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Entre os 19 presos que disputam espaço em uma das celas da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos de Veículos de Goiânia, está um trio de jovens presos após dois assaltos à mão armada. A situação chamou a atenção das autoridades policiais civis e militares, e especialmente das vítimas, porque os três são primos, filhos de empresários de Goiânia, de classe média alta, e universitários.

O delegado que indiciou o trio, Gilberto Ferro, do 20º Distrito Policial, no Setor Sudoeste, disse que um dos rapazes, Wanderley Pereira da Silva Neto, de 18 anos, trabalha como auxiliar administrativo na empresa da família e cursa Gestão em Segurança Pública em uma instituição privada de Goiânia, demonstrando que pretende atuar na área da segurança. Eles estão na DEFRV por falta de espaço nas celas do DP e da Casa de Prisão Provisória para onde podem ser transferidos a qualquer momento.

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Os outros presos são Victor Fernandes de Paiva Bahia, 19, estudante de engenharia civil, e Henrique Damando Peixoto Santos, 23 anos, que se identifica como empresário do ramo de confecções, segundo o delegado. No momento da prisão os rapazes disseram que não precisam de dinheiro e, segundo os policiais militares que deram o flagrante, um deles afirmou que tem renda mensal de R$ 10 mil.

O defensor do trio, o advogado Arthur Paulino de Oliveira, disse que entrará com o pedido de soltura na tarde desta terça-feira, 9. "Até no máximo sexta-feira, 12, esperamos que eles estejam soltos. Eles estão arrependidos do minuto de bobeira", afirmou. Segundo o defensor, os familiares dos rapazes "estão em choque" e não querem se expor falando com a imprensa. "Os três têm residência fixa, são universitários e têm bons antecedentes", garante.

Os jovens cometeram dois assaltos no sábado, 6. Em um posto de gasolina levaram R$ 200 de um frentista, e em uma mercearia, limparam os R$ 100 reais da caixa. Foram identificados porque usaram o carro particular de um deles, um VW Golf, e uma testemunha anotou a placa. A Polícia Militar agiu rápido e flagrou os rapazes com R$ 600, a arma usada nos assaltos e uma porção de maconha. Nos celulares dos três havia mensagens dando a entender que combinavam o assalto visando levantar dinheiro para irem a uma festa.

A mensagem pelo Whatsapp mostra um dos diálogos suspeitos: "Uai, velho, tem a festa lá, né? Tenho grana, mas é pouco, se você arrumasse uma moto, era o canal", escreveu um deles. Em resposta, o outro sugere: "Vamos fazer igual nós fizemos. Você para na esquina". Apesar de o teor sugerir que pode não ter sido o primeiro roubo, o delegado disse que os três não tinham registro de passagens pela polícia.

Justiça

O delegado indiciou os rapazes por roubo qualificado, considerando que houve envolvimento de mais de uma pessoa, e uso de arma de fogo. "O Judiciário tem sido mais rigoroso com crimes qualificados, assim, nossa esperança é que eles fiquem presos pelo menos três meses", declarou Gilberto Ferro ao jornal O Estado de S. Paulo.

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Dois homens de classe média alta, moradores do bairro de Boa Viagem, foram presos em flagrante por tráfico de drogas. Com a dupla foram encontradas maconha, cocaína, haxixe, êxtase e LSD. 

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Apesar de morarem no mesmo bairro e venderem principalmente drogas sintéticas, os dois homens não possuem relações, e as prisões ocorreram em um espaço de um mês. A primeira apreensão ocorreu no dia 13 de fevereiro de 2014. Leandro Galdino da Silva Neto, de 27 anos, era estudante do curso de fisioterapia e foi abordado enquanto saía de casa. Com Leandro foram encontrados 50 invólucros de cocaína, 15 invólucros de maconha, três comprimidos de êxtase e 70 microsselos de LSD.

O segundo suspeito, Octávio Teixeira de Vasconcelos Reis Pereira, 23, foi preso na última quinta-feira (13). Octávio estava em seu carro quando foi abordado e com ele foram encontrados mil comprimidos de êxtase e 59g de haxixe. O suspeito era morador de uma cobertura na Avenida Boa Viagem.   

Segundo a delegada responsável pelo caso, Maria Antonieta Calado, essas drogas também eram vendidas para pessoas de classe média. “Esse material é comercializado principalmente em bares, raves e festas frequentadas por jovens”, esclarece a delegada, que estipula que cada comprimido de êxtase seja vendido a R$ 30. 

Apesar de negarem envolvimento, ambos os suspeitos foram autuados por tráfico de drogas, sendo encaminhados ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel). A pena para o crime de tráfico de drogas varia de 5 a 15 anos de reclusão.  

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