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O presidente Barack Obama reuniu-se nesta sexta-feira com o dalai-lama na Casa Branca, sob forte objeção da China, que afirmou que o encontro provocaria "grave danos" às relações norte-americanas com o país asiático.

O dalai-lama está nos Estados Unidos para uma turnê de palestras. A reunião foi fechada para fotógrafos e, ao contrário do que aconteceu em visitas anteriores, o líder budista saiu da Casa Branca sem falar com os jornalistas.

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Quando a Casa Branca anunciou o encontro, na noite de quinta-feira, a China respondeu quase imediatamente, pedindo a Obama que cancelasse o evento, no que se tornou quase um ritual diplomático toda vez que um presidente dos Estados Unidos se reúne com o líder budista exilado. Em comunicado, o governo chinês acusou Obama de permitir que o dalai-lama usasse a Casa Branca para promover atividades antichinesas.

"O plano do líder norte-americano de se encontrar com o dalai-lama é uma interferência grosseira na política doméstica da China", disse Hua Chunying, porta-voz do ministério de Relações Exteriores chinês. "Trata-se de uma grave violação dos princípios das relações internacionais e inflige graves danos às relações entre China e Estados Unidos."

Obama recebeu o dalai-lama na Sala do Mapa, na Casa Branca, e não no Salão Oval, para onde o presidente costuma levar visitantes para tirar fotografias. A reunião privada, fechada para os jornalistas apesar dos pedidos, sugere uma tentativa de evitar que o encontro tivesse uma aparência de reunião formal entre dois chefes de Estado.

Ao anunciar o evento, a Casa Branca informou que Obama se reuniria com o dalai-lama, um líder cultural e religioso. Indicando que uma reação chinesa era esperada, autoridades reiteraram que os Estados Unidos reconhecem o Tibet como parte da China e não apoia a independência tibetana. Fonte: Associated Press.

O dalai-lama parabenizou nesta quinta-feira o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio por ter sido eleito papa no conclave encerrado ontem e elogiou a decisão dele de ser o primeiro pontífice a adotar o nome Francisco.

"Eu ofereço a você meus cumprimentos e meu sentimento de alegria por você ter sido eleito papa", disse o Nobel da Paz.

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"Embora eu não seja muito familiar aos santos católicos, eu tenho conhecimento sobre São Francisco, já visitei a cidade de Assis e participei de encontros ecumênicos por lá", completou.

A decisão de Bergoglio de tornar-se o primeiro papa a ser chamado de Francisco baseia-se no legado de São Francisco de Assis, fundador da ordem franciscana no século 13 e símbolo do ascetismo.

O líder budista tibetano, que fugiu para Índia depois de uma fracassada revolta no Tibete em 1959, expressou seu "sentimento de alegria" em carta enviada ao primeiro papa das Américas. Muitas potências ocidentais veem o dalai-lama, de 77 anos, como um líder espiritual dos tibetanos, assim com a Índia, mas a China o vê como um separatista perigoso. As informações são da Dow Jones.

A China acusou nesta segunda-feira o dalai-lama de se aliar a japoneses de extrema direita na disputa territorial por um arquipélago no Oceano Pacífico como forma de atacar o país. Além disso, o líder religioso é acusado pelos chineses de glorificar a onda de autoimolação entre os tibetanos.

Segundo a mídia chinesa, na semana passada, o dalai-lama teria usado o nome japonês do conjunto de ilhas reivindicado por Pequim e Tóquio, o que, segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hong Lei, mostra sua "natureza reacionária" e sua determinação de dividir a China sob o disfarce da religião.

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"Para conquistar seu objetivo separatista, ele se associou às forças japonesas de extrema direita. O povo chinês o despreza pelo que fez. Nós somos firmemente contra qualquer país que ofereça um palanque para ele", disse Hong.

No entanto, a Associated Press revisou a gravação que teria os comentários e verificou que ele disse apenas "as ilhas", sem mencionar seu nome. Nesta segunda-feira, o dalai-lama criticou os meios de comunicação da China por sugerirem que ele teria se unido aos japoneses.

As tensões aumentaram na disputa pelas ilhas, conhecidas como Senkaku em japonês e Diaoyu para os chineses, desde que o governo do Japão nacionalizou algumas delas em setembro sob a estratégia de evitar a compra delas pelo prefeito de Tóquio. Violentos protestos antijaponeses estouraram em várias cidades chineses e Pequim enviou navios para conduzir patrulhas próximas da região.

Hong também criticou o dalai-lama hoje por supostas acusações de que o governo chinês teria falhado em investigar as causas do desespero e da falta de esperança entre os tibetanos, o que, para muitos, os incita a tirarem suas vidas em forma de protesto.

Há muito tempo, a China acusa o dalai-lama e seus seguidores de inspirarem tais atos, apesar da condenação pública do líder espiritual a todas as formas de violência.

"O dalai não só deixou de condená-los como também glorificou essas ações, que são contra a lei nacional e os princípios religiosos", disse Hong.

O dalai-lama fugiu para a Índia após uma revolta fracassada contra o domínio chinês sobre o Tibete em 1959. Ele nega buscar a independência da região, alegando desejar apenas que os tibetanos desfrutem de autonomia real e proteção para sua cultura budista tradicional. As informações são da Associated Press.

O grupo de defesa dos ativistas tibetanos Free Tibet disse nesta terça-feira que uma mulher de 26 anos morreu após atear fogo a si própria na província de Gansu, na China central. Segundo o grupo, a jovem Dolkar Kyi se imolou no monastério budista de Tso nesta terça-feira. O incidente ocorre logo após mais uma autoimolação de ativista tibetano, um homem que se matou com fogo na segunda-feira na província chinesa de Sichuan. O Free Tibet identificou o ativista como Lobasang Tsultrim, um monge de 21 anos do monastério de Kirti.

Já ocorreram mais de 40 suicídios políticos feitos por ativistas tibetanos nos últimos anos contra a China. Eles afirmam protestar contra o domínio chinês no Tibete. Já o governo chinês acusa o líder espiritual tibetano no exílio, o dalai-lama, de incitar os jovens ao suicídio.

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As informações são da Associated Press.

Um grupo de ativistas do Tibete sediado em Londres disse que pelo menos dois tibetanos se imolaram em frente a um monastério no leste do Tibete. O grupo Tibete Livre, sediado em Londres, disse que Sonam e Choephak Kyap se imolaram juntos com fogo, na frente do monastério Jonang Dzamthang, no condado de Dzamthang. Os dois, que estão na faixa dos 20 anos, ficaram criticamente feridos e foram socorridos por moradores.

Durante o ano passado, 32 pessoas se imolaram no Tibete em protesto contra o governo da China. O objetivo é atrair a atenção para as restrições que o governo de Pequim impõe à prática da religião budista e também pressionar pela volta do líder espiritual tibetano, o dalai-lama, que vive no exílio na Índia.

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As autoridades chinesas confirmaram algumas das imolações, mas não todas. O governo chinês acusa o dalai-lama de incentivar as imolações e os suicídios.

As informações são da Associated Press.

Milhares de tibetanos exilados compareceram nesta sexta-feira ao funeral do jovem Jamphel Yeshi, de 27 anos, que se auto imolou na segunda-feira desta semana, quando ateou fogo ao próprio corpo. Yeshi morreu na quarta-feira com queimaduras em 98% do corpo. O jovem exilado tibetano protestava contra a visita do presidente chinês Hu Jintao a Nova Délhi e contra a ocupação chinesa do Tibete. O caixão com o corpo do jovem foi coberto com uma bandeira do Tibete e levado para um templo na cidade de Dharmsala, norte da Índia, onde fica o governo tibetano no exílio e onde também vive o líder espiritual do Tibete no exílio, o dalai-lama.

"Quantos tibetanos terão que perder a vida até que a questão tibetana seja resolvida?" disse em discurso a porta-voz do governo tibetano no exílio, Penpa Tsering, à multidão emocionada. Mais tarde, uma ambulância levou o corpo de Yeshi para um crematório.

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Cerca de 30 tibetanos ou sino-tibetanos se auto imolaram durante o ano passado em províncias chinesas onde vivem tibetanos étnicos, como Sichuan, em protesto contra o governo autoritário de Pequim. O governo chinês acusa o dalai-lama de incentivar os suicídios e disse que a ação de auto imolação é uma forma de terrorismo. O dalai-lama, contudo, afirma que as auto imolações são o resultado de décadas de políticas repressivas chinesas no Tibete.

As informações são da Associated Press.

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