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Jogar no Maracanã será novidade para boa parte da seleção brasileira no domingo, na final da Copa América contra o Peru. O estádio mais tradicional do futebol brasileiro perdeu tanto espaço nos últimos que a decisão do título marca a estreia no local de alguns jogadores e, de certa forma, até do técnico Tite.

Depois de bater a Argentina por 2 a 0, no Mineirão, e garantir vaga na final, o treinador revelou o quanto esperava pela oportunidade de atuar como técnico da seleção no Maracanã, algo ainda inédito.

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"Eu vou me tornar verdadeiramente técnico da seleção brasileira. A 'boleirada' sempre fala que só se torna jogador se jogou no Maracanã. É a mesma coisa com treinador. Eu vou trabalhar pela primeira vez como técnico da seleção no Maracanã", comentou Tite.

Mesmo jogadores importantes da seleção atual não tiveram a chance de jogar no mítico estádio. O volante Casemiro, por exemplo, foi revelado pelo São Paulo enquanto o Maracanã passava por obras e não atuou lá. O atacante Firmino deixou o Brasil muito cedo, ainda aos 19 anos, jamais disputou partidas da Série A do Brasileiro e vai pisar pela primeira vez no local na grande decisão.

Outros atletas só estiveram no antigo Maracanã antes da grande reforma realizada para a Copa de 2014. É o caso do meia Philippe Coutinho. "Sou do Rio, estou feliz por voltar a jogar na minha cidade. O Maracanã fica perto do bairro onde nasci (o Rocha)", comentou.

O lateral Alex Sandro se lembra com detalhes da sensação especial de ter jogado no Maracanã. "Eu fiz uma assistência pelo Santos em um jogo contra o Fluminense. É sempre uma emoção especial jogar no Maracanã. É o estádio em que todos os garotos sonham em um dia jogar", afirmou.

HISTÓRICO - A última vez que a seleção principal jogou no estádio foi em 30 de junho de 2013. O Brasil derrotou a Espanha por 3 a 0 na final da Copa das Confederações, naquele que foi o último título da seleção.

A ausência de jogos do Brasil se deve principalmente e a imbróglios da administração do Maracanã. O Consórcio Maracanã tentou devolver a gestão ao governo estadual alegando quebra de contrato. Em grave crise financeira, o Estado do Rio se negou a receber de volta.

Sem que os gestores se entendessem, o Maracanã passou a conviver com gramado ruim, ausência de assentos em parte da arquibancada e até furto de material. Assim, a CBF decidiu evitar o estádio. Neste século o Brasil só jogou no Maracanã quatro vezes. No Rio, o time de Tite chegou a fazer um amistoso em janeiro de 2017, contra a Colômbia, realizado no Engenhão.

Uma eliminação na semifinal, ainda mais por um placar de 3 a 0 diante do Peru, não estava nos planos da seleção do Chile. Atual bicampeã da Copa América, a equipe tenta recuperar o ânimo para a disputa do terceiro lugar, contra a Argentina, neste sábado, na Arena Corinthians.

Mas, logo após a derrota para o Peru, o elenco chileno não escondia a falta de disposição para entrar em campo no sábado. "É um jogo que não tem importância nenhuma", afirmou o volante Arturo Vidal, principal liderança da seleção chilena. "Vamos jogar apenas para cumprir tabela, como geralmente acontece nas disputas de terceiro lugar."

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Um dia após a inesperada queda, a delegação chilena desembarcou em São Paulo nesta quinta, de forma discreta. O grupo não foi a campo para treinar. As atividades serão retomadas nesta sexta, no CT do São Paulo, na única atividade de preparação para o confronto com a Argentina.

Ainda abalado pela derrota de quarta, em Porto Alegre, o zagueiro e capitão Medel agradeceu o apoio da torcida. "Gostaria de agradecer a todos os torcedores por nos apoiarem. Ontem foi difícil perder, como muitas vezes acontece no futebol. Mas isso não termina aqui. Esta equipe ainda tem muitos desafios pela frente e vamos dar o melhor de nós", declarou o jogador, nas redes sociais.

No sábado, em São Paulo, os chilenos vão rever mais uma vez a equipe argentina, sua vítima nas últimas duas finais da Copa América, em 2015 e 2016. Nas duas ocasiões, o time do Chile bateu a equipe de Lionel Messi nas penalidades.

O atacante peruano Rául Ruidíaz ficou conhecido no Brasil por ter jogado no Coritiba, entre os anos de 2012 e 2014, e por ter feito um gol de mão na vitória de sua seleção sobre a brasileira por 1 a 0, em 2016, nos Estados Unidos, que culminou com a eliminação da equipe comandada pelo técnico Dunga ainda na fase de grupos da Copa América Centenário - dias depois, o treinador foi demitido pela CBF e Tite assumiu o comando em seu lugar.

Nesta quinta-feira, o jogador brincou sobre o fato de não poder mais repetir o que fez há três anos na final da Copa América entre Brasil e Peru, neste domingo, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. "Agora tem o VAR, né?", disse, sorrindo, em entrevista coletiva após o treinamento realizado pela seleção peruana ainda em Porto Alegre, onde no dia anterior ganhou do Chile por 3 a 0, pela semifinal na Arena do Grêmio.

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Pouco mais de 12 horas depois de conseguir o feito de levar o Peru de volta a uma final de Copa América desde 1975, Ruidíaz revelou que a "ficha ainda não caiu" entre os jogadores. "Ainda não acredito. Estamos a um passo de poder dar uma enorme alegria a nossas famílias e a todo país. Vamos trabalhar para que possamos fazer isso (ganhar a competição)", afirmou.

O atacante, que marcou um gol nesta Copa América na vitória sobre a Bolívia por 3 a 1, ressaltou que a seleção peruana aprendeu com os erros cometidos na goleada sofrida para o Brasil por 5 a 0, em São Paulo, na última partida pela fase de grupos.

"Desde a partida contra o Uruguai estamos mostrando garra, humildade e somos muito solidários dentro de campo. Vamos deixar tudo no campo, assim como foi no jogo contra o Chile", comentou. "Estamos a um passo do título e vamos trabalhar para isso. O Brasil é favorito e tem uma equipe excelente. Mas, apesar disso, nós devemos nos preocupar com o que podemos mostrar em campo".

A Copa América chega ao seu final neste domingo com a decisão entre Brasil e Peru, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Antes, Argentina e Chile se enfrentam neste sábado em duelo pelo terceiro lugar, na Arena Corinthians, em São Paulo. São as últimas duas oportunidades de saírem gols e evitar um fato curioso. Neste momento, a competição conta com 12 artilheiros com dois gols cada.

O número de artilheiros pode até aumentar, já que alguns jogadores que estarão em campo no final de semana marcaram um gol ou podem até fazer dois e entrarem na extensa lista.

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Entre os jogadores que estão na decisão e que já marcaram dois gols estão os brasileiros Roberto Firmino, Philippe Coutinho e Everton e os peruanos Guerrero e Flores. No jogo que vale o terceiro lugar tem o argentino Lautaro Martínez e os chilenos Alexis Sánchez e Eduardo Vargas.

Confira a lista de artilheiros da Copa América:

2 GOLS

Roberto Firmino (Brasil)

Philippe Coutinho (Brasil)

Everton (Brasil)

Paolo Guerrero (Peru)

Flores (Peru)

Lautaro Martínez (Argentina)

Alexis Sánchez (Chile)

Eduardo Vargas (Chile)

Zapata (Colômbia)

Miyoshi (Japão)

Luis Suárez (Uruguai)

Cavani (Uruguai)

Machis (Venezuela)

1 GOL

Casemiro (Brasil)

Gabriel Jesus (Brasil)

Willian (Brasil)

Daniel Alves (Brasil)

Youtún (Peru)

Farfán (Peru)

Lo Celso (Argentina)

Aguero (Argentina)

Messi (Argentina)

Fuenzalida (Chile)

Pulgar (Chile)

Marcelo Moreno (Bolívia)

Justiniano (Bolívia)

Almoez Ali (Catar)

Roger Martínez (Colômbia)

Josef Martínez (Colômbia)

Cuéllar (Colômbia)

Mena (Equador)

Valencia (Equador)

Nakajima (Japão)

Derlis González (Paraguai)

Óscar Cardozo (Paraguai)

Richard Sánchez (Paraguai)

Lodeiro (Uruguai)

Giménez (Uruguai)

O Peru vai ter a chance de reconquistar o título da Copa América depois de 44 anos, domingo, diante do Brasil, às 17 horas, no Maracanã. Esta oportunidade foi muito festejada pelos jogadores do técnico Ricardo Gareca, após a vitória por 3 a 0 sobre o Chile, em Porto Alegre, na noite desta quarta-feira.

"Estamos fazendo história e me sinto orgulhoso da equipe. Todos jogaram bem e nós merecemos chegar à final. Foi nossa melhor partida no torneio. As partidas diante do Chile são clássicos e sempre muito difíceis", afirmou Guerrero, autor do terceiro gol.

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"O gol está em terceiro plano para mim. O mais importante é a conquista da equipe. Depois da vaga no Mundial da Rússia, queríamos chegar ao máximo possível na Copa América e conseguimos", afirmou o centroavante do Internacional.

Para o jogador, acostumado a jogar no Brasil, não há favorito para a decisão do título. "Estamos na final. Agora vamos descansar e pensar no Brasil. A final será muito difícil. Não acho que tenha um favorito. É uma final e precisa ser jogada com muita vontade. Respeitamos o Brasil. Vai ser um jogo duro e difícil", afirmou o maior artilheiro da Copa América em atividade, com 13 gols.

Autor do segundo gol da partida, Yotún acredita que o jogo na final com o Brasil vai ser bem diferente daquele da terceira rodada da primeira fase, quando a seleção brasileira goleou por 5 a 0. "Trata-se de uma final. É preciso vencer e vamos entrar para vencer. Será um outro jogo, muito diferente."

A oito dias da abertura da Copa América, a seleção brasileira perdeu seu principal jogador: Neymar foi cortado por conta de uma lesão no tornozelo direito sofrida no amistoso diante do Catar. O técnico Tite convocou Willian para a vaga e a desconfiança sobre o time nacional aumentou.

A seleção, porém, conseguiu chegar à decisão da Copa América, algo que não ocorria desde 2007, quando o Brasil foi campeão na Venezuela. E alguns torcedores passaram a questionar se Neymar faz realmente falta para o time?

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Para o ex-lateral-esquerdo Júnior, que disputou as Copas do Mundo de 1982 e 1986 e atualmente é comentarista da Rede Globo, o atacante faz falta sim ao Brasil. "A seleção continua sentindo a falta do Neymar. Um jogador como ele, naturalmente, dá algo mais à equipe, é o único protagonista da seleção de Tite. O Brasil tem muitos bons jogadores, mas a figura de protagonista é só do Neymar", diz.

O atacante estreou pela seleção brasileira em agosto de 2010, contra os Estados Unidos. Desde então, com ele em campo, o time disputou 96 jogos, com 69 vitórias, 18 empates e nove derrotas - 78% de aproveitamento. Sem o jogador, o Brasil atuou 31 vezes, com 19 vitórias, seis empates e seis derrotas - 68% de aproveitamento.

Cafu, que marcou história na lateral-direita do Brasil e é bicampeão mundial (1994 e 2002) diz que o time aprendeu a jogar sem Neymar. "Com o Neymar em campo, as coisas ficam mais fáceis, mas a seleção brasileira vem demonstrando que tem condições para conquistar a Copa América mesmo sem o nosso principal jogador."

Pela seleção, Neymar disputou as Copas do Mundo de 2014 e 2018. O craque também foi campeão da Copa das Confederações de 2013, realizada no Brasil. Problemas físicos, no entanto, têm afetado o rendimento do jogador tanto no Paris Saint-Germain quando na seleção.

Daniel Alves ainda sentia a tristeza de ter ficado fora da última Copa do Mundo após sofrer a lesão mais grave da carreira quando procurou se reinventar no futebol, mesmo aos 35 anos de idade e com currículo extenso de conquistas. O destaque e capitão da seleção brasileira nesta Copa América entendeu ser necessário fazer uma releitura da sua função tática dentro de campo para continuar em alto nível e se mostrar tão efetivo como foi na vitória sobre a Argentina por 2 a 0, na terça-feira, no Mineirão, em Belo Horizonte.

Agora com 36 anos completados, o jogador usou os seis meses longe do futebol na última temporada para se recuperar do grave problema no joelho direito e repensar como seria sua atuação na lateral-direita.

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Depois de anos em busca de cruzamentos da linha de fundo e boas tabelas, Daniel quis testar algo novo. "Tive de me reinventar porque o futebol se reinventou também, não se joga mais com laterais apoiando o tempo todo. As seleções agora jogam com pontas. Consegui entender isso rapidamente", afirmou. Ou seja, se ele continuasse apoiando pela direita, como fazia, bateria hoje cabeça com Gabriel Jesus ou Willian.

Na atuação contra a Argentina, no Mineirão, assim como em outro jogos desta Copa América, ele mostrou uma nova função. Daniel se transforma em armador extra quando a seleção está com a bola. Avança, fica mais centralizado e se torna um aliado para encarar retrancas, como opção de passes e deslocamentos. Chamá-lo de lateral já não é mais tão correto, portanto. "Minha posição não deveria se chamar lateral-direito, e sim amigo de todos", brinca. O novo Daniel, no gol de Jesus, o primeiro diante da Argentina, deu chapéu e fez passe de legítimo camisa 10 e não de um lateral.

O jogador foi escolhido o melhor em campo contra o time de Messi. O "amigo de todos", depois do chapéu, encarou Acuña quando foi preciso ser mais incisivo e mostrou vitalidade nas divididas. Longe de ser um menino, ainda tem muita determinação e boa dose de irreverência. A posição é sua há uma década.

Na véspera do jogo contra a Argentina, por exemplo, Daniel se sentou com a comissão técnica para tomar um café e conversar. O capitão contou a Tite e ao auxiliar Cléber Xavier o esforço para estar com tamanho vigor físico nesta Copa América. "O Daniel nos falou da preparação que teve para voltar à seleção. Ele queria jogar de qualquer maneira e conversou com o treinador do PSG (Thomas Tuchel) para poder pegar ritmo e estar bem fisicamente", disse Xavier.

Daniel havia ficado seis meses parado, até retornar ao futebol em novembro com a pressa de quem queria provar seu valor. "Sou muito consciente de que quando bate certa idade no jogador, ele começa a gerar dúvidas", comentou. Ao retornar, ele passou a atuar também com meio-campista e entrou em campo 32 vezes. O fim da temporada na França teve a presença de Daniel em 11 jogos do PSG, com participação decisiva em alguns deles. Fez três gols e deu três assistências. Não é pouco.

"A capacidade mental de superação, a capacidade física e a capacidade técnica dele são enormes. Fico feliz pela naturalidade que ele tem de jogar. O Dani é um cara do bem", elogiou o técnico Tite. Mesmo com alto nível na seleção, o jogador está sem clube após ter anunciado sua saída do Paris Saint-Germain. Seu contrato terminou em junho e não houve renovação. Já sabia. A tendência é Daniel continuar na Europa na próxima temporada. Pela seleção, ele já tem 115 partidas, oito gols e 20 assistências.

Para o professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e fisiologista Paulo Zogaib, a vitalidade de Dani se explica até pela lesão sofrida recentemente. "O Daniel veio de um processo de reabilitação. Por isso, não teve um desgaste tão grande de jogos e passa agora por um recomeço no futebol. Isso ajudou a culminar nessa condição extraordinária", diz.

O especialista afirma que o avanço da medicina esportiva ajuda os clubes a individualizar cargas de treinos e conseguir fazer com que cada atleta renda o máximo possível. O esforço individual do jogador também conta muito. "A herança genética é um ponto de partida, mas o que você fez na sua vida, como alimentação, hábitos e disciplina, isso te ajuda a manter a capacidade de atleta por mais tempo", explicou ao Estado.

TORCIDA - A personalidade e as declarações fortes de Daniel Alves marcaram a campanha do Brasil nesta Copa América. Após as vaias na estreia diante da Bolívia, no Morumbi, o jogador criticou a torcida paulista e se mostrou ansioso para o jogo seguinte, em Salvador, sua terra. "Na Bahia, o axé é diferente. As pessoas sentem falta da seleção, dessa energia que a seleção leva onde passa. Certeza que lá vai ser mais animado", disse.

Como a passagem por Salvador foi marcada pelo empate sem gols com a Venezuela e novas vaias, os aplausos da torcida vieram só depois, contra o Peru, em São Paulo. Após a partida, o capitão se rendeu ao carinho paulistano. "Se você vaiar, vai vaiar o próprio País. Estamos representando todos eles. Hoje a torcida foi nota dez. E quando tem essa vibração boa, o resultado vem", disse, invertendo a situação - a torcida aplaude quando o time joga bem. Após a vitória sobre a Argentina, cobrou mais carinho. Logo entendeu depois que não está no time para isso, mas para fazer seu papel e representar bem a seleção brasileira.

Capitão da seleção chilena, Medel fez elogios ao desempenho do Peru na noite desta quarta-feira e reconheceu que o rival fez por merecer a vaga na final da Copa América. Os peruanos conquistaram a classificação ao vencerem o Chile por 3 a 0, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre. Eles serão os adversários do Brasil na final de domingo, no Maracanã.

"Foi um jogo em que o Peru jogou muito bem. Eles merecem estar na final. Obviamente, é algo que nos dói porque lutamos para defender o título. No segundo tempo, tivemos várias oportunidades, mas não conseguimos aproveitar. Fizemos o nosso melhor", lamentou o zagueiro, em entrevista ao canal SporTV ao fim da partida.

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Medel sentiu dores ao longo do jogo, em razão de uma pancada no tornozelo. Mas evitou valorizar a lesão. "Sim, senti muita dor, dobrei o tornozelo. Mas o Peru mereceu passar a final. Parabéns para eles", comentou.

Com a queda, o Chile perdeu a chance de conquistar o tricampeonato da Copa América. A equipe foi a campeã das duas últimas edições, em 2015 e 2016. Em ambas as finais, vencera a Argentina nos pênaltis.

E agora novamente terá os argentinos pela frente, porém na decisão do terceiro lugar. "Acho que vamos conseguir terminar em terceiro. Temos confiança neste grupo, fizemos um grande campeonato. Não é fácil vencer a Copa América", declarou Medel, ao projetar o jogo de sábado, na Arena Corinthians, em São Paulo.

O técnico Tite terá um desfalque para definir a seleção brasileira para a final da Copa América, no próximo domingo. O atacante Willian, com lesão na coxa direita, não conseguirá se recuperar a tempo de participar da partida. Apesar disso, o jogador do Chelsea vai continuar com o grupo e, inclusive, realizar o tratamento na Granja Comary, em Teresópolis, local escolhido pela CBF como sede da preparação para a final.

Willian entrou no intervalo na partida contra a Argentina, no Mineirão, nesta terça-feira. O jogador sentiu o problema muscular já no fim do jogo, mas ainda assim continuou em campo no sacrifício já que o técnico Tite já havia feito as três substituições. Sem poder contar com ele, novamente Everton, do Grêmio, deve ser titular na equipe na decisão do próximo domingo.

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Os médicos da seleção brasileira realizaram exame de imagem nesta quarta-feira em Belo Horizonte, antes da viagem do grupo ao Rio. Willian ganhou a vaga na lista do técnico Tite após Neymar sofrer uma lesão no tornozelo direito contra o Catar e também não ter condição de disputar o torneio. O jogador do Chelsea se apresentou ao técnico Tite após interromper uma viagem de férias para Israel.

Já sem contar com Willian, a delegação da seleção brasileira vai iniciar a preparação para a final com um treino na tarde desta quinta-feira, na Granja Comary, em Teresópolis. O trabalho terá a presença da imprensa apenas nos 20 primeiros minutos.

Quem quiser assistir a decisão da Copa América, neste domingo, no estádio do Maracanã, pode comprar ingresso nesta quarta-feira. O Comitê Organizador Local da competição anunciou que vai vender pelo menos 1.700 entradas a partir das 20h desta quarta-feira, através do site oficial da Copa América. Vale lembrar que a decisão será entre a seleção brasileira e o Chile ou Peru, que se enfrentam nesta quarta-feira.

Os valores inteiros dos ingressos vão de R$ 260 a R$ 890. A tendência é que os bilhetes se esgotem rapidamente nesta quarta-feira, mas o Comitê já avisou que pode liberar novas cargas de ingressos no sábado, também através do site oficial do torneio.

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Inicialmente, foi divulgado que todos os ingressos tinham sido vendidos. Mas os novos lugares são reservas que não foram efetivadas e por isso retornaram ao sistema de vendas.

MEIA-ENTRADA - O benefício é permitido apenas para quem mora no Brasil e se enquadre em pelo menos uma das categorias: estudantes (Lei Federal 12.852 (Estatuto da Juventude) e 12.933/2013); jovens de 15 a 29 anos pertencentes a família de baixa renda e inscritos no cadastro único para Programas Sociais do Governo Federal - Cadúnico (Lei Federal 12.933/2013); portadores de necessidades especiais (Lei Federal 12.933/2013); adultos com idade igual ou superior a 60 anos (Lei Federal 10.741/2003) e jovens até 21 anos (Lei Estadual 3364/2000).

O único jeito de pagar os ingressos é por meio de cartões de crédito para quem mora no Brasil. Se a compra é com cartões do exterior, é preciso que esteja habilitado a opção de compras internacionais.

Com o trabalho questionado pela imprensa e também por dirigentes, o técnico Lionel Scaloni ganhou um defensor de peso em sua luta para permanecer no comando da seleção argentina: o craque da equipe disse que o trabalho do treinador está no rumo certo e que, se tiver continuidade, vai render frutos.

"Estamos com ele até a morte. Os jogadores estão todos remando para o mesmo lado", disse Messi, após a derrota para o Brasil, na noite de terça-feira, no Mineirão, que frustrou mais uma vez o sonho argentino de conquistar um título. "Digam o que quiserem, mas o fato é que a Argentina há muito tempo não jogava da maneira ofensiva que está mostrando agora."

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Messi reconheceu que há muita coisa a fazer para melhorar o rendimento da Argentina e tornar a equipe realmente competitiva. Mas vê na disposição de seus companheiros um ótimo caminho para o objetivo. "Quando se tem um grupo assim, fica muito mais fácil."

O jogador do Barcelona deu como exemplo o bom número de chances que a Argentina criou contra o Brasil, uma seleção, na sua análise, muito bem estruturada taticamente, entrosada e com grandes jogadores. "E não vi o Brasil superior a nós em nenhum momento", afirmou Messi, que reclamou bastante da arbitragem em todas as suas entrevistas.

As Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar, que começam em março do próximo ano, serão o próximo desafio oficial da Argentina. Messi crê que até lá, se tiver tranquilidade e liberdade para fazer seu trabalho de renovação e implantar sua filosofia, Scaloni formará uma equipe competitiva.

A comemoração pela vitória por 2 a 0 sobre a Argentina, nesta terça-feira, em Belo Horizonte, renderá para a seleção brasileira um dia de descanso e, depois, foco total na final da Copa América, domingo, no Maracanã. O elenco do técnico Tite mudou a programação e escolheu o isolamento na reta final de preparação. O grupo vai se preparar para a decisão na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), e não na cidade do jogo, o Rio.

Originalmente, as seleções da Copa América se preparam para a partida seguinte em locais de treinos preestabelecidos pela organização. No caso do Rio, locais como o CT da Barra, do Fluminense, e a Escola de Educação Física do Exército, na Urca, estão na lista de centros disponíveis para as equipes. O Brasil, no entanto, resolveu abrir mão dessas opções e montar o próprio esquema para a final.

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A comissão técnica decidiu se preparar para a decisão em Teresópolis e usar a própria estrutura criada pela CBF para uso da seleção brasileira. Os jogadores passaram cerca de 15 dias no local até o começo de junho, quando viajaram no dia 4 para o amistoso contra o Catar, em Brasília. Naquela época, o atacante Neymar ainda fazia parte do grupo. Dias depois, o jogador sofreu uma lesão no tornozelo direito e foi cortado da competição.

Os jogadores ganharam folga depois de bater a Argentina e só se reapresentam à seleção brasileira na noite de quarta-feira. Após o jantar, o grupo viaja para o Rio e, na sequência, completa o trecho de ônibus até Teresópolis. Por lá, o técnico Tite deve comandar vários treinos fechados, a exemplo do feito nos últimos dias. A equipe só deve retornar à capital fluminense no sábado.

"Temos de valorizar a chegada à final. Fizemos um grande jogo contra a Argentina. Tivemos em campo duas equipes com recursos técnicos impressionantes", comentou Tite. "Tivemos uma grande vitória, mostramos nossa força. Agora é focar na final. É preciso se preparar bem e ter uma boa preparação", disse o atacante Roberto Firmino, autor do segundo gol.

A oportunidade de se hospedar e treinar no mesmo local, como é o caso da Granja Comary, ajuda o Brasil a minimizar também problemas com logística. Nesta Copa América, algumas equipes, inclusive a própria seleção, criticaram o tempo de deslocamento entre os hotéis predeterminados pela organização e os locais de treinos.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) esteve na semifinal da Copa América na noite dessa terça-feira (2) no Mineirão, em Belo Horizonte. A recepção a ele, contudo, não foi tão amistosa assim. O presidente foi vaiado por duas vezes, mas também chegou a ouvir gritos de apoio dos presentes.

A primeira vaia foi quando apareceu no telão do estádio ao assistir, do camarote, o primeiro tempo da partida entre Brasil e Argentina. Já a segunda reação negativa aconteceu quando, no intervalo do confronto, Bolsonaro decidiu caminhar com a sua comitiva à beira do campo. Dez ministros acompanharam o presidente. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento. 

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A presença do presidente, apesar das vaias, também atraiu aplausos e gritos de “mito” oriundos da torcida, o que fez com que Bolsonaro tentasse se mostrar alheio às vaias com sorrisos, apertos de mão e gestos de armas. 

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Na partida, o Brasil venceu a Argentina e se classificou para a final da Copa América. No local, o presidente também encontrou com o jogador Neymar, que deixou a competição por causa de uma contusão. 

Apesar de protagonizar mais uma decepção com a Argentina, Lionel Messi saiu de campo fazendo elogios à atuação da sua equipe. Para o principal jogador do time, a seleção argentina fez uma boa exibição, mesmo com a derrota por 2 a 0 para o Brasil, na noite desta terça-feira (2).

"Estes jogadores fizeram um grande sacrifício nesta noite. Eles recém todo o respeito. A seleção conta agora com um elenco para continuar crescendo", disse Messi, que se colocou à disposição do técnico Lionel Scaloni para seguir defendendo a equipe. "Se eu puder ajudar de alguma maneira, vou continuar fazendo. Me senti muito bem com este grupo."

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Na sua avaliação, os argentinos foram melhores que os brasileiros no Mineirão, apesar da vitória dos anfitriões. "Acho que fizemos uma grande partida. E eles não foram superiores a nós", afirmou o atacante, ao fazer coro com o técnico Scaloni, que dissera o mesmo momentos antes, na entrevista coletiva.

Assim como o treinador, Messi também criticou a arbitragem do equatoriano Roddy Zambrano. Ele reclamou de dois pênaltis não marcados, ambos no segundo tempo, e criticou a falta da intervenção do árbitro de vídeo (VAR), nestes dois momentos importantes do confronto.

"Tiveram algumas jogadas claras que não foram checadas pelo VAR", disse o jogador do Barcelona, ao lembrar de lances menos decisivos que passaram pelo crivo do vídeo em outros jogos da Copa América.

Com a eliminação desta terça, Messi amargou mais uma decepção com a camisa da Argentina, que ampliou seu jejum de títulos, que já dura 26 anos. Nem mesmo o eleito cinco vezes o melhor do mundo vem conseguindo acabar com esta sina.

Com Messi, a Argentina perdeu as finais da Copa do Mundo de 2014, também no Brasil, e das Copas Américas de 2015 e 2016, ambas diante do Chile, nas penalidades. A única conquista que ele tem com a seleção é a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008.

Um dos melhores jogadores em campo na vitória do Brasil sobre a Argentina, o lateral-direito Daniel Alves adotou tom de desabafo ao comentar a classificação da seleção à final da Copa América, na noite desta terça-feira (2), no Mineirão, em Belo Horizonte.

"Muitas pessoas duvidaram bastante da gente. Mas a gente confia muito na nossa proposta, no nosso trabalho. Somos muito aplicados. Tudo isso é colher os frutos do que a gente planta. Falta um passo. Tudo traçado desde o princípio está se cumprindo. O nível está muito alto do futebol. A gente confia no nosso trabalho. Esta vitória é para o nosso staff, que vem apanhando muito", declarou o jogador.

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Capitão da seleção brasileira pela primeira vez, Daniel Alves terá a oportunidade no domingo (7) de levantar o troféu do título, caso a seleção vença a final - o futuro adversário vai sair do duelo entre Peru e Chile, que se enfrentarão nesta quarta-feira, em Porto Alegre.

"Pra mim, isso é o de menos. O que a gente quer é lutar até o final e coroar esse trabalho excepcional. Todo o conjunto vem se dedicando muito por um objetivo. Manter os pés no chão porque falta o segundo objetivo", comentou o experiente lateral.

Já o volante Arthur admitiu estar aliviado com a importante vitória da seleção. "É uma mistura de emoção felicidade. Todo o suor, todo o sofrimento e hoje valeu a pena. Faria dobrado de precisasse. A torcida estava jogando junto, era disso que a gente precisava", afirmou.

"A ficha não caiu ainda. Eu tenho privilégio de vestir esta camisa. É como se todo jogo fosse o primeiro", disse o jogador do Barcelona. "Todo mundo está de parabéns. Estou muito feliz, e hoje é só alegria."

O técnico Lionel Scaloni deixou o Mineirão insatisfeito com a derrota da Argentina para o Brasil, por 2 a 0, e também com a arbitragem do equatoriano Roddy Zambrano. Na sua avaliação, o time argentino foi superior à equipe da casa e merecia a vaga na final da Copa América.

"Acho que deixamos uma boa imagem para o futuro e esta seleção e estes jogadores têm um caminho muito bonito pela frente. Eles jogaram neste campo, nestas condições, sendo superiores ao rival. Claro que, afinal de contas quem está na final são os brasileiros, mas tenho muita consciência do que fizemos hoje", comentou o treinador. "Foi a nossa melhor partida na competição por conta da magnitude do rival. Por uma questão de mérito, a nossa seleção é que deveria ter avançado à final."

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Scaloni evitou atacar a arbitragem, mas não deixou de apontar sua insatisfação com a atuação de Zambrano. "Não gostei do árbitro. Não sou muito de falar sobre isso. Acho que as faltas pequenas sempre tiveram decisão para o outro lado. Em relação aos pênaltis, não sei se foi. Mas não gostei da arbitragem, ele não esteve à altura de um jogo deste calibre."

Parte dos jogadores e da comissão técnica reclamaram ao longo do jogo de duas supostas penalidades a favor da Argentina. Ambas aconteceram no segundo tempo. No primeiro lance polêmico, sobre Agüero dentro da área, parte do time argentino parou, achando que o juiz iria anotar a penalidade. Mas, na sequência, a seleção brasileira puxou contra-ataque que culminou no segundo gol.

"O 2 a 0 definiu tudo, em uma jogada em que havia um jogador no chão. O Foyth parou... Foi uma jogada totalmente irregular", reclamou Scaloni, que voltou a exaltar seus jogadores. "Mesmo assim a equipe continuou jogando e criando. É muito emocionante ver o jogo que os argentinos fizeram hoje."

O outro lance polêmico na partida aconteceu quando o Brasil já vencia por 2 a 0. Novamente dentro da área, Arthur deu um tranco em Otamendi em lance sem bola. Os argentinos pediram pênalti, sem sucesso.

Com a derrota, a seleção da Argentina vai disputar o terceiro lugar com o derrotado do duelo entre Chile e Peru, que farão a segunda semifinal desta Copa América, nesta quarta-feira, em Porto Alegre. A partida do terceiro lugar está marcada para o sábado, na Arena Corinthians, em São Paulo.

O atacante Gabriel Jesus encerrou na noite desta terça-feira (2) o jejum de nove jogos sem marcar em competições oficiais pela seleção com direito a grande atuação na vitória sobre a Argentina, por 2 a 0, no Mineirão, em Belo Horizonte. Ele abriu o marcador e depois fez toda a jogada do segundo, dando de bandeja para Roberto Firmino ampliar.

"Vim com a cabeça que iria marcar um gol. Não falo só porque fiz o gol, mas sim porque vim muito confiante mesmo. No começo já fui para cima. Depois, errei a segunda jogada. E logo após fiz o gol com bela jogada da equipe. O gol me deu confiança para fazer uma boa partida", declarou o centroavante.

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Gabriel aproveitou o fim do jejum para provocar o seu companheiro de Manchester City, o argentino Agüero. O brasileiro imitou o parceiro de clube que comemora seus gols fazendo um sinal com as duas mãos.

"Contra o Paraguai, a bola não entrou. Quero fazer os gols. Mas todos estão de parabéns pelo empenho e entrega. Isso é Brasil. Tem de jogar todos os jogos com esse espírito porque vamos alcançar o que a gente deseja", prosseguiu o atacante.

O volante Casemiro já deixou o gramado com a cabeça na decisão da Copa América. Depois de anular Messi na partida, o jogador do Real Madrid evitou muita comemoração antes da final - o adversário sai do confronto entre Chile e Peru, nesta quarta.

"Para ganhar a Copa América tem de ser assim. É uma competição de tiro curto, tem que ser sólido atrás e decisivo na frente. Agora temos de dar tudo porque é o último jogo. O jogo de dar tudo, pensar quanto tempo estamos concentrados e todo o esforço que fizemos. O resultado tem de sair, fazer o melhor possível. Temos que descansar, começar a nos concentrar, fazer um bom trabalho e fazer uma boa final", encerrou.

O Peru não para de surpreender na Copa América. Depois de sofrer a maior goleada (0 a 5 para o Brasil), eliminar o Uruguai nas quartas de final, o time do técnico Ricardo Gareca derrotou o bicampeão Chile por 3 a 0, nesta quarta-feira (3), na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, e garantiu o direito de disputar a final diante da seleção brasileira, domingo (7), às 17h, no Maracanã.

Campeões em 1939 e 1975, os peruanos vão tentar o terceiro título da Copa América. Os chilenos, campeões em 2015 e 2016, vão enfrentar a Argentina, sábado (6), na Arena Corinthians, pela disputa do terceiro lugar.

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Os times começaram no ataque. Em sete minutos, cada equipe conseguiu uma oportunidade de gol. Aos 2, após roubada de bola no meio de campo, Guerrero fez ótimo passe para Cueva, mas o meia, livre, bateu para fora. O Chile respondeu aos 7, quando Sánchez lançou Beausejour, que só rolou para a finalização de Aránguiz rente à trave direita de Gallese.

Com forte marcação na saída de bola do Chile, o Peru passou a dominar a partida. Aos 18, mais uma vez, Guerrero deixou Flores em grandes condições de marcar, mas o canhoto bateu torto na bola.

A supremacia peruana logo se tornou vantagem no placar. Em jogada pela direita, Cueva cruzou para desvio de cabeça de Carrillo. A bola sobrou para Flores bater bonito de trivela: 1 a 0.

Em desvantagem no placar, o Chile, mesmo sem inspiração, foi para o ataque e deixou espaços para o Peru contra-atacar, sempre com o início das jogadas de Cueva, a velocidade de Carrillo e a inteligência de Guerrero. Alexis Sánchez e Vidal, os principais jogadores chilenos, sofreram com a forte marcação.

Aos 37, Carrillo escapou pela ponta-direita. O goleiro Arias saiu mal da meta e não impediu cruzamento do atacante. Yotún teve categoria para dominar no peito e bater, sem deixar a bola pingar, para o gol vazio: 2 a 0.

O primeiro tempo foi terrível para o Chile. Além dos dois gols sofridos, o atual bicampeão ainda teve como obstáculo o goleiro Gallese, autor de defesa espetacular, após forte chute de Fuenzaliza à queima roupa, aos 43 minutos.

O segundo tempo também começou difícil para o Chile. Aos 5 minutos, Vargas desviou cobrança de falta pela direita, mas a bola explodiu na trave direita de Gallese.

A iniciativa permaneceu com os chilenos, mas o ataque era inoperante. O Peru estava mais perto do terceiro gol do que o Chile do primeiro. Aos 14 minutos, Carrillo puxou o contra-ataque, lançou Guerrero pela direita. O atacante tocou para Cueva, que rolou para Yotún. A finalização, quase na pequena área, foi por cima da meta.

Apesar de tanta desorganização chilena, Aránguiz conseguiu se destacar. O meia, aos 20 minutos, disparou uma bomba da intermediária. A bola passou muito perto do gol de Gallese, que só torceu. Aos 22 minutos, o goleiro peruano foi mais uma vez muito bem, ao espalmar uma finalização sem querer de Beausejour.

Um verdadeiro paredão, Gallese voltou a parecer com destaque, aos 29 minutos. Vargas escapou livre, correu todo o campo de ataque e bateu, mas o goleiro peruano saiu bem do gol e fez a defesa.

Com o passar do tempo, o Peru abdicou do ataque, deixando Guerrero sozinho contra todo o setor defensivo do Chile. Vidal apareceu aos 36 minutos, em uma cabeçada, que Gallese, mais uma vez, apareceu bem. No minuto seguinte, o goleiro fez boa defesa em chute rasteiro de longe de Alexis Sánchez.

Tantas chances desperdiçadas fizeram o Chile desanimar. A torcida peruana percebeu e começou a gritar "olé" e ainda teve chance de festejar um gol de seu melhor jogador. Guerrero surgiu livre na área, driblou o goleiro Arias e rolou a bola para fazer 3 a 0.

Ainda havia tempo para mais um grande feito de Gallese. O juiz, com a ajuda do VAR, marcou pênalti de Abram em Aránguiz. Vargas bateu com cavadinha e o goleiro peruano pegou com uma mão a cobrança.

FICHA TÉCNICA:

CHILE 0 x 3 PERU

CHILE - Arias; Isla, Medel, Maripán (Castillo) e Beausejour; Pulgar, Aránguiz, Vidal e Fuenzalida (Sagal); Alexis Sánchez e Vargas. Técnico: Reinaldo Rueda.

PERU - Gallese; Advíncula, Zambrano, Abram e Trauco; Tapia, Yotún, Carrillo (Polo) e Cueva (Ballón); Flores (Gonzáles) e Paolo Guerrero. Técnico - Ricardo Gareca.

GOLS - Flores aos 18 e Yotún aos 37 minutos do primeiro tempo. Guerrero aos 45 do segundo tempo.

ÁRBITRO - Wilmar Roldán (COL).

CARTÕES AMARELOS - Advíncula, Pulgar, Sagal.

RENDA - R$ 8.305.120,00.

PÚBLICO - 29.895 pagantes (33.058 no total).

LOCAL - Arena do Grêmio, em Porto Alegre.

Jogar no Mineirão não é problema para o Brasil. É perigo, sim, para a Argentina. A seleção brasileira foi eficiente, contou com a sorte quando precisou e bateu a equipe de Lionel Messi por 2 a 0, nesta terça-feira (2), para garantir vaga na final da Copa América. Pela segunda vez em menos de três anos os argentinos vieram para Belo Horizonte e vão embora com derrota.

O Brasil não foi brilhante. O time de Tite levou duas bolas na trave (uma em cada tempo), deu espaço excessivo para Messi e foi dominado durante boa parte do jogo. No entanto, teve a favor o brilho de jogadas individuais e o equilíbrio defensivo para sacramentar a volta à final da Copa América depois de 12 anos. A próxima parada agora é no domingo (7), contra Peru ou Chile, que decidem a outra vaga nesta quarta-feira, em Porto Alegre.

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A semifinal desta terça começou disputada, aguerrida e com muitas faltas. Inflamados pela cantoria das torcidas durante os hinos, os jogadores exageraram na força das divididas. Os times se estudaram nos primeiros minutos, em busca de um encaixe. Casemiro grudou em Messi, Philippe Coutinho era vigiado por De Paul e a partida era travada. Embora com menos posse de bola, a Argentina deu o primeiro susto, em um chute de Paredes.

O Brasil tocou a bola com paciência e saiu na frente após Daniel Alves desequilibrar. Foram dois lindos dribles até a bola chegar na ponta para Roberto Firmino cruzar para a área. Gabriel Jesus só tirou do goleiro Armani para abrir o placar, aos 18 minutos. A torcida cantou animada no Mineirão, confiante e livre do sufoco de ver a agonia de um 0 a 0 se arrastar por muito tempo.

Mas logo depois quem começou a dominar o jogo foi a Argentina. Messi passou a ditar o ritmo pelo lado direito, pois recebia a bola com liberdade e encontrava sempre com quem tabelar. Aos 29 minutos, o camisa 10 cobrou uma falta para Agüero acertar o travessão e deixar o Mineirão em apuros. O lance fez o time argentino crescer e ficar muito perto do empate. Acuados, os brasileiros ficaram à espera do fim do primeiro tempo.

No intervalo, o presidente Jair Bolsonaro desceu ao gramado para cumprimentar torcedores enquanto o técnico Tite mexia na equipe. Éverton deixou a equipe e deu lugar a Willian. A alteração foi para fazer o time ter mais chegada pelo lado esquerdo e não só na direita. Uma tentativa boa, porém insuficiente para solucionar o problema chamado Messi. O camisa 10 continuava a incomodar bastante.

A cada participação dele no jogo, uma horda de brasileiros tentava recuperar a bola de forma desesperada. A Argentina encontrava espaços no segundo tempo, inclusive com uma liberdade absurda para Messi. O camisa 10 teve a comodidade de entrar na área aos 11 minutos e acertar a trave. A Argentina era melhor no jogo e ousou minutos depois, ao colocar Di María e ganhar mais um atacante.

O Brasil estava dominado pelo adversário, sem saída de jogo, como se fosse um boxeador nas cordas. Quando o empate parecia perto e o time aparentava cansaço novamente Gabriel Jesus resolveu. Aos 25 minutos, ele puxou sozinho um contra-ataque, enfrentou três argentinos e só rolou para Firmino completar. Os 2 a 0 premiaram a eficiência, mas não o domínio de quem estava melhor no jogo.

A partida ficou ainda mais faltosa no fim. O Brasil demonstrou cansaço, amenizado somente pelos gritos de "olé" e de "eliminado" vindos da torcida. Abatidos, os argentinos viram o quanto a seleção brasileira pode ser eficiente e fatal. Aliviada, a seleção brasileira passa por mais um jogo sem sofrer gol e se aproxima do título.

FICHA TÉCNICA:

BRASIL 2 x 0 ARGENTINA

BRASIL - Alisson, Daniel Alves, Marquinhos (Miranda), Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro, Arthur e Philippe Coutinho; Gabriel Jesus (Allan), Roberto Firmino e Éverton (Willian). Técnico: Tite.

ARGENTINA - Armani; Foyth, Pezzella, Otamendi e Tagliafico (Dybala); Paredes, De Paul (Lo Celso), Acuña (Di María) e Messi; Agüero e Martínez. Técnico: Lionel Scaloni.

GOLS - Gabriel Jesus, aos 18 minutos do primeiro tempo. Roberto Firmino, aos 25 do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Tagliafico, Acuña, Daniel Alves, Foyth, Martinez, Allan, Agüero.

ÁRBITRO - Roddy Zambrano (Equador).

PÚBLICO - 52.235 pagantes.

RENDA - R$ 18.744.445,00.

LOCAL - Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

Um grupo de torcedores realizou foguetórios durante a madrugada perto do hotel onde a delegação da seleção da Argentina está hospedada em Belo Horizonte. A equipe de Lionel Messi e Sérgio Agüero está hospedada desde o último domingo no bairro da Savassi, área nobre da capital mineira, em preparação para a partida pela semifinal da Copa América contra o Brasil, no estádio do Mineirão, na noite desta terça-feira.

Ao longo da noite, disparos e rajadas de explosões foram ouvidas na região a partir da 1 hora da madrugada. A polícia foi ao local duas vezes para tentar coibir a ação, mas houve uma nova bateria de disparos logo depois. A prática de realizar foguetório perto do hotel da equipe adversária é bastante comum no futebol sul-americano e tem como objetivo atrapalhar o descanso dos jogadores na noite prévia à partida.

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Apesar do gesto, a passagem da Argentina por Belo Horizonte tem sido marcada por bastante receptividade pelo público mineiro. Vários torcedores, inclusive crianças, têm feito plantão na porta do hotel à espera de fotos ou autógrafos de Messi. Na segunda-feira, o elenco treinou no CT do Cruzeiro, a Toca da Raposa II, onde ganhou presentes e camisas personalizadas do clube celeste.

Brasil e Argentina se enfrentam pela semifinal da Copa América nesta terça-feira, às 21h30, no estádio do Mineirão. A partir desta etapa da competição haverá prorrogação em caso de empate no tempo normal. Se a igualdade persistir, a definição irá para a disputa de pênaltis.

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