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Uma mulher de 45 anos está desaparecida desde que entrou em um lago congelado para salvar o próprio cachorro, no último sábado (23), nas imediações da trilha North Fork Eagle River, a 32 quilômetros da cidade de Anchorage, no Alasca. Amanda Richmond comemorava o aniversário de 18 anos de casamento junto ao marido, identificado como Brian Rogers, e durante uma caminhada, o cachorro caiu em um buraco no trecho d’água.  

Amanda seguiu o cachorro e nadou sob o gelo na tentativa de encontrar o animal. Desde então, foi considerada desaparecida, após não conseguir retornar à superfície. “Ela não interveio para salvar ‘apenas um cachorro’, era um membro da família”, disse o marido, de 49 anos, em comunicado. “Para mim e nossos quatro filhos, ela morreu como uma heroína”, continuou. 

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Uma busca aérea e terrestre foi realizada até o anoitecer de sábado e retomada na véspera de Natal. Mergulhadores cortam o gelo para usar dispositivos de sonar na esperança de localizar a mulher desaparecida; os trabalhos seguem até o momento. O diretor de comunicações da Polícia Estadual do Alasca, Austin McDaniel, classificou o desaparecimento da mulher como um “acontecimento trágico”, acrescentando que o foco das autoridades estava em encontrá-la “para que a família pudesse ter algum encerramento”. 

A autoridade pediu que a população seja cautelosa no gelo. “Se você estiver em lagos, rios ou outros tipos de cursos de água congelados, certifique-se de conhecer a profundidade do gelo”, disse. “Com o inverno interessante que temos vivido em Southcentral, no Alasca, pode haver uma quantidade substancial de neve em cima de gelo muito fino.” 

 

Cientistas de um estudo coletivo na Europa reviveram vários vírus antigos que foram bloqueados profundamente no permafrost - camada do subsolo da crosta terrestre que está permanentemente congelada - da Sibéria, desde a Idade do Gelo. Embora a pesquisa pareça arriscada, a equipe acredita que é uma ameaça que vale a pena investigar, diante dos perigos crescentes do degelo do permafrost e das mudanças climáticas. 

Em um novo artigo, que ainda não foi revisado por pares, os pesquisadores explicam como identificaram e reviveram 13 vírus pertencentes a cinco classes diferentes de amostras coletadas no gelado extremo leste da Rússia. O texto foi publicado na plataforma pré-prints BioRxiv. Entre a coleta, eles conseguiram reviver um vírus de uma amostra de permafrost com cerca de 48.500 anos. 

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Eles também reviveram três novos vírus de uma amostra de 27 mil anos com fezes de mamute congelado e um pedaço de permafrost com uma grande quantidade de lã de mamute. Este trio foi chamado de mamute Pithovirus, mamute Pandoravirus e mamute Megavirus. 

Outros dois novos vírus foram isolados do conteúdo estomacal congelado de um lobo siberiano (Canis lupus), denominados Pacmanvirus lupus e Pandoravirus lupus. Esses tipos infectam amebas, bolhas unicelulares que vivem no solo e na água, mas experimentos indicaram que os vírus ainda têm potencial para serem patógenos infecciosos. A equipe introduziu os vírus em uma cultura de amebas vivas, mostrando que elas ainda eram capazes de invadir uma célula e se replicar. 

O projeto vem de uma equipe de pesquisadores da Universidade Aix-Marseille, na França, que ressuscitou um vírus de 30.000 anos encontrado no permafrost da Sibéria em 2014. Com o último grupo desses seres, incluindo um que data de 48.500 anos atrás, os pesquisadores possivelmente reviveram um mais mais antigo ainda. 

“48.500 anos é um recorde mundial”, disse Jean-Michel Claverie, um dos autores do artigo e professor de genômica e bioinformática na Escola de Medicina da Universidade Aix-Marseille, à New Scientist. 

No artigo, os pesquisadores explicam que mais trabalhos precisam se concentrar nos vírus que infectam eucariontes, observando que “poucos estudos foram publicados sobre esse assunto”. Eles explicam que o aumento das temperaturas devido às mudanças climáticas provavelmente despertará muitas ameaças microbianas, incluindo vírus patogênicos, do passado antigo. 

“Como infelizmente bem documentado por pandemias recentes (e em andamento), cada novo vírus, mesmo relacionado a famílias conhecidas, quase sempre requer o desenvolvimento de respostas médicas altamente específicas, como novos antivirais ou vacinas”, escrevem os autores do estudo. 

 

O pequeno Wang Fuman, de oito anos, sofreu no caminho para a escola durante esta semana. O frio causou uma cena inusitada. O cabelo do menino chinês, da província de Yunnan, congelou durante o percurso. A foto dele com o cabelo totalmente branco dos flocos de neve foi feita pela professora ao vê-lo chegar quase congelado. 

Para chegar até a escola, ele precisou enfrentar os nove graus negativos que fazia no dia. O seu grande esforço para seguir os estudos foi até amenizado por ele em entrevista ao jornal The Paper, de Xangai. Wang disse que a jornada para a escola é fria, mas não é difícil. Apesar disso, a sua professora explicou que o percurso é, de fato, complicado, afinal, ele leva mais de uma hora para um percurso 4,5 quilômetros da sua casa ao destino. 

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Ele fez todo esse esforço, pois no dia seria aplicada uma prova de matemática. Ele chegou ao local com roupas finas, que não suportariam a temperatura negativa. Nas imagens é possível ver os colegas de turma de Wang rindo da triste cena. Conforme a imprensa local, o menino foi abandonado pela mãe e é criado pela avó. 

 

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