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Já é Carnaval na cidade de São Paulo. A Prefeitura anunciou o roteiro dos 865 blocos e cordões que farão 960 desfiles entre os próximos dias 15 de fevereiro e 1 de março. O número é 55,5% superior aos cadastrados para as festividades carnavalescas de 2019. Todo o roteiro, incluindo locais de concentração, dispersão, dias e horários está disponível no www.blocosderua.com/programacao-blocos-de-carnaval-sp.

De acordo com a Prefeitura, os estilos musicais que mantém viva a tradição do Carnaval, como marchinhas, carimbó, forró, toadas e rancho, tiveram a maioria das inscrições para os desfiles. Entretanto, a pluralidade característica de São Paulo também reserva espaço para a participação de grupos que tocam soul music, eletrônica, sertanejo, hip hop e rock n’ roll. Ainda segundo a administração municipal, a quantidade de blocos inscritos pode fazer com que a maior cidade do país também tenha o maior carnaval de rua do Brasil neste ano.

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O agito começa nesta terça-feira (14), no bairro da Bela Vista, localizado na região central. Por lá, o Bloco Filhos de Gil dá início aos eventos do Carnaval celebrando vida e obra de Gilberto Gil. A festa acontece no espaço cultural Mundo Pensante, a partir das 21h. A entrada até às 22 é gratuita e custará R$ 20 para quem chegar após este horário.

Segundo a Prefeitura, os blocos e outras manifestações carnavalescas nas ruas de São Paulo só poderão ocorrer com apresentação da Autorização para Ocupação ou Interferência em Via Pública, emitida pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Ainda de acordo com a gestão pública da capital paulista, a desobediência das restrições e recomendações técnicas citadas no documento poderá gerar penalidades aos responsáveis pelo desfile.

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Com o patrocínio do Banco da Amazônia e incentivo da Lei Rouanet, cinco grupos juninos foram contemplados pelo Projeto de Resgate aos Cordões de Pássaros e Bichos do Pará. Diversas oficinas estão sendo realizadas desde agosto deste ano e a agenda de apresentações do resultado às comunidades neste mês será nos dias 14, no bairro do Una; 15, na Pedreira; e 22, em Outeiro, sempre a partir das 18h30, com entrada aberta ao público de todas as idades.

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Dois desses grupos são o Cordão de Pássaro Aritauá, do município de Cachoeira do Arari, no Marajó, e o Cordão de Bicho Borboleta, de Mosqueiro. Ambos se apresentaram em agosto e participaram de oficinas de iniciação teatral, de confecção de indumentárias, além de instrumentos musicais e materiais para renovar o seu figurino.

“No Marajó, o projeto envolveu toda a comunidade que há 32 anos não via o Pássaro Aritauá sair nas ruas. O guardião responsável pelo grupo, Lino Ramos, está vibrante com o retorno das atividades dos seus músicos e atores, que conta com pessoas de todas as idades”, comenta a coordenadora do projeto de resgate, a também guardiã de pássaro junino Laurene Ataide.

Para a guardiã do Cordão de Bicho Borboleta, Lúcia Alane de Sousa Trindade, o Projeto de Resgate aos Cordões de Pássaros e Bichos do Pará tem grande relevância à manifestação do teatro popular porque mantém viva a cultura desses grupos juninos. “Fazia mais de 70 anos que o Bicho Borboleta não se apresentava em Carananduba, na Ilha de Mosqueiro.” Segundo ela, o grupo surgiu a partir dos relatos e memórias da Mestra Gilda Amador, que fugia para ver o cordão de bicho quando mais nova. Agora, a partir do projeto de resgate, foi possível trazer o grupo de volta.

Os outros três grupos que também foram selecionados são: Cordão de Pássaro Colibri de Outeiro, Cordão de Pássaro Bigodinho e o Pássaro Papagaio Real. “Todo o material que foi doado para os cinco grupos é de qualidade justamente para que dê mais beleza às apresentações. Nós nos preocupamos justamente com as cores desses bichos. Cada um deles ganhou também um violão, um pandeiro e uma flauta doce para que a música também seja valorizada nas apresentações”, destaca Laurene.

 Agenda de apresentações 

 Dia 14, sexta-feira, o Cordão de Pássaro Bigodinho, da guardiã Valderez Carrera, se apresenta na escola pública Manoel Sanches de Brito, no bairro do Una, em Ananindeua, a partir das 17 horas.

 No sábado, 15, quem se apresenta a partir das 18 horas, na Pedreira, é o Pássaro Papagaio Real, da guardiã Izabel Melo. O local da apresentação será a sede do grupo, situada na travessa do Chaco, entre Pedro Miranda e Antônio Everdosa.

Dia 22 de setembro, o projeto será encerrado com a apresentação do Cordão de Pássaro Colibri, no Ponto de Cultura Ninho do Colibri, em Outeiro, a partir das 18 horas, na Rua Tito Franco, no bairro de São João.

Festival

O III Festival de Pássaros e Outros Bichos, que ocorre desde 2016, corre o risco de ser não realizado neste ano. “Estamos tendo dificuldades para conseguir patrocínio para a 3ª edição do Festival de Pássaros e Bichos. Já estamos com o projeto aprovado pela Lei Rouanet, porém, nenhuma empresa ou instituição assumiu o compromisso de nos ajudar a continuar realizando esse grande sonho que é fazer com que os grupos de pássaros e bichos juninos se apresentem gratuitamente à sociedade paraense. Nós temos esperanças de conseguir fazer, para ainda este ano, este importante evento. Pra gente, dar continuidade ao festival é uma maneira de estarmos vivos. Dá sustentabilidade aos grupos, os torna ativos. Há grupos que só se apresentam nas quadras juninas. Precisamos divulgar a nossa movimentação, os nossos trabalhos. E esta ação dá visibilidade aos nossos bichos e pássaros juninos paraenses”, ressalta a guardiã Laurene Ataide.  

 Por Vivianny Matos, da assessoria do evento.

 

Iniciadas em outubro, serão realizadas ao longo de novembro e até o mês de dezembro diversas oficinas de resgate de grupos de pássaros e bichos juninos paraenses. O projeto, que foi selecionado através de edital e recebe patrocínio do Banco da Amazônia por meio de incentivo da Lei Rouanet, visa preservar, revitalizar, resgatar e divulgar uma das maiores expressões da cultura de tradição popular genuinamente paraense: as brincadeiras de Pássaros e Bichos do Pará.

A primeira etapa do projeto já começou no município de Baião. Lá o Pássaro Japiim, do Mestre Mico, foi o escolhido para ser resgatado. “Ficamos muito felizes com a presença de muitas pessoas da comunidade durante as oficinas, realizadas agora em outubro. Saímos da cidade com a certeza de que o Japiim retornará às ruas de Baião para alegrar o seu povo e para fortalecer a nossa cultura paraense, que é tão rica e estava se perdendo”, afirma a guardiã do Cordão de Pássaro Junino Colibri de Outeiro, Laurene Ataide, que é a coordenadora do projeto das oficinas de resgates.

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Grupos de pássaros e bichos de Belém, Outeiro e Iocaraci também estão no cronograma de ação do projeto para receber as oficinas de confecção de indumentárias; iniciação teatral; iniciação ao canto, além de oficinas de música. “Todos os grupos vão receber violão, pandeiro, flauta doce, além de todo o material para a confecção de novas indumentárias, que serão ensinadas a como serem confeccionadas durante uma oficina específica para essa finalidade”, explica Laurene. “Faremos o resgate de quatro grupos que já estavam em processo de ‘extinção’, digamos assim, porque há muito tempo já não se apresentavam, além da revitalização de um grupo que continua ativo. Resgataremos o Cordão de Bicho Leão Dourado, os Cordões de Pássaros Guará, Japiim, Urubu e a revitalizaremos o Cordão de Pássaro Colibri, antigo Beija Flor da guardiã Teonila, que nasceu em Icoaraci. Ao final de todas as oficinas, o resultado serão apresentações dos grupos já revitalizados nas suas respectivas comunidades”, informa a coordenadora que já se prepara com a sua equipe de resgate para a próxima oficina.

O Cordão de Bicho Leão Dourado, do Guardião Paulo da Ilha de Cotijuba, está nove anos parado. Já o Cordão de Pássaro Guará, da Mestra Nalzira de Icoaraci, há sete anos que não sai nas ruas. O Cordão de Bicho Urubu, da Professora e Guardiã Nailse, da comunidade do Fidelis, da Ilha de Caratateua/Outeiro, começou em 2015, resultado de uma oficina ministrada na escola Helder Fialho, pela atriz Tayres Pacheco com a peça “Um Lindo Presente”, de autoria da Mestra Laurene Ataíde. O Cordão de Pássaro Japiim, do Mestre Mico, do município de Baião, estava havia 30 anos sem se apresentar. A expectativa é que todos esses grupos voltem à ativa.

Apesar de neste ano as oficinas de resgate a grupos e pássaros juninos contarem com o incentivo da Lei Rouanet, a ação se iniciou em 2005 com o patrocínio do Banco da Amazônia. Municípios como Cotijuba, Santa Izabel do Pará, Portel e Abaetetuba já receberam o projeto. O Pássaro A Garça Briosa, que não se apresentava havia 52 anos, é um exemplo da importância dessas oficinas. Após ser resgatada, ela continua na ativa. O grupo é da Comunidade de Rio da Prata e é composto por ribeirinhos.

Distritos de Icoaraci e Outeiro, fora outras ilhas paraenses, também já receberam essas oficinas e estão com grupos ativos até hoje. Na primeira ação do projeto de resgate, seis oficinas foram realizadas. Os pássaros Bigodinho, Pipira da Água Boa e Bem Te Vi, do bairro Fama de Outeiro, continuam ativos. Também já foram realizadas diversas oficinas de resgates em escolas públicas paraenses.

Após um tempo paradas, em 2010, as oficinas de resgate retornaram. Nesse ano, ainda com o patrocínio do Banco da Amazônia, foi resgatado o Pássaro Pavão, da comunidade de Itupanema, do município de Barcarena. O Pavão continua na ativa desde então, após 18 anos parado. O grupo já se apresentou inclusive no Teatro Universitário Cláudio Barradas, da Escola de Teatro e Dança da UFPA.

Os principais objetivos dessas oficinas são: divulgar a manifestação folclórica de tradição genuinamente paraense; elevar a autoestima dos grupos e estimula-los para voltar a realizar apresentações em suas comunidades; melhorar a aparência e a qualidade das apresentações dos Cordões de pássaros e bichos juninos. Todas essas oficinas citadas acima foram realizadas pela equipe da Associação Folclórica e Cultural Colibri de Outeiro e pelo Ponto de Cultura Ninho do Colibri, que atua com a proposta de realização do projeto resgate aos cordões de pássaros e bichos juninos do Pará, com o intuito de preservar e divulgar uma das maiores expressões da cultura de tradição popular paraense que são as obras encenadas pelo teatro popular de pássaros e bichos, tradição encontrada apenas no Pará.

Por Vivianny Matos, especialmente para o LeiaJá.

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