Tópicos | Daniela do Waguinho

A ministra do Turismo, Daniela do Waguinho (União Brasil), gastou R$ 1,09 milhão do fundo eleitoral, em sua última campanha para a Câmara dos Deputados, em gráficas "fantasmas”. A informação é da coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles. Segundo a reportagem, R$ 561 mil e R$ 530 mil foram gastos nas empresas Rubra Editora Gráfica Ltda e Printing Mídia Ltda, respectivamente. 

As duas empresas pertencem a Filipe de Souza Pegado, ex-assessor do setor de contratos e convênios da Secretaria Municipal de Educação de Berlford Roxo, na Baixada Fluminense, cidade onde o marido de Daniela, o Waguinho, é prefeito atualmente. 

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O endereço da Rubra Editora, registrado na Receita Federal, seria de um escritório de coworking em um prédio em Botafogo,na Zona Sul do Rio, e serve apenas para receber correspondências. A gráfica nunca teve escritório físico no local. Já no endereço fiscal da Printing Mídia, em São João de Meriti, também no Rio, funciona um frigorífico de carnes. Vizinhos relataram ao site nunca terem visto uma gráfica no endereço ou proximidades. 

A Rubra Editora também já prestou serviço para a Prefeitura de Belford Roxo. Em 2017, quando a ministra era secretária de Assistência Social e Cidadania da cidade, o Ministério Público do Rio de Janeiro tentou barrar a contratação da empresa pela prefeitura, questionando o uso de R$ 2,1 milhões do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação Básica em "material de comunicação visual" impresso pela gráfica. O processo, no entanto, foi arquivado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. 

De acordo com o Portal de Transparência de Belford Roxo, a Prefeitura da cidade já autorizou o pagamento de R$ 6,3 milhões para a Rubra Editora e Gráfica, de 2017 até hoje. 

Ao Metrópoles, a assessoria de Daniela apenas disse que as contas da ministra foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. O site não obteve resposta do dono das gráficas, Filipe de Souza Pegado. 

 

A indicação de três ministros para o governo Luiz Inácio Lula da Silva não foi suficiente para fazer com que a cúpula do União Brasil aceitasse ir para a base. Mesmo com colegas no primeiro escalão, líderes da legenda, principalmente aqueles oriundos do extinto DEM, rejeitam compor com Lula. Parte dos caciques diz, ainda, que a chefe do Turismo, Daniela Carneiro, que se encontra em processo de fritura após vir à tona ter recebido apoio de chefes de milícia no Rio, tem "baixíssima representatividade".

De acordo com líderes, uma parte do partido vai fazer oposição ao petista. Outra, no entanto, aceita dialogar com o novo governo, mas com a condição de que o PT não trabalhe contra candidatos do União Brasil nas disputas municipais de 2024 e sejam aliados nas eleições estaduais de 2026.

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Os ministros Daniela, Waldez Góes (Integração Nacional) e Juscelino Filho (Comunicações) fazem parte da cota do União Brasil. A negociação para que eles ocupassem os cargos foi feita pelo ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Dentro da articulação, Alcolumbre resolveu indicar um aliado regional - Góes, que é ex-governador do Amapá e filiado ao PDT, deve ir para o União Brasil. O senador também participou da escolha dos deputados e, para isso, ouviu diferentes alas da legenda.

A escolha de Daniela do Waguinho - nome em razão do apelido do marido, o prefeito de Belford Roxo, Wagner Carneiro, o Waguinho - teve a influência do presidente da legenda, Luciano Bivar. A nomeação da deputada para o Turismo provocou a primeira crise da Esplanada. A campanha de Daniela para deputada federal teve a participação de milicianos. A parlamentar nega qualquer envolvimento com os criminosos do Rio e encontrou o apoio público de ministros palacianos de Lula.

Votos

Apesar disso, parte da cúpula do União Brasil diz que ela e os outros dois ministros indicados por Alcolumbre têm pouca representatividade e não ajudam a trazer votos para as bancadas do partido no Congresso. No caso de Daniela, é apontado o fato de ela ter chegado ao União Brasil apenas em 2022 e ter o primeiro mandato no Congresso iniciado em 2018. Não há, portanto, qualquer garantia dos colegas de bancada para socorrer a parlamentar do Rio.

Em relação ao apoio nas eleições regionais, o pedido é considerado difícil de aceitar até mesmo pelos políticos do União Brasil. Há um histórico de rivalidade entre prefeitos e governadores da legenda com o PT nas disputas locais, como é o caso de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Goiás.

Queixas

Também há reclamações de líderes vindos do DEM em relação ao modo como Bivar comanda a legenda. Parlamentares se queixam de que não são consultados quando o presidente do partido toma decisões. A legenda foi criada no começo de 2022 e é o resultado da fusão do DEM com o PSL.

Diante desse cenário, nomes como Bivar e Alcolumbre têm se aproximado do governo Lula. Outra ala, composta pelos senadores Sérgio Moro (PR), Marcio Bittar (AC) e Alan Rick (AC) e pelos deputados Mendonça Filho (PE), Kim Kataguiri (SP) e Alexandre Leite (SP), entre outros, já avisou que vai ser oposição. Um terceiro grupo se classifica como independente, como ACM Neto, ex-prefeito de Salvador e secretário-geral da legenda, e o senador Efraim Filho (PB).

"A agenda do governo contraria tudo, não é a minha agenda. É intervencionista na economia, revogando todos os avanços econômicos que o Brasil tem, revê reforma da Previdência, comprometendo equilíbrio fiscal. Quem vai pagar a conta são os mais pobres", disse Mendonça Filho ao Estadão, que ainda citou as posições do PT contra o Plano Real, a autonomia do Banco Central e o teto de gastos. Eleito para um mandato no Senado a partir deste ano, Alan Rick também não esconde a insatisfação com o novo governo. "Sigo na oposição ao PT", disse ao Estadão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de Belford Roxo, Wagner Carneiro,o Waguinhio (União Brasil), que participou do grupo de transição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e é casado com a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil), de quem é parceiro político, responde na Justiça do Rio de Janeiro a uma denúncia de uso de homens armados com o objetivo de intimidar empresários na Baixada Fluminense.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou Waguinho, o deputado estadual Márcio Canella (União Brasil), ex-vice-prefeito do município, e outras 23 pessoas sob acusação de peculato, concussão, fraude a licitação e organização criminosa.

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O MPRJ denunciou o grupo político da nova ministra do Turismo em abril de 2019, por meio do Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça (GAOCRIM/MPRJ). De acordo com a denúncia, foram apuradas irregularidades na contratação de empresas para a prestação dos serviços de coleta e transporte de lixo urbano e destinação final em aterro sanitário. A investigação mostrou ainda irregularidades em licitações de pavimentação de vias públicas e de locação de imóveis pelo executivo local.

Segundo o MP, Waguinho teria enviado homens armados para pressionar o empresário Moisés de Souza Boechat, dono de um aterro sanitário contratado pela prefeitura de Belford Roxo.

O empresário afirmou em depoimento ao MP que emissários de Waguinho e Canella começaram a abordá-lo na campanha eleitoral de 2016. Então candidato a prefeito, Waguinho pretendia arrendar o aterro sanitário de Boechat. As propostas, no entanto, foram rejeitadas pelos empresários.

Com a negativa, o contrato do aterro com a prefeitura foi rescindido: "Diante da recusa do declarante [Moisés], os interlocutores se mostraram muito irritados, chegando a bater na mesa e afirmaram que partiriam para o plano B, informando ao prefeito. Logo após esta reunião, que aconteceu às 8h e durou cerca de 20 minutos, a sua empresa foi invadida pela Guarda Municipal, utilizando-se de aproximadamente uns 30 veículos caracterizados e não caracterizados, inclusive por pessoas portando arma de fogo", relatou o empresário.

Waguinho e Canella foram alvos da Operação Metano em abril de 2019. A ação tinha como objetivo afastar o prefeito e outros servidores de suas funções.

"Foram produzidos sólidos elementos de prova que apontam, por cruzamento de dados, vínculos subjetivos entre todos os agentes denunciados, públicos e privados - em especial, por meio de pessoas jurídicas contratadas -, além de análise pericial de superfaturamento nos contratos, oitiva de diversas testemunhas, diligências policiais de campo, comparativo de gastos públicos orçamentários, relatórios de inteligência financeira, etc., todos convergentes quanto à evidência de crimes gravíssimos perpetrados contra a Administração Pública por obra dos ora denunciados, responsáveis por desfalques milionários no erário municipal", diz a denúncia.

Civis com vestimentas militares

Uma testemunha, identificada como José Batista Filho, ouvida pelos investigadores, relatou que presenciou operações da Guarda Municipal de Belford Roxo, semelhantes à operações policiais, com a presença de civis "descaracterizados, porém, com vestimentas do tipo militar, não oficiais". Ele afirmou ainda que os civis portavam armas de fogo.

Waguinho, Márcio Canella e a ministra Daniela Caneiro ainda não se pronunciaram sobre o caso.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia não haver fatos para substituir a ministra do Turismo, Daniela Carneiro. Em conversas reservadas, o petista disse não ter visto nada que desabone a ministra, embora ela tenha recebido apoio de milicianos na campanha eleitoral. Daniela do Waguinho - como é conhecida - atribui a adversários as acusações de ligação com miliciano.

"Inimigos querendo me queimar, mas não irão conseguir", escreveu a ministra nesta quarta (4), em uma mensagem de WhatsApp flagrada pela reportagem do Estadão. Lula sempre condenou a aproximação do ex-presidente Jair Bolsonaro com integrantes de milícias. Na sua avaliação, porém, a ministra do Turismo pode ter sido vítima de fogo amigo.

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O Estadão apurou que uma ala do União Brasil, partido de Daniela, quer trocá-la porque ela não foi uma indicação da bancada da Câmara. O nome da ministra foi sugerido pelo presidente da legenda, deputado Luciano Bivar (PE), e pelo senador Davi Alcolumbre (AP).

Em mensagem no celular, a ministra admitiu o desconforto com o noticiário, que revelou a participação da família do miliciano Juracy Alves Prudêncio, o Jura, em campanhas dela e na gestão de seu marido, o prefeito de Belford Roxo, Wagner Carneiro, o Waguinho.

Ex-policial militar, Jura foi condenado e preso por chefiar uma milícia há quatro anos. Mesmo assim, já ocupou cargo na prefeitura do município na Baixada Fluminense, enquanto a mulher dele, Giane Jura, foi cabo eleitoral da ministra, em 2018 e 2022. Preso na Cadeia Pública Constantino Cokotós, em Niterói, Jura teve a permissão para deixar a cadeia para trabalhar revogada pela Justiça.

Diálogos

"Desconfortável hoje. Jornalistas cochichando", disse Daniela ao seu chefe de gabinete na Câmara e futuro secretário executivo do ministério, identificado como Bento. "Talvez seja porque você já está impressionada. Aí as coisas ficam mais gritantes para você", respondeu ele.

A ministra, então, minimizou o abalo emocional. "Não sou dramática. Isso não prosperará. Os trabalhos irão abafar a notícia ruim", disse. Em conversa com um contato identificado como Doutor Santoro H.F., escreveu que não vai abonar crimes de quem quer que seja. "Recebi muitos apoios, mas não respondo por outras pessoas. Não compactuo com qualquer ato ilícito. Cabe à política e à Justiça investigar e julgar casos que são da polícia e da Justiça."

Ontem, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, minimizou as suspeitas de relação de Daniela com integrantes de uma milícia no Rio. Costa também negou que haja pressão do União Brasil para que ela seja demitida e substituída por outro integrante da bancada na Câmara.

"Não tem nada até aqui, nenhuma repercussão ou materialidade concreta que crie algum tipo de desconforto. Se surgirem coisas novas, aí é outra história, mas até o momento não há nada", afirmou o ministro.

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também saiu em defesa de Daniela. "Nada do que tem até agora desabona a atitude dessa ministra." O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que o fato de haver uma imagem "não significa ter ligação com as atividades eventualmente ilegais dessas mesmas pessoas". Ele sugeriu que a ministra deveria prestar esclarecimento. Segundo ele, hoje em dia políticos tiram fotos com todo mundo.

Daniela foi a deputada federal mais votada do Rio, no ano passado. Na campanha do ano passado, ao lado do marido, aliou-se a Lula e ao PT.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ministra do Turismo indicada por Lula (PT) acumula uma série de acusações envolvendo irregularidades eleitorais, nepotismo, envolvimento com milicianos e uma assessora na folha de pagamento secreta da Fundação Ceperj. Daniela Carneiro, conhecida como Daniela do Waguinho (União Brasil), votou em Jair Bolsonaro (PL) em 2018 e mostrou alinhamento com a ideologia bolsonarista em seu mandato na Câmara. 

Formada em Pedagogia, Daniela Carneiro atuou na Secretaria de Educação da Prefeitura do Rio de Janeiro e foi nomeada em 2017 para a Secretaria de Assistência e Cidadania de Belford Roxo. Na ocasião, o prefeito do município já era Wagner Carneiro, o Waguinho, seu marido e responsável pelo apadrinhamento político que batizou suas candidaturas. O Ministério Público do Rio (MPRJ) chegou a ajuizar uma reclamação a nomeação feita pelo marido. 

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Nas eleições de 2018, Daniela fez campanha ao lado do miliciano Juracy Alves Prudêncio, o "Jura". Na época, ele cumpria regime semiaberto, mas conseguiu autorização da Justiça para sair da prisão e foi nomeado Diretor do Departamento de Ordem Urbana na Prefeitura comandada por Waguinho. 

Após a Prefeitura de Belford Roxo ser alvo de uma operação do MPRJ que resultou no afastamento de Waguinho por 40 dias, a então secretária se elegeu como a deputada federal mais votada do estado em 2022. Mais da metade dos votos foram do município comandado pelo marido. Seus opositores chegaram acusar Waguinho de dificultar a realização de comícios. 

Depois de eleita, ela foi condenada pelo Tribunal Regional Eleitoral a pagar uma multa por propaganda irregular e derramamento de santinhos no dia da votação, próximo a zonas eleitorais. Daniela Carneiro também se envolveu no escândalo da lista de funcionários fantasmas da Fundação Ceperj. Uma das suas assessoras teria sido contratada pelo centro no mesmo mês que começou a receber na Câmara dos Deputados. O Globo publicou uma matéria sobre o caso de dupla remuneração e, no mesmo dia, a deputada exonerou a funcionária do seu gabinete. 

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou proposta que confere prazo indeterminado de validade aos laudos e atestados com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista. 

A relatora na comissão, deputada Daniela do Waguinho (União-RJ), destacou que não faz sentido exigir atestados periódicos para uma doença já diagnosticada e sem cura completa. “Como não existe cura e não é comum a recuperação total, concordamos com os autores dos projetos analisados quanto à falta de necessidade de renovação do laudo de diagnóstico periodicamente”, afirmou. 

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O texto aprovado é o substitutivo da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência ao Projeto de Lei 4065/20, do deputado Da Vitória (PP-ES), e a outras propostas apensadas. A comissão manteve o objetivo da proposta original, mas aprimorou a redação. 

A proposta altera a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Lei 12.764/12), que é omissa quanto à validade de laudos médicos. 

Uma alteração recente, estabelecida pela Lei 13.977/20, criou a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), com validade de cinco anos, para facilitar a atenção integral, o pronto atendimento e a prioridade no atendimento e no acesso aos serviços públicos e privados.  Tramitação A proposta, que tramita em caráter conclusivo, já foi aprovada pela Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. 

*Da Agência Câmara de Notícias

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