à Convenção sobre o Crime Cibernético, também conhecida como Convenção de Budapeste. Com isso, conclui-se o processo de acessão do país ao acordo, que tem por objetivo facilitar a cooperação internacional no combate aos crimes cibernéticos. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (30), em nota conjunta do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A Convenção de Budapeste reúne grande número de países com os quais o Brasil compartilha a maior parte dos casos de cooperação jurídica internacional hoje em tramitação e serve de base de colaboração contra ampla variedade de crimes realizados por via cibernética. Somando-se a 67 membros, o país contará com ferramenta adicional para combater o crime cibernético, que exige meios de cooperação internacional céleres, mediante os quais os órgãos responsáveis possam requerer e compartilhar as provas necessárias.

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As autoridades brasileiras terão, assim, acesso mais ágil a provas eletrônicas produzidas sob jurisdição estrangeira, o que repercutirá positivamente em termos de condenação penal dos crimes cibernéticos.

Esta segunda-feira (16) marcou a estreia oficial do Pix, nova ferramenta de transferências instantâneas, que traz comodidade aos clientes de bancos. Como toda novidade, a forma facilitada de movimentar dinheiro atrai a ação de golpistas e o LeiaJá conversou com um especialista, que repassou dicas valiosas para não cair em fraudes.

O especialista em segurança cibernética, Oswaldo Souza, explica que o Pix é seguro por dois motivos fundamentais. "Ele tem o sigilo bancário, que de fato traz uma segurança ao usuário, e uma criptografia de ponta à ponta entre as transações", destaca.

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Ele adverte que este esquema de transferência de dados não inibe, mas dificulta a atividade de criminosos. "Não é impossível, mas é muito difícil uma pessoa ‘descriptografar’ um dado que tá sendo enviado", garante.

Na sua opinião, a insegurança é motivada pelo alto índice de fraudes de natureza social, como o envio de mensagens e e-mails falsos, estratégia conhecida como ataques de phishing. Após clicado, o link malicioso deixa o usuário desprotegido e o dispositivo -celular, computador, smart TV - fica vulnerável. "Quando a população fica mais à vontade, é aí que tá o problema. É nesse conforto e nessa comodidade que tá a bronca", alerta Oswaldo.

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Para reduzir a incidência de crimes de engenharia social, ele indica uma instrução simplificada aos clientes e funcionários das próprias instituições financeiras, e cobra reforço do Banco Central para, além da fiscalização, unificar o sistema. "O foco hoje é a educação da população, com tutoriais claros e transparentes de como utilizar o Pix, já que cada banco tem seu padrão", pontua.

A segurança quanto ao uso da nova ferramenta depende do próprio usuário. Por isso, o especialista elencou métodos para evitar ser alvo dos cibercriminosos. Acompanhe:

Tenha certeza que está acessando o site/aplicativo correto da instituição;

Confira o endereço do link e fique atento às letras ou nomes trocados;

Não confie em contatos feitos por canais suspeitos;

Realizar, preferencialmente, pagamentos via QRCode ou chave direta;

Sempre alterar as senhas para evitar ser hackeado;

Sempre atualizar os aplicativos;

Sempre usar antivírus;

Atenção ao falso contato feito por telefone e e-mail de golpistas se passando por funcionários das instituições financeiras. Bancos não ligam para os clientes.

A Ucrânia informou nesta quarta-feira que paralisou a onda de ataques cibernéticos que suspenderam ontem o funcionamento da já crítica infraestrutura de redes governamentais e de empresas do país. A ação, cujos autores não foram identificados ainda, se espalhou para outros países da Europa e os Estados Unidos.

Em um comunicado, o gabinete de ministros da Ucrânia disse que o ataque "foi suspenso" e que as redes de comunicação estratégica do país estavam operando regularmente e em tempo integral.

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"A situação está sob total controle de especialistas em cibersegurança. Eles trabalham agora para recuperar os dados perdidos", afirmou a nota do governo ucraniano.

O ataque foi realizado com o ransomware, um software alterado para interromper sistemas computacionais. Depois de instalado na máquina, o vírus exige uma extorsão em dinheiro para consertar o problema.

A empresa postal estatal da Ucrânia informou que está retomando gradualmente as operações e que os serviços de postagem e despacho de correspondências não foram totalmente afetados. Os bancos também voltaram a funcionar normalmente.

O conselheiro do Ministério do Interior da Ucrânia Anton Gerashchenko acusou a Rússia de ter sido responsável pelos ataques, como parte de um plano para desestabilizar o país europeu. O presidente russo, Vladimir Putin, apoia os separatistas do leste ucraniano. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Hospital do Câncer de Barretos foi uma das instituições afetadas pelo ciberataque global causado pelo ransomware - tipo de vírus que "sequestra" computadores - em todo o mundo. Todas as unidades do hospital em Barretos, Jales e Porto Velho foram afetadas, e várias unidades de prevenção espalhadas pelo Brasil também. Assim, o atendimento dos 6 mil pacientes diários do complexo hospitalar foram prejudicados, embora não tenham sido interrompidos.

De acordo com o diretor clínico do hospital, Paulo de Tarso, todos os mil computadores de Barretos foram infectados às 9h desta terça-feira, 27. Os pacientes que estavam internados não foram prejudicados, já que seus exames já tinham sido feitos e registrados no sistema. Ao longo do dia, porém, o atendimento de novos pacientes teve de ser feito manualmente, com médicos indo buscar pessoalmente os resultados no laboratório interno ao hospital.

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Segundo o diretor, os pacientes que tinham consultas médicas e sessões de radioterapia agendadas foram os mais prejudicados. Como os médicos não podiam ver informações no sistema, não puderam dar andamento ao tratamento por causa do resultado de exames. No total, 350 pacientes em tratamento radioterápicos na cidade de Jales e Barretos também não realizaram suas sessões de radioterapia.

"Não conseguimos acessar as informações através das unidades afetadas, mas os dados dos pacientes estão seguros no nosso sistema", disse o diretor, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo". Os procedimentos cirúrgicos agendados para esta terça-feira foram realizados, bem como todas as sessões de quimioterapia. Os sistemas devem voltar a funcionar até esta quarta-feira, 28, já que a equipe de tecnologia trabalha na solução do problema.

Além do hospital, a operação brasileira da MSD, multinacional norte-americana do segmento farmacêutico, também foi afetada pelo ciberataque. Em nota enviada à imprensa, a empresa confirmou que a rede de computadores foi comprometida pelo ataque cibernético e que está investigando o assunto.

Segundo apurou o jornal, a equipe de tecnologia da farmacêutica orientou os funcionários a manterem seus computadores desligados durante toda a terça-feira, mas que amanhã o problema deve estar solucionado. Apesar dos problemas na operação, o atendimento aos clientes da empresa não foi afetado.

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A Polícia Federal deu início em Pernambuco, na manhã desta segunda (4), a operação Égide de Athena com o objetivo de desarticular uma quadrilha que utilizava as redes sociais para ameaçar duas juízas federais. Segundo a PF as mensagens de ameaça eram enviadas de dentro do Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife. Um dos suspeitos envolvidos no crime é um detento que atualmente cumpre pena em uma das unidades prisionais do Complexo. 

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Na operação, 30 policiais e um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estão em campo para cumprir oito mandados de condução coercitiva no Recife, nos bairros do Rosarinho e Boa Viagem e nas cidades de Olinda e Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Os alvos são um advogado, o dono de provedores de internet e parentes de um presidiário, além de um mandado de prisão preventiva em favor do detento. A PF informou que o homem será transferido para um presídio federal de segurança máxima.

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De acordo com informações da assessoria de comunicação da PF, a investigação começou há menos de um ano quando um perfil suspeito no Facebook postou ameaças e intimidações a duas juízas federais na rede social. Durante a apuração, houve a quebra do sigilo da conta suspeita na rede social e a Polícia identificou os endereços dos possíveis usuários que acessaram a página no período da publicação das mensagens ofensivas. A Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos confirmou com a operadora telefônica que os acessos foram feitos a partir do aparelho que consta no nome do detento.

A Polícia Federal comprovou que as mensagens e comunicações destinadas às juízas eram originadas de dentro do Complexo do Curado, onde a PF conseguiu apreender quatro aparelhos celulares na cela do detento. A situação se agravou quando foi confirmada a informação de que o preso usou a mesma conta de e-mail para pedir informações sobre compra de armas, questionando o preço e a entrega no Recife.

Caso sejam condenados, os suspeitos poderão ser responsabilizados pelos crimes de ameaça contra honra e coação contra autoridade, cujas penas podem chegar a mais de quatro anos de reclusão. Uma das magistradas que estava sendo alvo de ameaça de morte por parte do suspeito teria condenado o homem em duas situações e, por isso, a vingança, segundo a PF.

A China afirmou aos EUA que é contrária a ataques cibernéticos e que se opõe a atos do gênero praticados por países ou pessoas, mas não condenou diretamente o ataque à Sony, que segundo Washington foi realizado pela Coreia do Norte.

O ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversou por telefone com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry.

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Os EUA buscaram a China, aliado da Coreia do Norte, para obter ajuda, enquanto o presidente dos EUA, Barack Obama, avalia uma possível resposta ao ataque cibernético.

Embora a China tenha considerável influência sobre a Coreia do Norte e sua infraestrutura tecnológica, envolver Pequim pode gerar complicações, já que o governo americano tem acusado a China de roubar dados. Fonte: Associated Press

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