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O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Carvalho, é cotado para assumir a Advocacia-Geral da União (AGU) caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indique o atual chefe da pasta, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Além de Messias, o ministro da Justiça, Flávio Dino, também tem seu nome cogitado para a Corte.

Segundo aliados, é possível que Lula resolva fazer uma "dança das cadeiras" para resolver a sucessão ao STF. Se Messias for para a Corte e Carvalho para a AGU, o governo indicaria uma mulher para comandar a CGU. Um possível nome seria a atual secretária-executiva da corregedoria, Vânia Lúcia Ribeiro Vieira. Ela é procuradora da AGU desde 2006 e tem trajetória acadêmica na área do direito.

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Carvalho assumiu a CGU no início do governo Lula e é ligado ao grupo de advogados lulistas Prerrogativas, que foi importante para o presidente no enfrentamento à operação Lava Jato. Antes, ele foi presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça.

O ministro da CGU ganhou pontos com Lula depois de comandar investigações no órgão como a que desvendou fraude no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, revelada pelo Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que levou o ex-ajudante de ordens do ex-presidente, o militar Mauro Cid, à prisão. Cid acabou fazendo um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.

Carvalho também esteve à frente da investigação sobre a ação da Polícia Rodoviária Federal no segundo turno das últimas eleições - quando a corporação dificultou que eleitores chegassem às sessões eleitorais em regiões que votavam majoritariamente em Lula.

Nomes para a Justiça

Com a possibilidade de Dino ir para o Supremo em alta, ganhou força a hipótese de o governo desmembrar a pasta ocupada hoje por ele. Lula chegou a anunciar, na campanha, que haveria um Ministério da Justiça e outro da Segurança Pública. Foi Dino quem o convenceu a não separar as estruturas.

Circulam para a Justiça nomes como o do advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador do Prerrogativas. Mas também há quem diga que Lula escolherá uma mulher para o posto como forma de reduzir o desgaste por nomear mais um homem para o Supremo.

Também é especulada a possibilidade de Messias ser remanejado para Justiça. Porém, ele tem indicado a aliados que não quer assumir a pasta. O nome de Vinícius Carvalho também foi citado para ocupar a Justiça.

Para a Segurança Pública, o principal cotado é o atual secretário-executivo da Justiça, Ricardo Cappelli. Braço direito de Dino, ele ocupou o cargo de ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional em abril depois de o titular do cargo, general Gonçalves Dias, ter pedido demissão após vídeos revelados pela CNN o mostrarem circulando em meio aos invasores do Palácio do Planalto no 8 de janeiro.

Capelli também atuou como interventor na segurança pública do Distrito Federal logo após os atos golpistas, quando o governador da unidade da federação, Ibaneis Rocha, foi afastado por ordem do STF.

Enquanto o economista Aloizio Mercadante está motivado para comandar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo apurou o Estadão, para o Ministério do Planejamento está cotado Wellington Dias, ex-governador do Piauí e senador eleito.

O economista Andre Lara Resende, porém, continua no páreo. Segundo um interlocutor do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, Resende "tem uma visão contemporânea e grande conhecimento" e terá espaço se quiser participar do novo governo.

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A indicação para a Petrobras é considerada no governo de transição um dos problemas mais complexos, e o nome de Mercadante chegou a ser citado para o cargo. Nesta segunda (12), ao chegar para a cerimônia de diplomação de Lula, Mercadante afirmou desconhecer iniciativa no governo de transição de alterar a Lei das Estatais, o que abriria brecha para sua indicação ou a do senador Jean Paul Prates (PT-RN). A interlocutores, ele tem sinalizado preferência para o BNDES, alvo de estudos dele sobre a reindustrialização e incremento do crédito privado.

Na sexta-feira (9), o Estadão antecipou que Mercadante era o nome mais forte para comandar o BNDES. Não se descarta, porém, uma vaga num ministério para ele, considerado uma espécie de "curinga" no xadrez político que Lula tenta fechar nos próximos dias.

O nome para comandar o banco público, que terá relevância na política econômica do próximo governo, só será divulgado com a indicação do ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic). Isso seria feito por uma questão de "hierarquia" na Esplanada, assim como foi com o anúncio conjunto do ministro da Justiça e do diretor-geral da Polícia Federal.

Interlocutores do presidente eleito informam que avançaram as negociações para a indicação do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, para comandar o novo Mdic. Ele tem relação com Lula e apoio de setores empresariais. Gomes, que está na presidência da Fiesp desde janeiro, enfrenta hoje uma "rebelião" de sindicatos de pequeno porte, que marcaram para o dia 21 assembleia que pode destitui-lo do cargo.

Interlocutores de Lula afirmaram que ele pode atrasar um pouco os grandes anúncios porque quer conversar com as lideranças da União Brasil, do PSD e do MDB.

O coordenador do programa de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Aloizio Mercadante, é hoje um dos nomes mais forte para comandar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo apurou o Estadão.

O comando do banco desenvolvimento terá papel decisivo na política econômica que Lula quer implementar para ativar o investimento e acelerar o desenvolvimento do País.

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Procurada, a assessoria de Mercadante não negou a informação obtida pelo Estadão: "Haverá uma reunião no domingo para definir. Há outras possibilidades e Aloizio Mercadante vai falar pessoalmente com o presidente Lula sobre o assunto", respondeu a sua assessoria.

Ex-ministro, ex-senador e atual presidente da Fundação Perseu Abramo, braço do pensamento econômico do PT, Mercadante coordena os grupos de trabalho do governo de transição.

Em entrevista nesta semana, ele falou sobre os planos para o BNDES e antecipou que o banco de desenvolvimento do governo federal deve ficar vinculado ao novo ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Como mostrou o Estadão, o ministério renasce com mais poder na Esplanada.

Mercadante disse que o governo eleito quer fortalecer o financiamento de longo prazo do BNDES, sem comprometer recursos do Tesouro Nacional. "Somos contra a visão de um BNDES acanhado e sem capacidade de financiamento. O BNDES precisa ser uma fábrica de projetos e estimular startups", disse na entrevista.

O economista Gabriel Galípolo, próximo ao futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é cotado também para presidir o BNDES, como antecipou o Estadão. Galípolo é ex-presidente do banco Fator e interlocutor na campanha com o mercado financeiro.

Descolado de seus pares emergentes, onde ainda reverbera a aversão ao risco por conta da troca abrupta do presidente do banco central turco, o real se valorizou frente ao dólar na sessão desta terça-feira e a cotação chegou a voltar ao nível de sexta-feira, quando ainda havia reflexos mais positivos sobre a decisão de arrocho monetário, levando a taxa Selic a 2,75% ao ano. No entanto, bem próximo ao fechamento, o dólar virou e passou a oscilar em terreno positivo, pontualmente, com o movimento ocorrendo em sintonia com a piora do Ibovespa e indicando uma saída de recursos, segundo Durval Corrêa, assessor financeiro da Via Brasil Serviços Empresariais. Assim, o dólar fechou em queda de 0,04%, cotado a R$ 5,5157.

O racional para o dia, entretanto, prevaleceu. De acordo com especialistas em câmbio, para além do impacto direto na moeda local pela mensagem mais dura contida na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o câmbio reage à queda dos juros dos treasuries americanos, principalmente na ponta longa de vencimento de dez anos.

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Para Álvaro Frasson, economista do BTG Pactual digital, o câmbio mais tranquilo é mais reflexo com os yields somando à política de leilões que o Banco Central vem fazendo. Na sessão de negócios desta terça, as taxas dos títulos de dez anos do governo americano chegaram a cair mais de 3%.

Frasson explica que esta semana dois dados do mercado imobiliário vieram muito abaixo das expectativas, como as vendas de casas novas, mostrando que a economia americana não está se recuperando tão forte como parecia nos dados de janeiro. "E isso deu força para o discurso que os integrantes do Fed vem fazendo", notou o economista do BTG Pactual digital.

Muito embora o câmbio tenha reagido mais positivamente nesta terça, o contexto atual com a pandemia praticamente em descontrole no Brasil e os riscos fiscais - reformas por fazer, pressão por mais gastos para auxílio, e um governo federal ainda sem orçamento no ano corrente - deixam a cautela no ar, impedindo uma queda mais acentuada do dólar.

No exterior, as principais moedas de emergentes pares do real tiverem um dia de desvalorização, com o rublo da Rússia encabeçando as perdas. Às 17h10, o dólar subia 2,10% ante o rublo, 1,69% ante o peso chileno, 1,54% ante a lira turca e 1,40% ante o peso mexicano. "Moedas que mais caem mais são de BCs mais politizados", notou um gestor, fazendo uma comparação com o Banco Central brasileiro, que agora têm autonomia de "fato e de direto". "Um BC autônomo deixa o risco na política monetária mais escasso", afirmou.

O mercado de câmbio teve uma manhã de tensão, com intervenção do Banco Central e dólar batendo em R$ 5,53, em alta perto de 3%, repercutindo a decisão de Jair Bolsonaro de mudar o comando da Petrobras, dúvidas sobre o ajuste fiscal e exterior negativo. Nos negócios da tarde, o clima se acalmou um pouco e a moeda americana reduziu o ritmo de alta, segundo operadores, refletindo um movimento de correção dos exageros de mais cedo e realização de ganhos. A avaliação nas mesas de operação é que o câmbio vai seguir sob pressão nos próximos dias.

O dólar à vista fechou em alta de 1,27%, a R$ 5,4539, maior nível desde 29 de janeiro. No mercado futuro, o dólar para fevereiro subiu 1,57%, a R$ 5,4690. No final do dia, o peso mexicano acabou superando o real como moeda com pior desempenho hoje ante o dólar, considerando uma cesta de 34 divisas mais líquidas. "Durante a tarde foi passando um pouco o exagero, teve um pouco de realização após a forte alta", afirma o chefe da mesa de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem.

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A segunda-feira começou com uma tempestade perfeita no mercado: exterior negativo, com temor de piora da inflação mundial e, no mercado doméstico, a mudança na Petrobras e promessa de Bolsonaro de mais medidas populistas pela frente reforçou a visão de piora fiscal e atrasos nas reformas. Para piorar, declarações em Brasília afirmaram que primeiro deve vir o auxílio emergencial para depois vir o corte de gastos.

O reflexo foi que o Banco Central precisou intervir para acalmar os ânimos dos investidores, vendendo ao todo US$ 3,6 bilhões, ajudando a dar certo alívio. No final da manhã, vendeu US$ 1 bilhão em swap (espécie de venda de dólar no mercado futuro), em dinheiro novo. Antes, havia feito leilão de linha (venda à vista de dólar com compromisso de recompra) de US$ 1,6 bilhão, para rolagem de contratos de março. E depois fez mais US$ 800 milhões em swap, também para rolagem.

Para Priscila Robledo, economista de América Latina em Nova York da Continuum Economics, consultoria de Nouriel Roubini, a tendência é de mais pressão no câmbio e nos juros pela frente por conta da interferência do governo na Petrobras. Há ainda o risco de afetar a confiança dos investidores, podendo assim ter impacto negativo na atividade econômica. "A decisão de substituir Castello Branco é negativa na medida em que a intenção de interferir na Petrobras fica clara. E a ameaça de que também haverá interferência no setor elétrico claramente não ajuda", comenta ao Broadcast.

"A troca do comando da Petrobras tem sido vista por muitos analistas como uma inflexão na gestão econômica do governo, o que aumenta a incerteza e potencializa a volatilidade do mercado", afirma o economista-chefe do banco BV, Roberto Padovani, em áudio. Para piorar, no exterior, ele ressalta que cresce a preocupação de que a volta da inflação possa levar os bancos centrais a retirarem parte dos estímulos extraordinários injetados na pandemia. Isso tende a fortalecer o dólar e aumenta a percepção de risco em relação a mercados emergentes, ressalta ele.

O dólar voltou a fechar acima de R$ 5,00 nesta sexta-feira, 12, após encerrar quatro pregões abaixo desse patamar. A sessão foi marcada pelo ajuste das cotações à forte piora do humor no mercado financeiro ontem, feriado no Brasil, e pela continuidade do fortalecimento da moeda americana hoje no exterior. Após subir 2,17% hoje, a maior alta porcentual desde 7 de maio, o dólar fechou a semana em R$ 5,0426, acumulando valorização de 1,04%, a primeira de ganhos depois de três semanas seguidas de baixas.

O índice DXY, que mede o dólar ante divisas fortes, operou hoje nos níveis mais altos de junho e a moeda americana ainda subiu na maioria dos emergentes. Alertas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre as dúvidas e riscos da retomada da atividade, ecoando discurso do presidente Jerome Powell na tarde de quarta-feira, fizeram os investidores fugirem de ativos de risco.

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O diretor de moedas em Nova York da gestora BK Asset Management, Boris Schlossberg, ressalta que além do alerta do Fed ter pego o mercado vindo de dias de muito otimismo, o que fez o movimento de ajuste ser mais forte, relatos de crescimento acelerado de casos de coronavírus em estados americanos como Flórida e Texas trouxeram preocupação adicional. O mercado estava subestimando este risco, ressalta ele.

Pela manhã, dados mostrando melhora da confiança do consumidor americano chegaram a dar um impulso positivo no mercado, mas que durou pouco. Para Schlossberg, o tom mais cauteloso hoje dos mercados sugere que permanece o temor para a atividade econômica de uma nova onda de casos de coronavírus.

No mercado doméstico, o dia foi tanto de agenda como de noticiário mais esvaziado. "Após uma quinta-feira ruidosa no exterior, os mercados domésticos realinharam os preços para cima hoje", afirma economista e operador da Advanced Corretora de Câmbio, Alessandro Faganello. "As preocupações com uma segunda onda de infecções foram reacendidas."

Para a próxima semana, as mesas de câmbio vão monitorar a reunião de política monetária do Banco Central, dias 16 e 17. É esperado um corte de 0,75 ponto porcentual na taxa básica, mas o interesse dos investidores é ver o que o BC pode sinalizar de próximos passos, o que, se ocorrer, deve ter impacto nas cotações do dólar.

"Ficou claro que Brasil conquistou capacidade de ter juros mais normal, mais comparado com o resto do mundo, e de maneira sustentada", avalia o sócio da Mauá Capital, Luiz Fernando Figueiredo, em live da corretora Nova Futura. "Uma queda de atividade deste tamanho quer dizer queda de juros também." Para os juros seguirem baixos por mais tempo, Figueiredo argumentou que o Brasil vai ter que voltar a ter consolidação fiscal, mas os mercados não esperam isto este ano.

O dólar teve um dia volátil, mas firmou alta em meio às declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, chamando atenção para os riscos e o nível ainda alto de incerteza sobre os rumos da atividade econômica. O dirigente declarou que o relatório de emprego americano, que animou os mercados desde a última sexta-feira, 5, ao mostrar forte criação de vagas, subestimou a taxa de desemprego americana em 3 pontos porcentuais e que o recuo da atividade no segundo trimestre deve ser o maior já registrado. Com isso, o dólar ganhou força no exterior e, no mercado doméstico, renovou as máximas do dia, batendo em R$ 4,96.

No fechamento desta quarta-feira, 10, pré-feriado no Brasil, o dólar à vista terminou em alta de 0,97%, cotado em R$ 4,9355. No mercado futuro, o dólar para julho era negociado em R$ 4,9755, com valorização de 1,42% às 17h30.

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Os economistas não esperavam anúncio de novos estímulos econômicos pelo Fed, como acabou ocorrendo. Os dirigentes sinalizaram que os juros vão continuar nos níveis atuais até pelo menos 2022. Com a divulgação do comunicado da reunião, o dólar chegou a cair para o nível de R$ 4,88. Mas o movimento durou somente até o início da entrevista de Powell. Na coletiva à imprensa, Powell também se comprometeu em manter os estímulos por um longo período, mas alertou que uma recuperação completa da atividade só virá quando as pessoas se sentirem seguras do ponto de vista de saúde.

Para a economista-chefe da consultoria americana High Frequency Economics (HFE), Rubeela Farooqi, Powell sinalizou que o Fed vai continuar fazendo tudo o que for preciso para apoiar a economia, mas ao mesmo tempo chamou atenção para o fato da surpresa com o relatório de emprego de maio ser um sinalizador claro do nível de incerteza que paira sobre a economia. Wall Street esperava fechamento de 8,5 milhões de postos de emprego no mês passado, mas o documento mostrou criação de 2,5 milhões de vagas.

Na avaliação da analista de moedas do Commezbank, You-Na Park-Heger, o real se beneficiou significativamente da melhora recente do sentimento no mercado financeiro internacional, que se intensificou após a divulgação do relatório de emprego dos EUA. No entanto, além de pairarem dúvidas sobre a retomada da atividade nos diversos países, o noticiário doméstico permanece preocupante, avalia. Para ela, a valorização do real foi exagerada, veio antes do esperado e, por isso, o risco alto de correção, com a divisa americana devendo voltar a superar os R$ 5,00 nas próximas semanas, pois ainda há muitas incertezas pairando na economia mundial, e no caso do Brasil, há os juros devendo cair mais na semana que vem, preocupação fiscal e o cenário político conturbado. O banco alemão projeta o dólar a R$ 5,20 em setembro, R$ 5,00 em dezembro e R$ 4,90 no começo de 2021.

Indicadores bem piores que o esperado da economia americana divulgados nesta quarta-feira, 15, trouxeram novas preocupações sobre os efeitos do coronavírus na atividade econômica mundial e nos resultados das empresas. O reflexo imediato foi a busca de proteção no dólar, que se fortaleceu tanto ante divisas fortes, como o euro, e nos emergentes. No mercado doméstico, o dólar chegou a bater no pior momento em quase R$ 5,27, mas o ritmo de valorização se desacelerou na parte da tarde, acompanhando certo alívio visto também lá fora. No final do dia, o dólar à vista terminou com alta de 0,99%, cotado em R$ 5,2416. No mercado futuro, o dólar para maio fechou em R$ 5,2485, em alta de 1,57%.

Nos Estados Unidos, as vendas no varejo despencaram 8,7% em março, nível recorde de queda. A produção industrial recuou 5,4%, a maior baixa mensal desde 1946 e o índice de atividade manufatureira do Federal Reserve de Nova York recuou para o menor nível da história. Além disso, alguns balanços corporativos divulgados desde ontem, sobretudo dos grandes bancos americanos, vêm trazendo resultados mais fracos que o previsto.

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Os números recentes vieram em um momento de já elevada preocupação com a atividade econômica mundial após o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter alertado ontem para a chance de o Produto Interno Bruto (PIB) mundial registrar o pior desempenho anual desde a recessão de 1929.

"O terrível cenário econômico alimenta o sentimento de fuga de risco e fortaleceu o dólar hoje", afirmam os estrategistas de moedas do banco americano Brown Brothers Harriman (BBH). Além do dólar, o franco suíço e o iene japoneses, duas moedas consideradas como porto seguro pelos investidores internacionais também ganharam força hoje.

Neste momento, ninguém tem certeza de como se dará a recuperação da economia mundial quando as paralisações começarem a serem relaxadas, se em forma de "V", "U" ou "W", afirma o gestor e diretor do BTG Pactual, Will Landers. Por conta da crise, ele contou em evento hoje que reduziu a exposição em seus fundos ao Brasil e está buscando neste momento de maior incerteza ativos mais defensivos.

Os dados mais recentes do Banco Central divulgados hoje seguiram mostrando saída de capital do Brasil. Só na semana passada, saíram US$ 233 milhões pelo canal financeiro. No mês de abril, até o dia 9, as saídas somam US$ 3,5 bilhões por este canal.

Nos emergentes, os dados do Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos 450 maiores instituições financeiras do mundo, com sede em Washington, mostram que a saída de recursos de investidores estrangeiros dos mercados de bolsa e renda fixa desde o início da crise do coronavírus, em 21 de janeiro, bateu em US$ 100 bilhões.

A cotação do petróleo caiu mais de 30% neste ano, mas talvez o pior ainda esteja por vir, em um mercado no qual o novo coronavírus reduz a demanda, alertam especialistas.

Para conter a queda de preços em meio a uma redução do consumo de petróleo no mundo, a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), reunida em Viena nesta semana, propôs a seus parceiros cortes adicionais de produção.

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A ideia da Opep, apoiada pela Arábia Saudita, consistia em diminuir a extração diária da commodity em 1,5 milhão de barris até o fim do ano.

A Opep propôs inclusive que seus sócios de fora do cartel tivessem apenas um terço do corte.

Principal aliado do cartel de produtores, "a Rússia não mordeu a isca", avaliou Andrew Lebow, do Commodity Research Group, que lembrou que a economia russa, mais diversificada que a dos sócios da Opep, é menos dependente do petróleo.

Segundo maior produtor mundial de petróleo, atrás dos Estados Unidos e à frente da Arábia Saudita, A Rússia reduziu suas previsões orçamentárias para um barril a 42,4 dólares, e se mostra satisfeita com o atual nível dos preços.

Para os produtores russos, todo barril retirado do mercado representa uma redução da receita e o risco de ceder partes do mercado aos Estados Unidos, que inunda o planeta com seu petróleo de xisto.

Desde dezembro o corte de produção da Opep+ (o cortes e seus parceiros) chega a 1,7 milhão de barris diários, em um contexto de excesso de oferta.

'Terra arrasada'

Os Estados Unidos, concorrentes da Rússia, extraem 13 milhões de barris diários e exportam entre 3 e 4 milhões.

"Os russos decidiram levar adiante uma política de terra arrasada. Não veem nenhuma razão para apoiar os produtores americanos", explicou John Kilduff, da Again Capital.

Os Estados Unidos não são membros da Opep, portanto não estão submetidos a suas decisões.

Os cortes atualmente em vigor expiram no fim de março, e sua renovação agora parece incerta.

"Se não houver cortes adicionais, isso significa que o excedente de petróleo no segundo e no terceiro trimestre será mais significativo que o mercado antecipava", alertou Lebow.

Uma oferta abundante leva a uma baixa dos preços, e em Nova York alguns especialistas esperam o barril de WTI abaixo de 40 dólares.

"Acho que podemos ver os preços do petróleo em Nova York abaixo dos 40 dólares", opinou John Kilduff, da Again Capital. "Ainda não chegou o pior da crise de demanda".

Com o golpe sobre o crescimento econômico representado pelo coronavírus, os agentes do mercado esperam que a queda de preços do petróleo continue.

"Os riscos de recessão são fortes. Historicamente, as recessões fazem os preços do petróleo baixarem", lembrou James Williams, da WTRG-Economics, que considera que o consumo mundial da commodity vai diminuir em 4 milhões de barris no primeiro trimestre.

"A menos que a economia chinesa se recupere rapidamente, as consequências econômicas do vírus repercutirão em todo o mundo, em particular na Europa e nos Estados Unidos", avaliou Williams.

Quem usa o cartão de crédito no exterior vai poder calcular com mais precisão o custo das compras internacionais. Entra em vigor hoje (1º) determinação do Banco Central (Circular nº 3918) que obriga as operadoras de cartão a usar a cotação do dólar do dia da compra – e não mais a do dia de vencimento da fatura – para conversão do valor em real.

A mudança pretende dar mais previsibilidade aos consumidores que usam o cartão no exterior ou que fazem compras em sites estrangeiros.

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Antes dessa mudança, a cotação da moeda americana usada era aquela do dia do fechamento da fatura. Quando anunciou a mudança na regra, em novembro de 2018, o Banco Central (BC) argumentou que o cliente ficava vulnerável às variações do dólar no mercado financeiro desde a data em que o gasto foi feito até o momento do pagamento da fatura mensal do cartão de crédito.

Com a nova regra, o cliente ficará sabendo já no dia seguinte quanto vai desembolsar em reais, eliminando a necessidade de eventual ajuste na fatura subsequente.

A partir de agora, deve constar na fatura: a discriminação de cada gasto, a data, a identificação da moeda estrangeira e o valor na referida moeda; o valor equivalente em dólar na data do gasto; a taxa de conversão do dólar para reais na data da compra; e o valor em reais a ser pago pelo cliente.

Para que o cliente possa ter informações sobre as melhores taxas de câmbio utilizadas pelos emissores no mercado, os bancos serão obrigados a tornar disponível em todos os seus canais de atendimento ao cliente a taxa de conversão do dólar para o real utilizada no dia anterior; e publicar informações sobre o histórico das taxas de conversão.

Além de se atentar às taxas de câmbio, os consumidores devem observar que as compras no exterior com cartão de crédito têm incidência do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), com alíquota de 6,38%.

O jornal britânico Financial Times levantou dúvidas sobre os dados do Produto Interno Bruto (PIB) e da economia brasileira. O veículo aponta que a retificação feita pelo Ministério da Economia referente ao resultado das exportações não foi incorporada ao resultado anunciado nessa terça-feira (3). Mesmo com caráter oficial, as informações do Governo podem não ser dignas de confiança.

A primeira revisão ocorreu no dia 25 de novembro com a divulgação do resultado deficitário estipulado em 1,099 bilhão de dólares. Contudo, uma nova revisão ocorreu três dias depois (28), no qual o resultado apontou um superávit de 2,717 bilhões da moeda americana. Como retratação, o Governo destacou que a confusão foi fruto de um erro no cálculo das exportações, que antes da revisão estavam em 9,681 bilhões de dólares.

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Com a alteração, o valor passou a ser de 13,498 bilhões de dólares na parcial de novembro. As importações permaneceram. Na última segunda-feira (2), o Governo voltou a corrigir os dados. Após nova revisão, as exportações aumentaram em 6,488 bilhões de dólares de setembro ao dia 24 de novembro, em relação ao que havia sido divulgado. A justificativa foi uma falha na transmissão de dados.

Toda essa confusão influenciou a cotação do dólar, que no dia 25 atingiu o nível recorde de R$ 4,22. Enquanto no dia 28, após a revisão, sofreu uma queda e chegou a operar em R$ 4,19, contudo, acabou retornando ao maior valor. Na segunda (2), após as novas correções, o dólar abriu a semana em queda e desceu para R$ 4,21.

Nesta quarta-feira (4), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma retificação dos indicativos econômicos dos trimestres anteriores de 2019. No segundo trimestre por exemplo, o número aumentou de 0,4% para 0,5%. Enquanto isso, os dados do primeiro tri passaram por uma segunda alteração desde sua divulgação que, originalmente, foi apontada uma queda de 0,2% na atividade econômica e revisado para baixa de 0,1% junto com o PIB do 2º trimestre. 

O dólar quebrou uma sequência de seis altas seguidas e fechou com a maior baixa em 13 sessões, recuando 1,13% nesta quarta-feira, 23, para R$ 3,7624. A queda da moeda americana em vários países emergentes, como Turquia, México e África do Sul, ajudou a retirar pressão no câmbio aqui, mas o dólar bateu mínimas na parte da tarde com declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes. O economista disse em entrevista que vai zerar o déficit primário este ano, por meio de privatizações, que podem render ao menos US$ 20 bilhões ao País, além de outros US$ 10 bilhões que viriam do corte de subsídios. Além disso, reforçou que a reforma da Previdência é a prioridade número um do novo governo.

Mais cedo, também em Davos, Jair Bolsonaro, garantiu a investidores que a reforma da Previdência vai ao Congresso já na primeira semana de trabalho dos parlamentares, que voltam do recesso em 1º de fevereiro. As declarações levaram investidores a desmontar posições mais defensivas em dólar, ressaltam operadores, que destacam ainda um movimento de venda da moeda por exportadores, assim que o dólar bateu na máxima do dia, a R$ 3,81.

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Com isso, o cancelamento de uma entrevista coletiva que Bolsonaro e seus ministros dariam à tarde em Davos acabou não afetando os preços. Ao contrário, o risco-país teve retração, também ajudando a retirar pressão do câmbio. O Credit Default Swap (CDS) de 5 anos do Brasil caiu a 172 pontos-base, ante 176 do fechamento de terça, segundo a IHS Markit.

Apesar da tentativa do governo de assegurar aos estrangeiros em Davos que as reformas vão avançar, a estrategista em Nova York de moedas para América Latina do Royal Bank of Canada (RBC), Tania Escobedo, vê um excesso de otimismo dos investidores, sobretudo dos locais, com as perspectivas para a Previdência e mantém a previsão de que o dólar pode se aproximar da casa dos R$ 4,00 neste primeiro semestre. "O Brasil nunca teve uma Câmara tão fragmentada como a eleita em 2018", ressalta ela ao falar que a tramitação do texto não deve ser simples como muitos investidores esperam.

Para a economista, Bolsonaro tem o primeiro trimestre para aprovar uma reforma da Previdência com economia fiscal relevante. "Depois disso, seu capital político pode diminuir e as chances de uma negociação bem sucedida no Congresso se reduzem rapidamente." A estrategista do RBC só vê os estrangeiros aportando recursos no Brasil de forma mais consistente assim que Bolsonaro der mostras concretas de avanço da agenda, com a aprovação das reformas. Dados divulgados nesta quarta pelo Banco Central mostram que o ingresso de dólares este mês ainda está tímido na comparação com o mesmo mês de períodos anteriores. Até o dia 18, o fluxo cambial é positivo em US$ 1,2 bilhão. No mesmo período do começo de 2018, entraram US$ 4,4 bilhões líquidos.

O dólar engatou a quinta alta consecutiva e terminou o primeiro dia da semana com valorização de 0,69%, a R$ 3,9223, a maior cotação em dez dias. Uma série de notícias negativas, tanto no exterior - que fizeram o dólar subir perante a maioria das moedas de países desenvolvidos e emergentes - quanto internas, aliadas a fatores técnicos, como a maior demanda pela moeda americana por conta do final do ano, contribuiu para manter o câmbio pressionado durante toda a segunda-feira. No início da noite, o Banco Central anunciou dois leilões de linha (venda de dólar à vista com compromisso de recompra), de até US$ 1 bilhão nesta terça-feira, 11.

Na máxima do dia, a moeda americana finalmente rompeu a barreira dos R$ 3,92, que vinha tendo dificuldade de superar nas últimas semanas, e foi a R$ 3,9459. A notícia de que a primeira-ministra britânica, Theresa May, adiou "indefinidamente" a votação de um acordo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit, foi o catalisador para o dólar ganhar força no mercado internacional e bater máximas aqui, em um dia que já vinha sendo marcado pelo aumento da aversão ao risco por conta de renovadas preocupações dos investidores com o crescimento da economia mundial após a China divulgar dados da balança comercial de novembro mais fracos que o esperado. O fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) que replica moedas de emergentes, o WisdomTree Emerging Currency Strategy, caiu 0,46%, uma sinalização da fraqueza delas perante o dólar.

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Para a economista-chefe da corretora americana Stifel Nicolaus & Co, Lindsey Piegza, o dia foi de notícias negativas que apontam para crescimento mundial mais fraco e, após a decisão de May de adiar a votação do Brexit, a sensação é de que qualquer acordo seria mesmo rejeitado pelo parlamento em Londres. Nos dados comerciais chineses, ela ressalta que as exportações mostraram o pior ritmo de expansão em oito meses, reflexo da maior tensão com Washington. Os dados podem forçar Pequim a tomar novas medidas de estímulo da atividade, pois as importações tiveram o pior desempenho desde outubro de 2016.

"Não tem como esse exterior negativo não respingar aqui", afirma o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello. No mercado doméstico, ele ressalta que as notícias também não ajudam e, entre elas, há as divergências dentro do PSL, o partido do presidente eleito, Jair Bolsonaro, fato que causa preocupação, pois os deputados e senadores precisarão mostrar articulação para tentar passar as reformas no Congresso, ressalta ele. Além disso, segue no radar a possível greve de caminhoneiros, prometida para janeiro, que já contou com protestos em rodovias nesta segunda, a votação de "pautas-bomba" no Congresso e as investigações sobre movimentações na conta de ex-assessor de Flávio Bolsonaro.

Os futuros de petróleo operam em alta significativa nesta manhã, renovando máximas em três anos e meio, ainda sustentados por expectativas em torno do que os EUA irão decidir sobre o acordo nuclear do Irã.

Às 7h41 (de Brasília), o barril do Brent para julho subia 0,88% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 75,53, enquanto o do WTI para junho era negociado acima da barreira psicológica de US$ 70, avançando 0,96% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 70,39. Os níveis são os maiores desde novembro de 2014.

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No próximo sábado (12), o presidente dos EUA, Donald Trump, deverá anunciar decisão final sobre a postura de Washington em relação ao histórico acordo internacional de 2015 que restringe o programa nuclear iraniano. Insatisfeito com o pacto, Trump vem ameaçando restaurar sanções ao Irã.

O petróleo se mantém forte apesar da valorização nos negócios da manhã do índice DXY do dólar, fator que tende a pesar nos preços da commodity.

Para a chefe de estratégia de commodities da BC Capital Markets, Helima Croft, é altamente provável que Trump decida retirar os EUA do acordo do Irã, apesar de recentes esforços de líderes europeus para revisar o pacto.

Com a queda da produção na Venezuela e integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) restringindo sua oferta desde o início do ano passado, uma possível redução nos embarques de petróleo do Irã, caso Washington restaure sanções ao país, seria mais um fator a compensar a produção dos EUA, que está em níveis recordes, dizem analistas. Fonte: Dow Jones Newswires.

A condenação em primeira instância do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e meio de prisão mexeu com o mercado financeiro. Após a divulgação da sentença, no início da tarde, o dólar despencou e fechou na menor cotação em quase dois meses. A Bolsa de Valores de São Paulo disparou e também encerrou o dia no maior nível desde maio.

Apesar de ter começado o dia em baixa, o dólar comercial intensificou o ritmo de baixa depois das 13h50, quando a sentença foi publicada. A divisa fechou o dia vendida a R$ 3,208, no menor valor desde 17 de maio, véspera da divulgação das gravações do empresário Joesley Batista. Esse foi o quarto dia seguido de queda da moeda norte-americana.

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Na bolsa de valores, o dia também foi de ganhos. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, que operou em alta durante toda a manhã, disparou depois da divulgação da sentença do juiz Sergio Moro e fechou em alta de 1,57%, aos 64.836 pontos. Esse também foi o maior nível desde 17 de maio.

As ações da Petrobras, as mais negociadas, lideraram a alta. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas) subiram 3,9%, para R$ 13,58. As ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) subiram 4,65%, para R$ 12,94.

Em um dia de calma no mercado financeiro, a moeda norte-americana teve forte queda e chegou ao menor valor em três meses. O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (10) vendido a R$ 3,109, com queda de R$ 0,021 (-0,66%). A cotação está no menor nível desde 25 de outubro (R$ 3,107).

O dólar abriu em baixa e ampliou o ritmo de queda durante a tarde. A divisa acumula queda de 1,3% em fevereiro e de 4,3% em 2017.

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No mercado interno, a atuação do Banco Central foi insuficiente para conter a queda do dólar. Este mês, a autoridade monetária está rolando (renovando) menos contratos de swap cambial tradicional, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro. Ao rolar menos esse tipo de contrato, o BC, em tese, diminui o ritmo de queda do dólar.

A queda da moeda norte-americana ocorre um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer que pretende lançar um plano que prevê cortes expressivos de impostos e desvalorização do dólar para atrair mais empregos para os Estados Unidos. Ontem (9), a divisa tinha subido em todo o planeta após as declarações de Trump, mas caiu hoje. Dados positivos sobre as exportações chinesas ajudaram a empurrar para baixo a cotação do dólar.

No mercado de ações, o dia foi de fortes ganhos. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou esta sexta-feira com alta de 1,79%, aos 66.124 pontos. As ações da Petrobras, as mais negociadas, subiram 2,44% (papéis ordinários, com direito a voto em assembleia de acionistas) e 3,52% (papéis preferenciais, com prioridade na distribuição de dividendos).

* Com informações das agências Ansa e Prensa Latina

O dólar intensificou a queda ante o real no período vespertino desta segunda-feira, 3, e chegou a oscilar abaixo dos R$ 3,20 no mercado à vista faltando alguns minutos para o fechamento da sessão. O movimento teve como principal catalisador o sentimento positivo entre os agentes financeiros sobre o andamento do ajuste fiscal proposto pelo governo de Michel Temer.

No segmento à vista, o dólar encerrou em baixa de 1,48%, aos R$ 3,2025, o patamar mais baixo desde 22 de agosto (R$ 3,2013). Na mínima, a divisa norte-americana tocou R$ 3,1985 (-1,60%), menor nível intraday desde 22 de setembro (R$ 3,1821). De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 915,765 milhões no primeiro dia útil do mês. No mercado futuro, o dólar para novembro recuou 1,34%, aos R$ 3,2375, com mínima em R$ 3,2240 (-1,75%) e giro de US$ 13,945 bilhões.

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Durante a manhã, esse otimismo foi alimentado pelos resultados das eleições municipais, que sinalizaram fortalecimento dos partidos da base do governo. À tarde, o ânimo dos agentes financeiros ganhou mais força com indicações de que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita os gastos públicos está bem encaminhada, com poucas mudanças frente ao texto inicial.

O dólar recuou em relação ao euro e subiu ante o iene nesta sexta-feira, 30, reagindo a diferentes movimentos do mercado, como o alívio das preocupações com o Deutsche Bank e as expectativas em relação ao aumento dos juros nos EUA. Comparado a outras moedas, o dólar não teve um movimento único e se manteve misto.

Ao final da tarde em Nova York, perto do horário de fechamento de Wall Street, o dólar subia a 101,40 ienes, de 101,07 ienes ontem, enquanto o euro avançava a US$ 1,1236, de US$ 1,1220.

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A alta em relação ao iene pode ser explicada pelas expectativas relacionadas à possibilidade de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) eleve os juros em dezembro. Os investidores estão divididos e a perspectiva de que as taxas permaneçam baixas por algum tempo tendem a pressionar a moeda norte-americana, tornando-a menos atrativa para investidores que buscam lucro por meio de juros.

Comentários recentes de dirigentes do Fed sobre o ritmo da elevação de juros nos EUA foram mistos, com alguns dirigentes indicando um desejo por aperto monetário, enquanto outros enfatizam a necessidade de paciência, como o presidente da unidade de Dallas do Fed, Robert Kaplan, que hoje reiterou suas ideias de que a economia não está superaquecendo.

Enquanto isso, a moeda europeia se recuperou após a agência AFP afirmar que o Deutsche Bank estaria próximo de fechar um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA para reduzir a sanção imposta pelo órgão de US$ 14 bilhões para US$ 5,4 bilhões. Fonte: Dow Jones Newswires

O dólar opera em leve queda ante o real na manhã desta quarta-feira, 22, mas segue perto dos R$ 3,40, em meio ao otimismo moderado dos mercados internacionais um dia antes da votação no plebiscito sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia. Já o Ibovespa futuro tem leve alta, em sintonia com os futuros das bolsas de Nova York e principais bolsas europeias, ajudadas pela alta do petróleo, que firmou-se na última meia hora.

Às 9h31, o dólar à vista no balcão recuava 0,53%, a R$ 3,3953. O dólar para julho perdia 0,52% aos R$ 3,3955. O Ibovespa futuro subia 0,13%, aos 51.905 pontos.

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No Brasil, em dia de agenda fraca, as atenções estão na reunião, às 10 horas, da qual participam o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e outros ministros do núcleo econômico, junto com o presidente em exercício, Michel Temer.

Na manhã desta quarta, Temer concedeu entrevista à rádio Jovem Pan, que não teve efeito imediato nos negócios. Ele disse que o governo não só manterá os programas sociais como irá ampliá-los.

O dólar mostrou instabilidade após a abertura nesta segunda-feira, 13, mas engrenou em alta, guiado pelo pessimismo no exterior, onde pesa o temor de que o Reino Unido decida, em referendo no dia 23, sair da União Europeia. Além disso, no período da manhã, o petróleo acentuava queda para mais de 1%.

O destaque local hoje é cerimônia de transmissão da presidência do Banco Central para Ilan Goldfajn, às 15 horas. Às 9h25, o dólar à vista subia 0,38%, a R$ 3,4384. O dólar para julho tinha alta de 0,54%, de R$ 3,4570.

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No exterior, o dólar cai ante o iene, diante da cautela dos investidores, antes dos anúncios da quarta-feira do Federal Reserve, o banco central norte-americano, e também ante o risco de o Reino Unido decidir deixar a União Europeia. Há ainda temores com a economia chinesa.

Analistas do banco China International Corp. avaliam que os formuladores da política da China precisam dar mais apoio, para impedir que o sentimento entre os investidores privados do país se enfraqueça mais.

Já outros economistas advertiram que há um risco maior de que a potência asiática não atinja sua meta de crescimento econômico de 6,5% no segundo trimestre, após dados divulgados mais cedo.

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