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Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovaram, nesta quinta-feira (25), por unanimidade, a sugestão do presidente da Corte, Alexandre de Moraes, de utilizar detectores de metais em seções de votação que apresentem circunstâncias excepcionais.

A decisão foi tomada durante julgamento de consulta formulada pelo partido União Brasil, que questionou se os mesários poderiam utilizar os dispositivos de detecção de metais para evitar que os eleitores entrassem nas cabines de votação portando aparelhos eletrônicos. Os ministros chegaram a discutir sobre a possibilidade de eleitores portarem armas nas seções eleitorais, como ocorreu nas eleições de 2018.

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O relator da consulta, ministro Sergio Banhos, havia rejeitado a possibilidade de uso dos detectores de metais em qualquer situação, sob o argumento de que não há previsão deste tipo de medida nas normas do TSE. O ministro, porém, apoiou a sugestão de Moraes para que seja permitido o uso destes dispositivos em situações excepcionais.

"Não devemos vedar de forma absoluta a eventual possibilidade de uso de detector de metais. Devemos deixar de forma excepcional, até porque em algumas localidade há um pedido para o TRE, em virtude de armas também", argumentou. "Isso deve ser uma consulta feita ao juiz da zona eleitoral. Uma excepcionalidade, mas uma vez constatada o juiz da zona deve ser consultado", completou

De acordo com a proposta do presidente do TSE, os juízes responsáveis pela supervisão das seções eleitorais poderão solicitar o uso dos detectores, desde que comprovem a necessidade destes dispositivos na localidade. Ao final da votação, Moraes afirmou que os ministros deveriam julgar na semana que vem uma nova minuta de resolução para definir as regras sobre a proibição do uso de celulares nas seções eleitorais, assim como as situações em que seria permitido o uso de detectores de metais.

Protagonista nas eleições de 2018, a fake news ainda ameaça o sistema eleitoral e atrai cada vez mais atenção do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o pleito deste ano. Para verificar a publicação de conteúdos que possam atrapalhar a escolha do eleitor, alunos do Mestrado em Ciência de Dados da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um detector online de notícias falsas. 

O combate às fake news começa com a identificação das informações que chegam diariamente pelas redes sociais. Com um clique, o sistema gratuito verifica o link inserido através de uma Inteligência Artificial que foi ensinada sobre as características de um conteúdo falso e aponta a probabilidade de não ser verdadeiro. 

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Integrante da equipe de produção da plataforma com mais sete pessoas, o especialista em Ciências de Dados e aluno da disciplina de Probabilidade e Estatística, Gilsiley Henrique Darú, comentou sobre as etapas iniciais do projeto. 

"Primeiro ensinamos o vocabulário. Foram mais de 100 mil reportagens para ela aprender vocabulários. Uma vez que ela aprendeu, a gente passou a ensinar quando aqueles vocábulos aparecem juntos e aumentam a probabilidade de ser uma fake news", descreveu. 

Características de uma fake news

Antes de repassar os padrões de comportamento às redes neurais artificiais do detector, os mestrandos da USP verificaram o que levam as matérias a serem consideradas suspeitas.  

Sensível aos aspectos da campanha de desinformação sustentada no WhatsApp e Twitter, Darú explicou que "reportagens pequenas tendem a ser falsas, mesmo que você coloque uma coisa verdadeira. Outro exemplo, se você recebe um e-mail com a palavra 'urgentíssimo', com certeza ela vai entender que aumenta a probabilidade de ser fake news. Outros exemplos são erros de português e textos com muita voz passiva". 

Na dúvida, cheque

Em alguns casos, até os seres humanos têm dificuldade de reconhecer informações reais e enganosas. Ainda em processo de aprimoramento, o detector pode ficar confuso com o uso de características subjetivas do texto e figuras de linguagem.  

"Quando a gente tentou identificar onde tínhamos mais erros, a gente percebeu que textos com sarcasmo é uma característica muito difícil de ensinar uma IA ainda hoje", acrescentou. 

Com a margem de êxito de 96% dentro da base que lhe foi ensinada, apesar do alto índice de assertividade, a plataforma não substitui a verificação dos usuários ao se deparar com conteúdos duvidosos.

"Nós podemos ajudar as pessoas a avaliar se aquela informação realmente é verdadeira ou não, dando uma probabilidade, mas nunca a pessoa pode substituir a capacidade humana, a verificação das fontes e o jornalismo sério", destacou Darú.   

Os ponteiros derretem com o calor das 13h e o sol ainda castiga o Litoral de Olinda quando o detectorista Max de Melo Campos, de 31 anos, caminha em direção à Praia de Casa Caiada. Atraído pelas marés baixas, o ex-auxiliar de garçom deposita a esperança de dias melhores em um detector de metais, comprado com o sucesso do seu antigo dispositivo -feito artesanalmente em casa. Para cobrir as despesas e dividir o lar com a babá Osana, há dois anos, a jornada do caçador de tesouros é acompanhada de fé e incerteza.

Natural do bairro de Jardim Atlântico, inicialmente os vídeos sobre as técnicas e os equipamentos necessários para a detecção de metais distraiam a infeliz ociosidade de Max. Aos poucos, a admiração pelo êxito dos caçadores fez germinar um instinto inquieto dentro de si.

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Com muita persistência, correntes de prata, itens de cobre e moedas antigas começaram a premiar suas tardes na praia. Nesta altura, o "hobby" -que já era a "renda extra"- assumiu o papel da sua única fonte de recursos.

Aparelhado com um dispositivo chinês e uma picareta de jardinagem, Max sustenta o sonho de expandir seu rendimento para adquirir um modelo de R$ 5 mil e iniciar sua caça na água.  "Com esse [detector] eu ficava rico!", pressente. Para atingir tal progresso, fez da 'descoberta' de uma aliança de ouro -que lhe rendeu R$ 380- o símbolo da sua capacidade, e passou a considerá-la como um troféu. 

"Eu amo"- Em contato com compradores de metais por peso, nem sempre troféus são achados o lixo e o sargaço. Mesmo assim, Max segue focado em aposentar seu detector sensível à água. "Tem que ter aquela sorte né? mas eu já consegui muito dinheiro. Já até perdi as contas", assevera ao reforçar o sentimento de gratidão que conserva pelo aparelho, "eu amo esse hobby. Por mim, eu não deixo mais nunca de caçar".

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