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A secretária-geral assistente da ONU para Assuntos Humanitários, Ursula Mueller,  informou nesta quinta-feira (27), durante uma reunião sobre a Síria do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que cerca de 50 mil civis permanecem presos na cidade de Al Raqqa, no sul do país, onde a situação humanitária é preocupante. A informação é da ONU News.

Falando de Amã, capital da Jordânia, Ursula contou sua visita ao campo de refugiados de Azraq, o segundo maior do país, onde vivem cerca de 35 mil refugiados sírios, muitos há anos e a maioria mulheres e crianças. Cerca de 25% vieram da cidade síria de Alepo.

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A vice-chefe do Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), elogiou a "generosidade e hospitalidade da Jordânia e outros países vizinhos" que estão abrigando refugiados.  Ela  também ressaltou o "tremendo trabalho das organizações humanitárias cujos programas permitem que famílias não apenas sobrevivam, mas levem vidas dignas, mesmo nas circunstâncias mais difíceis".

Volta pra casa

A secretária-geral assistente declarou, acima de tudo, ter ficado inspirada pela "esperança e força incríveis" das pessoas que encontrou, apesar das terríveis circunstâncias a que foram forçadas. Ela afirmou que a mensagem que recebeu dos refugiados foi clara e disse ao Conselho de Segurança que o que eles mais querem é que o conflito acabe e que possam voltar pra casa quando for seguro.

A vice-chefe do Ocha disse ao Conselho que, embora a violência continue diminuindo em algumas áreas da Síria desde um acordo de tréguas em 4 de maio, a situação humanitária e de proteção permanece extremamente difícil para civis em muitas partes do país.

Ela mencionou a retomada de operações militares na área sitiada do leste de Ghouta, na área rural de Damasco, e no bairro de Jobar na capital síria. Ursula Mueller afirmou que a ONU e parceiros estão dando assistência aos deslocados e estão prontos a fornecer apoio à cidade de Al Raqqa assim que as condições de acesso e segurança permitam.

Saúde

A situação de saúde na cidade, especialmente a escassez de serviços de assistência a traumas, é uma grande preocupação para a secretária-geral assistente, devido à intensidade dos combates. Ela afirmou que a ONU continua trabalhando no terreno para garantir que assistência médica esteja disponível para os que precisam, mas que muito mais precisa ser feito.

da ONU News

O movimento islâmico Hamas negou nesta terça-feira (29) ter aceitado um acordo para um cessar-fogo de 72 horas, contradizendo o secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina, Yasser Abed Rabbu, que havia proposto uma trégua após um suposto acordo entre o Hamas e a Jihad Islâmica.

“A declaração de Yasser Abed Rabbu sobre o Hamas ter concordado com um cessar-fogo durante 24 horas não é correta e não tem nada a ver com a postura da resistência”, disse o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri. “Vamos considerar um cessar-fogo quando Israel se comprometer com isso, observando as garantias internacionais”, completou.

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Minutos antes da declaração de Abu Zuhri, líderes palestinos haviam declarado que estavam “preparados” para um cessar-fogo humanitário imediato durante 24 horas prorrogáveis por mais 48 horas.

Já são1.191 palestinos mortos desde o início da recente ofensiva de Israel contra Gaza. Os ataques da artilharia israelense se intensificaram desde ontem (28) à noite, especialmente nas zonas de Bureij (centro), Jabaliya (norte) e Rafah (sul). Além disso, o exército israelense anunciou hoje ter matado cinco combatentes palestinos num túnel no interior da Faixa de Gaza.

Mais de sete mil pessoas ficaram feridas em três semanas de conflitos. Israel também registou baixas militares ontem, com a morte de 10 soldados. O número de soldados israelenses mortos chega a 53, o maior desde a ofensiva contra o movimento xiita libanês Hezbollah, em 2006.

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