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O ministro da Justiça, Sérgio Moro, que esteve no Maracanã para assistir à vitória do Brasil por 3 a 1 sobre o Peru, na final da Copa América, usou o Twitter logo depois do jogo para escrever a seguinte mensagem: "Parabéns, Brasil, vitória dentro de campo e também fora. Copa América sem incidentes de violência em todo o período".

Mais cedo, o ministro já havia tuitado: "Brasil e Peru fazem, na Copa América, o clássico da Lava Jato/Caso Odbrecht. Foram os dois países da AL (América Latina) que mais agiram, em processos criminais, contra a corrupção. Houve intensa cooperação do Brasil com o Peru. Os dois países ganharam. Pena que no futebol só um pode ganhar".

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araujo, que também esteve no Maracanã, foi outro membro do governo a usar a rede social para parabenizar a seleção brasileira: "Assim como no ano mágico de 1989, trinta anos depois o Brasil vence a Copa América jogando em casa. Parabéns à seleção brasileira!".

Os filhos do presidente Jair Bolsonaro que acompanharam o pai ao Maracanã, Eduardo Bolsonaro e Flávio Bolsonaro, postaram vídeos do presidente entrando em campo para parabenizar os jogadores. No total, nove ministros estiveram com o presidente no Maracanã. Além deles e dos dois filhos de Bolsonaro, alguns deputados marcaram presença no estádio.

Eleito o melhor goleiro da Copa América, o goleiro Alisson foi o último a deixar o Maracanã na noite de domingo (7) e disse que o sentimento era de gratidão. Ele elogiou o preparador de goleiros da seleção, Taffarel, e afirmou que o título continental dá confiança para o ciclo para a Copa do Mundo do Catar, em 2022.

"Gratidão é a única palavra que vem na minha cabeça, gratidão a Deus por ter o privilégio de estar nesse grupo incrível, que se dedica ao máximo e me proporciona um título e também um prêmio individual (de melhor goleiro)", comentou Alisson. "O mérito é de todos, é do Taffarel, que confia no meu trabalho, do Mauri (Lima, auxiliar na preparação de goleiros), que na primeira convocação dele também chegou pra acrescentar. Os outros goleiros têm o mesmo potencial que eu, mas só um tem a oportunidade de jogar."

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O goleiro voltou a elogiar Taffarel - que, aliás, também tem por hábito fazer comentários enaltecendo seu pupilo. "Às vezes fica chato até eu chegar e falar tanto do Taffarel, mas ele é um cara que significa muito pra mim, tanto pessoalmente quanto profissionalmente. Me ensinou muito e ensina muitas pessoas por tabela, pelo que fez dentro de campo pela seleção", considerou o goleiro do Liverpool.

Para ele, mais do que tirar o Brasil da fila de conquistas, o título da Copa América também terá reflexo no aspecto anímico. "Dá confiança de que o trabalho está sendo bem feito. A gente cresce numa cultura em que desde pequeno nos colocam pra competir. Desde os 10 anos que eu jogo futebol, numa escolinha a gente entra em competições, tem medalha, tem troféu, e isso nos ensina a entrar em campo e procurar vencer", declarou Alisson. "Agora, existe um caminho, um trabalho a ser feito. Não existe um segredo, futebol não tem segredo."

O titular da seleção brasileira também destacou que procurou não rebater críticas que recebeu e ao mesmo tempo não deixou se deslumbrar com os elogios. "Procurei não me exaltar nos elogios ou me abalar nas críticas. Senti uma confiança muito grande com os que trabalharam ao meu lado. Tiveram a confiança de me colocar para jogar", disse.

"A história de cada jogador do Brasil é de superação incrível de todos. Ouvi críticas e sempre trabalhei, quieto, focado, não respondi a ninguém, mas também não me vitimizo. A cobrança é por excelência, por vitória, já que sou o goleiro da seleção brasileira. O Peru fez uma grande partida, lutamos muito, fizemos por merecer esse título da Copa América. É muito importante dar continuidade a este trabalho", reforçou.

O título da Copa América foi especial para o lateral-direito Daniel Alves. Além de ter sido capitão do time que ficou com a taça, após derrotar o Peru na decisão, o jogador ainda chegou a incrível marca de 40 títulos na carreira, ampliando a liderança e deixando Pelé, segundo colocado, ainda mais distante na lista. Para completar, ele ainda foi eleito o craque da competição.

Com a conquista deste domingo (7), Daniel Alves chegou aos 40 títulos. Pelé aparece em segundo com 37 e o terceiro lugar tem Iniesta, Giggs e Maxwell, com 35 conquistas.

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No torneio continental, o lateral-direito se destacou principalmente na semifinal diante da Argentina, na qual fez linda jogada no primeiro gol, marcado por Gabriel Jesus, na vitória por 2 a 0 conquistada no Mineirão, em Belo Horizonte.

Na festa de premiação da Copa América, Alisson também foi eleito o melhor goleiro da competição, na qual em sete jogos sofreu apenas um gol, justamente neste domingo, em pênalti cobrado por Guerrero durante a vitória por 3 a 1 sobre o Peru na decisão no Maracanã. Na disputa por pênaltis contra o Paraguai, nas quartas de final, o jogador do Liverpool também foi decisivo ao defender a cobrança de Gustavo Gomez.

Já o troféu reservado ao artilheiro da Copa América ficou com Everton, com três gols. Guerrero também terminou a competição com três bolas na rede, mas o jogador do Grêmio faturou a honraria concedida pela Conmebol por ter dado uma assistência para outro gol, o que o peruano não conseguiu nesta edição do torneio. Este é o primeiro critério de desempate para quando dois jogadores terminam com o mesmo número de gols marcados.

A seleção brasileira ainda faturou o prêmio Fair Play, por ter sido considerada pela Conmebol a equipe de melhor conduta esportiva ao longo da Copa América.

Confira os jogadores com mais títulos na história do futebol:

Daniel Alves: 40

Pelé: 37

Maxwell, Giggs e Iniesta: 35

Piqué: 34

Messi e Vitor Baía: 33

Xavi e Ibrahimovic: 32

Confira todos os títulos de Daniel Alves:

Bahia

1 Copa do Nordeste (2002)

Sevilla

2 Copa da Uefa (2005/06) e 2006/07)

1 Supercopa Uefa (2006)

1 Copa do Rei (2006/07)

1 Supercopa da Espanha (2007)

Barcelona

3 Liga dos Campeões (2008/09, 2010/11 e 2014/15)

3 Mundial de Clubes (2009, 2011 e 2015)

3 Supercopa da Uefa (2009, 2011 e 2015)

4 Copa do Rei (2008/09, 2011/12, 2014/15 e 2015/16)

6 Campeonato Espanhol 2008/09, 2009/10, 201/11, 2012/13, 2014/15 e 2015/16)

4 Supercopa da Espanha 2009, 2010. 2011 e 2013)

Juventus

1 Campeonato Italiano (2016/17)

1 Copa da Itália (2016/17)

Paris Saint-Germain

1 Copa da França (2017/18)

1 Copa da Liga da França (2017/18)

1 Supercopa da França (2017)

2 Campeonato Francês (2017/18 e 2018/19)

Seleção brasileira

2 Copa América (2017 e 2019)

2 Copa das Confederações (2009 e 2013)

Um ano e um dia depois de ser eliminado pela Bélgica nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia o técnico Tite conseguiu amenizar a frustração que durante muito tempo o atormentou. A conquista em casa da Copa América, garantida neste domingo (7), sobre o Peru, faz o treinador recuperar parte do prestígio perdido pela derrota no ano passado, assim como lhe dá mais fôlego para continuar no cargo.

O próprio treinador admite ter encarado uma dura decepção e vivido um grande aprendizado com a Copa do Mundo. Foram somente dois anos no cargo até chegar ao torneio da Rússia, pouco tempo para vivenciar dificuldades e decepções. Como o Brasil sob o comando dele não perdeu nas Eliminatórias e garantiu vaga por antecedência, Tite acabou por sofrer na pele a pressão só no momento mais importante, na Copa.

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"Sobre a Copa, aprendi ser preciso fazer trocas mais rápidas de atletas e mostrar a eles que é normal sair do time, porque é um elenco com muita qualidade e os reservas podem manter o alto nível", disse o treinador. Tite aplicou esse ensinamento ainda durante a fase de grupos da Copa América, ao tirar David Neres e Richarlison da formação titular e apostar em dois jogadores que se tornaram decisivos: Gabriel Jesus e Éverton.

Entre a Copa da Rússia e a conquista no Maracanã, Tite encarou críticas da imprensa pelos erros cometidos no Mundial. A falta de criatividade e a insistência em jogadores em baixa fez o treinador até mesmo perder apoio do público. Se antes ele tinha o nome entoado pela torcida nos estádios, chegou a ter o anúncio vaiado em alguns momentos, inclusive durante a própria Copa América.

O Brasil viveu um período irregular depois da Copa, ao promover muitas experiências em novas convocações e ter atuações ruins. Em março, empatou com o fraco Panamá e sofreu para bater de virada a República Checa, em dois jogos sem Neymar. A desconfiança aumentou, ainda mais porque o atacante ficaria fora também da Copa América e obrigaria o técnico a se mostrar um novo Tite ao longo da competição.

O treinador em um primeiro momento se mostrou inseguro. Após empatar sem gols com a Venezuela, em Salvador, admitiu ter a dificuldade de substituir ao longo da partida jogadores de posições diferentes. Logo depois, contra o Paraguai, nas quartas de final, o treinador conseguiu ser ousado e terminou o jogo com quatro atacantes em campo e mais dois meias ofensivos.

A comemoração efusiva da torcida pelo título no Maracanã mostra o quanto Tite está novamente com prestígio. A taça continental é um escudo importante para o treinador continuar no cargo. Questionado sobre a possível saída na véspera da final, o treinador mostrou o quanto está disposto a continuar, "Até 2022 é o contrato, após a Copa do Mundo. É o contrato que o Tite manteve com o Rogério (Caboclo, presidente da CBF)", afirmou.

O Brasil chegou ao título da Copa América, neste domingo (7), ao bater o Peru, com um importante legado para o trabalho da equipe. A campanha invicta, as boas partidas e as atuações convincentes deixam o importante recado de que é possível, sim, jogar um bom futebol sem contar com o principal jogador, o atacante Neymar, e ainda criar um forte espírito coletivo no time.

A grave lesão no tornozelo direito do jogador a pouco mais de uma semana para o início do torneio representou um duro golpe. O Brasil viu se repetir o drama da Copa de 2014, quando também ficou sem o camisa 10, na época com um problema grave nas costas. Desta vez, as diferenças principais eram a chance de ter um tempo para se preparar para a perda e ajeitar o time até a estreia, fora uma estrutura coletiva mais sólida.

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"Eu lembro que o Pelé se machucou na Copa de 1962, o Amarildo entrou e arrebentou. Não é desmerecimento. O Neymar é diferenciado, faz as coisas com uma criatividade e velocidade impressionantes, mas o conjunto está forte e isso é o mais importante", disse Tite.

O técnico Tite foi em busca de opções e não teve medo de repensar as escolhas. Primeiramente, apostou em David Neres na ponta esquerda, para depois mudar de ideia e optar por Everton, a principal descoberta desta Copa América. Como substituto para o corte, resolveu trazer o experiente Willian, atacante com mais de uma década de seleção brasileira e figura importante em momentos decisivos, como no pênalti convertido contra o Paraguai.

O impacto da ausência da Neymar não mexeu tanto com os adversários. Alguns até mesmo disseram ter ficado até mais difícil enfrentar o Brasil agora, como foi o caso do técnico boliviano Eduardo Villegas. "Defensivamente ele (Neymar) é um jogador que não volta a marcar com frequência. Para mim eu até fico mais preocupado, porque o Brasil se torna um adversário mais compacto e organizado no setor defensivo", disse.

Com uma defesa forte e uma base entrosada após os últimos três anos, o Brasil tinha bons alicerces para disputar a competição sem Neymar. Faltava ajeitar o ataque. O setor passou por algumas mudanças ao longo do torneio e os testes serviram principalmente para alguns jogadores aceitarem assumir um protagonismo a mais na seleção já que sem Neymar, esse papel teria de ser dividido.

Philippe Coutinho ajudou a comandar o time em alguns momentos, como nos dois gols marcados sobre a Bolívia, na abertura. "Ele está chamando a responsabilidade. Sem o Neymar, nossa grande estrela, o Couto é a nossa referência", disse o zagueiro Thiago Silva. Logo depois, outros jogadores também cresceram em importância. Gabriel Jesus, Firmino e Everton, por exemplo, viraram peças fundamentais na campanha e formaram o novo trio ofensivo.

O Brasil se redescobriu sem Neymar. Virou um time mais coletivo com o otimismo de saber que com a futura volta do camisa 10, terá ainda mais a ganhar. A Copa América revelou que a equipe não precisa mais temer quando ficar novamente sem o jogador em alguma outra ocasião.

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A Copa América é do Brasil pela nona vez na história. Para colocar a mão na taça continental depois de 12 anos a equipe do técnico Tite sofreu contra o Peru para vencer por 3 a 1, no Maracanã, neste domingo. O time levou o primeiro gol na competição, teve Gabriel Jesus expulso, atuou com um a menos por mais de 20 minutos, porém se mostrou eficiente como sempre e merecedor da taça.

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A seleção brasileira ganha mais uma vez a Copa América em casa e compensa, inclusive, a ausência de Neymar. Três nomes lapidados e consolidados ao longo da competição decidiram a final. Richarlison converteu o pênalti decisivo, Everton marcou mais um gol e Gabriel Jesus deu assistência, fez gol e foi expulso.

O reencontro com o Brasil na final após a partida na fase de grupos fez os peruanos repetirem a proposta de jogo. Marcação adiantada, bom toque de bola e dois chutes a gol antes dos dez primeiros minutos mostraram um time confiante. Com Guerrero centralizado no ataque e um pelotão de cinco meias, a marcação era caprichada e os visitantes deixavam o Brasil com menos posse de bola.

Paciente, o Brasil encontrou o caminho ao gol aos 14 minutos ao se aproveitar da maior debilidade peruana nesta Copa América, as laterais. Daniel Alves lançou pelo alto, por cima do bloco peruano de marcação no meio-campo e deixou Gabriel Jesus livre para superar Trauco e cruzar. Advíncula errou o posicionamento e deixou Everton aparecer livre para completar a gol.

A expectativa de abrir uma nova goleada não se confirmou. O Brasil continuava com dificuldades para passar pela marcação. Os peruanos tiveram o mérito de manter a calma após a desvantagem e acabaram premiados pelo esforço. Cueva tentou um passe dentro da área e a bola bateu na mão de Thiago Silva, que tentava um carrinho. O árbitro chileno Roberto Tomar marcou pênalti, depois consultou o vídeo e na sequência, manteve a decisão. Guerrero cobrou e empatou.

O Maracanã ficou mudo. O primeiro gol sofrido pelo Brasil no torneio fez os jogadores em campo gesticularem entre si com o pedido para não se abater. Deu certo. Aos 47, Arthur recuperou uma bola, conduziu e contou com o escorregão de um peruano para deixar Gabriel Jesus livre para tirar de Gallese. O desempate era o calmante necessário para o Brasil terminar o primeiro tempo livre de qualquer agonia.

O Peru voltou para o segundo tempo com os pontas Carrillo e Flores invertidos de posição. A postura mais ofensiva deu trabalho para o Brasil, mas por outro lado abriu mais espaço para Coutinho aparecer. A seleção não aproveitou duas boas chances para fazer o terceiro e recebeu um duro golpe aos 24 minutos. Irritado com a marcação, Gabriel Jesus fez falta em Tapia, levou o segundo amarelo e foi expulso.

A vantagem numérica em campo fez o Peru arriscar mais. A torcida sentiu o momento delicado e começou a se agitar mais depois de Flores quase empatar de fora da área. O técnico Tite foi outro a acusar a expulsão, ao tirar Coutinho e colocar o lateral Éder Militão. A mudança deixou o Brasil com a defesa reforçada e fez Daniel Alves ser posicionado como meio-campista.

A parte final do segundo tempo teve o Brasil com dois objetivos: segurar o jogo e provocar a expulsão de algum peruano. A cada falta ou dividida, a reclamação brasileira para cobrar cartão faziam os cerca de 70 mil presentes gritarem. O jogo ficou travado, tenso e aos 41 minutos, viveu um novo momento decisivo. O árbitro marcou pênalti em Everton na área, consultou o árbitro de vídeo e assim como no primeiro tempo, manteve a decisão.

A bola decisiva caiu para Richarlison, aos 45 minutos do segundo tempo. O atacante que teve caxumba durante a Copa América cobrou no canto de Gallese e fez o estádio aliviar a preocupação. Teve gritos de "campeão", sinalizador e o coro de "o campeão voltou" para coroar o encerramento da campanha vitoriosa.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 3 X 1 PERU

BRASIL: Alisson; Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro, Arthur e Philippe Coutinho (Éder Militão); Gabriel Jesus, Éverton (Allan) e Roberto Firmino (Richarlison). Técnico: Tite.

PERU: Gallese; Advíncula, Zambrano, Abram e Trauco; Yotún (Ruidiaz), Tapia (Gonzales), Carrillo (Polo), Cueva e Flores; Paolo Guerrero. Técnico: Ricardo Gareca.

GOLS - Everton, aos 14, Guerrero, aos 43, e Gabriel Jesus, aos 47 minutos do primeiro tempo; Richarlison, aos 45 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Roberto Tobar (Chile).

CARTÕES AMARELOS - Tapia, Thiago Silva, Zambrano, Advíncula e Richarlison.

CARTÃO VERMELHO - Gabriel Jesus.

PÚBLICO - 58.584 pagantes (69.986 no total).

RENDA - R$ 38.769.850,00

LOCAL - Maracanã, no Rio de Janeiro.

Foi uma cerimônia visualmente bonita, mas nem a presença de Anitta no palco foi suficiente para empolgar o público que foi ao Maracanã acompanhar a final da Copa América entre Brasil e Peru. A festa de encerramento que precedeu ao jogo começou com cinco minutos de atraso, durou outros dez e contou com um erro da organização na montagem do palco.

A estrutura, montada no centro do gramado, tinha o formato da América do Sul. No meio, havia o slogan da Copa América do Brasil, "Vibra o continente". Mas, na pressa para montar o palco, parte da palavra "continente" foi colocada de ponta-cabeça - e talvez até fizesse sentido.

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A cerimônia começou com Matias Fernandes, campeão da Copa América pelo Chile em 2015, carregando o troféu até o palco. No gramado - coberto com uma lona - cerca de 400 pessoas, entre músicos e dançarinos, fizeram um rápido espetáculo. Na parte final, a brasileira Anitta e o porto-riquenho Pedro Capó cantaram a música tema da competição. A apresentação terminou com Anitta fazendo uma referência ao músico e compositor João Gilberto, que morreu no sábado.

A festa foi encerrada na sequência com fogos em torno do gramado, que coincidiram com a entrada das duas seleções em campo. O ponto alto, contudo, veio antes de a bola rolar, quando praticamente o estádio inteiro, depois de cantar o hino nacional à capela a pleno pulmões, acompanhou os jogadores no minuto de silêncio em homenagem a João Gilberto.

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--> Copa América: Bolsonaro e Moro estão no Maracanã

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, chegaram às 16h40 deste domingo, 7, ao estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, para ver a decisão da Copa América entre Brasil e Peru. Como o sistema de som do estádio já reproduzia músicas da festa de encerramento do evento esportivo, não foram ouvidos aplausos nem vaias. O jogo começa às 17h. Na comitiva do presidente vieram outros oito ministros, dois dos filhos de Bolsonaro (o deputado federal Eduardo e o senador Flávio) e pelo menos cinco deputados da base de apoio do governo.

A presença do ministro Moro foi prometida por Bolsonaro na última sexta-feira, 5, depois que a revista Veja publicou novos trechos de supostas conversas entre o ministro da Justiça, quando ainda era o juiz responsável pela Operação Lava Jato em Curitiba, e o procurador da República Deltan Dallagnol, responsável pela acusação nos processos que seriam julgados por Moro. A revista acusa o ex-juiz de ter sido parcial. As conversas foram obtidas pelo site The Intercept e começaram a ser divulgados em 12 de junho.

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Em reação à reportagem da revista Veja, ainda na sexta-feira Bolsonaro anunciou que neste domingo faria no estádio do Maracanã um teste da popularidade de Moro: "Pretendo domingo não só assistir à final do Brasil com o Peru, bem como, se for possível e a segurança me permitir, iremos ao gramado. O povo vai dizer se nós estamos certos ou não".

O cerimonial prevê que a taça de campeão da Copa América seja entregue após o jogo pelo presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, mas, segundo a entidade, não há nenhum impedimento caso o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, queira participar da cerimônia.

Em dezembro passado, quando já havia sido eleito mas ainda não havia assumido a presidência, Bolsonaro participou da premiação ao Palmeiras, que se sagrou campeão brasileiro.

Comitiva

Hoje é a segunda vez que o ministro da Justiça acompanha Bolsonaro a um estádio desde que ele começou a ser alvo de denúncias do site The Intercept. Em 12 de junho, três dias após a primeira reportagem baseada em supostas conversas entre Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol, Moro e Bolsonaro foram ao estádio Mané Garrincha, em Brasília, para ver CSA x Flamengo, pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro. Já na plateia, antes do jogo, o presidente - que é palmeirense - acenou para torcedores e levantou as mãos de Moro.

Um torcedor então jogou uma camisa do Flamengo para Bolsonaro, que sorriu e pediu a outro espectador que desse uma para o ministro, também. Bolsonaro recebeu a segunda camisa e entregou a Moro, que a vestiu sobre a camisa de manga longa e a gravata que trajava. Os dois foram aplaudidos. Também integravam o grupo, naquela partida, o deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB).

Dois dias depois, em 14 de junho, Bolsonaro foi ao estádio do Morumbi, em São Paulo, para ver a partida de estreia do Brasil na Copa América, quando a seleção venceu a Bolívia por 3 a 0. Moro não o acompanhou nessa ocasião.

Aplausos e vaias

Na última terça-feira (2), mais uma vez sem Moro, Bolsonaro esteve no estádio do Mineirão, onde viu a semifinal entre Brasil e Argentina, vencida pela equipe brasileira por 2 a 0. Antes da partida, o presidente se reuniu com Neymar, que, cortado da seleção por lesão, acompanhava o jogo na plateia.

No intervalo daquela partida, Bolsonaro deixou a área reservada à sua comitiva e desceu ao gramado do Mineirão. O presidente passou perto da arquibancada, pegou uma bandeira entregue por torcedores, a agitou e depois a devolveu. O estádio se dividiu entre vaias e aplausos, e Bolsonaro disse que as vaias eram dirigidas à seleção argentina, que havia voltado ao campo. "Houve vaia quando a seleção da Argentina entrou. E aí jogaram a câmera para cima de mim, queriam o quê? Acham que de imediato, eu, com paletó e gravata, no Mineirão enorme, uma vaia estrondosa de repente para mim? Não tem cabimento isso. Quem por outro lado sabia que era eu? Não sabia. A vaia foi para a seleção da Argentina. E se um dia eu levar uma vaia eu vou logicamente pensar onde estou errando", afirmou.

Após a semifinal, a federação de futebol da Argentina formalizou uma reclamação à Conmebol, entidade organizadora da Copa América, em que classificou a passagem de Bolsonaro pelo gramado como uma "interferência política" na partida.

Questionada sobre o fato, a entidade considerou normal a atitude de Bolsonaro. "Sobre a presença do presidente (no gramado), eles vão ao campo, isso é normal. No pré-jogo ou no intervalo, isso é norma", afirmou Thiago Jannuzzi, gerente de competições do Comitê Organizador Local da Copa América, em entrevista coletiva concedida na sexta-feira.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, relacionou a final da Copa América entre Brasil e Peru neste domingo (7) com a Operação Lava Jato. "Brasil e Peru fazem, na Copa América, o clássico da Lava Jato/Caso Odebrecht", afirmou em sua conta oficial do Twitter.

Segundo o ministro, os dois países foram os que mais agiram contra a corrupção, em processos criminais, na América Latina. "Houve intensa cooperação do Brasil com o Peru. Os dois países ganharam. Pena que no futebol só um pode ganhar."

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Moro participa da comitiva de nove ministros que estará com o presidente Jair Bolsonaro no Maracanã, onde ocorre a partida a partir de 17h. Além dos ministros, dois filhos de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro, (PSL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e alguns deputados estarão no jogo com o presidente.

Nove ministros do atual governo vão estar na tarde deste domingo no Rio de Janeiro com o presidente da República, Jair Bolsonaro, para acompanhar a final da Copa América de futebol. Entre eles, os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Brasil e Peru se enfrentam no Maracanã, às 17 horas.

Na lista de autoridades que devem ir ao jogo com Bolsonaro estão, além de Guedes e Moro, os ministros da Defesa, general Fernando Azevedo, de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, da Cidadania, Osmar Terra, da Controladoria-Geral da União, Wagner de Campos Rosário, de Minas e Energia, Bento Costa Lima, e da Segurança Institucional, general Augusto Heleno.

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Também acompanham Bolsonaro ao jogo dois de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro, (PSL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Estarão presentes ainda os deputados Darcísio Perondi (MDB-RS), José Medeiros (PODE-MT), Gurgel (PSL-RJ), Hélio Lopes (PSL-RJ) e Marcel Van Hattem (NOVO-RS).

A comitiva para o jogo, que possui ao todo 20 pessoas, além de Bolsonaro, terá ainda a presença do secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, General Décio Brasil, do secretário nacional de Futebol do Ministério da Cidadania, Ronaldo Lima, e do Embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley.

Bolsonaro deve embarcar em voo de Brasília para o Rio às 14h30, a partir da base aérea da capital federal. A chegada ao Rio está prevista para as 16h00, no Aeroporto Santos Dumont.

A família peruana Gonzales tem um orgulho imenso e uma ligação grande com o futebol. Após ver José González Ganoza ser goleiro de destaque da seleção do país e campeão da Copa América em 1975, os parentes esperam que neste domingo um dos sobrinhos, Paolo Guerrero, possa repetir o feito, derrotar a seleção brasileira no Maracanã e levar mais uma taça para Lima.

O atacante do Internacional é o principal nome da seleção peruana e tem neste domingo a chance de fazer a geração atual da equipe entrar para a história. Se entre 1970 e 1982 o Peru disputou três em quatro Copas possíveis, assim como ganhou uma edição de Copa América, o time atual tenta repetir os feitos vitoriosos. E se inspira nas ligações familiares entre essas duas eras.

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O goleiro e tio de Guerrero defendeu por anos o Alianza Lima e disputou pelo país a Copa do Mundo de 1982. Tanto no Mundial como na Copa América, ele foi reserva da seleção, mas se destacou no futebol local por ter conquistado três títulos peruanos. Ganoza tinha uma outra paixão além do futebol: os sobrinhos. Um irmão mais velho de Paolo Guerrero, Julio Rivera também foi jogador profissional, foi atacante e disputou as Copas Américas de 1993 e 1995.

Ganoza chegou a entrar em campo com Paolo Guerrero no colo em algumas partidas do Alianza Lima, mas não viu o sobrinho se tornar o principal jogador do futebol do país. Em 1987 o goleiro faleceu em uma tragédia aérea. Guerrero tinha apenas três anos. O avião do time peruano caiu no Oceano Pacífico a poucos quilômetros do pouso na capital do país. O acidente causou a morte de 43 pessoas.

O desastre afetou a vida da família. Nos primeiros anos de carreira, Guerrero teve medo de voar após o acidente ter causado a morte do irmão de sua mãe. Aos poucos, o jogador superou o trauma e conseguiu se afirmar como um dos maiores jogadores da história da seleção. O atacante é, inclusive, o maior goleador em atividade da Copa América, com 13 gols.

As críticas e acusações de Lionel Messi foram rebatidas pela Conmebol, na noite deste sábado, horas após a vitória da Argentina sobre o Chile, na disputa pelo terceiro lugar da Copa América, na Arena Corinthians, em São Paulo. Para a entidade responsável por gerir o futebol sul-americano, as declarações do atacante argentino são "inaceitáveis".

"É inaceitável que, em função de incidentes próprios da competição, que contou com 12 seleções em igualdade de condições, se lancem acusações infundadas que faltam com a verdade e põem em discussão a integridade da Copa América", rebateu a Conmebol, em comunicado.

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A entidade se refere às declarações feitas por Messi na zona mista, após o triunfo da Argentina. O atacante foi expulso de campo ainda no primeiro tempo por conta de um desentendimento com o zagueiro Medel. Revoltado, o jogador argentino não participou da cerimônia de premiação, em que seus companheiros receberam a medalha de bronze.

"Um cartão amarelo resolveria. O que disse na vez passada (depois do jogo com o Brasil) talvez tenha servido para agora. Não fui à premiação porque nós não temos que ser parte desta corrupção. Nos faltaram com respeito durante toda esta Copa. Não nos deixaram chegar na final", afirmou Messi, referindo-se também à arbitragem do jogo contra o Brasil, na semifinal (o craque reclamou de dois pênaltis não marcados a favor da Argentina e questionou a isenção do VAR naquela partida).

A Conmebol repreendeu o jogador. "No futebol às vezes se ganha e às vezes se perde, e um pilar fundamental do fair play é aceitar os resultados com lealdade e respeito. O mesmo ocorre para as decisões arbitrais, que são humanas e sempre serão perfectíveis", apontou a entidade.

A Conmebol não indicou se vai abrir procedimento de investigação contra o jogador, o que poderia render punição a Messi nas competições organizadas pela entidade - em 2020, haverá nova edição da Copa América, com sede conjunta entre Argentina e Colômbia.

"Tais acusações representam uma falta de respeito à competição, a todos os futebolistas participantes e às centenas de profissionais da Conmebol, instituição que desde 2016 vem trabalhando incansavelmente pela transparência, profissionalização e desenvolvimento do futebol sul-americano", registrou a Conmebol.

A galeria de jogadores campeões com a camisa da seleção brasileira pode aumentar neste domingo com a presença de nomes jovens, badalados no futebol europeu, com sucesso nas categorias de base do Brasil e ainda em busca de um primeiro título pela equipe pentacampeã do mundo. Titulares como Alisson, Gabriel Jesus, Arthur, Casemiro e Philippe Coutinho têm menos de 28 anos e esperam, às 17h, derrotar o Peru na final da Copa América, no Maracanã, para se estabelecerem como alicerces de uma nova era vitoriosa da seleção.

Em uma caminhada no torneio sem a presença da grande estrela, Neymar, coube aos demais companheiros o papel de conduzir o time do técnico Tite à final e tentar resgatar o Brasil de duras derrotas recentes nos últimos seis anos.

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A seleção principal ganhou pela última vez um título no mesmo Maracanã, ao bater a Espanha na final da Copa dos Confederações, em 2013. Depois disso, o Brasil amargou a decepção na Copa sediada em casa ao levar de 7 a 1 da semifinal da Alemanha e parou ainda mais cedo na campanha do Mundial da Rússia, ao cair diante da Bélgica nas quartas de final.

Em Copas Américas, só foram frustrações nos últimos anos, com direito ao vexame de ser eliminado na fase de grupos na edição mais recente, em 2016, ao ser eliminado pelo próprio Peru, agora rival na final. A chance de passar a limpo toda essa história, portanto, está sob responsabilidade de uma nova e talentosa geração, cujos integrantes tiveram participação em alguns desses tropeços.

EXPERIÊNCIA - O volante Casemiro é um dos principais expoentes desse grupo. O jogador integrou as categorias de base da seleção brasileira, é titular do Real Madrid e, mesmo com vários títulos de Liga dos Campeões, vê a Copa América como fundamental para esse grupo. "É uma competição muito difícil e importante demais para todos aqui, ainda mais jogando no Brasil, dentro do Maracanã. Não só para mim, como para todos os jogadores seria importante essa conquista", disse.

Aos 27 anos, Casemiro é da mesma geração das categorias de base de nomes como Neymar, Coutinho, Alisson, Alex Sandro e Allan. A turma representou o Brasil em Mundiais como o sub-17 e sub-20 e busca, com o possível título da Copa América, ganhar mais peso dentro da própria seleção. Nos respectivos clubes, todos já têm esse respaldo.

Uma geração até mais jovem também integra a seleção em busca do mesmo objetivo. O zagueiro Marquinhos e o atacante Gabriel Jesus foram campeões olímpicos os Jogos do Rio, em 2016, em uma experiência que os impulsionou a ganhar espaço na equipe principal. A inspiração agora é repetir essa mesma trilha e serem novamente promovidos de status dentro da seleção graças a um título.

"Na Olimpíada, a gente teve um começo difícil também e no meio da competição a gente conseguiu crescer, ganhar corpo. Na Copa América também evoluímos e conseguimos chegar à final", analisa o zagueiro Marquinhos, de apenas 25 anos e com sete anos de experiência no futebol europeu.

ESTRANGEIROS - O Brasil deve entrar em campo contra o Peru com dez titulares que atuam na Europa e apenas Éverton, do Grêmio, como representante do futebol nacional. Os "estrangeiros" deixaram o País ainda cedo, com alguns nomes sem mesmo terem experiência na Série A do Brasileiro antes de se transferirem ao exterior, como é o caso do atacante Roberto Firmino, do Liverpool.

Parte do grupo, portanto, passou a ter mais contato com o torcedor depois de ter vestido a camisa da seleção brasileira. Os mais jovens esperam com a Copa América até mesmo criar uma relação mais próxima com o público e estreitar esses laços com a torcida da melhor forma: com uma volta olímpica no Maracanã após enfrentar o Peru.

"Estamos aqui para defender nossa pátria, defender nossa seleção de alguma forma. A gente vai procurar fazer o máximo na final. Temos um grupo forte e consolidado", afirma Marquinhos.

Quem esperava um jogo morno na disputa pelo terceiro lugar da Copa América se enganou. Em uma partida nervosa, com muitas faltas e direito a expulsão de Lionel Messi, a Argentina venceu o Chile por 2 a 1 neste sábado, na Arena Corinthians, em São Paulo, e ficou com a terceira colocação geral da competição continental.

O resultado pode ser considerado um tipo de vingança dos argentinos, que perderam as duas últimas finais do torneio (2015 e 2016) para os chilenos. E, talvez por isso, a seleção de Lionel Scaloni veio mais ligada para a partida e tomou conta do jogo. Os chilenos, mais cansados, tentaram parar o adversário na pancada e não deu certo.

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A Argentina abriu o placar depois que Messi pegou na bola pela primeira vez. Ele recebeu no campo de defesa, aos 11, se livrou de três marcadores e sofreu a falta quase no meio de campo. O camisa 10 bateu rápido e colocou Agüero na cara do gol. O centroavante driblou Arias e mandou para as redes.

Os chilenos não conseguiam chegar ao gol de Armani. Os argentinos aproveitaram mais um descuido do rival para ampliar. Lo Celso lançou para Dybala na esquerda, que tocou na saída do goleiro. O terceiro poderia ter saído em seguida. Messi deu linda assistência para Dybala, que desperdiçou.

A partir daí, o árbitro paraguaio Mário de Vivar perdeu o comando do jogo. Os chilenos passaram a distribuir pancadas. Medel deu duas entradas em Messi e sequer levou amarelo. Na terceira, em uma disputa de bola na linha de fundo, os dois jogadores se desentenderam e foram expulsos. Os torcedores na arena gritaram o nome do craque argentino e xingaram o árbitro.

No segundo tempo, os argentinos começaram melhores, mas o Chile foi quem descontou com a ajuda do VAR em um lance polêmico. Lo Celso derrubou Aránguiz na linha da área. O árbitro de campo mandou seguir, mas o de vídeo assinalou o pênalti. Vidal bateu e fez.

O técnico argentino Lionel Scaloni tratou então de tentar segurar a vantagem. Di María entrou no lugar de Dybala com a missão de tocar a bola e fazer o tempo passar. Mas foi com ele que quase saiu o terceiro. O atacante avançou pela esquerda deixou Beausejour para trás e rolou para Agüero, que tocou em cima do goleiro. No fim, os chilenos reclamaram de um toque na mão de Otamendi dentro da área, mas o árbitro mandou seguir.

FICHA TÉCNICA:

ARGENTINA 2 x 1 CHILE

ARGENTINA - Armani; Foyth, Pezzella, Otamendi e Tagliafico; De Paul, Paredes e Lo Celso (Funes Mori); Messi; Agüero (Matías Suárez) e Dybala (Di María). Técnico: Lionel Scaloni.

CHILE - Arias; Medel, Jara (Maripán) e Diaz; Pulgar; Isla, Aránguiz (Castillo)), Vidal e Beausejour; Sánchez (Da Silva) e Vargas. Técnico: Reinaldo Rueda.

GOLS - Agüero, aos 11, e Dybala, aos 21 minutos do primeiro tempo; Vidal, aos 13 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Mário A. Diaz de Vivar (Paraguai).

CARTÕES AMARELOS - Lo Celso, Paredes, Foyth e Tagliafico; Beausejour, Vidal e Pulgar.

CARTÕES VERMELHOS - Messi e Medel.

RENDA - R$ 7.180.385,00.

PÚBLICO - 41.573 pagantes (44.269 no total).

LOCAL - Arena Corinthians, em São Paulo (SP).

Autor do primeiro gol na semifinal diante do Chile, o meia peruano Edison Flores acabou deixando o gramado da Arena do Grêmio no decorrer da partida após sentir uma lesão, mas neste sábado o jogador garantiu que está pronto para encarar o Brasil, na final da Copa América, neste domingo, no Maracanã. O jogador é um dos principais nomes da equipe de Ricardo Gareca.

"Estou bem, foi uma lesão que não me permitiu continuar contra o Chile, mas estou recuperado e espero dar o melhor amanhã [domingo]", disse o meia Flores neste sábado, em entrevista coletiva no Maracanã. "Me sinto bem, recuperado e com vontade de jogar."

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O meia declarou que todo o grupo de jogadores está confiante em um bom resultado diante do Brasil. "Tomamos isso como um jogo muito importante. É uma final, é preciso dar o melhor de cada, como é nosso costume", considerou Flores. "Trabalhamos muito e vamos buscar os erros do Brasil. Temos que aproveitar qualquer chance de gol."

O jogador também elogiou o atacante Paolo Guerrero, considerado o principal jogador da seleção e autor de dois gols na Copa América. "Paolo é, para nós, para todo o Peru e para a equipe em si, uma figura importante. Ele é de nível mundial. Tentamos aproveitá-lo ao máximo, copiar suas virtudes. É um jogador humilde e com uma liderança que é muito boa para nós", enalteceu Flores.

Cinco homens foram presos vendendo ingressos falsos para a final da Copa América, entre as seleções do Brasil e Peru, que acontecerá amanhã (7), no Maracanã, no Rio de Janeiro. A Polícia Civil chegou à quadrilha a partir da denúncia de uma mulher que negociava pela internet a compra de duas entradas. Os nomes dos envolvidos não foram revelados.

Desconfiada, ela marcou um encontro com um homem que se apresentou como vendedor, num ponto próximo à Cidade da Polícia, na zona norte da cidade. Ao perceber que o ingresso era falso, ela acionou policiais que passavam pelo local.

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O suposto vendedor foi preso imediatamente e, a partir das informações passadas por ele, os outros integrantes da quadrilha foram capturados no centro da cidade, com 19 ingressos falsificados e prontos para venda pelos preços de R$ 500 a R$ 1,5 mil. Ao todo, 21 ingressos foram apreendidos.

A Polícia Civil do Estado do Rio, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que os cinco acusados vão responder por estelionato, formação de quadrilha e receptação.

Em maio, logo nos primeiros dias de treino da seleção brasileira em Teresópolis visando a Copa América, o auxiliar técnico do Brasil Cleber Xavier afirmou que a comissão técnica "já tinha na cabeça" o time titular para a competição. Ele não citou nenhum nome, mas quem acompanhava a seleção mais de perto sabia que o ataque teria Roberto Firmino e Neymar, com Gabriel Jesus esperando uma oportunidade no banco. Um mês e meio depois, o Brasil se prepara para a decisão com Firmino e Gabriel Jesus atuando juntos e demonstrando bom entrosamento.

A formação, contudo, demorou para ser definida pela comissão técnica. Sem Neymar, que acabou cortado às vésperas da disputa após sofrer lesão no tornozelo, Tite e seus auxiliares trataram de montar o setor ofensivo na base da tentativa, com Richarlison, David Neres, Firmino, Everton e Gabriel Jesus disputando posição.

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Richarlison e David Neres foram titulares ao lado de Firmino na estreia com a Bolívia, mas a seleção brasileira sofreu para fazer seus três gols. Everton "Cebolinha" acabou sendo acionado e encantou nos primeiros jogos, mas sucumbiu à marcação contra a Argentina e deixou o campo após o intervalo.

Firmino e Gabriel Jesus também foram vistos com desconfiança no início da Copa América. Apesar de fazer boa temporada por Liverpool e Manchester City, a dupla demorou a engrenar na competição. Firmino só foi marcar seu primeiro gol na goleada por 5 a 0 sobre o Peru, no terceiro jogo - mesma partida em que Gabriel Jesus perdeu uma penalidade.

Os dois foram desencantar mesmo na semifinal, quando o Brasil fez uma partida segura e, sobretudo, eficiente diante da Argentina. Gabriel Jesus marcou o primeiro gol após receber assistência de Firmino. Depois, os papéis foram invertidos e o jogador do Liverpool ganhou passe do atleta do City para fazer 2 a 0 e confirmar a vitória.

"Vim (para o Mineirão) com a cabeça de que iria marcar um gol. Não falo só porque fiz o gol, mas porque vim muito confiante mesmo. No começo, já fui para cima", comentou Jesus após a vitória contra a Argentina.

O gol marcado serviu para o atacante alcançar uma meta que estabelecera antes mesmo de a competição começar, a de não passar em branco, como ocorreu no ano passado na Copa do Mundo da Rússia. "É meio que obrigação do atacante fazer gol. Não adianta só dar assistência ou ajudar com a bola ou sem a bola", afirmou Gabriel Jesus em maio, na primeira parte da preparação na Granja Comary, em Teresópolis.

Firmino, por sua vez, procurou enaltecer a parceria no ataque após a vitória na semifinal. "Eu e o Gabriel somos isso. Mostramos entrosamento e parceria. A gente se conhece bem e se dá bem. Temos um grupo forte, e demonstramos nossa força. Independentemente da posição, a gente joga junto, a gente só está aqui para ajudar a seleção da melhor forma possível."

Com dois gols marcados na competição, o atacante do Liverpool é um dos três jogadores do Brasil que estão na artilharia da Copa América. Everton e Philippe Coutinho também integram a lista, que tem nada menos do que 13 artilheiros.

O encerramento da Copa América, domingo, no Maracanã, terá uma cerimônia enxuta, de apenas dez minutos, antes do jogo Brasil e Peru, marcado para às 17h. A partida deverá contar com a presença do presidente Jair Bolsonaro, mas a organização não quis confirmar se ele participará da cerimônia de entrega do troféu ao campeão ou mesmo se irá ao gramado, como fez no Mineirão.

A presença de Bolsonaro na partida entre Brasil e Argentina, pela semifinal, causou certo desconforto e até mesmo reclamação por parte dos argentinos. O presidente chegou a descer ao gramado e foi recepcionado com aplausos e vaias. Ontem, o Comitê Organizador Local (COL) disse ter considerado a ida de Bolsonaro ao campo de jogo como "normal" e não descartou que isso volte a acontecer no domingo.

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"No que diz respeito ao presidente, assim como outras autoridades e dirigentes, eles vão ao campo, isso é normal no pré-jogo, no intervalo, como aconteceu no caso do Mineirão. A presença dele aqui no gramado ainda não tem nada programado, mas a expectativa é que ele venha ao estádio acompanhar a partida", disse Thiago Jannuzzi, gerente geral de Competições do COL, em entrevista coletiva realizada no Maracanã.

A festa de encerramento antes do jogo está prevista para se iniciar às 16h35, se encerrando com a entrada dos jogadores em campo. Quase 400 pessoas atuarão no palco, que terá como atração principal a apresentação da cantora Anitta e do porto-riquenho Pedro Capó.

Argentina e Chile fazem neste sábado, às 16 horas, na Arena Corinthians, a disputa pelo terceiro lugar da Copa América em duelo de gerações. De um lado, a nova seleção do técnico estreante (e interino) Lionel Scaloni tenta recolocar os argentinos no rumo das conquistas. Do outro, Medel, Vidal e Alexis Sánchez, bicampeões do torneio continental, caminham para o adeus de uma seleção que deixará saudade aos chilenos.

Scaloni apostou em um elenco jovem e inexperiente. Dez dos 23 convocados debutaram no primeiro torneio pela seleção argentina. Sete jogadores nem haviam nascido quando o país ergueu o troféu da Copa América pela última vez, em 1993. Por ser um grupo novo, em formação ainda, a equipe oscilou durante o torneio no Brasil.

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Mas, independentemente do resultado contra o Chile, o técnico argentino acredita que a seleção está no rumo certo. "Não sei se continuarei como técnico da Argentina. Mas acredito que os jogadores têm de ser os mesmos. Quem vai estar sentado no banco de treinador não é o mais importante", disse.

Para a partida, Scaloni não poderá contar com o meia Acuña e o atacante Lautaro Martínez, suspensos pelo acúmulo de cartão amarelo. Lo Celso e Dybala devem ser os substitutos, respectivamente. Lionel Messi não deverá ser poupado.

No Chile, a disputa pelo terceiro lugar deve marcar o fim da "geração dourada" do país. O técnico colombiano Reinaldo Rueda ainda não sabe se contará com Arturo Vidal, pois o volante se recupera de entorse no tornozelo direito e não treinou. O treinador, no entanto, sabe que a partir dessa partida o time passará por uma renovação.

"Temos de fazer um trabalho intenso de renovação. Nosso objetivo a partir de agora é obter uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Não tivemos gerações sub-15, sub-17 e sub-19 vencedoras e por isso somos a única seleção sem jogadores sub-23 na Copa América", afirmou o comandante.

Se há 44 anos o Peru eliminou o Brasil da Copa América com uma seleção que era a base da equipe que foi à Copa do Mundo de 1970 e é considerada até hoje a melhor geração da história do futebol do país, agora o time comandado pelo técnico Ricardo Gareca avançou à decisão continental como uma grande zebra.

O Peru despachou os favoritos Uruguai e Chile no mata-mata e reencontrará uma seleção brasileira que lhe aplicou uma goleada de 5 a 0 na rodada final da fase de grupos, na Arena Corinthians, em São Paulo, onde o atacante Gabriel Jesus ainda desperdiçou um pênalti no finalzinho do confronto.

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Questionados pela reportagem do Estado sobre o que esperam para a decisão deste domingo, no Maracanã, os ex-atacantes Roberto Dinamite e Reinaldo e o ex-zagueiro Piazza, que enfrentaram o Peru na Copa América de 1975, exaltaram o favoritismo brasileiro ao título.

"O Brasil só perde essa Copa América se perder para ele mesmo. Para mim, dá uma goleada no Peru. Uma seleção que toma uma sonora goleada de 5 a 0 fica mal depois se aparecer em uma foto de campeã", disse Reinaldo, que também destacou que a seleção peruana de 1975 era "bem superior" à atual. "Aquele time tinha Cubillas, Chumpitáz, Meléndez... Tinha jogadores bom pra c...", ressaltou, usando até um palavrão para elogiá-la.

Dinamite também confia que a seleção de Tite triunfará no domingo. "Neste jogo no Maracanã, eu acredito que o Brasil é o grande favorito. É um outro jogo e uma outra situação em relação aos 5 a 0 que o Peru levou na primeira fase, mas, mesmo assim, o Brasil é o favorito e tem tudo para conseguir uma vitória", previu.

Piazza não descarta a possibilidade de uma surpresa no domingo, mas crê na conquista do título por parte do Brasil. "O futebol é bom porque dá ao time inferior tecnicamente a chance de vencer o superior, isso é muito difícil de acontecer no basquete, no vôlei..., mas no futebol você está sempre vendo zebras. Quase ninguém falava que o Peru iria para esta final, mas o Brasil está em uma boa posição para vencer e está buscando resgatar a confiança do torcedor, que ficou perdida principalmente depois do que aconteceu na última Copa do Mundo realizada aqui", disse o ex-zagueiro, se referindo à goleada de 7 a 1 sofrida diante da Alemanha na semifinal de 2014.

"Com todo o respeito ao futebol peruano, não estamos aqui para deixar fazer festa dos outros na nossa casa não. Já chega disso. Estou esperando por uma boa vitória do Brasil", completou o ex-atleta.

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