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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (25), que o atual dinamismo da África exige que o Brasil atualize sua política para o continente. “A África é uma das regiões que mais cresce no mundo. Sua relevância no comércio global é expressiva”, disse, reafirmando o apoio do Brasil para entrada da União Africana no G20.

Segundo o presidente, a Zona de Livre Comércio Continental Africana, que entrou em vigor em 2021, é a maior do mundo, com 1,3 bilhão de pessoas e Produto Interno Bruto (PIB – soma de bens e serviços produzidos) de US$ 3,4 trilhões. Já o comércio bilateral do Brasil com a África, em 2022, foi um terço menor que o valor de 2013, quando o fluxo chegou a quase US$ 30 bilhões.

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Lula participou de um almoço para marcar o Dia da África e pelo encerramento do seminário Brasil-África: Relançando Parcerias, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Entre os convidados estavam ministros de Estado, parlamentares e os embaixadores e encarregados de países africanos. 

Ao longo de quatro dias, os participantes do seminário debateram questões sobre cooperação para o desenvolvimento, intercâmbio educacional, equidade de gênero, empreendedorismo, inclusão social, economia criativa, diversidade e desafios internacionais contemporâneos. O evento foi promovido pelo Ministério das Relações Exteriores e a Fundação Alexandre de Gusmão, vinculada ao Itamaraty. 

“Nossa relação com a África é uma política de Estado que perpassa o conjunto da sociedade brasileira. Será conduzida como prioridade pelas distintas pastas do governo, com o engajamento ativo da academia, dos meios de comunicação e da sociedade civil”, disse Lula ao acrescentar que o Brasil precisa ampliar a presença na África de forma duradoura, com a abertura de embaixadas, centros culturais e escritórios de instituições brasileiras como a Embrapa, a Apex, o Senai e a Fiocruz. 

“Significa, também, apoiar a internacionalização de empresas brasileiras, de forma a responder ao chamado africano por investimentos e gerar conhecimento, emprego e renda”, destacou. 

O presidente citou ainda as agendas comuns e oportunidades de parcerias nas questões ambiental, transição energética, comunicações, acesso à saúde e combate à fome. 

Combate ao racismo

Para Lula, a promoção da igualdade racial também é um eixo contínuo ligando as políticas nacionais à atuação internacional dos países. Mais uma vez, ele repudiou os ataques racistas direcionados ao atacante brasileiro Vinicius Júnior, do Real Madrid, no último domingo (21), no duelo com o Valência pelo Campeonato Espanhol.  “Não toleraremos racismo nem contra brasileiros, nem contra africanos no Brasil”, disse. “Vamos reassumir o protagonismo em iniciativas internacionais em favor de populações afrodescendentes”, acrescentou o presidente. 

Lula afirmou que vai propor a prorrogação da Década Internacional de Afrodescendentes convocada pelas Nações Unidas (ONU). O ano de 2024 marca o fim dessa campanha. “Sua implementação, no Brasil, foi comprometida pelo descaso das autoridades. Vamos propor a prorrogação da iniciativa na próxima Assembleia Geral [em setembro]”, disse. 

Vaga no G20

Como parte da retomada das relações internacionais, no último domingo (21), durante a visita ao Japão, o presidente Lula teve uma reunião com o presidente de Comores, Azali Assoumani, atual presidente da União Africana. Na ocasião, ele anunciou o apoio do Brasil à demanda do grupo de 54 países africanos por uma vaga no G20, a exemplo da União Europeia, que é membro do Grupo.

“Já contamos com a participação da África do Sul, mas a representatividade do grupo pode ser ampliada com o ingresso da União Africana e de outros países do continente”, disse Lula. 

Em novembro deste ano, o Brasil vai assumir a presidência temporária do G20, que atualmente está com a Índia. O Grupo dos Vinte (G20) é composto por 19 países (Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia do Sul, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos) e a União Europeia. Os membros representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) global, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população mundial. 

Ao defender a ampliação da participação de países emergentes na governança global, Lula afirmou que algo semelhante ocorre com as instituições financeiras internacionais, que não têm atendido às necessidades dos países em desenvolvimento.

“Muitos ainda se veem pressionados por condicionalidades e asfixiados por dívidas impagáveis. Queremos que o Banco dos Brics [bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] se consolide como alternativa de financiamento e vamos fortalecer nosso engajamento com o Banco Africano de Desenvolvimento”, completou o presidente.

O papa Francisco viajou nesta terça-feira (31) para a a República Democrática do Congo (RDC) para uma visita de quatro dias, a primeira etapa de sua quinta viagem ao continente africano, que também o levará ao Sudão do Sul.

O avião com o pontífice decolou de Roma às 8h28 (4h28 de Brasília) e deve pousar às 15h00 (11h00 de Brasília) no aeroporto de Kinshasa, a capital do maior país católico do continente.

Inicialmente prevista para julho de 2022, a visita foi adiada devido às dores no joelho que afetam Francisco, 86 anos, que utiliza uma cadeira de rodas em seus deslocamentos, assim como pelos problemas de segurança em Goma, nordeste do país, etapa da viagem que foi cancelada.

Em sua 40º viagem internacional, o pontífice argentino pretende levar uma mensagem de paz e reconciliação ao país abalado pela violência e miséria.

- Contra a violência e a exploração -

Na RDC, que tem quase 100 milhões de habitantes, o papa deve abordar os confrontos armados e a exploração que este país rico em recursos naturais enfrenta, mas com uma população empobrecida - dois terços vivem com menos de 2,15 dólares por dia -, como o próprio Francisco antecipou no domingo.

O país africano enfrenta há vários meses o ressurgimento do grupo armado M23, que conquistou amplas faixas do território de Kivu do Norte, província na fronteira com Ruanda, que o governo da RDC acusa de interferência.

A visita papal acontece duas semanas depois de um ataque mortal reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) em uma igreja pentecostal em Kivu do Norte.

Anteriormente conhecido como Zaire, com riquezas como cobre, cobalto, ouro, diamantes, urânio, coltan e estanho, a RDC tem uma história marcada pelo colonialismo, escravidão e abusos.

Também é a terra de Patrice Lumumba, líder anticolonialista africano, que foi o primeiro-ministro do Congo independente em 1960, derrubado e assassinado.

- Vigília e grande missa -

O líder da Igreja Católica será recebido com uma cerimônia oficial no aeroporto e depois percorrerá, no papamóvel, as ruas que seguem até o Palácio da Nação, onde participará em uma recepção com o presidente Félix Tshisekedi.

Ele pronunciará o primeiro discurso diante das autoridades, do corpo diplomático e de representantes da sociedade civil.

"Será a oportunidade para enviar uma mensagem forte aos políticos e abordar o tema da corrupção", afirmou Samuel Pommeret, da ONG CCFD Terre Solidaire, em referência a um dos grandes males do país.

Durante a noite, dezenas de milhares de pessoas devem participar em uma vigília de oração no aeroporto N'dolo de Kinshasa, onde passarão a noite, antes de uma grande missa na quarta-feira, com a previsão de mais de um milhão de fiéis.

Francisco também se reunirá com vítimas da violência, deslocados, membros do clero e representantes de instituições de caridade.

Com 52 milhões de católicos, a ex-colônia belga representa o futuro para o catolicismo, que está perdendo fiéis na Europa e na América Latina.

O papa viajará na sexta-feira para Juba, capital do Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo e um dos mais pobres do planeta, onde permanecerá até 5 de fevereiro.

O Ministério da Saúde do Egito anunciou nesta sexta-feira que registrou o primeiro caso de novo coronavírus no continente africano.

O portador da doença não é egípcio, apontou o ministério em comunicado, sem especificar sua nacionalidade.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) foi informada e o paciente, que não apresentava sintomas, foi transferido para o hospital e colocado em quarentena para tratamento, segundo o ministério.

Duas mulheres brasileiras, de 21 e 23 anos, foram presas com 6 kg de cocaína diluída escondidos na calcinha e no sutiã que estavam usando, tentando embarcar para Mahe Island, uma ilha africana. A Polícia Federal confirmou que droga estava acondicionada dentro de 80 preservativos. A apreensão se deu no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, São Paulo.

A PF conseguiu constatar a droga nas peças íntimas das suspeitas, que não tiveram os nomes divulgados, quando realizavam o controle migratório.  As duas mulheres tentaram aparentar que estavam viajando separadas, no entanto foram selecionadas para a revista pessoal porque possuíam tíquetes de embarque com muitas semelhanças, apurou o G1. Assim, a polícia confirmou o entorpecente e deu voz de prisão.

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Essa não foi a primeira apreensão de cocaína feita pela Polícia Federal, nesta semana, com pessoas que tentavam seguir para o continente africano. Na última segunda-feira (13), um homem de 61 anos de idade, tentou seguir para Johanesburgo, na África do Sul, com aproximadamente oito quilos da droga. Ele só não conseguiu obter êxito no tráfico porque a PF identificou no porão de bagagens substância suspeita na mala que ele havia despachado. Confirmado o entorpecente, o homem acabou recebendo voz de prisão e foi encaminhado para a delegacia.

Os países entorno da República Democrática do Congo, como Uganda, Zambia e Angola, no continente africano, foram avisados que estão sob alto risco de transmissão de ebola em razão do surto registrado no país. As informações foram divulgadas hoje (25), por meio de nota oficial do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Guebreyesus. "Estamos fazendo todo o possível para impedir que o ebola se espalhe para além das fronteiras e também para estarmos preparados caso isso aconteça”, disse.

A República Democrática do Congo já notificou 58 casos de ebola. Os números incluem 28 casos confirmados, 21 casos prováveis e nove suspeitos, além de 27 mortes. A maior parte das infecções foi identificada nas regiões de Bikoro (29 casos) e Iboko (22 casos).

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Desde o início da semana, o Ministério da Saúde local, em parceria com a própria OMS, Médicos sem Fronteiras e Fundo das Nações Unidas para a Infância trabalham para vacinar comunidades mais afetadas pelo ebola.

A dose em questão tem caráter experimental e já havia sido utilizada na Guiné em 2015. Segundo a OMS, a vacina foi utilizada em diversos ensaios envolvendo mais de 16 mil voluntários na Europa, na África e nos Estados Unidos e se mostrou segura para o uso em humanos.

A República Democrática do Congo vive seu nono surto de ebola desde a descoberta do vírus, em 1976. Na última sexta-feira (18), a OMS optou por não declarar emergência internacional em saúde pública, mas alertou que a situação na região africana desperta preocupação e que países vizinhos foram avisados da possibilidade de disseminação do vírus.

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O novo papa da Igreja Católica foi motivo de festa para os moradores da Costa do Marfim, que lembraram da época em que a maioria dos papas não vinham da Europa. A escolha inédita de um santo padre da América Latina, Jorge Mario Bergoglio, rememorou o período em que muitos papas eram da África ou do atual Oriente Médio.

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Mesmo assim, a nacionalidade do papa Francisco não é vista como um fator primordial. Eles acreditam que o mais importante é a mensagem de paz que ele pode passar.

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