A capital da China, Pequim, ampliou nesta segunda-feira (15) a área de quarentena para incluir outros 10 bairros, ao mesmo tempo que as autoridades de saúde tentam identificar as pessoas que visitaram recentemente um popular mercado de alimentos, considerado o novo foco de contágios.
A China registrou nesta segunda-feira 49 novos contágios do novo coronavírus, incluindo 36 casos em Pequim, uma situação que alimenta os temores de uma segunda onda de infecções.
O foco interno original na China, onde a doença foi identificada pela primeira vez no ano passado, foi em grande medida controlado, mas na semana passada foi detectado um ressurgimento de casos na capital. Além dos novos casos de Pequim, a Comissão Nacional de Saúde anunciou três casos confirmados na província de Hebei.
Pequim começou a fazer exames rigorosos no mercado de alimentos de Xinfadi, assim como nas pessoas que vivem próxima ao local e em qualquer cidadão que visitou a área nas últimas semanas. As autoridades anunciaram que planejam organizar testes com 46.000 residentes. Mais de 10.000 pessoas já foram submetidas a exames.
Onze bairros residenciais próximos ao mercado já estavam isolados e várias cidades advertiram os moradores a não viajar a Pequim. As autoridades também intensificam os esforços para rastrear quem visitou o mercado, com o envio de mensagens aos cidadãos para questionar seus deslocamentos recentes.
Nesta segunda-feira, o funcionário municipal Li Junjie informou em uma entrevista coletiva que novos casos foram detectados relacionados com outro mercado, o de Yuwuandong, no distrito de Haidian. Todas as escolas foram fechadas e os moradores de 10 bairros próximos receberam instruções para permanecer em confinamento.
No total, 177 pessoas estão contaminadas atualmente com o novo coronavírus na China, duas delas em estado grave.