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RIO DE JANEIRO - Existia um medo misturado com expectativa e apreensão. Junto também estavam esperança e o sonho do reencontro com o bom futebol e o orgulho da seleção. Todos esses sentimentos eram compartilhados pelos jogadores e pela torcida antes da final da Copa das Confederações, contra a Espanha no Maracanã.
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O sorriso voltou e o grito de campeão que não se ouvia algum tempo pode ser berrado com alegria. Com a vitória por 3x0 a seleção brasileira devolve a alegria para os torcedores, que já esperam no ano que vem ter a mesma felicidade na final da Copa do Mundo.
Tetracampeão da Copa das Confederações, o Brasil agora se prepara para tentar o hexa em 2014 com mais confiança, e deixando os adversários, antes incrédulos, mais preocupados com o time dono da casa.
O Jogo
Espanha é engolida pelo Brasil
Assim como nos jogos da primeira fase, o Brasil abriu o placar pouco tempo depois do apito inicial. O título brasileiro começou a tomar forma com menos de dois minutos de jogo. Fred recebeu cruzamento da direita e entre dois zagueiros, caído conseguiu chutar a bola antes da interceptação do goleiro Casillas, mandando para o fundo das redes.
Aos gritos de “o campeão voltou entoado pela torcida, a seleção brasileira fechava os espaços dificultando a principal arma espanhola, o toque de bola. Na frente, em boa movimentação de Neymar e Fred a bola sobrou para Oscar bater perigosamente à esquerda da meta espanhola.
O time de Luiz Felipe Scolari adiantou a marcação dificultando a saída dos espanhóis. Em uma roubada de bola próxima a área adversária, Paulinho tentou encobrir Casillas, que sem muitas dificuldades defendeu.
Durante a semana o treinador espanhol Vicente Del Bosque destacou o contra-ataque como uma das principais jogadas brasileira. Foi em uma saída rápida do campo brasileiro que Arbeloa agarrou Neymar e tomou o primeiro cartão amarelo do jogo.
A Espanha só conseguiu levar perigo ao gol do Brasil aos 18 minutos, em chute de fora da área de Iniesta espalmada para fora por Júlio César. Aos poucos a Espanha tentava impor seu jogo de passes rápidos e curtos, mas a defesa brasileira sempre matava bem as jogadas.
Em um vacilo do time espanhol, Hulk levou a bola do campo brasileiro até a entrada da área adversária e tocou para Oscar, que recebeu falta de Sérgio Ramos. Na cobrança, Hulk bateu forte por cima do gol. A pressão brasileira continuava com Neymar deixando Fred frente a frente com Casillas. O atacante não aproveitou chutou em cima do goleiro.
Em um raro contra-ataque, Pedro recebeu pela direita e bateu tirando do alcance de Julio César. A bola já se encaminhava para dentro do gol, quando de carrinho David Luiz colocou para fora.
Antes do final do primeiro tempo, o Brasil conseguiu ampliar a vantagem. Em troca de passes na entrada da área da Espanha, Neymar recebeu de Oscar e chutou forte de perna esquerda sem chances para o goleiro espanhol.
Olé nos espanhóis
No mesmo ritmo do início do primeiro tempo, a seleção brasileira voltava ao segundo tempo. Com dois minutos Hulk tentou tocar para Neymar, porém a bola foi muito atrás. Fred aproveitou a sobra e de primeira colocou a bola no canto esquerdo do gol espanhol, abrindo ainda mais a vantagem no placar.
Jesus Navas entrou no jogo no começo do segundo tempo e em sua primeira jogada forçou um drible em cima de Marcelo, caindo dentro da área. Pênalti para a Espanha.
Confiante em que o goleiro brasileiro repetisse o que faz na semifinal contra o Uruguai, a torcida gritava o nome de Julio César. Não foi preciso a intervenção do camisa 12 do Brasil. Sergio Ramos desperdiçou a cobrança chutando para fora.
Com o jogo dominado, a seleção brasileira passou a tocar mais a bola, aos gritos de olé da torcida, diminuindo um pouco o ritmo da partida. O time canarinho chegava fácil ao ataque e em uma arrancada de Neymar, o zagueiro Piqué cometeu falta e recebeu o cartão vermelho.
Com um jogador a menos, a seleção espanhola pouco incomodava o gol do Brasil e quando conseguia o goleiro brasileiro era seguro nas bolas em que era exigido.
Chegando próximo ao final da partida o banco de reserva já estava de pé pedindo o fim de jogo e das arquibancadas o grito era de tetracampeão. O Brasil conquistou pela quarta vez a Copa das Confederações.
FICHA DO JOGO
Brasil 3
Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho (Hernanes) e Oscar; Hulk (Jadson), Fred (Jô) e Neymar. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Espanha 0
Casillas; Arbeloa (Azpilicueta), Piqué, Sérgio Ramos e Jordi Alba; Busquets, Xavi, Iniesta e Mata (Navas); Pedro e Fernando Torres (Villa). Técnico: Vicente Del Bosque
Maracanã - Rio de Janeiro
Árbitro: Bjorn Kuipers (HOL)
Assistentes: Sander Van Roekel (HOL) e Erwin Zeinstra (HOL)
Cartões amarelos – Arbeloa e Sérgio Ramos (Espanha)
Cartão vermelho – Piquet (Espanha)
Gols – Fred (2) e Neymar (Brasil)
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