Tópicos | Ebola

Um grupo de pesquisadores identificou um anticorpo capaz de neutralizar três cepas do vírus ebola que afeta os humanos, uma importante descoberta na busca de uma vacina universal para essa doença, muitas vezes fatal, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (4).

Os anticorpos foram encontrados em um sobrevivente da pior epidemia de ebola até agora, que deixou mais de 11 mil mortos no oeste da África entre 2013 e 2016.

##RECOMENDA##

Durante essa epidemia uma vacina experimental foi desenvolvida. Em 2015, um importante teste realizado pela OMS na Guiné demonstrou que era muito protetora, mas apenas contra um dos surtos do vírus.

A mesma vacina está agora sendo usada em uma campanha de vacinação na República Democrática do Congo (RDC), país afetado por uma nova epidemia que já deixou pelo menos 500 mortos.

O anticorpo, descoberto por pesquisadores dos Estados Unidos, pode permitir ir além e desenvolver uma vacina eficaz contra as três cepas do vírus ebola que afetam os seres humanos, segundo um artigo da revista Nature Structural and Molecular Biology.

Existem outras duas cepas, mas que só transmitem a doença aos primatas não humanos.

De acordo com Kartik Chandran, professor de Imunologia na Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, sua equipe conseguiu identificar o "calcanhar de Aquiles" do vírus.

Ao analisar esse anticorpo, que já era conhecido por neutralizar duas cepas do vírus, os pesquisadores conseguiram demonstrar que também poderia superar as defesas da terceira cepa do vírus.

O vírus ebola é transmitido pelo contato com os fluidos corporais de pessoas doentes ou recém-falecidas.

O vírus causa febre alta e hemorragia, e é mortal entre 30% e 90% dos casos, dependendo da epidemia e do tipo de vírus.

No nordeste da República Democrática do Congo, 283 pessoas já morreram vítimas de ebola, o que caracteriza o surto como o mais letal da história do país, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde local.

O relatório do órgão, que inclui as vítimas fatais até 8 de dezembro, aponta que 235 mortes por causa da doença foram confirmadas em testes de laboratório e 48 são prováveis. O número de casos registrados até o momento é de 494, dos quais 446 estão confirmados e 48 são suspeitos.

##RECOMENDA##

Esse surto superou, inclusive, a epidemia que havia sido a pior já enfrentada pela população da cidade de Yambuku, também do norte do país, em agosto de 1976, considerada como a primeira de ebola no mundo. Naquela época, com uma taxa de mortalidade de quase 90%, 280 pessoas morreram dos 318 casos contabilizados.

A atual epidemia é também a segunda maior do mundo em número de casos, atrás apenas da de 2014 na África Ocidental.

O último balanço pela nova epidemia de ebola na República Democrática do Congo (RDC) subiu para 49 mortos, e 2.000 pessoas são tratadas pelo vírus, número que aumenta gradualmente há 18 dias neste país.

Desde o anúncio da nova epidemia em 1º de agosto, na província de Kivu do Norte, há 49 mortos dos 90 casos identificados, segundo o último relatório da "situação epidemiológica" do Ministério da Saúde congolês.

##RECOMENDA##

A direção-geral de luta contra a doença contabilizou 22 mortes entre os 63 casos confirmados pelos exames das amostras em laboratório, e 27 mortes provavelmente devido ao ebola, por conta de um "laço epidemiológico" com o vírus.

"A Organização Mundial de Saúde espera mais casos. Não sabemos se todas as cadeias de transmissão foram identificadas", declarou à imprensa na sexta-feira um porta-voz, Tarik Jasarevic, da sede em Genebra.

Ao menos sete profissionais da saúde contraíram o vírus ebola na República Democrática do Congo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), está sendo investigado um outro caso de profissional que foi afetado pela doença.

"Precisamos proteger todos os profissionais de saúde em áreas de alto risco por meio da vacinação e do uso de equipamento de proteção pessoal”, afirmou o vice-diretor-geral de Prontidão e Emergência da OMS, Peter Salama, em sua conta na rede social Twitter.Organi

##RECOMENDA##

Segundo informações da organização, foram confirmadas 40 mortes e 30 casos da doença: há ainda 27 casos a serem confirmados.

“Estamos em um precipício epidemiológico”, expressou Salama. “Temos uma janela de oportunidade crítica e limitada para impedir que esse surto de ebola na República Democrática do Congo se instale em áreas que são muito mais difíceis de acessar por causa da insegurança. Não há um segundo a perder”, completou.

Quarenta e uma mortes relacionadas à nova epidemia de febre hemorrágica do ebola foram registradas no noroeste da República Democrática do Congo (RDC), informou nesta terça-feira (14) a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Pela primeira vez desde o anúncio da epidemia em 1o. de agosto, foi registrada uma morte fora da província de Kivu do Norte, na província vizinha de Ituri, segundo a fonte.

"É a primeira vez que a doença afeta uma zona muito povoada e em situação de conflito intenso", afirmou a OMS em um comunicado.

"A OMS pede um acesso livre e seguro para que todos os atores envolvidos na resposta a esta epidemia possam atender as populações afetadas", afirmou seu diretor-geral, dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao final de uma visita ao país.

As autoridades congolenses, por sua vez, informaram que equipes médicas em Beni e Mangina, epicentro da epidemia, começaram a usar a molécula terapêutica Mab114 para tratar os doentes.

"É a primeira molécula terapêutica contra o vírus a ser usada em uma epidemia de ebola ativa na RDC", afirmaram as fontes.

Esta é a segunda epidemia do vírus no país desde 1976.

A República Democrática do Congo iniciou a campanha de vacinação conhecida como anel – para a população considerada de alto risco – para o surto de ebola, na província de Kivu do Norte. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 17 casos da doença foram confirmados no país.

“Vacinas são uma ferramenta importante na luta contra o ebola. É por isso que tem sido prioridade agilizar e organizar essas vacinas para proteger nossos trabalhadores da saúde e a população afetada”, afirmou o ministro da Saúde do país, Oly Ilunga.

##RECOMENDA##

A OMS também comunicou que 3.220 doses da vacina estão disponíveis no país e que doses extras foram pedidas.

“O ebola é agressivo. Precisamos responder agressivamente. Iniciar a vacinação tão rápido é um passo-chave”, emitiu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Guebreyesus. 

A vacinação em anel baseia-se em buscar e imunizar todas as pessoas que tiverem contato com pessoas afetadas pelo ebola.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) comunicou o fim do surto de ebola na República Democrática do Congo. A organização felicitou o governo do país por controlar o surto da doença, além de requererem a mesma atenção para outros vírus que assolam o local.

“O surto foi contido graças aos esforços incansáveis das equipes locais, ao apoio de parceiros, à generosidade de doadores e à liderança efetiva do Ministério da Saúde. Esse tipo de liderança, associada à forte colaboração entre parceiros, salva vidas”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

##RECOMENDA##

A OMS ainda lembrou que forneceu US$ 2 milhões do Fundo de Contingenciamento para Emergências, além de encaminhar uma equipe para ampliar a capacidade de agentes em campo e impulsionar um sistema de gerenciamento de incidentes de emergência. “Essa resposta efetiva ao ebola deve tornar governo e parceiros confiantes de que outros grandes surtos que afetam o país, como cólera e pólio, também podem ser alvo de ações”, expressou Tedros. “Precisamos continuar a trabalhar juntos, investindo no reforço da vigilância e no acesso a cuidados de saúde para os mais vulneráveis”, concluiu.

Uma pesquisa desenvolvida por cientistas de Madri, na Espanha, descobriu que os sobreviventes do ebola geram anticorpos capazes de identificar as partes vulneráveis do vírus e neutralizá-lo. A descoberta é considerada um primeiro passo para a produção de uma vacina eficaz para todas as variantes do ebola.

O pesquisador do Serviço de Microbiologia e do Instituto de Pesquisa do Hospital Universitário 12 de Outubro, Rafael Delgado, explica que o estudo faz parte de uma nova estratégia chamada "vacinologia reversa" que busca identificar antígenos vacinais contra alguns agentes. A estratégia consiste em descobrir quais são as áreas mais vulneráveis dos vírus, que geralmente estão na superfície – nas proteínas que o envolvem – e conseguir vacinas capazes de induzir os anticorpos a identificarem essas áreas.

##RECOMENDA##

Dessa forma, os pesquisadores demonstraram que em pacientes sobreviventes de ebola existem anticorpos especiais em proporção muito pequena, mas que reconhecem essas áreas escondidas e mais vulneráveis do vírus, presentes em todas as cinco variedades do ebola.

A expectativa é conseguir desenvolver uma vacina eficaz mas, segundo Delgado, os pesquisadores ainda estão nos primeiros passos, já que antes é necessário realizar pesquisas em ratos. A estimativa é de que os resultados fiquem prontos em um ano.

A estratégia está sendo utilizada também para avançar no desenvolvimento de uma vacina com eficácia mais prolongada para o vírus da gripe, e para outra contra o HIV, já que se demonstrou a existência de anticorpos igualmente protetores que reconhecem as regiões mais vulneráveis e escondidas do vírus. "Induzir a produção desses anticorpos mediante vacinas é agora o desafio da vacinologia no futuro", afirma Delgado.

A maioria das vacinas funcionam por sua capacidade de induzir a produção de anticorpos que reconhecem e neutralizam a superfície dos vírus, como é o caso das de sarampo e hepatite B. No caso do ebola, da gripe e do HIV, uma de suas barreiras é a variabilidade e a capacidade desses vírus para esconder as áreas mais vulneráveis de seu revestimento.

O diretor-geral da OMS declarou neste domingo que é possível "acabar muito em breve" com a epidemia de ebola que causou a morte de 27 pessoas no noroeste da República Democrática do Congo (RDC).

"Sou prudentemente otimista (e acredito) que poderemos acabar muito em breve" com a epidemia da doença do vírus do ebola na província do Equador, declarou à imprensa no aeroporto de Kinshasa Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Tedros realiza uma visita de "avaliação" da situação na província do Equador, no noroeste, onde as autoridades declararam a epidemia em 8 de maio.

"Vim para avaliar a situação e a situação melhora. O último caso em Mbandaka foi em 20 de maio, em Bikoro em 17 de maio, e claro confirmamos um caso em Iboko em 2 de junho", detalhou Tedros.

"Os casos que temos (atualmente) estão em lugares que não são muito acessíveis" em um povo isolado, Iboko, situado perto da cidade de Bikoro, explicou.

Até 6 de junho, cerca de mil pessoas foram vacinadas contra esta doença, entre o pessoal médico, as pessoas em contato com os doentes e as que por sua vez estiveram em contato com essas pessoas.

Em um balanço das autoridades, difundido em 4 de junho, "58 casos de febre hemorrágica foram apontados na região, 37 deles confirmados, 14 prováveis e sete suspeitos".

A epidemia de ebola foi declarada em 8 de maio em Bikoro, 600 km ao norte de Kinshasa. Depois se propagou à cidade de Mbandaka, onde vivem 1,2 milhão de pessoas.

Em 21 de maio, a OMS e as autoridades lançaram uma campanha de vacinação.

A República Democrática do Congo (RDC) registrou mais dois óbitos por ebola, elevando para 27 o número de mortos em um mês - anunciaram autoridades sanitárias nesta quarta-feira (6).

O Ministério da Saúde anunciou o falecimento de um paciente, cujo caso já estava confirmado, em Bikoro, e um outro em Iboko. Até 4 de junho, "foram registrados na região 58 casos de febre hemorrágica, 37 deles confirmados, 14 prováveis e sete suspeitos", acrescentou o Ministério da Saúde.

A epidemia de ebola na RDC, a nona desse país africano, começou em 8 de maio em Bikoro, na fronteira Congo-Brazzaville.

Os países entorno da República Democrática do Congo, como Uganda, Zambia e Angola, no continente africano, foram avisados que estão sob alto risco de transmissão de ebola em razão do surto registrado no país. As informações foram divulgadas hoje (25), por meio de nota oficial do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Guebreyesus. "Estamos fazendo todo o possível para impedir que o ebola se espalhe para além das fronteiras e também para estarmos preparados caso isso aconteça”, disse.

A República Democrática do Congo já notificou 58 casos de ebola. Os números incluem 28 casos confirmados, 21 casos prováveis e nove suspeitos, além de 27 mortes. A maior parte das infecções foi identificada nas regiões de Bikoro (29 casos) e Iboko (22 casos).

##RECOMENDA##

Desde o início da semana, o Ministério da Saúde local, em parceria com a própria OMS, Médicos sem Fronteiras e Fundo das Nações Unidas para a Infância trabalham para vacinar comunidades mais afetadas pelo ebola.

A dose em questão tem caráter experimental e já havia sido utilizada na Guiné em 2015. Segundo a OMS, a vacina foi utilizada em diversos ensaios envolvendo mais de 16 mil voluntários na Europa, na África e nos Estados Unidos e se mostrou segura para o uso em humanos.

A República Democrática do Congo vive seu nono surto de ebola desde a descoberta do vírus, em 1976. Na última sexta-feira (18), a OMS optou por não declarar emergência internacional em saúde pública, mas alertou que a situação na região africana desperta preocupação e que países vizinhos foram avisados da possibilidade de disseminação do vírus.

Mais de 7.500 doses da vacina experimental contra o ebola foram enviadas à República Democrática do Congo, de acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O país já registrou pelo menos 46 casos da doença e 26 mortes. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que “a vacinação será a chave para controlar o surto”.

##RECOMENDA##

Segundo o Ministério da Saúde local, todas as pessoas que tiveram contato com um novo caso confirmado de ebola serão rastreadas e receberão a dose. Profissionais da área da saúde também serão imunizados contra a doença.

O Ministério da Saúde do Congo confirmou nova morte por Ebola, elevando para 26 o número de vítimas fatais do surto na província de Equateur, no noroeste do país. Em nota, o ministério disse que quatro novos casos foram confirmados. Um total de 46 casos da febre hemorrágica foram relatados na região, incluindo 21 casos confirmados de Ebola, 21 prováveis e quatro suspeitos.

O Congo começará a administrar uma vacina experimental contra o Ebola na segunda-feira em Mbandaka, cidade de 1,2 milhão de habitantes. "A campanha de vacinação começa amanhã, segunda-feira, em Mbandaka, capital da província. O alvo será, primeiro, a equipe de saúde, os contatos dos doentes e os contatos dos contatos", disse o ministro da Saúde do país, Oly Ilunga.

##RECOMENDA##

Inicialmente, a campanha terá como alvo 600 pessoas, principalmente equipes médicas, contatos de casos suspeitos e aqueles que estiveram em contato com os contatos, disse Ilunga. Autoridades estão trabalhando urgentemente para evitar que a doença se espalhe além de Mbandaka. Mais de 4 mil doses já estão no Congo e outras estão a caminho, de acordo com autoridades. A vacina ainda está em fase de testes, mas foi eficaz no surto da África Ocidental há alguns anos.

O presidente do Congo, Joseph Kabila, e seu gabinete concordaram no sábado em aumentar os recursos para a emergência do Ebola para mais de US$ 4 milhões. O gabinete também endossou a decisão de fornecer assistência médica gratuita nas áreas afetadas e prestar cuidados especiais a todas as vítimas do Ebola e seus familiares.

A disseminação do Ebola de uma área rural para Mbandaka deixou o país em alerta, já que o Ebola pode se espalhar mais rapidamente nos centros urbanos. A febre pode causar hemorragia interna grave, muitas vezes fatal. Fonte: Associated Press.

A República Democrática do Congo vive seu nono surto de ebola desde a descoberta do vírus, em 1976. O número de casos confirmados em laboratório chegou a 14, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

De 4 de abril a 17 de maio, 45 casos de ebola foram reportados no Congo, Foram notificadas ainda 25 mortes.

##RECOMENDA##

Na última sexta-feira (18), a OMS optou por não declarar emergência internacional em saúde pública, mas alertou que a situação na região africana desperta preocupação e que países vizinhos foram avisados da possibilidade de disseminação do vírus.

Durante coletiva de imprensa, o chefe do comitê internacional que analisou o cenário na República Democrática do Congo, Robert Steffen, orientou que o governo local, a própria OMS e seus parceiros, incluindo Médicos sem Fronteiras e Cruz Vermelha Internacional, mantenham uma atuação conjunta e coordenada. Segundo ele, caso o surto do vírus se amplie significativamente ou registre transmissão internacional, o comitê fará uma nova reunião para reavaliar a situação.

Confira abaixo as principais perguntas e respostas sobre ebola divulgadas pela OMS:

O que é a doença do vírus Ebola?

Comumente conhecida como febre hemorrágica do ebola, é uma enfermidade severa e geralmente mortal, com taxa de óbito de até 90%. A doença é causada pelo vírus Ebola, membro da família filovírus, identificado pela primeira vez em 1976, quando dois surtos simultâneos aconteceram – um em Yambuku, vilarejo próximo ao Rio Ebola, na República Democrática do Congo, e outro numa área remota do Sudão. A origem do vírus é desconhecida, mas evidências atuais sugerem que morcegos comedores de frutas podem ter sido os hospedeiros originais.

Como as pessoas são infectadas pelo vírus?

A infecção em humanos ocorre por meio do contato com animais infectados (normalmente após o manuseio da carne) ou pelo contato com fluidos corporais de pessoas infectadas. A maioria dos casos em humanos é provocada pela transmissão pessoa a pessoa, que acontece quando o sangue ou outras secreções (fezes, urina, saliva e sêmen) de pacientes infectados entram em contato com o corpo de uma pessoa sadia por meio de lesões na pele ou pelas membranas mucosas.

A infecção também pode acontecer caso a pessoa entre em contato com itens ou ambientes contaminados por fluidos corporais de pacientes infectados, o que inclui roupa suja, roupa de cama, luvas, equipamentos de proteção e resíduos médicos como seringas.

Quem está sob maior risco?

Durante um surto de ebola, as pessoas sob maior risco de contrair a infecção são: trabalhadores de saúde; membros da família e demais pessoas que tiveram contato direto com pacientes contaminados; pessoas em luto que manuseiem corpos em rituais de enterro.

Por que pessoas que participam de rituais de enterro podem contrair a doença?

Os níveis do vírus ebola permanecem altos mesmo após a morte do paciente. Desta forma, os corpos de pessoas que morreram após serem infectadas devem ser manuseados por pessoas que utilizam equipamento protetivo e enterrados imediatamente. A OMS aconselha que os corpos de pacientes mortos pelo ebola sejam manuseados apenas por equipes treinadas e equipadas propriamente para enterrar mortos de forma segura e digna.

Por que trabalhadores da saúde estão sob risco de infecção?

O risco se dá caso os profissionais não utilizem equipamento de proteção correto ou não coloquem em prática medidas de prevenção e controle de infecções no momento em que estiverem cuidando de pacientes. Trabalhadores de todos os níveis do sistema de saúde – hospitais, clínicas e postos de saúde – devem ser informados sobre a doença e seu modo de transmissão e devem seguir firmemente as regras de precaução.

O ebola pode ser transmitido por via sexual?

A transmissão sexual do ebola, do homem para a mulher, é uma possibilidade muito forte, mas ainda não comprovada. Menos provável, mas ainda possível, é a transmissão da mulher para o homem. Mais dados de vigilância e pesquisa sobre a transmissão sexual do vírus se fazem necessários, particularmente sobre a prevalência de transmissão viável pelo sêmen ao longo do tempo.

Quais os sinais e sintomas típicos do ebola?

Os sintomas do ebola variam, mas febre de início súbito, fraqueza intensa, dor muscular, dor de cabeça e dor na garganta são comumente sentidos logo no começo da doença – período conhecido como fase seca. À medida em que a infecção avança, os pacientes costumam desenvolver vômito e diarreia (fase molhada), erupção cutânea, insuficiência renal e hepática e, em alguns casos, hemorragias internas e externas.

Quanto tempo demora para que as pessoas desenvolvam sintomas após a infecção?

O período de incubação ou intervalo de tempo entre a infecção e o início de sintomas varia de dois a 21 dias. O paciente só transmite a doença depois de apresentar sintomas. A infecção por ebola só pode ser confirmada por meio de exame laboratorial.

Quando é preciso procurar ajuda médica?

A pessoa com sintomas similares aos do ebola (febre, dor de cabeça, dor muscular, vômito e diarreia) e que esteve em contato com pacientes possivelmente infectados pelo vírus ou que viajou a localidades onde foram registrados casos da doença deve procurar assistência médica imediatamente.

Há tratamento para o ebola?

Cuidados de apoio, sobretudo terapia de reposição de fluidos, cuidadosamente gerenciada e monitorada por profissionais de saúde treinados melhoram as chances de sobrevivência. Outros tratamentos utilizados para ajudar pacientes a combater o ebola incluem, quando disponível, diálise, transfusões de sangue e terapia de reposição de plasma.

Pacientes infectados pelo ebola podem ser tratados em casa?

A OMS não aconselha que famílias e comunidades cuidem de pessoas com sintomas do ebola em casa. Pacientes com sinais da doença devem procurar atendimento em hospitais ou clínicas onde médicos e enfermeiras estão equipados para prestar esse tipo de serviço.

O ebola pode ser prevenido?

As pessoas podem se proteger da infecção pelo vírus seguindo medidas específicas de prevenção e controle que incluem: lavar as mãos; evitar contato com fluidos corporais de pessoas que podem ter sido infectadas; evitar manusear ou preparar corpos de pessoas que morreram com suspeita ou diagnóstico da doença.

Existe vacina contra o ebola?

Uma vacina experimental contra o ebola se mostrou altamente protetiva contra o vírus na Guiné. A dose foi utilizada em estudos clínicos envolvendo quase 12 mil voluntários em 2015 e será adotada novamente pela OMS como tentativa de conter o surto registrado na República Democrática do Congo. A estratégia, este ano, é a chamada vacinação em anel, onde todas as pessoas que tiveram contato com um novo caso confirmado são rastreadas e recebem a dose, no intuito de frear a transmissão do vírus.

O ministro de Saúde Pública do Congo, Dr. Oly Ilunga Kalenga, confirmou que há três novos casos de Ebola em Mbandaka, cidade portuária com mais de 1 milhão de habitantes.

Até então, apenas um caso havia sido confirmado na região. Agora, há 17 casos confirmados no atual surto do vírus, incluindo uma morte, além de 21 casos considerados prováveis e cinco em que há suspeita de contração da doença.

##RECOMENDA##

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu na sexta-feira não declarar o surto uma emergência global de saúde, mas classificou o risco de a febre se espalhar pelo Congo como "muito alto" e colocou em alerta a situação para nove países vizinhos, com risco "alto".

Os novos casos serão um teste para uma nova vacina experimental que se provou efetiva para combater um surto na África Ocidental alguns anos atrás. As vacinações devem começar no início da semana que vem, com mais de 4 mil doses já no Congo. (Associated Press)

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou nesta quinta-feira (17) a descoberta de um primeiro caso de ebola em zona urbana na República Democrática do Congo (RDC), depois que dezenas de casos foram registrados apenas em áreas rurais do país.

"Um novo caso foi confirmado em Wangata, uma das três zonas sanitárias de Mbandaka, uma cidade de 1,2 milhão de habitantes da província Equador, na região noroeste da RDC", afirma a OMS em um comunicado.

O diretor do Programa de Gestão de Situações de Emergência da OMS, Peter Salama, advertiu na semana passada que, "se uma cidade deste tamanho (Mbandaka) for infectada pelo ebola, vamos ter uma epidemia urbana importante".

As autoridades da RDC declararam uma epidemia de ebola no dia 8 de maio no noroeste do país, perto da vizinha República do Congo.

A OMS registrou 44 casos (3 confirmados, 20 prováveis, 21 suspeitos) no país.

Até agora, todos os casos confirmados de ebola haviam sido registrados em zonas rurais de difícil acesso na região de Bikoro, ao nordeste de Kinshasa e na fronteira com a República do Congo (Congo-Brazzaville).

Esta zona também fica na província Equador, a 150 km de Mbandaka.

A descoberta do primeiro caso confirmado de ebola em uma zona urbana "é uma evolução preocupante, mas agora temos ferramentas melhores do que nunca para combater o ebola", declarou o diretor-geral da OMS, o médico Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"A OMS e seus sócios tomam medidas decisivas para deter a propagação do vírus", completou.

A organização informou que enviará 30 especialistas para uma missão de vigilância em Mbandaka, em colaboração com o Ministério da Saúde local e outros parceiros.

"A chegada do ebola a uma zona urbana é muito preocupante e a OMS e seus sócios trabalham juntos para intensificar rapidamente a busca de todos os contatos do caso confirmado na região de Mbandaka", declarou o médico Matshidiso Moeti, diretor da OMS para a África.

O anúncio do novo caso foi feito um dia depois da chegada de um lote de 5.400 doses de uma vacina experimental contra a doença, procedente de Genebra.

A epidemia de ebola mais importante da história aconteceu no oeste da África entre 2013 e 2016, com 11.300 mortos em um total de 29.000 casos, em sua grande maioria na Guiné, Libéria e Serra Leoa.

A OMS foi muito criticada na época por ter demorado a declarar o estado oficial de emergência internacional para a saúde pública.

Registrada pela primeira vez em 1976 no que então era o Zaire (agora RDC), a febre hemorrágica do ebola procede de um vírus transmitido pelo contato físico com os fluidos corporais infectados. O consumo de carne de animais silvestres também é um fator de contágio.

A República Democrática do Congo registrou pelo menos mais sete casos de suspeita de ebola, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre 4 de abril e 13 de maio foram reportados 39 casos da doença, incluindo 19 mortes.

De acordo com o organização, a região de Bikoro é a mais afetada com 29 casos, sendo dois confirmados, sete suspeitos e 20 prováveis. Em seguida, estão as áreas de Iboko com oito casos, sendo três prováveis e cinco suspeitos, e de Wangata com dois casos prováveis.

##RECOMENDA##

A OMS informou que já foram enviadas 50 equipes de saúde pública na tentativa de conter o surto. O diretor de Emergências da organização, Peter Salama, afirmou que a OMS está muito preocupada porque a área onde surgiu a doença é muito pobre e com um acesso muito precário, além de que a chegada de assistência é um desafio por si só.

 

A República Democrática do Congo confirmou nesta terça-feira (8) que enfrenta uma nova epidemia de ebola, a qual já causou a morte de pelo menos 17 pessoas na província de Equateur, no noroeste do país.

    De acordo com dados do Ministério da Saúde local, nas últimas cinco semanas, já foram notificados 21 casos de febre com sinais hemorrágicos e 17 mortes, o que representa uma taxa de letalidade de 80%. Uma equipe do Ministério da Saúde, apoiada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelos Médicos Sem Fronteiras, visitou a cidade de Bikoro, epicentro da epidemia.

##RECOMENDA##

    Segundo o grupo, "a prioridade é trabalhar para reduzir a perda de vidas e sofrimento associados a este novo surto de ebola".

    Este é o nono surto da doença desde a descoberta do vírus em 1976. O governo do Congo não especificou a data de início da epidemia, mas considerou a situação "uma emergência de saúde pública internacional". Estes novos casos surgem cerca de um ano após o último surto, no qual oito pessoas foram infetadas e quatro morreram.

Da Ansa

Pesquisadores descobriram um anticorpo que neutraliza as três principais cepas do vírus do ebola, ao analisar o sangue de um sobrevivente da última epidemia na África ocidental.

Esta descoberta, publicada nesta quinta-feira (18) na revista americana Cell, poderia abrir a via para os primeiros antivirais e vacinas de amplo espectro contra esta infecção, que tem altas taxas de mortalidade e para a qual ainda não existem tratamentos no mercado.

A maior parte dos existentes na atualidade são eficazes apenas contra uma cepa do ebola. Por exemplo, o antiviral mais avançado até o momento, o ZMappTM, é eficiente com a cepa Zaire, mas não contra as do Sudão e de Bundibugyo.

"Nossa descoberta é um passo importante para alcançar nosso objetivo" de conseguir um tratamento capaz de cuidar ou prevenir uma infecção contra todas as cepas conhecidas do ebola, considerou Kartik Chandran, professor de Imunologia na faculdade de Medicina Albert Einstein de Nova York e um dos principais autores do estudo.

Os pesquisadores puderam determinar que, dos 349 anticorpos isolados no sangue de um sobrevivente da infecção, dois podiam bloquear todas as cepas conhecidas do vírus do ebola nos cultivos de tecidos humanos no laboratório.

Os dois anticorpos em questão protegeram ratos e furões que foram expostos a doses mortais das três principais cepas da doença.

Isso permitiu criar um coquetel desses anticorpos que atualmente é testado em animais de maior tamanho, assim como um possível uso para tratar pessoas infectadas.

Os pesquisadores também descobriram genes nos humanos que provavelmente estejam na origem das células imunizadoras que produzem esses dois anticorpos.

Entre 2013 e 2016, 11.000 pessoas das 29.000 infectadas morreram na maior epidemia de ebola, na África ocidental.

A epidemia de ebola anunciada nessa sexta-feira pelas autoridades de Kinshasa no nordeste da República Democrática do Congo (RDC) deve ser controlada "rapidamente", declarou neste sábado (13) uma alta funcionária da Organização Mundial de Saúde (OMS).

"Espero que possamos controlar muito rapidamente essa epidemia", declarou Matshidiso Moeti, diretora da OMS para África, a jornalistas ao fim de uma reunião com o ministro da Saúde do Congo, Oly Ilunga, na capital Kinshasa.

Essa é a oitava epidemia de ebola enfrentada pelo país desde a descoberta do vírus em seu território, em 1976.

"Foram tomadas medidas com o governador (da província de Baixo Uelé) para mobilizar o sistema de saúde, mobilizar as equipes" e lutar contra a enfermidade no local, acrescentou. "Estamos dispostos a mobilizar nossos especialistas para a atendam a RDC".

A epidemia foi declarada em um área da província de Baixo Uelé. Segundo fontes humanitárias, trata-se de uma área de difícil acesso, o que complicaria a propagação dessa febre hemorrágica altamente contagiosa, embora o fornecimento de materiais, medicamentos e equipes também não pareça fácil.

Na sexta-feira, foram detectados nove casos suspeitos e três das pessoas afetadas morreram, segundo a OMS.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando