Tópicos | Cultura Indígena

Batizada de Yandê, a primeira rádio online indígena do Brasil carrega em sua essência a diversidade de seus povos. Por meio de cânticos e músicas que transitam entre forró, dub, rap, rock e MPB, a rádio é produzida por artistas de diversas origens indígenas, que expressam suas diferentes realidades.

A rádio foi fundada por três amigos, Anápuaká Tupinambá, Renata Tupinambá e Denilson Baniwa, que afirmam e resgatam suas raízes, enaltecendo o que essas tradições antigas podem oferecer ao mundo de hoje. Em entrevista ao portal Hypeness, eles afirmam que Yandê tem uma programação indígena, "feita para indígenas, mas que pode e deve ser apreciada por todos".

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O repertório da Yandê é composto por diferentes povos indígenas nacionais e internacionais, como Luanko, rapper do povo Mapuche, do Chile; Ana Luiza e Gean Ramos, Pankararu, do Pernambuco; e Djuena, da etnia Tikuna, do Amazonas, que hoje é a cantora indígena mais famosa e relevante do país.

 

A ex-senadora Marina Silva (Rede) afirmou que a cultura indígena está ameaçada com o que chamou de “visão retrógrada” do futuro governo de Jair Bolsonaro (PSL). Em publicação no Twitter, Marina disse que querer transformar índio em branco desrespeitoso.

“A cultura indígena brasileira infelizmente está ameaçada por uma visão retrógrada que permeia a maioria do futuro governo”, salientou Marina. “Essa lógica de querer transformar os índios igual aos brancos ou eliminá-los é um sinal claro de negação do processo civilizatório de respeito à diferença”, complementou a ex-candidata a presidente pela Rede.

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Marina fez o comentário após a pastora e advogada Damares Alves ser anunciada como titular do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. A pasta ficará responsável pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

Para se ter uma ideia, a futura ministra é fundadora do Movimento Atini - Voz Pela Vida, uma organização que se apresenta com a missão de "promover a conscientização e a sensibilização da sociedade sobre a questão do infanticídio de crianças indígenas".

O Ministério Público Federal no Distrito Federal denunciou a instituição em 2015 por “manifestações de caráter discriminatório à comunidade indígena" em um filme que eles divulgaram e trata do infanticídio indígena. Os procuradores pedem que a ONG seja condenada a pagar R$ 1 milhão.

Para além dos cânticos, danças e rituais tradicionais, a cultura indígena se reinventa através dos tempos. Fugindo dos estereótipos e do status de folclórico, cantores e bandas indígenas tratam em suas canções, em português ou em idiomas indígenas, a luta e realidade que o cercam. No entanto, esses artistas ainda são pouco conhecidos no cenário fonográfico nacional.

Presentes nos diferentes gêneros musicais e espalhados por todo país, os artistas indígenas valorizam a sua identidade cultural e reforçam o discurso de resistência através da arte. Conheça alguns cantores e bandas que carregam o espírito de um povo:

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Coco de Toré Pandeiro do Mestre

Fundado em 2000 pelo músico e compositor Nilton Junior, o grupo apresenta uma mistura de ritmos de Pernambuco, dando visibilidade às tradições dos índios do Sertão e Agreste do Estado.

Kunumi MC

Aos 17 anos, Werá Jeguaka Mirim, mais conhecido como Kunumi MC, da aldeia Krukutu, em São Paulo, usa o rap para reivindicar os direitos indígenas. Com versos de protesto, em português ou em guarani, abordando temas como a demarcação de terras, o rapper lança seu segundo disco nesta quinta-feira (19). Em 2017, Kunumi MC gravou, em parceria com Criolo, a música "Terra, Ar, mar".

Ademilson Umutina

Representante do sertanejo indígena, o cantor e compositor Ademilson Umutina, que vive na aldeia Bacalana, no Mato Grosso, busca resgatar nas músicas a cultura tradicional do povo Umutina.

Brô MC's

Brô MC's mistura o rap norte-americano com letras em guarani. As composições relatam os problemas enfrentados pelos Guarani Kaiowá. O grupo indígena é formado por Bruno Veron, Clemerson Batista, Kelvin Peixoto e Charlie Peixoto, das aldeias Jaguapiru e Bororó, e nasceu em 2009 como forma de valorização da cultura indígena.

Banda Sonissini Mavutsini

Apresentando uma fusão do reggae tradicional com os ritmos indígenas, a Banda Sonissini Mavutsini lava um pouco da cultura dos índios do Xingu para além dos limites das terras desse povo. Formado por Lappa, índio da etnia Yawalapiti, Rodrigo Kaverna, Weiler Jahmaika, Léo (Bernujha), Milca Fya Burning, Bruno (Bicudo) e Carmel IYA, o grupo apresenta músicas nas línguas tupi e karibe.

Banda Kaymuan

Formada por indígenas tupiniquins de Aracruz, no Espírito Santo, em 2013, banda Kaymuan mistura o congo capixaba com o reggae, rock, baião e outros ritmos.

Arandu Arakuaa

A banda, formada em 2011, em Taguatinga, periferia de Brasília é composta por Nájila Cristina, Zândhio Aquino, Saulo Lucena e Adriano Ferreira e mescla o rock à música indígena e regional brasileira, com letras em Tupi, Xerente e Xavante. As canções são inspiradas nas lendas, ritos e lutas dos povos indígenas do Brasil.

A Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) iniciou no último sábado (10) a 4ª Exposição das Agremiações Carnavalescas Tribos Indígenas. A exposição fica aberta ao público até o dia 31 de março, na Praça do Povo do Espaço Cultural José Lins do Rego.­

A exposição é uma ação da Funesc em parceria com as Agremiações Carnavalescas Tribos Indígenas da capital paraibana. O evento foi criado para celebrar as manifestações culturais das tribos indígenas e fortalecer as agremiações difundindo seu passado histórico e sua importância cultural nos dias de hoje.

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A mostra reúne oito cocares do desfile das tribos do Carnaval Tradição da capital paraibana e apresenta adereços das tribos Tabajaras, Tupi Guanabara, Guanabara, Tupi Guarani, Xavantes, Tupinambás, Papo Amarelo e Africanos.

A Universidade UNG realiza um evento aberto ao público no dia 25 em comemoração ao Dia do Índio, em conjunto com a Associação Indígena City Las Vegas e o curso de Serviço Social da instituição. As festividades acontecerão no campus centro e contam com atividades culturais e a participação de representantes dos povos indígenas de comunidades da cidade de Guarulhos.

Membros dos povos Pankararú, Jeripankó, Wassu Cocal e Pankararé, apoiados pelo Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e pelo Núcleo de Pesquisas de Estudos Afrobrasileiros, exibirão obras de artesanato e danças. O cacique Awá e o historiador do CRAS Mauricio Pinheiro participarão dos debates.

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“Queremos trazer imagens e intervenções culturais que nos levem não apenas à valorização da cultura indígena brasileira mas também à reflexão crítica sobre a atual situação desses povos”, declarou a coordenadora do projeto, professora Amanda Eufrásio. Os cursos de Nutrição, Design e Jornalismo também participam da ação.

Programação:

19h20 - Exposição e venda de artesanato e orientações

19h30 - Apresentação cultural da representação indígena de Guarulhos

20h - Aula Pública sobre a questão indígena na atualidade

 

Serviço:

Cultura Indígena no Brasil

Data: 25 de abril (terça-feira)

Local: UNG Campus Centro - Praça Tereza Cristina, nº 88, Centro, Guarulhos

Os museus do Região Metropolitana do Recife (RMR) sediam, desta segunda (21) até a próxima sexta (25), a 9ª Primavera dos Museus. O evento é organizado nacionalmente pelo Instituto Brasileiro dos Museus (Ibram) e leva aos equipamentos culturais diversas atividades como exposições, debates, palestras, oficinas e saraus. O tema desta edição, Museus e Memórias Indígenas, pretende levar a sociedade a discutir, refletir e trocar experiências sobre a cultura indígena.  

No Museu do Homem do Nordeste (MUHNE), professores, gestores e arte educadores se encontram para uma roda de conversa a partir do tema Investigações educativas sobre a temática indígena, na sala Calouste, na próxima quarta (23), às 14h. No debate, serão discutidas as diferentes instâncias da formação indígena atual. O professor José Ronaldo França de Siqueira Kapinawa participa da roda falando sobre a experiência da escola indígena de Buíque (PE). O MUHNE também oferece a Oficina de Estamparia Indígena. As aulas seão para grupos agendados, de terça (22) a sexta (25), das 10h às 16h. 

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Já o Memorial da Justiça do Trabalho, mantido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª região (TRT-PE), traz uma programação variada com a exposição Narrativas Simbólicas da cultura e atividades laborais do índio em Pernambuco, com fotos da arte, dança, trabalho e cultura indígenas; mostra de curtas com filmes sobre o universo das tribos do Agreste do Estado; palestra com o professor de história do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Edson Silva, sobre Memórias e história indígena em Pernambuco: as experiências Xukuru do Ororubá (22); mesa de debate com o tema Museu e memórias indígenas brasileiras (24) e a oficina experiências culturais e trabalho de campo com a comunidade indígena (25).   

No Instituto Ricardo Brennand também haverá diversas palestras, oficinas, encontros literários, saraus e exibição de filmes. Além dessas, a 9ª Primavera dos Museus também terá atividades no Cais do Sertão, Museu da Abolição, Paço do Frevo, Museu da Cidade do Recife e Museu Regional de Olinda, entre outros. A programação completa pode ser vista no site do evento. 

Confira este e mais eventos na Agenda LeiaJá.

Serviço

9ª Primavera dos Museus

Segunda (21) a Sexta (25)

Museus da Região Metropolitana do Recife 

Inaugurando o espaço de diálogo com o público na programação Semana do Índio do Parque Dois Irmãos, a gestora de Comunidades Tradicionais da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado, Bernardete Lopes, realiza palestra sobre a Diversidade Cultural e Biodiversidade com destaque em práticas agrícolas milenares destes povos como exemplos de conservação ambiental. A palestra acontece nesta quarta (17), às 15h, no auditório do Zoológico, que fica localizado no Bairro Dois Irmãos.

Além disso, na sexta (19), no Dia do Índio, às 15h, os representantes das etnias Fulni-ô e Pankararu darão depoimentos sobre seus costumes e lutas de resistência. Para participar dos eventos, os interessados só precisam pagar o ingresso de entrada do Parque Dois Irmãos, que custa R$ 2 por pessoa.

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Serviço
Semana do Índio
Quarta (17) e Sexta (19), às 15h
Parque Dois Irmãos (Praça Farias Neves, s/n - Dois Irmãos)
R$ 2

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