Nesta terça-feira (17), diversas celebridades foram às redes sociais para publicar mensagens sobre o Dia Internacional Contra a Homofobia. No Instagram e Twitter, famosos pediram em sua postagens igualdade, exaltando o respeito que a ação da data propõe para todos.
Adriane Galisteu, Cauã Reymond, Renata Sorrah, Juliette, Carmo Dalla Vecchia, Gil do Vigor, entre outros nomes, se manifestaram compartilhando textos e frases encorajadores. Wanessa Camargo escreveu: "Lutar contra a homofobia é dever de todo ser humano".
O Sport entrou em campo, no clássico de domingo, com o apelido "Do Vigor" embaixo do nome dos atletas. A ação foi uma homenagem ao ex-BBB Gilberto Nogueira, vítima de homofobia por parte de dois conselheiros do clube, Flávio Koury e Renan Valeriano. Nesta segunda (17), o clube divulgou que todas as camisas serão colocadas à venda e o valor será remetido para uma ONG voltada a pautas LGBT.
A ONG Instituto Boa Vista será agraciada com todo valor arrecadado, segundo comunicou o clube. A venda das camisas acontecem nesta terça-feira (18), a partir das 14h, no Departamento de Marketing do Sport. O valor de cada camisa é de 350 reais.
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"A homenagem faz parte de uma série de ações feitas em prol do rubro-negro, que representou nosso estado e Clube em todo o Brasil, e em celebração ao Dia Internacional contra a Homofobia, celebrado no dia 17 deste mês", afirmou o Sport, no seu site oficial.
Nesta segunda-feira (17), comemora-se o Dia Internacional Contra a Homofobia. A data marca a luta da comunidade LGBTQIA+ para obter respeito da sociedade, com intuito de combater todo o tipo de preconceito. Para celebrar, o LeiaJá selecionou cinco filmes para serem vistos, debatidos e lembrados, como forma de conscientizar a população sobre a temática.
Tatuagem
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Em plena ditadura, a companhia de teatro Chão de Estrelas encanta o público com produções irônicas e recheadas de nudez. Retratado no Recife, no final dos anos 1970, o filme também aborda o relacionamento tórrido de Clécio (Irandhir Santos) e Fininha (Jesupita Barbosa), que se entregam ao prazer em meio aos conflitos da censura militar. Fininha, um jovem integrante de um quartel, se divide entre o politicamente correto e a paixão que sente pelo líder do grupo de teatro.
A Garota Dinamarquesa
Estrelado pelo ator Eddie Redmayne, o longa-metragem dirigido por Tom Hooper narra a trajetória emocionante de Einar e Gerda (Alicia Vikander). Einar passa a se descobrir como mulher, mesmo casado com Gerda, fazendo com que suas dores e conflitos internos trilhem os caminhos da aceitação. O pintor então luta para viver sua nova identidade, a de Lili Elbe, na cidade de Copenhagen, deixando o universo masculino de lado para mostrar a sua verdade de autoconhecimento com o poder feminino.
Com Amor, Simon
Simon Spier, um adolescente de 17 anos, sofre por não contar ao mundo que é homossexual. Através de um e-mail, o rapaz passa a ser chantageado após abrir o coração e contar a sua orientação sexual. Com medo da reação das pessoas e da própria família, Simon se surpreende quando recebe o acolhimento daqueles que o amam. A obra baseada no livro de Becky Albertalli é protagonizada pelo ator Nick Robinson.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
Lançado em 2014, o filme Hoje Eu Quero Voltar Sozinho conta a história de Leonardo, um garoto cego que almeja um dia ser independente. Ao longo de sua luta, ele passa a dividir a amizade de Gi com Gabriel, estudante novato de uma escola que chega para estudar na mesma sala de aula dos dois amigos. Com o tempo em que a parceria de Leo e Gabriel vai aumentando, eles não resistem aos desejos do coração.
Girl
O drama dirigido por Lukas Dhont mostra o enfrentamento de Lara (Victor Polster) para viver com determinação. A história retrata o processo de sua transformação de ser, de fato, reconhecida como uma menina, principalmente quando aos 15 anos deseja a todo custo enfrentar uma cirurgia de redesignação sexual.
Representatividade. Essa palavra tão extensa carrega o peso da luta de muitas minorias para conseguirem espaço em locais onde, antes, não era possível enxergá-las. Mesmo no universo dos games, a comunidade LGBT começou a ser representada ao poucos, com personagens secundários, que mostravam timidamente suas histórias.
Na década de 1980, estes personagens eram colocados em contextos que fugiam da realidade e eram - muitas vezes - estereotipados, caricaturados, diferentes do que deveria ser uma pessoa pertencente a um grupo LGBT. Porém, com o tempo, essa representação tem mudado.
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Um exemplo disso é The Last of Us parte II, que deve estrear ainda este ano, e traz uma Elie crescida e muito consciente da própria sexualidade. No trailer do jogo, vemos que a garota não é tratada com estranheza por outros personagens, nem a colocada em estereótipos batidos. Para celebrar o Dia Internacional contra a Homofobia, comemorado todo dia 17 de maio, confira uma lista de personagens LGBT que fizeram parte de títulos famosos.
Birdo
Personagem do jogo Super Mario Bros. 2, Birdo é um Yoshi transgênero. No jogo, ela é referida como um "homem que acredita que é uma mulher", o que reforça suas características trans, principalmente por colocar ovos pela boca. Ela é o primeiro personagem transgênero dos games.
Flea
Em Chrono Trigger, a vilã chamada Flea é o grande destaque LGBT porque está, além de tudo, em uma posição de destaque na trama. Ele se veste com roupas consideradas femininas - como uma saia rosa - e declara, ao longo do jogo, que “Homem ou mulher, que diferença faz? O poder é bonito e eu tenho o poder".
Kurosu Jun e Suou Tatsuya
Em Persona 2 é revelado, através de flashbacks, que Kurosu Jun é gay. Ele e o personagem principal, Suou Tatsuya, trocaram presentes quando crianças e prometeram estar sempre juntos. Tatsuya sempre é visto jogando com o isqueiro que recebeu de Jun. No game, dependendo das escolhas do jogador, Tatsuya pode acabar namorando Kurosu Jun.
Quique Montemayor
Quebrando os padrões estereotipados que muitos ainda insistem em retratar seus personagens, Red Dead Redemption traz ao seu público Quique Montemayor. Apesar de ser um NPC, o personagem aparece apaixonado pelo capitão Vicente De Santa, um personagem mais importante no jogo, capitão do exército mexicano. Apesar de Santa ser bastante claro sobre seu relacionamento com Montemayor, alguns personagens tem falas carregadas com um preconceito velado sobre a orientação sexual do personagem.
Bill, Frank, Ellie, Riley, Dina
The Last of Us tem uma série de personagens LGBT em posição de destaque na trama. Uma das personagens principais, Ellie é lésbica e vai descobrindo sobre sua sexualidade aos poucos, durante o decorrer do game, chegando a ter um rápido romance com Riley. O primeiro título do game também apresenta um personagem chamado Bill, responsável por ajudar Joel e Ellie durante sua jornada. Na parte dois do jogo, que deve ser lançado ainda este ano, o relacionamento dela com uma nova garota chamada Dina deve ficar em evidência.
Em 17 de maio de 1990, a homossexualidade foi oficialmente retirada da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID). O momento histórico e vitorioso para o movimento LGBT vem sendo celebrado até os dias atuais, após a data ter sido marcada como o Dia Internacional Contra a Homofobia.
Nesta quinta (17), todo o mundo estará voltado para o tema, tratando assuntos como visibilidade, preconceito e tolerância, coisas que, em pleno 2018, já deveriam ser costumeiras na vida de todos dentro da sociedade. O LeiaJá preparou uma playlist especial, com músicas que cantam a afirmação e o respeito, demonstrando, assim, que todos deveriam ter o direito de ser quem são e, claro, amar sem temer.
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Ana Carolina - Stereo
Nesta canção, Ana Carolina diz ser “devota da paixão”, portanto, tudo a interessa. E, demonstrando ser dona de si mesma, decreta “eu ponho quem eu quero aqui no meu colchão”, seja menino ou menina.
Aíla - Lesbigay
A cantora Aíla compôs esta canção junto com um dos grandes nomes da cultura paraense. Dona Onete. Elas falam sobre um lugar onde a liberdade existe. Como a própria Aíla explicou em seu canal do YouTube, a música “é um manifesto alegre pela liberdade de amar a quem se quer”.
Jhonny Hooker e Liniker- Flutua
Jhonny Hooker, acompanhado por Liniker, canta sobre dois homens que não aguentam mais esconder o seu amor. O clipe da música, com os atores Jesuíta Barbosa e Maurício Destri, traz imagens fortes de homofobia na agressão a um dos personagens após o beijo entre o casal.
Milton Nascimento - Paula e Bebeto
Apesar do título da música se referir a um casal heterossexual, a canção é definitiva com o verso "Qualquer maneira de amor vale a pena".
Gilberto Gil - Pai e mãe
A difícil tarefa de assumir-se homossexual pode começar dentro do próprio seio familiar. A música de Gil trata disso, com um filho que canta ao pai e à mãe sobre sua insegurança: "Meu pai, como vai? Diga a ele que não se aborreça comigo quando me vir beijar outro homem qualquer".
Angela Ro Ro - Tola foi você
A cantora não teve pudores em cantar o amor de uma mulher por outra mulher. Os versos trazem a desilusão amorosa de uma moça abandonada pelo seu amor.
Flaviola - Do amigo
O cantor pernambucano Flaviola, em plena década de 1970, cantou de forma sutil a descoberta da paixão por um outro homem. "E no meio de toda essa confusão que é grande, que confunde tanto, eu preciso demais de você", diz de forma sutil.
Caio Prado - Não recomendado
A proposta de Caio Prado é confrontar, de forma bem direta, o preconceito, pelo direito de ser quem se é. Do título a versos como "má influência, péssima aparência, menino indecente, viado', ele aponta como a sociedade pode ser preconceituosa e violenta.
Caetano Veloso - Mais que discreto
Uma canção que fala sobre um amor desejado, de um homem por outro homem. Em entrevista à revista Rolling Stone, Caetano comentou a composição: "Está explícito, é um cara que é, ou pode ser, ou desejaria ser, amante de outro cara".
Jorge Vercilo - Avesso
Nesta canção, Vercilo menciona as inseguranças e temores de um casal homossexual, em versos como: "perigoso é te amar" e "o desejo a nos punir, só porque somos iguais".
Cazuza - Como dizia Djavan
Cazuza traz uma canção cheia de esperança por dias sem preconceito e com maior liberdade em um mundo em que "o amor não é inviável" para "dois homens apaixonados".
Thiago Pethit - Eu quero ser seu cão
Em seu terceiro disco, Rock’n’Roll Sugar Darling, de 2014, Thiago Pethit quis trazer um rock cheio de “açúcar, afeto e afetação”. O objetivo do cantor era escancarar o meio do rock, segundo ele, um universo “machista, misógino e heterossexual”. De maneira pouco explícita e muito divertida, esta canção traz uma bela e dançante declaração de um apaixonado.