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O Comitê Olímpico Internacional (COI) voltou a abrir as portas para a participação de atletas russos nos Jogos de Paris-2024, independentemente da suspensão aplicada sobre o comitê olímpico de seu país, nesta semana. A Rússia vem sendo excluída das principais competições internacionais por ter invadido a Ucrânia, no ano passado.

Nesta sexta-feira, o presidente do COI, Thomas Bach, afirmou que atletas russos podem ser convidados de forma direta para a grande competição na capital francesa. "Serão convites que administraremos com federações internacionais e, se necessário, com as respectivas associações nacionais", afirmou o dirigente.

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Em seu discurso, Bach reiterou que a medida visa proteger os esportistas. "Não vamos punir ou sancionar atletas por causa das atitudes de seus dirigentes ou ainda por atos do governo local".

Ainda assim, os membros do conselho do Comitê Olímpico Russo, como Yelena Isinbayeva, ex-atleta do salto com vara, que integram o COI, podem manter privilégios com despesas pagas, incluindo a participação de reuniões. Questionado sobre a situação, Bach foi enfático. "Eles não são os representantes da Rússia no COI e sim os representantes do COI na Rússia", afirmou.

A entidade adotou uma posição mais forte em relação à guerra da Ucrânia após o país ter sido invadido em fevereiro de 2022. Em seguida, o COI estimulou os órgãos reguladores do desporto a excluírem os atletas e equipes russas das competições.

Bach já havia apontado a gravidade da violação da Rússia pela trégua olímpica apoiada pelas Nações Unidas ao iniciar a guerra apenas quatro dias após a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim-2022.

Nesta sexta-feira, ele repetiu a recente afirmação de que esportistas de todo o mundo, e especialmente da África, querem que os atletas russos que não apoiaram a guerra regressem às competições.

O presidente eleito da França, Emmmanuel Macron, conversou na última quinta-feira por telefone com o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e reafirmou seu total apoio à candidatura de Paris para sede da Olimpíada de 2024.

Segundo comunicado emitido nesta sexta pelo movimento En Marche!, ligado ao partido de Macron, Bach elogiou a "grande qualidade" da candidatura da capital francesa, enquanto o recém-eleito presidente teria reforçado seu apoio exaltando que os Jogos Olímpicos trariam benefícios para todos os franceses.

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Na corrida contra Los Angeles, nos Estados Unidos, Paris recebe a partir deste sábado a visita de inspetores do COI, que vão avaliar a candidatura da cidade, conhecer as sedes propostas e se reunir com lideranças locais. O mesmo procedimento foi realizado nesta semana em Los Angeles.

Macron, que toma posse como presidente francês no próximo domingo, deve se reunir com os representantes do COI durante os trabalhos de avaliação na cidade. Ainda não há, porém, nenhuma confirmação de agenda para este fim de semana.

Na última quarta-feira, um dos líderes da candidatura de Paris, Tony Estanguet, disse que a eleição de Macron fortalece a possibilidade de que a capital seja escolhida pelo COI. "Ele é o líder que precisávamos para personificar o compromisso do Estado", exaltou Estanguet.

A decisão do COI sobre a sede da Olimpíada de 2024 será conhecida em setembro deste ano. A disputa também envolvia Roma, Hamburgo e Budapeste, que abandonaram o processo de candidatura por causa dos altos custos que demandam o grande evento e após a realização de referendos com a população das cidades.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu neste domingo não suspender o Comitê Nacional Olímpico Russo (ROC), deixando para as federações internacionais a decisão de avaliar a participação de cada atleta do país nos Jogos do Rio, com base em critérios muito rígidos.

Em meio ao clima de guerra fria que voltou à tona nas últimas semanas, COI preferiu não optar pela "opção nuclear" advogada por Dick Pound, fundador da Agência Mundial Antidoping (Wada) e co-autor do primeiro relatório bombástico que resultou na suspensão do atletismo russo de todas as competições internacionais.

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A punição foi confirmada na quinta-feira (21) pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), o que parecia abrir o caminho para a exclusão total do país. Uma medida que vinha sendo cogitada desde segunda-feira, com a publicação de outro documento da Wada com revelações avassaladoras: o relatório McLaren, que evidencia o envolvimento das autoridades russas ao esquema.

Mesmo assim, o COI considera que "não existem provas contra o Comitê Olímpico Russo no relatório", por isso resolveu não suspender o país como um todo.

- Rússia agradece, EUA criticam -

"Os atletas russos das 28 modalidades olímpicas precisam assumir as consequências da responsabilidade coletiva (do país) e a presunção de inocência não pode ser aplicada", ressaltou o COI em um comunicado.

"Por outro lado, a justiça individual precisa ser aplicada, e todo atleta precisa poder provar que a responsabilidade coletiva não pode ser aplicada no seu caso", justificou.

"Eu sei que a decisão não vai agradar a todos", admitiu o presidente do COI, em entrevista coletiva por telefone, antes de lamentar o fato de veículos de mídia como o Times, da Inglaterra, terem "lançado uma campanha a favor da exclusão da Rússia".

Questionado se mostrou "fraqueza" na decisão, Bach rebateu ao afirmar que "tratou-se apenas de justiça em relação aos atletas limpos".

As críticas não demoraram a chegar. "De forma decepcionante, em resposta ao momento mais importante para atletas limpos e pela integridade dos Jogos Olímpicos, o COI se recusou a agir como um líder determinante", criticou o diretor executivo da Usada, Travis Tygart, em um comunicado.

A decisão, de fato, não agradou a todos, mas foi comemorada pelo ministro dos Esportes da Rússia, que se disse "agradecido".

A decisão "é objetiva, adotada dentro dos interesses do mundo esportivo e pela unidade da família olímpica", enfatizou Mutko, que se disse "absolutamente convencido de que a maioria da delegação russa atenderá aos critérios" rigorosos estabelecidos pelo COI.

Caberá às federações internacionais de cada modalidades validar a participação dos atletas que considerem 'limpos', de acordo com esses critérios.

Basicamente, nenhuma atleta já condenado por doping poderá disputar os Jogos, o que levanta um questionamento sobre o americano Justin Gatlin, um dos favoritos da prova de 100 m rasos do atletismo, que não preenche este prerequisito, por ter levado gancho de quatro anos, em 2006.

As federações também precisam garantir que todos os atletas foram submetidos a exames antidoping nos padrões internacionais. Ou seja, fora da Rússia.

- AMA decepcionada -

A Agência Mundial Antidoping (AMA) declarou neste domingo estar "decepcionada" com a decisão tomada pelo COI.

"A AMA está decepcionada que o COI tenha ignorado a recomendação de seu comitê executivo que se baseou nos resultados da investigação de McLaren" sobre o doping no esporte russo, disse o presidente da AMA, Craig Reedie.

Seguir essa recomendação "teria assegurado uma mensagem clara, forte e uniforme", disse o titular da AMA em comunicado.

"A AMA respeita plenamente a autonomia do COI para tomar decisões em nome da Carta Olímpica, mas o enfoque e os critérios que decidam conduzirá inevitavelmente a uma falta de harmonização, desafios potenciais e uma menor proteção aos atletas limpos", lamentou o diretor-geral da AMA, Olivier Niggli.

- Tenistas liberados -

A primeira a se pronunciar foi a Federação Internacional de Tênis (ITF), que autorizou a participação dos oito russos inscritos para o torneio olímpico.

"Os oito tenistas russos escolhidos para participar dos Jogos do Rio foram submetidos a exames rigorosos fora da Rússia", explicou a ITF.

A federação diz ter coletado 205 amostras desses oito tenistas desde 2004, 83 durante torneios e 122 fora das competições, com 111 exames de urina e 94 de sangue, sem que nenhum deles tenha testado positivo.

"A ITF acredita que isso é suficiente para determinar que os oito russos convocados preenchem os critérios estabelecidos neste domingo pela comissão executiva do COI", completou.

A IAAF chegou até a tomar uma medida semelhante há duas semanas, ao 'repescar' a saltadora em distância Darya Klishina que treinava na Flórida, onde, como os tenistas, é submetida a exames mais rigorosos do que em seu país.

A entidade também chegou a autorizar a meio-fundista Yuliya Stepanova a disputar os Jogos por conta da sua contribuição na denúncia do escândalo, que revelou em documentário do canal alemão ARD, mas o COI resolveu vetar sua participação neste domingo.

Stepanova não foi autorizada a competir por já ter sido punida por doping no passado, de 2011 a 2013, mas poderá assistir ao evento como convidada.

Essa regra também deve tirar muitos atletas de outras modalidades, mas o fato de o COI não ter punido o Comitê russo deve possibilitar a participação aos Jogos de estrelas como os membros da seleção masculina de vôlei masculina, atual campeã olímpica, que derrotou o Brasil na final da última edição, em Londres-2012.

Na capital inglesa, porém, o esporte que mais rendeu medalhas à Rússia foi o atletismo (17 de 82), que deve ter apenas Klishina como representante. O país terminou em quarto lugar do quadro de medalhas.

A luta olímpica também é um esporte de forte tradição na Rússia, com 11 pódios em Londres, mas é um dos mais afetados por escândalos de doping.

Na quarta-feira, a Rússia inscreveu 387 competidores na sua delegação, mas a lista já caiu para 320 nomes, com a exclusão de 67 dos 68 nomes da equipe de atletismo. Outros cortes devem acontecer, mas a Rússia ganhou neste domingo a certeza de que não ficará totalmente fora dos Jogos.

O COI havia excluído países de Olimpíadas no passado, com a suspensão dos comitês nacionais da África do Sul, de 1964 a 1988, por conta do regime do apartheid, e do Afeganistão, em 2000, quando o país era governado pelos talibãs.

Buenos Aires vai receber em 2018 os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos da Juventude. A capital da Argentina venceu a concorrência contra Medellín, na Colômbia, e Glasgow, na Escócia, e foi escolhida como o palco da edição de verão do maior evento de esporte escolar.

Criados em 2007, os jogos reúnem milhares de atletas de instituições de ensino públicas e privadas, com idades entre 14 e 18 anos. A primeira edição aconteceu em 2010, em Cingapura, enquanto a segunda será realizada entre 16 e 28 de agosto de 2014, na cidade chinesa de Nanjing.

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Através de um comunicado oficial, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, parabenizou a capital argentina e afirmou não ter dúvida de que os nossos vizinhos “vão se espelhar nos sucessos de Cingapura, em 2010, e de Nanjing, em 2014, para sediar uma competição na qual os melhores jovens atletas de todo o mundo podem competir e aprender os valores olímpicos”.

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