Donos de quiosques de coco da avenida Boa Viagem se reuniram com representantes da prefeitura e da segurança pública da cidade, nesta segunda-feira (11), no Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora de Fátima, no bairro de Boa Viagem, para discutirem alternativas de como tornar o calçadão mais seguro. Os donos reclamam da falta de segurança no local e dos inúmeros arrombamentos que os quiosques vêm sofrendo durante as madrugadas.
Na ocasião foram discutidas maneiras de tornar a área mais segura. O comandante do 19° BPM responsável pela área, coronel João Neto, afirma que o efetivo de policiais a noite não é o suficiente para fazer a segurança de quase todos os 70 quiosques da orla, que vão do Pina até Jaboatão dos Guararapes. “É impossível colocar uma viatura perto de cada um dos quiosques. Estamos nos esforçando para melhorar a segurança pública, mas precisamos também do esforço dos permissionários para reforçar a segurança da estrutura, uma vez que são muito vulneráveis”, declarou.
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Hoje, o 19° BPM conta com 11 guarnições no bairro de Boa Viagem durante a madrugada – horário em que os quiosques são arrombados. O efetivo é baixo se comparado ao restante do dia onde o mesmo bairro contém as mesmas 11 viaturas, mais 11 motos e 6 bicicletas com PMs fazendo a ronda da área.
O gerente de infraestrutura da Secretária de Controle Urbano, Hugo Pereira, afirma que o projeto para reforçar a segurança dos quiosques será apresentado para a prefeitura pelo arquiteto responsável, Juliano Dubeux, na próxima sexta-feira (15). “Na semana seguinte, os proprietários ficariam a par do projeto e se ficar de comum acordo, ele passará pela aprovação da Diretoria de Controle Urbano (Dircon) para começar a ser executado”, garante.
Mas alguns proprietários não esperaram o projeto da prefeitura ficar pronto para aumentar a segurança de seus quiosques. Alguns colocaram grades de proteção, outros, cortinas para dificultar a visibilidade do interior e uns até chegam a pagar vigia para fazer a segurança durante a noite. A dona do quiosque 44, Jaqueline Félix, teve o local arrombado três vezes em um único período de dois meses. Ela afirma não ter condições de reforçar a segurança por conta própria, mas espera que algo possa ser feito em relação a isso. “Não tenho como mandar fazer tapumes, nem grades para lacrar meu quiosque durante a noite, e ele já foi arrombado três vezes. Levaram todos os meus equipamentos e até os produtos, só deixaram o freezer porque não tinham como levar. Tive um prejuízo enorme”, lamentou.
Apesar da redução do efetivo na madrugada, câmeras da Secretaria de Defesa Social (SDS) funcionam 24 horas. Ao todo, na avenida Boa Viagem, 15 câmeras conseguem cobrir cerca de 46 quiosques em toda a orla. Na ocasião, o gerente geral do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (CIODS), coronel Ricardo Festes, mostrou algumas imagens das câmeras da orla, onde foi possível flagrar a ação dos arrombadores invadindo os quiosques e a ação da polícia ao surpreender os bandidos.
Ricardo Fentes também afirmou que fica impossível da polícia fazer o patrulhamento em todos os pontos do comércio, mas que pretende criar um canal direto entre a SDS e os proprietários. Ele pretende implantar um sistema de cadastramento de todos aqueles que possuem quiosques. “Cada proprietário terá uma ‘senha’ e, ao acionar o Ciods, algumas perguntas serão feitas para confirmar se a informação que ele passa confere”, explica Fentes.