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Começou nesta quinta-feira (28), e vai até ao próximo domingo (1), o Festival da Confecção de Cupira, que promete movimentar o Agreste de Pernambuco. Nesta 5ª edição, a promessa é de mais investimento, mais stands e atrações culturais.

O Festival é uma oportunidade para o comércio do setor de confecção manter contato com clientes varejistas e atacadistas. A cidade de Cupira se intitula como a maior produtora de enxovais de bebês do Norte e Nordeste. Na programação: exposição de produtos, desfile de moda, show de talentos, shows musicais e até uma simulação de reality show, com uma “casa de vidro”.

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Desafio reality

Uma grande novidade deste ano para o evento é o "desafio reality". No confinamento, durante os quatro dias do Festival, estudantes com o ensino médio completo irão realizar várias provas e dinâmicas em uma "casa de vidro", obviamente, inspirada no Big Brother Brasil.

Show de talentos

A programação também contará com um show de talentos e calouros, nesta sexta-feira (29), a partir das 20h, para quem deseja apresentar habilidades em qualquer área musical ou de entretenimento. O momento vai se destinar a cantores, dançarinos, mágicos, pintores ou quem tem uma habilidade diferente.

Funcionando normalmente no feriado de sete de setembro, o Moda Center Santa Cruz, localizado em Santa Cruz do Capibaribe, Agreste de Pernambuco, superou as expectativas, recebendo aproximadamente 15 mil clientes na última segunda-feira (7) e nesta terça-feira (8).

Por conta da pandemia da Covid-19, o maior centro atacadista de confecções do país passou quase cinco meses sem realizar feiras às segundas e terças-feiras, retomando as atividades no dia 10 de agosto deste ano. 

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“Mesmo com as dificuldades que estamos enfrentando para produzir e comercializar, por conta da escassez de mão de obra e da dificuldade em adquirir insumos como tecidos, observamos muitos negócios sendo feitos para a época e para o cenário de retomada da economia. Isso pode indicar que as feiras do fim do ano terão um movimento ainda maior”, comentou José Gomes Filho, síndico do Moda Center.

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta quinta-feira (25) uma emenda aglutinativa ao projeto de lei que revê a política de desonerações da folha de pagamento. O texto prevê que o setor de confecções e acessórios passem a ter a mesma alíquota do setor calçadista (1,5%), uma das áreas poupadas pelo relatório.

Esse é o primeiro revés da base governista na votação dos destaques ao projeto hoje. Os partidos aliados fecharam um acordo pela manhã para impedir a aprovação de emendas que alterassem o texto-base aprovado ontem.

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O setor de confecções e acessórios vinha pagando 1% e, com o texto original teria uma alíquota de 2,5%.

O argumento defendido no plenário era que o setor emprega 1,2 milhão, sendo 62% de mulheres. Uma das deputadas que saíram em defesa da emenda foi a peemedebista Soraya Santos (RJ), que disse ter sido liberada pelo líder da bancada e relator do projeto, Leonardo Picciani (RJ) para apresentar a proposta.

Nesta quinta-feira (10), a fiscalização do trabalho será tema de uma palestra gratuita em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste pernambucano. O evento acontecerá na unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), entre às 10h e às 19h, com o palestrante José Eduardo Gibello Pastore.

O curso “Como atender a fiscalização do trabalho?” é promovido pela Unidade Regional do Agreste da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) e tenta repassar para os empresários conhecimentos sobre procedimentos legais e as principais recomendações para lidar com essas questões.

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Foram disponibilizadas 30 vagas e as inscrições ainda podem ser feitas. É necessário ligar para (81) 3722-5667 ou pelo e-mail regional.agreste@fiepe.org.br. O Senai Santa Cruz fica na Av. Professora Ivanir Batista da Silva, 29 Nova Santa Cruz.

Palestrante – José Eduardo Gibello Pastore é sócio da Pastore Advogados, atua na área trabalhista empresarial. Mestre em direito das relações sociais pela PUC/SP, membro  do Comitê RH de Apoio Legislativo (CORHALE), na Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH/SP). Membro do Conselho Superior de Assuntos Jurídicos e Legislativos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (CONJUR/FIESP) e consultor da Confederação Nacional da Indústria CNI para o Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) na área de Relações do Trabalho.

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Em Pernambuco, um segmento específico do comércio vem se destacando nos últimos anos. O mercado da moda, que abrange estilistas, confecções e empresas voltadas à indústria têxtil, obteve um crescimento de mais de 10% em 10 anos, segundo apontam pesquisas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). 

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Com o objetivo de fomentar a qualificação de novos profissionais para atuar no ramo da moda, algumas iniciativas foram criadas. É o caso do Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções (NTCPE), em atividade desde 2012. Atualmente, o núcleo vem gerando mais de 100 mil postos de trabalho, o que colocou Pernambuco como a segunda cadeia mais expressiva do Brasil no segmento. O NTCPE atua principalmente no chamado Polo de Confecções do Agreste, conhecido nacionalmente como um dos grandes expoentes do mercado têxtil. 

Segundo o presidente do NTCPE, Edilson Tavares, o mercado cresce, mas enfrenta dificuldade. O problema está na penetração de produtos importados no mercado brasileiro. Provenientes principalmente da Ásia, esses produtos têm um custo de confecção mais barato, chegando ao comércio brasileiro num valor inferior. Edilson comentou que a difícil situação de competição pode ser contornada por duas características do produtor local: design e inteligência mercadológica. “Nossos empreendedores são muito criativos e inovadores. Além disso, os produtores pernambucanos conhecem o mercado, sabem qual é a nossa demanda. Para desenvolver essa inteligência, capacitações são essenciais”, explana o gestor. 

“Às vezes um empresário é bom com costura, mas não tem conhecimento de administração”, diz Edilson, sobre a necessidade de investir em qualificações. “Trazer capacitação gerencial, para que as empresas possam competir globalmente, é um dos nossos objetivos”, comenta. 

É grande o número de instituições de ensino que oferecem graduações para o ramo da moda. Segundo o Ministério da Educação (MEC), existem 162 cursos em atividade no País. Destes, sete são localizados em Pernambuco. Além das qualificações, o Sebrae também oferece oportunidades de consultoria e capacitações na área. 

No último dia 21, foi inaugurado no Recife o Marco Pernambucano da Moda. A iniciativa é da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e tem gestão do NTCPE. Com 10 empresas incubadas, o Marco tem como objetivo promover um espaço onde a moda seja o principal foco. Com sede no Marco Zero, o local  reúne diversos profissionais do segmento. 

Novos nome do mercado

Maiara Miranda, 23 anos, se formou em design de moda pela Faculdade de Boa Viagem em 2011, mas só neste ano conseguiu montar seu primeiro negócio. A loja Frescura de Moda nasceu da parceria da designer com Marcia Moura, que também trabalha com a criação das peças. Para Maiara, o cenário da moda em Pernambuco está em crescimento. “Quando eu entrei na faculdade era muito difícil o mercado, o único trabalho era ser vendedor. Agora não, há outros serviços que as lojas procuram. A moda em Pernambuco cresce cada vez mais”, comenta. 

Participante do Marco Pernambucano da Moda, Maiara criou o Cabirêd, aplicativo que ajuda as pessoas a escolherem o melhor look. Com o projeto paralelo à Frescura de Moda, o Marco trouxe para a empresária o contato com outros atores da cena da moda pernambucana. “O contato com as outras empresas soma bastante, porque cada um mostra pra gente uma visão diferente, então a gente junta as figurinhas e vai crescendo”, diz. 

Sobre a dificuldade apresentada anteriormente, a designer admite o problema. “É difícil, porque muitas faculdades não ensinam a parte de costura, que a estilista precisa saber para criar suas peças. A defasagem começa daí. Uma costureira hoje em dia é caríssima, que torna muito difícil pra gente começar uma coisa nossa. A produção aqui é muito cara”, desabafa. 

Se manter em um mercado tão recente como o da moda não é fácil. Há preconceitos, falta de incentivo, mas o retorno para quem faz o que gosta vale todo o esforço. Maiara é nova no ramo, mas sabe quais os caminhos que o novo empreendedor deve tomar para manter a empresa. “A principal dica que posso dar é que a pessoa deve saber se gosta mesmo de moda. A outra dica é nunca desistir. O retorno financeiro demora a chegar, tudo o que entra sai para investir novamente. A nossa visão é daqui a um ano obter lucro”. Sobre a atual situação do mercado no Brasil, a empresária se mostra esperançosa. “O investimento tá começando agora, vai demorar um pouco para começar a dar grande resultados. Nosso diferencial é que temos muita riqueza, a gente tem que enxergar o nosso diferencial para poder dizer: isso é daqui, isso é a moda pernambucana”, finaliza.

Será lançado nesta sexta-feira (21) o Marco Pernambucano da Moda, equipamento que reunirá importantes articuladores da moda em Pernambuco. Com sede na Rua da Moeda, 46, no bairro do Recife, o Marco funciona no antigo edifício da Secretaria de Planejamento do Estado, que passou por um processo de reforma em sua estrutura. O evento de abertura será realizado às 16h. A cerimônia de inauguração do Marco terá a presença de representantes do Governo do Estado, empresários do setor têxtil e de centros de qualificação. Às 18h será realizada a primeira ação do programa, com o funcionamento da loja temporária do projeto e venda de artigos das grifes participantes. O espaço passará a funcionar normalmente a partir do dia 25 deste mês, de terça-feira a domingo, das 8h às 18h. 

O espaço nasceu a partir de uma iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, sendo gerido pelo Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções (NTCPE), com o financiamento de R$ 2 milhões da empresa PetroquímicaSuape. Após uma seleção feita em 2011, chegou-se ao número de 10 incubados, entre estilistas e designers, que participaram de um acompanhamento empresarial, consultoria de gestão e capacitações. Futuramente, a secretaria pretende expandir as capacitações para outros beneficiados. As ações de qualificação fazem parte do Programa de Inteligência Mercadológica, que contam com a parceria de instituições como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

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Segundo a gerente-geral de economia criativa, Verônica Ribeiro, os incubados receberão o auxílio do projeto durante oito meses, e depois passarão a financiar seu próprio trabalho. “Dos R$ 2 milhões, 300 mil vão direto para o incubado, com auxílio de custo, apoio financeiro, ajuda para participar de uma rodada de negócios”, comenta. A gerente-geral também fala da importância da moda para a cultura do Estado. "Desde 2010 o Governo Federal define a moda como cultura, devemos investir nela para enriquecer nossa imagem", diz. 

 

Primeiros contemplados

O Marco Pernambucano da Moda pretende trazer para o público recifense e os turistas amostras do que vem sendo produzido na cultura pernambucana. Os dez incubados que participam do projeto já trabalhavam com moda de alguma forma, mas se aprofundaram e profissionalizaram suas ações a partir do programa. Entre as empresas que fazem parte do Marco, estão a Fenda, Maria Ribeiro, 3Marias, Babirêd, entre outras. 

Priscilla Figueiroa e Erica Moreira criaram a Srta Chica em 2011. Estudantes de design e administração, respectivamente, as jovens tiveram a iniciativa após terminar a faculdade, que inicialmente era voltado à consultoria de moda e e-commerce. Após serem aprovadas no edital do programa, começaram a se especializar na área. Hoje, pensam em expandir o projeto. “Inicialmente o processo era lento, mas nós sempre fomos acompanhadas, fizemos cursos e capacitações. Também já participamos de eventos mostrando nosso trabalho, como no Festival de Inverno de Garanhuns”, comenta Priscilla sobre as experiências já obtidas. 

Dayvison Nunes e Cacau Batista se uniram há aproximadamente três anos. Ele, fotógrafo; ela, estilista. Juntos montaram o Projeto Modifica, que oferece o serviço de construção da imagem da moda, através de consultoria e serviços fotográficos. O Modifica também tem parceria com a Fiu Fiu, grife da estilista Cacau Batista, que terá suas peças expostas na abertura do Marco Pernambucano da Moda. 

“A iniciativa veio bem a calhar, porque nesse momento o ramo da moda está mais valorizado no estado”, comentou a estilista. Dayvison fala da importância das capacitações para a construção da identidade do empreendedor. “Os incubados tem consultoria. Através de cursos como o do Sebrae nós aprendemos como construir a nossa marca”, finaliza.

Na noite desta quinta-feira (7), os condôminos do Moda Center Santa Cruz, estiveram reunidos em Assembleia Geral para definir, entre outras ações, sobre os dias de funcionamento do Parque de Feiras de Santa Cruz do Capibaribe, Agreste pernambucano, em acordo com a cidade de Toritama.

A votação começou com cédulas de papel e terminou por aclamação. Mais de sete mil pessoas puderam votar e decidiram que o maior parque de Feiras América Latina estará fechado aos domingos.

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O Governo do Estado assinou nesta terça-feira (17) um contrato de gestão com o Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções em Pernambuco (NTCPE). Na ocasião foi repassada uma verba de R$ 1,36 milhão para o início dos projetos. Nesta primeira parcela, os recursos serão utilizados no desenvolvimento do Programa de Inteligência Mercadológica, onde o NTCPE irá adquirir materiais e selecionar pessoas. Além disto, a verba também servirá para organizar a estrutura física do escritório no Recife, que ficará no prédio do Marco Pernambucano da Moda - localizado na Rua da Moeda, 46, Centro da Cidade. 

O presidente do Sindicato da Indústria Têxtil de Pernambuco (SINDITÊXTIL-PE) Oscar Rache, afirma que na segunda etapa - que será realizada em 2014, serão contratados estudos e pesquisas com o objetivo de aprofundar o conhecimento da produção no Estado e a identificação de novos mercados. “Isso vai ser fundamental para agregar valor para as empresas que já estão atuando no Agreste e na Região Metropolitana do Recife (RMR) e consequentemente para a indústria pernambucana”. No total, serão investidos  mais de R$ 6 milhões no NTCPE.

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Programa de Inteligência Mercadológica

Atualmente, estima-se que existem cerca de 200 empresas instaladas no Agreste e 50 na Região Metropolitana do Rercife que estariam aptas a participar da etapa inicial do Programa de Inteligência Mercadológica. No local, serão realizadas consultorias e assessorias junto às micro, pequenas e médias empresas. Segundo o NTCPE, 35 municípios pernambucanos possuem mais de 10 indústrias; 4 possuem entre 51 e 100; e 3 estão acima de 450 indústrias.

Outro foco do programa é a gestão do Marco Pernambucano de Moda (MPM), que é a incubadora de empresas e projetos na área de design. O MPM – que atua nos segmentos de acessórios, têxteis, ambientes e vestuário - já está funcionando, mas passa por uma reforma e ficará pronto entre os dias 15 e 21 de dezembro deste ano.  Mais 14 projetos já foram pré-selecionados e agora vão passar por uma consultoria.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDEC) assinou um convênio com a Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe), no valor de R$ 1.219.507,76 para a instalação do novo Centro de Inovação e Produção (CIP) de Bom Jardim, no Agreste. O projeto como objetivo, constituir o núcleo de confecções como empreendimento associativo, através da instalação de um prédio com espaços específicos para o desenvolvimento das atividades.

A estrutura contemplará a célula de produção com especialidade em jeans, malhas, cama, mesa, banho e lingerie e terá também salas de aula, reuniões e administração. O convênio tem duração de 24 meses a partir da data de assinatura e beneficiará 30 famílias de costureiras.

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A Gerente Geral de Economia Criativa da SDEC, Verônica Robeiro, contou que a secretaria pretende ampliar o projeto. “Estamos falando de um projeto novo que pode ser replicado em outros municípios. As costureiras criarão sua própria marca e poderão prestar serviço para outras empresas. É fazer mais com menos”. 

O Instituto de Assessoria para o Desenvolvimento Humano (IADH) terá o papel de realizar a mobilização social e a implantação do projeto, com modelo de gestão definido, durante os dois anos do convênio. O município já recebeu um Centro Vocacional Tecnológico (CVT), que formou diversas pessoas nas áreas de manutenção de máquina, modelista, design, entre outras funções.

Com informações da assessoria

Um total de 18.803 unidades produtivas, geração de ocupação e renda para mais de 107 mil pessoas, além da movimentação anual de R$ 1,1 bilhão. Esses dados mostram a realidade do Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco, por meio do estudo divulgado na tarde desta terça-feira (7), pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), na sede da instituição, localizada no bairro da Ilha do Retiro, no Recife.

O trabalho envolveu as cidades de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Toritama, Brejo da Madre de Deus, Taquaritinga do Norte, Surubim, Riacho das Almas, Vertentes, Agrestina e Cupira. Denominado “Estudo Econômico do Arranjo Produtivo Local do Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco”, a pesquisa tem como base o ano passado e mostra o cenário econômico dos municípios que movimentam o segmento de moda no Estado.

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De acordo com a pesquisa, a contagem das empresas foi realizada por meio da consulta a vários endereços que possuem relação com a produção de roupas. Foram 123 mil endereços de pequenas indústrias nessas localidades. A última realização do estudo foi no ano de 2002, quando apenas as cidades de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama foram avaliadas.

“Esse é um estudo que o Sebrae faz com muita responsabilidade a cada dez anos. Por meio dele, podemos vislumbrar a importância do Polo e sua relevância para todo o Estado. O segmento está crescendo cada vez mais e os números mostram isso. O estudo também serve como inspiração de medidas e redirecionamentos para melhorar o setor”, comentou o superintendente do Sebrae em Pernambuco, Roberto Castelo Branco.

Sobre o perfil dos entrevistados, o estudo revelou que no em relação às atuações dos empreendimentos, 93,9% são proprietários ou sócios, e as empresas, em sua maioria, são comandadas por mulheres (62%). A maior concentração de unidades produtivas fica na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, com 7.169 empresas. Esse município, Caruaru e Toritama concentram a maior quantidade de unidades produtoras, com 77%.

Ainda de acordo com o estudo, os empreendimentos complementares (que não vendem os produtos diretamente aos consumidores, e sim apenas produzem partes de peças de roupas, como forros de bolsos) representam uma fração expressiva dos estabelecimentos: 8.060 do total de 18.803 unidades produtivas

Criação dos produtos

A pesquisa também mostra que 53% das empresas fazem cópias de produtos, geralmente, inspirados nas produções audiovisuais das folhetins nacionais. A maioria são peças de roupas parecidas com as de personagens das novelas. No âmbito dos empreendimentos complementares, 22% fazem cópias.

Fazem criações próprias 59% das empresas e 4% dos empreendimentos complementares. Já utilizam designer contratado ou criação de estilista 7% das empresas e 1% dos complementares. Ainda nessa ordem, 24% e 1% utilizam pesquisas em livros e revistas técnicas, respectivamente. Além disso, 17% das empresas usam a internet para criar os produtos e nenhum dos empreendimentos complementares utilizam a grande rede para gerar novas peças.

Pontos negativos

Como ponto negativo, o estudo constatou que a informalidade ainda é forte. Das 18.803 unidades pesquisadas, 10.1743 empresas são informais, bem como 8.060 não têm formalidade. Além disso, a pesquisa destaca como pontos fracos a má formação da mão de obra, falta de trabalhadores qualificados, escassez de profissionalismo, alta carga tributária para os empresários formalizados, além da questão ambiental.

A imagem de que o Polo do Agreste tem produtos de qualidade baixa também é apontado como ponto negativo do estudo. Os empreendedores também destacam a falta de segurança, tanto para eles, quanto para os clientes, além da invasão de produtos chineses não legalizados, que acirra uma concorrência desleal.

Pontos positivos

Os entrevistados apontaram como aspectos fortes os preços baixos dos produtos, mão de obra barata, capacidade empreendedora, adequação à mudanças e capacidade produtiva alta. Eles também destacam a localização do Polo, que permite a expansão comercial para outras regiões nordestinas (Bahia é o estado que consome os produtos do Agreste pernambucano, com 74,9% dos clientes), bem como a alta concentração das empresas em pequeno espaço.

O estudo

A pesquisa foi feita através da aplicação de 1.235 questionários, tendo como fonte grupos fiscais, as próprias empresas, entrevistas pessoais, dados secundários, entre outros.  O objetivo principal é descrever, de forma quantitativa o Polo de Confecções do Agreste, além de analisar a dinâmica econômica da região. Toda a pesquisa será publicada no Portal do Sebrae Pernambuco no início da manhã desta quarta-feira (8).

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