Tópicos | Copa do Mundo de 2014

A votação da Lei Geral da Copa foi adiada mais uma vez na comissão especial que debate o tema. A reunião marcada para a tarde desta terça-feira foi cancelada pelo presidente da comissão, Renan Filho (PMDB-AL), após receber um pedido do relator, Vicente Cândido (PT-SP). O problema mais uma vez foi com a insatisfação do governo com trechos do relatório. Ainda não há data para uma nova reunião, que deverá ocorrer só depois do Carnaval.

"O Vicente me ligou e disse que não concluiu ainda o relatório porque continua negociando com o governo. Agora eu só vou marcar reunião quando for acertada essa negociação", disse Renan Filho. O relatório enviado na noite de segunda-feira por Cândido aos parlamentares da comissão tinha como principal novidade a perspectiva de redução de preço dos ingressos para os idosos. Pela proposta, quem tem mais de 60 anos teria direito a pagar meia-entrada em todas as categorias de ingresso, inclusive na chamada cota social.

Entre os pontos que o governo tem resistência estão a possibilidade de utilização de aeroportos militares durante o evento e a concessão de uma premiação para os ex-jogadores campeões das copas de 1958, 1962 e 1970. Há questionamentos também sobre medidas diplomáticas na facilitação de acesso ao País para estrangeiros em função do evento.

O adiamento deverá levar a novas alterações no texto. Uma delas deve ser a previsão de ingressos gratuitos para indígenas. Atualmente, eles estariam junto com idosos, estudantes e beneficiários da Bolsa Família na chamada "cota social". "O problema é que definição de raça no Brasil é por autodeclaração, então é melhor o governo destinar esses ingressos diretamente às tribos", defendeu o presidente da comissão, Renan Filho.

O governo federal oficializou nesta sexta-feira um incentivo fiscal ao futuro estádio do Corinthians, o Itaquerão, ao incluí-lo, em portaria publicada no Diário Oficial da União, entre os contemplados pelo governo federal com benefícios tributários no âmbito do chamado Recopa. O ato foi assinado pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

O regime de benefícios tributários para a construção de estádios para a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014 foi instituído em dezembro de 2010. Em julho do ano passado, a Receita Federal regulamentou o programa, possibilitando assim o acesso aos interessados. Quem for aceito pelo programa terá suspensa a cobrança de Cofins, PIS/Pasep, Imposto de Importação e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre máquinas e equipamentos importados.

O Itaquerão é o quarto estádio a conseguir acesso ao benefício. Antes, já foram incluídos no programa o Mineirão, de Belo Horizonte; o Maracanã, do Rio de Janeiro; e a Arena das Dunas, de Natal (RN).

Segundo o Ministério do Esporte, está em análise a inclusão de outros quatro estádios no programa: Estádio Nacional, de Brasília (DF); Castelão, de Fortaleza (CE); Arena da Baixada, de Curitiba (PR); e Arena Pernambuco, de Recife (PE).

Segunda pior seleção da Conmebol no ranking da Fifa, o Equador pode até não ter um grande time, mas conta com a altitude de Quito. Nesta terça-feira, a equipe equatoriana chegou à sua segunda vitória nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2014 ao bater o Peru por 2 a 0, em sua capital. Na primeira rodada, na mesma cidade, também passara pela Venezuela, com o mesmo placar.

O resultado coloca o Equador provisoriamente na terceira colocação, com seis pontos, atrás apenas de Uruguai e Argentina, que têm sete. A seleção equatoriana, porém, tem apenas três jogos, uma vez que já folgou neste primeiro turno. Com três pontos em quatro jogos, o Peru aparece em sétimo.

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Os dois gols do jogo desta terça-feira saíram no segundo tempo. Primeiro foi Méndez quem marcou, aos 24 minutos do primeiro tempo. Já no penúltimo minuto de jogo, Benítez ampliou, fazendo 2 a 0. O jogo foi todo dominado pelo Equador, que deu 12 chutes a gol, contra apenas quatro dos peruanos.

A próxima rodada das Eliminatórias será só em junho do ano que vem. O Equador visita a Argentina e recebe a Colômbia. O Peru primeiro joga em casa contra a Colômbia depois sai para pegar o Uruguai.

A Secretaria de Estado Extraordinária da Copa (Secopa) de Minas Gerais anunciou que a greve dos trabalhadores que atuam na obra de reforma do Estádio do Mineirão para o Mundial de 2014 está encerrada. Segundo a Secopa, os trabalhos foram retomados nesta terça-feira.

Na segunda-feira, foi realizada audiência no Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG) entre os representantes da empresa Minas Arena - responsável pelas obras de reforma do Mineirão -, e do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção Pesada de Minas Gerais (Siticop-MG) e firmado um acordo para o fim da greve, que seria avaliado pelos trabalhadores nesta manhã.

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A paralisação foi a segunda feita pelos funcionários que trabalham na reforma do Mineirão e começou na última quinta-feira. Além de aumento nos salários, os operários reivindicavam aumento no vale-refeição, plano de saúde também para os familiares e melhorias nos banheiros e chuveiros da obra.

A presidente Dilma Roussef visitou nesta sexta-feira as obras do estádio do Mineirão em Belo Horizonte como parte inicial da programação dos eventos relativos aos 1000 dias para a Copa do Mundo de 2014. Dilma chegou ao estádio em obras acompanhada do governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, dos ministros do Esporte, Orlando Silva, do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, do prefeito da capital, Márcio Lacerda. Pelé também acompanhava a comitiva.

A presidente entrou no estádio pelo lado oposto ao que operários em greve promoviam uma manifestação com carros de som e bandeiras. Trabalhadores da obra do Mineirão deram início na quinta-feira a uma paralisação, cobrando do consórcio de empresas Minas Arena melhorias no piso salarial, no tíquete-refeição e na infraestrutura do canteiro de obras.

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Nesta sexta-feira, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Osmir Venuto, que apoia a greve, garantiu que a paralisação atinge quase 100% dos cerca de 1000 trabalhadores da obra. "É mentira que os trabalhadores voltaram ontem à tarde" disse Venuto, negando que a manifestação tenha sido deflagrada em função da visita da presidente. "Não temos nada com a Dilma. Essa greve aqui é contra a Arena. Parou ontem e nós nem sabíamos que a presidente vinha aqui".

No interior do estádio o presidente do consórcio, Ricardo Barra, disse que a expectativa é que segunda feira os trabalhos estejam normalizados. "Acho que é uma greve oportunista em função do evento. Só posso entender dessa forma, uma vez que está tudo sendo rigorosamente cumprido".

ATLÉTICO-MG - Na visita ao canteiro de obras do Mineirão, Dilma cumprimentou alguns poucos funcionários que estavam em uma área reservada. Entre eles, apenas cinco estavam com uniforme de operário. A presidente posou para os fotógrafos segurando uma camisa do Atlético-MG, clube para o qual torce. Estava cercada por Pelé, por Reinaldo, ex-jogador do Atlético-MG, Orlando Silva e Anastasia, que também é atleticano. "Cadê o Pimentel que é cruzeirense?" provocou o governador mineiro.

A presidenta Dilma Roussef garantiu nesta terça-feira que a construção e reforma dos estádios para a Copa do Mundo de 2014 não estão atrasadas, mas no "ritmo adequado". Além disso, prometeu que nove dos 12 estádios que vão receber partidas do torneio estarão prontos até o final de 2012.

"A reforma e a construção de estádios estão em ritmo adequado. Das 12 arenas que receberão os jogos, 10 estão em obras, sendo que a conclusão de nove delas está prevista para dezembro de 2012, bem antes do início da Copa", afirmou Dilma na coluna semanal Conversa com a Presidenta ao responder o questionamento de uma leitora.

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A presidenta também tratou de minimizar as preocupações com o atraso nas obras dos estádios do Corinthians, em São Paulo, e da Arena das Dunas, em Natal. "Os obstáculos à construção do Itaquerão, em São Paulo, já foram superados e estão sendo criadas as condições para o início das obras na Arena das Dunas, em Natal", disse.

O atraso nas obras para a Copa do Mundo são fonte de preocupação no Brasil e também fora do País, sendo inclusive alvo de críticas de dirigentes da Fifa. A situação causou preocupação sobre as condições do Brasil para sediar o torneio.

"O governo federal, em parceria com governos estaduais e municipais trabalha, portanto, para o cumprimento de todos os compromissos assumidos", afirmou Dilma, que apontou a aprovação, pelo Congresso Nacional, do Regime Diferenciado de Contratações como um avanço para as obras.

O temor sobre as condições do Brasil para receber a Copa do Mundo de 2014 também envolve as condições do aeroportos das cidades que irão receber o torneio. Mas Dilma afirmou que as obras já começaram em seis aeroportos e que a licitação já está em andamento em outros cinco.

 

Veja a galeria de fotos de Dilma em Pernambuco.

O goleiro Rogério Ceni mostrou toda sua indignação por ver o estádio do Morumbi fora da Copa do Mundo de 2014 e não poupou críticas ao presidente Ricardo Teixeira, da CBF, em entrevista para a Agência Radioweb.

"É que era um estádio (o Morumbi) em que quem quer gastar é o São Paulo. Não dá certo. Não tem como. Se ainda tivesse alguma verba de fora, alguma coisa que desse... Mas quem vai construir é o São Paulo, mas a responsabilidade é do clube. Aí não dá para construir outro estádio, não tem R$ 1 bilhão pra gastar... Então não dá muito certo, né? Tem que ter dinheiro que a gente não tenha tanto controle porque, porque se tiver responsabilidade, não funciona para as pessoas que desejam construir novos estádios", afirmou Ceni, para explicar o motivo da exclusão do Morumbi.

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O goleiro ainda falou sobre a realização do Mundial no País, novamente em tom crítico direcionado a Teixeira. "O Brasil hoje não tem condições de receber uma Copa do Mundo. Quer dizer, tem condições de receber uma Copa do Mundo, nos moldes que a gente poderia receber. O Brasil só pensa em levar vantagem. Então se constroem estádios e mais estádios. As pessoas não querem, não têm escrúpulos, elas governam e lideram por interesses pessoais e não por interesse do povo", disparou, criticando os governantes: "As pessoas são eleitas pelo povo, mas a primeira coisa que elas pensam é o que eu fazer por mim, e não o que eu posso fazer pelo povo".

Rogério ainda falou da briga entre o São Paulo e a CBF. "É o preço que se paga quando você quer ser correto, quando você quer ser honesto num mundo em que as pessoas não veem o mundo dessa maneira. É o preço que se paga quando você bate de frente com as coisas que quem preside o São Paulo acha que está errado. A gente vive há alguns anos sofrendo algumas coisas. Há um comportamento estranho para com o São Paulo. Isso é notório e claro."

Sobre a carreira, Rogério Ceni revelou a felicidade com a proximidade da marca de mil jogos com a camisa tricolor, mas revelou que pode parar ao fim do seu contrato, em dezembro do ano que vem. "Quando chegar mais próximo dessa data, vou ver como está o time, como eu estou pessoalmente, qual meu desejo, como está a minha condição física."

Ele também deixou em aberto a possibilidade de um dia ser presidente do São Paulo, mas quer se preparar para isso. "Um pouco mais velho, com mais experiência em outras áreas que não seja só futebol. Ser presidente envolve outros aspectos, não envolve só conhecer futebol. É uma área técnica", destacou.

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