Tópicos | dólar

- Os preços do ouro caíram no mercado asiático nesta terça-feira, à medida que o euro perdeu terreno em relação ao dólar, em meio aos temores dos investidores sobre o ressurgimento da crise da dívida da zona do euro. O ouro spot era negociado a US$ 1.717 a onça troy, às 3h05 (horário de Brasília), baixa de US$ 4,90 ante o pregão anterior.

Um trader de Cingapura atribuiu o movimento de queda às preocupações persistentes sobre a crise da dívida grega e o nervosismo à frente da reunião de ministros das finanças da União Europeia, a ser realizada amanhã, na qual será discutido o pacote de resgate de € 130 bilhões da Grécia.

##RECOMENDA##

O trader disse ainda que, ao longo das próximas semanas, o ouro deverá continuar a se beneficiar do fato de ser um refúgio seguro para compras na Ásia, mantendo-se acima da forte barreira psicológica de US$ 1.700 a onça troy. As informações são da Dow Jones. (Ricardo Criez)

O mercado de câmbio abriu o dia próximo da estabilidade, com os investidores atentos às notícias sobre a crise na Europa e às captações de recursos por empresas brasileiras no exterior. O viés, porém, ainda é de baixa. Ontem, a captação da Petrobras, de US$ 7 bilhões em bônus no exterior, multiplicou os negócios, com parte do mercado vendendo a moeda norte-americana para antecipar o ingresso, no curto prazo, dos recursos no País.

Às 10h07 (horário de Brasília), o mercado de moedas andava de lado. O euro era cotado a US$ 1,3105, ante US$ 1,3161 do fim da tarde de ontem em Nova York. No Brasil, o dólar no balcão marcava R$ 1,737, em alta de 0,23%. "O dólar tem acompanhado o mercado lá fora. Hoje, as moedas internacionais abriram perto do zero a zero e aqui não deve ser diferente", afirmou um operador ouvido mais cedo pela reportagem, antes da abertura do dólar comercial.

##RECOMENDA##

De acordo com outro profissional, "a tendência continua sendo de baixa". Para ele, o mercado externo ainda segura a moeda em patamares maiores, já que a solução definitiva para os problemas da Grécia ainda não saiu. "Quando o acordo grego for confirmado, o dólar não aguentará e vai cair ainda mais", afirma.

Os dados positivos de atividade industrial na China, Índia, zona do euro, Estados Unidos e também no Brasil amenizaram hoje as perspectivas de um crescimento global mais fraco neste ano e reacenderam o apetite dos investidores por ativos considerados de risco, como ações e commodities em detrimento do dólar.

A moeda norte-americana caiu em relação aos seus principais pares no exterior e também ante o real, pressionada ainda por um frágil otimismo com a possibilidade de resolução das crises de dívidas na região do euro, o que para alguns profissionais ainda pode estar distante.

##RECOMENDA##

Por aqui, muitos traders também se anteciparam vendendo moeda norte-americana, prevendo o ingresso no curto prazo da captação de US$ 7 bilhões fechada pela Petrobras hoje, segundo fontes. Esta operação estaria sendo fechada em quatro tranches e, como não foi confirmada oficialmente pela estatal, não se sabe a data de liquidação, que é quando poderá ocorrer eventual internalização dos recursos no País. Mesmo assim, cresceu a chance de o Banco Central retomar as compras de dólar no mercado à vista no momento da entrada desses recursos, a fim de evitar uma valorização acentuada e abrupta do real. O último leilão de compra de moeda à vista ocorreu em 13 de setembro de 2011.

No fechamento, o dólar à vista recuou 0,69%, a R$ 1,7330 no balcão, menor valor desde 1º de novembro de 2011 (a R$ 1,730). Na BM&F, o dólar spot caiu 0,69%, para R$ 1,7338. O volume de negócios diminuiu ante o da véspera, porque o fluxo cambial foi pequeno e aparentemente equilibrado.

Mais cedo, o BC informou que, apesar do fluxo cambial negativo em US$ 153 milhões na quarta semana de janeiro (23 a 27/1), houve forte entrada de US$ 6,654 bilhões no acumulado das três primeiras semanas do mês que garantiu um resultado positivo líquido até o dia 27, de US$ 6,501 bilhões. Esses números já eram esperados e não mexeram com a formação de preço do dólar.

O otimismo se espalha hoje pelos mercados alimentado pelos diversos indicadores de atividade industrial e beneficiando as moedas de maior risco em detrimento do dólar. No Brasil, a moeda norte-americana começou o dia em queda de 0,23% a R$ 1,741 no mercado à vista.

As boas notícias começaram na China, onde o índice oficial de atividade industrial mostrou crescimento em janeiro, quando a estimativa era de queda. Em seguida vieram os números referentes à Europa, que consolidaram a animação. Os resultados melhores referem-se à Alemanha e Reino Unido, onde houve expansão da atividade industrial, com os indicadores acima de 50. Na maioria do restante dos países europeus, houve melhora e isso é bem recebido, mas a contração continua.

##RECOMENDA##

O dólar à vista abriu o dia cotado a R$ 1,762, com valorização de 0,72%. A pressão de alta está associada às declarações do ministro da Fazenda Guido Mantega sobre o câmbio, em entrevista coletiva ontem à noite, e à piora do comportamento dos mercados internacionais.

Segundo Mantega, um dos problemas que o País vai enfrentar neste ano é o de garantir o crescimento no comércio exterior. Por causa disso, garantiu ele, o governo vai continuar com a política de impedir a valorização do real. Ou seja, o mercado entendeu que podemos esperar novas intervenções no câmbio, se o governo achar necessário. Regra da atual equipe econômica que, aliás, o mercado não esqueceu nem por um instante e já tem pesado nos negócios nos últimos pregões, embora a percepção ainda seja de que eventuais atuações não ocorreriam no momento.

##RECOMENDA##

Lá fora, o que pesa é o fato de a Grécia ainda não ter fechado acordo com os investidores privados, o que vai deteriorando o otimismo recente. As dúvidas sobre um desfecho favorável para a Grécia começaram ontem em Nova York, onde as bolsas fecharam estáveis e afetam o desempenho dos principais mercados europeus nesta manhã. Inclusive, agora, os investidores resolveram retomar as preocupações também com Portugal e crescem os temores de que esse país venha a precisar de um financiamento adicional.

O dólar abriu em queda de 0,45% ante o real, a R$ 1,751 no mercado à vista de balcão, e era cotado a esse mesmo nível às 10h43, acompanhando a trajetória externa. A reestruturação da dívida grega continua sendo o assunto de destaque no cenário internacional, já que o acordo pretendido com os credores privados não foi fechado nem na sexta-feira, nem no fim de semana, como se esperava. Mas as perspectivas para uma solução continuam positivas e ajudam a impulsionar o euro para cima. As questões envolvendo o Irã também estão chamando a atenção dos investidores hoje.

A União Europeia concordou em embargar o petróleo do país, como parte das sanções contra o programa nuclear, e mexeu com os preços da commodities, que subiram, influenciando câmbio e bolsas. Um leilão positivo de títulos da Alemanha completou o quadro que ajuda o euro e as moedas emergentes a subir, em detrimento do dólar.

##RECOMENDA##

Às 9h17, o euro valia US$ 1,3004, ante US$ 1,2933 no final da tarde de sexta-feira em Nova York. O dólar index (cesta de seis moedas fortes) mostrava queda de 0,48%, às 10h45. No mesmo horário, no mercado doméstico, o dólar fevereiro recuava 0,23%, a R$ 1,756.

Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em queda, pressionados pela alta do dólar, que torna a commodity mais cara para os detentores de outras moedas, e por sinais de redução na tensão entre o Irã e as potências militares do Ocidente.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do petróleo para fevereiro, que expirou hoje, caiu US$ 1,93, ou 1,92%, para US$ 98,46 o barril. O contrato para março, que passa a servir como referência, recuou US$ 2,21, ou 2,20%, para US$ 98,33 o barril. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo para março fechou em baixa de US$ 1,69, ou 1,51%, para US$ 109,86 por barril.

##RECOMENDA##

Os investidores deixaram em segundo plano a possibilidade de a Grécia fechar um acordo com credores privados para reduzir a dívida do país. Em vez disso, preferiram se concentrar nos problemas da zona do euro que não serão abordados no acordo de reestruturação da dívida grega, o que serviu para impulsionar o dólar.

Perto do horário de fechamento do mercado de petróleo, o euro caía para US$ 1,2918, de US$ 1,2968 na quinta-feira, e o dólar subia para 76,97 ienes, de 77,09 ienes ontem. "Ainda há muitas questões sobre o que vai acontecer com a Grécia, com a Europa, então há um pouco de preocupação", disse Phil Flynn, analista da PFG Best.

Notícias de que o Irã estaria indicando disposição para provar que seu programa nuclear tem finalidades pacíficas também contribuíram para a queda nos preços do petróleo, abrindo espaço para que um embargo europeu aos barris produzidos no país seja adiado ou descartado. "Não há como o mercado não interpretar a ideia de negociações com o Irã como uma bandeira branca", disse Peter Donovan, vice-presidente e operador da Vantage Trading. As informações são da Dow Jones.

O dólar à vista abriu o dia em pequena alta, de 0,06%, a R$ 1,766, e recuou, acompanhando a trajetória que se vê no mercado internacional. Às 10h42, o moeda norte-americana era cotada a R$ 1,764, com perda de 0,06%. Também pesam a favor do recuo as expectativas de que o fluxo positivo continuará, no curto prazo.

Ontem, o Bicbanco captou US$ 280 milhões e a JBS anunciou que está emitindo US$ 400 milhões. Hoje, comenta-se que o Banrisul também estaria no mercado. Essas são as primeiras operações envolvendo empresas que, embora com tradição em recorrer ao mercado externo, não têm o porte das que tinham atuado até agora, como é o caso Vale (US$ 1 bilhão), Bradesco (US$ 750 milhões), Banco do Brasil (US$ 1 bilhão) e Itaú (US$ 500 milhões). E isso pode reanimar os investidores no que se refere a entradas de recursos.

##RECOMENDA##

No mercado internacional, o comportamento positivo desta quinta-feira está associado a expectativas de que a Grécia chegue a um bom termo nas negociações com seus credores. O euro subiu a níveis superiores a US$ 1,29 e luta para sustentar essa marca.

Além disso, o ambiente favorável foi reforçado pelos leilões de títulos soberanos, que continuaram mostrando resultados bem positivos. Começou com a Espanha, que captou mais dinheiro do que pretendia. Depois foi a França, que conseguiu o volume de dinheiro que queria e pagou juro mais baixo. Os dois países tiveram o risco rebaixado pela S&P na semana passada.

No restante do dia, os investidores devem continuar de olho nas informações referentes aos esforços do FMI para conseguir o aporte de US$ 500 bilhões pretendido. A euforia em torno do assunto diminuiu, mas a perspectiva de aumento de recursos para o Fundo segue ajudando no comportamento dos mercados. Vale lembrar que, como a maior parte do dinheiro (US$ 300 bilhões) deve vir de países emergentes, entre eles o Brasil, e esses países querem mudanças na administração do Fundo, a questão não será fácil de resolver.

Além disso, há balanços de bancos importantes como Morgan Stanley e Bank of America e de empresas tinham como Intel e Google, que podem mexer com os mercados. Nos Estados Unidos serão divulgados números de auxílio-desemprego, de construção de moradias e de atividade econômica.

O euro registrou a maior alta em duas semanas ante o dólar nesta quinta-feira na Ásia, uma vez que as tentativas de enfrentar a crise da dívida europeia parecem estar de volta ao rumo certo.

A moeda única do bloco tende a continuar sua valorização, se novos progressos forem alcançados. O euro subiu para US$ 1,2880 segundo dados da plataforma eletrônica EBS, no seu maior nível desde o dia 5 de janeiro.

##RECOMENDA##

Investidores estão focados nas discussões do governo grego com credores do setor privado, na busca de uma redução voluntária de suas dívidas. O governo retomou discussões nesta Quarta-feira - após negociações entre os dois lados fracassarem na sexta-feira passada.

De acordo com analistas, o euro provavelmente subirá ainda mais caso um acordo entre os dois lados seja efetivado até o final desta semana. As informações são da Dow Jones.

O dólar comercial abriu em queda e às 10h32 recuava 0,62%, cotado a R$ 1,774. A trajetória acompanha o ambiente externo positivo e a expectativa de entrada de uma parcela da captação de US$ 1 bilhão do Banco do Brasil.

Lá fora, a comemoração dos mercados começou com os dados chineses e completou-se com números europeus do dia. Na China, a taxa de crescimento do PIB ficou em 9,2% em 2011 e superou as expectativas, animando os investidores. Até porque, em dezembro houve melhora nos dados de produção industrial e de varejo e, além disso, a população urbana da China ultrapassou os habitantes das zonas rurais pela primeira vez, o que também indica boas perspectivas para o país.

##RECOMENDA##

Já na Europa, saiu a taxa de inflação na zona do euro, abaixo do esperado. O que mais agradou, no entanto, foi o índice de expectativas econômicas da Alemanha, que subiu e mostrou o melhor resultado desde julho de 2011. E há mais uma rodada de queda nas taxas de juros dos títulos soberanos de países como a Espanha e até da Grécia, o que é um bom motivo para os investidores esquecerem um pouco a piora na classificação de risco feita pela S&P. Afinal, depois que passaram as primeiras reações, a medida não está tendo muito impacto na prática. Vale lembrar que ontem à tarde, a S&P acabou confirmando o que o mercado esperava e piorou também a nota dos títulos da Linha de Estabilidade Financeira Europeia. A notícia mexeu com os mercados um pouco ontem, mas parece ter sido superada, por enquanto.

Por aqui, hoje começa a primeira reunião do Copom em 2012 e a decisão sobre a Selic será anunciada amanhã, após o encerramento das atividades do mercado financeiro doméstico. Depois de alguns vaivéns da última reunião para cá, o mercado fechou consenso em torno de mais um corte de 0,5 ponto porcentual no juro. A princípio, não devem haver grandes alterações de última hora, já que não existe nenhuma novidade que explicasse isso, mas é bom ficar de olho.

O mercado de câmbio iniciou o dia ainda sob os efeitos do rebaixamento de nove países, anunciados na sexta-feira pela agência de classificação de risco Standard & Poor's. Depois de apresentar oscilação durante a manhã e registrar a mínima do dia de R$ 1,7810 (-0,67%) por volta das 10 horas, a moeda norte-americana praticamente se estabilizou e encerrou esta segunda-feira valendo R$ 1,7850, com recuo de 0,45% e liquidez reduzida. O volume fraco é atribuído a ausência dos mercados de Nova York, que hoje estão fechados em razão do feriado em memória de Martin Luther King Jr.

"Hoje o mercado praticamente travou, a moeda se estabilizou (em queda). Muita gente aproveitou para antecipar operações na sexta-feira em razão do feriado. Hoje o mercado está parado", disse um operador. O dólar à vista no balcão registrou máxima de R$ 1,789 (-0,22%). Na BM&F, o dólar pronto encerrou em baixa, de 0,49%, a R$ 1,784.

##RECOMENDA##

Pela manhã, o Banco Central Europeu atuou na compra de bônus da Espanha e da Itália ajudando a evitar pioras maiores no mercado das dívidas. Segundo dados do próprio BCE divulgados hoje, na semana passada o órgão acelerou a compra de bônus soberanos, registrando o maior volume semanal desde novembro. Foram 3,77 bilhões de euros no mercado secundário.

Também hoje a Moody's afirmou que a perspectiva estável para a nota soberana francesa se mantém, apesar de continuar sob pressão. A Moody's deixa claro que não se trata de uma decisão sobre o rating e que vai "atualizar o mercado durante o primeiro trimestre de 2012", como parte de sua avaliação sobre os ratings de países da União Europeia.

Por aqui, o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que a balança comercial brasileira registrou um déficit de US$ 589 milhões na segunda semana de janeiro de 2012. O resultado é fruto de US$ 3,795 bilhões em exportações e US$ 4,384 bilhões de importações.

No mercado de câmbio, às 10h20 o dólar comercial recuava 0,34%, a R$ 1,779, com os operadores ainda identificando movimento de arbitragem que beneficia o real. Além disso, a operação do Banco do Brasil foi concluída ontem à noite, com a captação de US$ 1 bilhão, alimentando as expectativas de entradas.

O setor bancário deve ser um dos destaque de hoje, com eventuais repercussões nos negócios como um todo. O JPMorgan vai anunciar o balanço do quarto trimestre, às 10 horas, e os números devem pautar as expectativas para a semana que vem, quando esquenta a temporada de balanços nos EUA e saem os resultados de vários bancos importantes como Citi, Morgan Stanley, Bank of America e vários outros.

##RECOMENDA##

Nos Estados Unidos será divulgado também o dado de sentimento do consumidor. O mercado acompanhará ainda os pronunciamentos de vários representantes do Federal Reserve. Aqui, o IBGE solta dados de emprego industrial referentes a novembro, mas a possibilidade de isso interferir nas decisões das mesas de operações são poucas. O mesmo ocorre com o comunicado sobre inflação que vai ser anunciado pelo Ipea às 10h30.

Um outro destaque de hoje vem da China. O país teve queda nas reservas no último trimestre de 2011 e é a primeira vez que isso acontece desde 1998. Aparentemente, o impacto nos negócios imediatos foi pequeno, mas o assunto deve ocupar as cabeças dos analistas que formam as estratégias de médio e longo prazos. A China tem mais de US$ 3 trilhões reservas e o destino que dá a esse dinheiro tem poder para influenciar bastante o comportamento dos mercados. A queda está associada à preocupação dos investidores com o crescimento da China e ao comportamento do yuan.

No mercado de câmbio, às 10h30, o dólar comercial subia 0,17%, cotado a R$ 1,806, mas os operadores consideram que ainda é cedo para grandes apostas e lembram que o câmbio no Brasil tem vivido momentos de descolamento, com notícias e expectativas sobre captações externas. Hoje, saem os dados do fluxo cambial da primeira semana do mês e o mercado deve prestar atenção.

Lá fora, não há indicadores muito importantes para sair e a temporada de balanços só vai esquentar mais para o final da semana. Hoje cedo foi divulgado o PIB preliminar da Alemanha em 2011, que ficou em 3%. Como o resultado veio dentro do esperado, não mexeu muito com os negócios.

##RECOMENDA##

Pesando positivamente, logo cedo, havia a queda das taxas dos bônus da Itália e da Espanha. Mas em relação a esses dois países, o destaque é aguardado para amanhã, quando serão feitos novos leilões de títulos soberanos. Na manhã de hoje o Reino Unido, Alemanha, Suíça e Suécia também ofertaram bônus ao mercado. Todos os resultados saíram sem surpresas negativas. O destaque continua sendo a Alemanha, que paga juros mais baixos do que o habitual, numa demonstração de que os investidores ainda estão em busca de segurança.

O mercado prestará atenção também para ver se sai alguma novidade do encontro entre o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde. As expectativas não são muitas já que, ontem, Lagarde esteve com a premiê alemã Angela Merkel e nada de destaque surgiu. Hoje, Merkel estará com o primeiro ministro da Itália, Mario Monti. Nos Estados Unidos, a agenda é vazia e as atenções podem começar a voltar-se mais fortemente para o cenário político, conforme a disputa pela indicação do candidato republicano vai esquentando.

O dólar comercial operava em alta de 0,33%, às 10h21, cotado a R$ 1,844, após iniciar o dia cotado a R$ 1,842. A expectativa dos operadores é de que a moeda norte-americana mantenha esse rumo, até que sejam divulgados os dados do mercado de trabalho norte-americano (payroll), previstos para as 11h30. Os analistas esperam aumento na criação de vagas e queda na taxa de desemprego, o que mantém as bolsas em alta, mas o otimismo é limitado pelo noticiário europeu negativo.

No que se refere às entradas e saídas de dólares no País, os investidores vão ficar bem atentos a possíveis novos anúncios de captações por parte das empresas. Depois que o Tesouro captou US$ 825 milhões na última terça-feira, outras empresas já foram ao mercado internacional tomar empréstimo em moeda estrangeira. É o caso da Vale, que conseguiu US$ 1 bilhão e do Bradesco, que captou US$ 750 milhões. O Banco do Brasil também confirmou interesse, mas não divulgou valores.

##RECOMENDA##

Lá fora, o mercado divide-se entre prestar atenção no noticiário da Europa e as expectativas para os dados do mercado de trabalho norte-americano. O payroll sai às 11h30 e os analistas esperam aumento na criação de vagas e queda na taxa de desemprego.

Além de as preocupações com a Grécia e a Espanha terem crescido nos últimos dias e continuarem a ser alimentadas, as vendas no varejo da zona do euro tiveram queda de 0,8%, o dobro do esperado. O indicador de confiança da indústria melhorou, mas ainda é negativo e o índice de sentimento sobre a economia dos países que usam o euro recuou pelo 10º mês consecutivo em dezembro, para 93,3. O resultado representa o nível mais baixo em mais de um ano, embora os economistas esperassem recuo ainda maior, para 93,0. Aliado a isso, saíram as encomendas à indústria na Alemanha, mostrando queda de 4,8% em novembro ante outubro. Mais um indicador pior do que esperado, já que analistas projetavam recuo de somente 1,7%.

Vale registrar que pela manhã o IBGE divulgou os resultados do IPCA de dezembro e de 2011. As taxas ficaram em 0,50% e 6,50%, respectivamente, e não devem mexer diretamente com o mercado de câmbio.

A preocupação com a crise europeia, que já foi sentida ontem, está definitivamente de volta às mesas de operações do mercado financeiro, depois do breve momento de otimismo que inaugurou 2012. Com isso, à 10h30 o dólar comercial subia 0,71%, cotado a R$ 1,842, após abrir em alta de 0,98%, a R$ 1,847.

Desde cedo, havia nos mercados um clima de apreensão que estava associado principalmente ao leilão de títulos sobreanos da França. A operação foi concluída e o país captou o dinheiro que pretendia, quase 8 bilhões de euros. O destaque negativo é que o juro que a França terá de pagar pelo empréstimo de 10 anos ficou acima do anterior. O contraponto é a queda no custo da parcela da dívida que tem prazo de 30 anos. Vale lembrar que a França está se esforçando para manter a sua classificação de risco AAA que está na mira da Fitch e a Standard & Poor's. Ambas colocaram o rating em observação com implicações negativas.

##RECOMENDA##

O dia também não é dos melhores no que se refere aos indicadores econômicos. Na Alemanha, as vendas ao varejo em novembro foram muito fracas. Ao invés da alta de 0,5% que os economistas esperavam veio uma queda de 0,9%. Na zona do euro, as encomendas à indústria tiveram uma alta, mas ela foi de 1,8% bem menor do que os 2,5% que se esperava.

A esperança para uma possível melhora ainda hoje recai sobre os EUA. A agenda prevê a divulgação de vários números do mercado de trabalho - auxílio-desemprego, vagas criadas no setor privado e demissões em grandes empresas - de atividade do setor de serviços e vendas do comércio varejista.

Hoje o dólar balcão fechou na máxima do dia, a R$ 1,8610, com alta de 0,11%, com um volume financeiro um pouco melhor do que o da véspera mas, ainda assim, abaixo da média diária. Esse movimento é atribuído, em parte, à volta dos negócios nos EUA e na Europa. Além disso, o fato de a clearing de câmbio da BM&F não realizar liquidação em D+2 amanhã ajudou no movimento, já que os poucos players que ainda estão trabalhando anteciparam as operações que poderiam ser feitas amanhã. "Esperava um volume maior ainda, mas isso mostra que quem tinha que fazer alguma operação já fez. O mercado parou", disse o operador de um corretora.

A fonte lembrou ainda que a moeda vem oscilando em torno de R$ 1,85 há alguns dias, dificultando oportunidades de negócios. "Se a moeda tivesse oscilado fora desta margem (R$ 1,85) poderia ter dado oportunidade para alguns players fazerem seus ajustes de última hora. Como nada aconteceu, o mercado esfriou", disse. Na mínima, o dólar balcão atingiu R$ 1,8530.

##RECOMENDA##

Internamente, a principal notícia do dia, feita pelo Ministério da Fazenda, é que o recolhimento do IOF sobre operações com derivativos ocorridas no período de 16 de setembro a 31 de dezembro de 2011 será feito em 31 de janeiro de 2012 (o prazo anterior era 29 de dezembro). O secretário executivo Adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, deu como justificativa para o adiamento problemas operacionais. A notícia, segundo um outro profissional, já era esperada e não influenciou os negócios no mercado de câmbio.

Na última segunda-feira do ano a moeda norte-americana se manteve no nível de R$ 1,85 praticamente durante todo o pregão em que o giro financeiro ficou muito abaixo da média diária. Para se ter uma ideia, na clearing de câmbio da BM&F, às 16h29, o giro financeiro total era de US$ 608,4 milhões, dos quais R$ 600 milhões em D+2. Esse volume é cerca de metade do verificado na sexta-feira por volta deste horário, que já é menor que a média diária.

O dólar à vista no balcão fechou estável, a R$ 1,8590. Durante o dia, a moeda oscilou entre a mínima de R$ 1,8520 e a máxima de R$ 1,8600. Além dos investidores já estarem se preparando para comemorar a virada do ano, a ausência de negócios nas principais praças financeiras (EUA e Europa), que ficaram fechadas em razão das comemorações de Natal, também contribuiu para o marasmo com os negócios no câmbio. Na BM&F, o dólar à vista terminou praticamente estável (+0,01%), a R$ 1,8585.

##RECOMENDA##

Inspirado por indicadores mais positivos da Alemanha e pelo sucesso do leilão de títulos espanhóis, o dólar comercial abriu em baixa no mercado doméstico e às 10h12 recuava 0,32%, cotado a R$ 1,862.

A primeira notícia de destaque do dia foi o índice de confiança das empresas da Alemanha, que subiu em dezembro, após se manter relativamente estável nos dois meses anteriores. O índice avançou para 107,2 pontos em dezembro, da leitura revisada de 106,6 pontos em novembro, e acima da previsão dos analistas, que esperavam 106 pontos. O índice de sentimento sobre as condições atuais ficou estável em 116,7 pontos em dezembro. O índice de expectativa aumentou para 98,4 pontos, de 97,3 pontos, em novembro.

##RECOMENDA##

A segunda injeção de ânimo para os mercados foi o leilão de títulos da Espanha, com prazos de três e seis meses. O país conseguiu captar mais recursos do que ambicionava e a custos muito inferiores aos que pagou recentemente e completou seu financiamento de 2011.

Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a afirmar que o governo não vai permitir que o câmbio se valorize como ocorreu num passado recente. Desta vez, Mantega evitou cravar um piso para a moeda norte-americana, mas reiterou o recado de que a preocupação do governo viria em níveis que o mercado considera muito baixos para a conjuntura atual e, portanto, sua fala não deve mexer com os negócios, no momento.

Para o restante do dia, os investidores devem prestar atenção em dados do setor imobiliário que saem nos Estados Unidos, às 11h30. Internamente, saem os números do setor externo de novembro, mas o maior destaque deve ser a audiência pública do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) às 11 horas, no Senado.

O anúncio da morte do líder norte-coreano Kim Jong-il, de ataque cardíaco aos 69 anos, abalou os mercados asiáticos hoje e, embora o impacto negativo esteja se diluindo nas bolsas de outras regiões, o mercado de moedas ainda sentia um pouco a insegurança que a notícia trouxe aos investidores nesta manhã. Às 10h22, o dólar comercial subia 0,16%, cotado a R$ 1,859.

Mas assuntos não faltam na manhã desta sexta-feira para ajudar a desviar as atenções da Ásia. A Europa continua sendo foco com a realização de uma conferência entre os ministros da zona do euro, na qual serão discutidas as duas principais determinações tomadas pelo encontro de cúpula do último dia 9 de dezembro. Estão na pauta a ampliação do poder de fogo do Fundo Monetário Internacional (FMI) para emprestar a países da zona do euro em dificuldade e a implementação da consolidação fiscal na zona do euro. Aquela em que só ficou de fora o Reino Unido.

##RECOMENDA##

Os mercados devem lidar também com a informação de que a Fitch colocou seis países da zona do euro em revisão para potencial rebaixamento, na sexta-feira, incluindo Espanha e Itália. Vale lembrar que as outras duas agências de rating com importância global - Moody's e S&P - já tinham anunciado que fariam reavaliações após a cúpula. Além disso, há indicadores nos EUA que merecem atenção. Hoje, o destaque é o índice de confiança das construtoras de imóveis residenciais sai às 13 horas.

Por aqui, vale destaque a entrevista do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao jornal O Estado de S.Paulo, no sábado. Ele disse que o governo não deixaria o dólar cair abaixo de R$ 1,60 e, segundo os operadores, sinalizou a marca na qual o governo pensaria em tomar novas medidas cambiais. "Como ninguém vislumbra esse nível de preço no curto prazo, isso não deve mexer nos negócios, hoje", disse um operador.

Sem um grande fato novo que justifique, o euro voltou aos piores momentos deste ano, registrados em janeiro, quando o problema dos mercados era a crise das dívidas soberanas da Europa e as preocupações com a capacidade da Linha de Estabilidade Financeira Europeia. Acompanhando esse ambiente, o dólar comercial segue ganhando valor ante o real e, hoje, abriu o dia cotado a R$ 1,866, com alta de 0,65%. Às 10h33, a moeda norte-americana subia 0,97%, a R$ 1,872. Isso a despeito de haver no mercado um sentimento de que o fluxo tem sido positivo nos últimos pregões. Ontem, o cupom cambial encerrou o dia ao redor de 0,45%, reforçando essa perspectiva.

"O mercado está completamente focado no exterior e mais sensível à alta. Hoje não há grandes novidades, mas o cenário, que é ruim como um todo há muito tempo, alimenta a aversão ao risco e pressiona as cotações do dólar para cima", diz um operador.

##RECOMENDA##

Um dos fatos citados para justificar a renovação do sentimento de aversão ao risco foi o resultado do leilão de bônus da Itália, com vencimento em 2016. O país vendeu todos os papéis ofertados, mas alcançou um yield médio de 6,47% - o maior na história do euro para os títulos de cinco anos. Houve leilão também na Alemanha, que captou 4,18 bilhões de euros em títulos para 2016, com um yield de 0,29%.

Por aqui, o dia reserva o anúncio do IBC-Br de outubro. O mercado está curioso para conferir se as palavras do ministro da Fazenda, Guido Mantega, estão corretas. Ele disse, quando houve a divulgação do PIB do terceiro trimestre, que os últimos três meses do ano já seriam melhores, esboçando pequena recuperação.

Também será anunciado o dado do fluxo cambial da semana passada. Os investidores vão poder conferir se realmente estão havendo entradas financeiras maiores, como é comentado nas mesas de operações.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando