Na última semana aconteceu a última rodada da fase de grupos da UEFA Champions League. Os melhores clubes se classificaram para as oitavas de final e um dos times que não conseguiram se classificar foi o Barcelona (ESP), que nos últimos anos vem colecionando campanhas pífias e goleadas atípicas. Agora, resta ao Barcelona disputar a Europa League, a segunda divisão do campeonato europeu. Por conta disso, o LeiaJá separou momentos que mostram quais motivos levaram o Barça a cair de produção e sair do patamar dos melhores times do mundo.
Comando questionável
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Um dos técnicos que mais chamou a atenção nos últimos anos foi o espanhol Luis Enrique, que liderou o glorioso MSN (Messi, Suárez e Neymar) até o fim da temporada 2017. Após sua saída, diversos comandantes estiveram à frente do clube catalão, e um dos que mais causaram polêmicas e geraram resultados ruins foi Ronald Koeman. O holandês foi responsável por gerar um dos piores rendimentos do Barcelona desde 2004, e chegou a afirmar em coletiva de imprensa que o time é limitado e que não é possível fazer milagres desta forma. Koeman foi demitido em outubro deste ano, e agora a esperança está nas mãos do ex-jogador e agora técnico, Xavi.
Contratações ruins
Em 2017, Neymar foi vendido por 222 milhões de euros, e assim o Barcelona tinha os cofres cheios de dinheiro para realizar novas contratações. De lá para cá, no entanto, diversas contratações caras passaram a ser extremamente questionadas, como o brasileiro Philippe Coutinho, que foi contratado por 145 milhões de euros. Além dele, o francês Ousmane Dembélé ainda hoje não rendeu tudo que se esperava, justamente por ter custado 130 milhões de euros. Dentre outros jogadores que podem ser citados, está o português André Gomes, que saiu do Valencia para o clube catalão por 37 milhões de euros e também ainda não ofereceu nada de extraordinário em campo.
Salários altos
Além dos cofres do Barcelona saírem em desvantagem em contratações ruins, a mesma regra se aplica aos salários altos de jogadores que também não fazem jus ao que recebem. Este é o caso do próprio Philippe Coutinho, que ganha 24 milhões de euros por ano e tem uma passagem discreta pelo clube ao longo dos últimos três anos. Além dele, o clube possui os veteranos que também não estão mais no auge de sua forma e "sugam" dinheiro do clube, que poderia usar esses valores para investir em uma contratação promissora. Exemplos são os espanhóis Sergio Busquets, que recebe 16 milhões de euros por ano e o lateral Jordi Alba, que recebe 12 milhões de euros por ano.
Fair Play Financeiro
Esta é uma das regras impostas pela União das Associações Europeias de Futebol (UEFA), que serve para melhorar a saúde financeira dos clubes que atuam na Europa. Desta forma, cabe a cada uma das principais ligas construírem suas próprias regras baseadas no Fair Play Financeiro. O Barcelona integra a La Liga, instituição organizacional que estimula a cada início de temporada um limite de gastos a partir da folha salarial e na arrecadação dos últimos 12 meses. Este foi um dos fatores que implicaram diretamente na renovação do contrato de Lionel Messi, que não pode continuar no Barcelona, já que as regras do Fair Play Financeiro seriam infringidas.
Messi-dependência
Indiscutivelmente, Messi é a maior referência que o Barcelona já teve em campo. Ao longo dos anos, diversos atletas foram extremamente competentes para formar elencos competitivos, como Xavi, Iniesta, Daniel Alves e Neymar. Apesar disto, as últimas temporadas foram marcadas por ter apenas o camisa 10 como principal jogador em time composto com 11 profissionais dentro de campo. Ainda assim, em alguns momentos, o argentino se mostrou um líder nato em campo e gerou melhor desempenho de um time fragilizado. Prova disto são os confrontos da Champions League que geraram resultados positivos, mas não duraram muito justamente pelo excesso de dependência de Messi.